Capítulo 8

• Capítulo novo, aêêê! dusabiudsa' Como prometido, estou fazendo isso porque o número de comentários está ótimo. Continuem assim e vai continuar sendo um por dia. 
• Ah, hoje sai algo esperado <3

Chegamos na casa do Bruno e ele prendeu o Gege, apesar de que estou me acostumando com ele, mas ainda tenho medo, ele pode ser traiçoeiro e me morder, não posso confiar plenamente. Largamos nossas coisas no quarto onde iriamos dormir, e já preparamos uma cama para a Zoe que provavelmente dormiria ali.

-Por onde começo? – Perguntei com as mãos no bolso de trás, enquanto Bruno pegava umas caixas de cerveja.

-Ia dizer para me ajudar com isso, mas é pesado pra você.

-Não é não. – Fui até as caixas e peguei uma. Nem era tão pesado assim. Levei ela para a cozinha e ajudei a pegar as outras.

-Preciso de ajuda com a decoração. – Fala Cindia na porta de vidro da cozinha.

-Eu ajudo. – Me ofereci.

As coisas estavam bem organizadas. Eu, Cindia, e Anne estávamos arrumando as coisas nos fundos, colocando tudo em ordem, arrumando a decoração do ambiente, como estava frio e ninguém pularia na piscina, foram arrumado velas flutuantes para acender e colocar sobre ela depois. Arrumamos um espaço para as crianças se divertirem. Na cozinha quem preparava as coisas deixando tudo temperado, era Jaime e Tahiti. Pres e Tiara foram no mercado. Ryan, Eric e Bruno estavam fazendo o trabalho pesado, carregando coisas de um lado para o outro.

Acho que a noite dará um resultado legal. Depois de muito trabalho com coisas pra lá e pra cá, tudo estava pronto. Agora era só se arrumar e esperar o pessoal. A árvore estava cheia de presentes já, tinha muitas coisas mesmo, decidi por as minhas em um cantinho mais separado.

Tomei meu banho descansada, deixando a água cair sobre meu corpo, sem muita pressa, apenas tranquila. Lavei meus cabelos e sai do banho. Sequei meu corpo colocando minhas roupas intimas e me enrolei na toalha, sai do banheiro para deixar a Anne se arrumar. Pus um vestido que comprei, ele é simples, branco com o busto em alguns detalhes, e sobre ele uma jaquetinha jeans clara. Pus sandálias gladiador clara para combinar.  Uma pulseira prata, minhas maquiagem leve com batom rosinha claro, e meu cabelo, um penteado incrível. Por fim, estávamos prontas. Anne estava linda também. O vestido vermelho, combinando com o meia pata preto com solado vermelho, e um sobretudo por cima na cor creme.

-Estamos lindas. – Ela se olha no pequeno espelho que estava em mãos.

-Também achei. – Disse indo em direção a porta. – Vamos? – Perguntei com a mão na maçaneta.

-Vamos! – Ela joga o espelho sobre a cama.

Certifiquei que meu celular estivesse comigo para Zoe e Leonel avisarem quando chegarem – acho que não especifiquei direito, mas eles não viram juntos, é que os dois iram avisar – saímos do quarto e fomos na sala, Phred estava lá já, junto com os meninos, cumprimentei todos e Eric me deu uma garrafinha de cerveja.

-Que gatas. – Diz Pres chegando próxima a nós duas.

-Demais. – Anne diz com um sorriso.

-E ainda tem mais gente para chegar. – Ela comentou percebendo que eu olhava para a casa já um pouco cheia.

As meninas estavam lá, os caras também, mais dois amigos do Bruno que também estavam, as crianças.

-Nossa, meus natais nunca foram assim. – Comentei e Pres riu.

-Agora se acostume, com você aqui, sempre que tiver festas, vocês duas viram. – Ela diz tomando um gole da sua bebida posta na taça.

-Mich, pega uma cerveja pra mim, por favor? – Anne pede e eu assenti com a cabeça.

Estava com a minha garrafa em mãos, tomei um gole e fui em direção da cozinha para pegar uma para a Anne. A cozinha estava vazia até. Abri o freezer, peguei uma garrafa e fechei, virei meu corpo e dei de cara com o Bruno.

-Cuidado. – Ele diz levantando as mãos.

-Ainda não inventaram olhos nas costas e tal. – Ironicamente falei, e ele ri.

-Bebendo cerveja na garrafa, que moço rebelde. – Ele diz e toma um gole da sua.

-Fazer o que se sou macho. – Levantei a garrafa e tomei um gole. Ele ri e balança a cabeça.

-Cade a amiga e o Leonel?

-Não sei, vou até ligar pra eles. – Disse me ajeitando para voltar a sala. Ele seguiu em frente e eu fui para a sala.

Voltei e entreguei a cerveja para a Anne. Peguei meu celular e pedi licença para as meninas, me afastei e liguei para o Leonel.

-Onde o senhor gatinho se encontra? – Perguntei e ele ri.

-Se encontra dirigindo para a casa do macho alfa, ver a gatinha. – Nos tratávamos como “gatinho” e “gatinha”. Eu ri disso.

-Macho alfa? – Comecei a gargalhar.

-Que foi? E não é? – Ele pergunta.

-Ta na handsfree? – Perguntei.

-Óbvio. – Ele diz.

-Quanto ao macho alfa. – Enfatizei o “macho alfa”. – Eu acho que deve ser, sei lá. – Disse e ele riu gostosamente.

-O que faz dele um macho alfa? – Perguntei curiosa.

-Nossa! Pelo que vi ele é bem sem vergonha, e confiante, acho que ele é do tipo que conquista as mulheres com a lábia. – Definindo o Bruno. Comecei a rir.

-Também acho. – Concordei e ele ri. – Mas você também não é assim? – Perguntei e ele fica quieto.

-É di-diferente. – Ele gagueja me fazendo dar gargalhada. – Eu sou assim somente com mulheres que acho interessante, e quando estou com uma, é só aquela. – Ele diz e eu paro de rir.

-Então também é um macho alfa. – Disse.

-Gatinha, estou chegando, vou desligar e já bato ai na porta. – Ele diz.

-Tudo bem gatinho, beijos. – Desliguei a ligação e procurei o número da Zoe para ver onde ela estava.

Zoe é diferente de eu e Anne, ela tem carro. Ainda não falei muito dela. Bom, ela é loira, tem olhos claros, um pouco mais alta que eu, um corpo de dar inveja a muitas mulheres, ela malha a 3 anos, mas só malha por deixar o corpo em dia e não para ficar “marombada”. Ela é querida, meiga, delicada, mas tem assuntos interessantes. Ela trabalha somente de manhã também, em um consultório de dentista. Ela atende.

-Alô. – Diz sua voz perdida no espaço.

-Posso saber onde a senhora está? – Perguntei e ela ri.

-Ai, não tinha visto o seu número quando atendi Mich. – Ela mesmo ri. – Eu estou a caminho, quando estiver chegando eu te ligo.

-Tudo bem então. – Falei. – Até. – Desliguei.

Voltei para a sala e me juntei no grupo de meninas, conversando sobre seus maridos/namorados.

-Mas o Ryan é querido. – Diz Pres.

-É, mas acho que ele não é de plena confiança para engatar num relacionamento sério. – Anne diz torcendo os lábios, mas falando com convicção.

-Nunca vai saber se não tentar. – Me intrometi. – Desculpa chegar assim. – Falei e elas riram.

-E você e o Bruno? – Pergunta Tahiti me fazendo gargalhar.

-Nós o que? – Perguntei fingindo não entender.

-Não se faz, vocês se gostavam antes. – Tiara diz fingindo estar sem paciência.

-Nós eramos melhores amigos, e outra, eramos crianças. – Enfatizei o crianças.

-Ela não admiti, não adianta. – Anne revira os olhos.

-Admitir o que? – Perguntei.

-Que você gostava dele. – Pres completa.

-Gente, eu gostava, no passado, de não gosto mais. – Falei e comecei a rir sem graça.

-Isso não me convence. – Jaime me olha. Ela sempre sabe da verdade, incrível.

-Você nunca vai saber se não tentar, Mich. – Anne rebati com o olhar matador pra cima de mim, comecei a rir.

-Eu acho que vocês estão voando muito alto. – Falei me levantando novamente. – Vou ver se o Leonel chegou.

Me afastei delas e voltei para a porta, abri ela e fiquei na área cuidando o movimento, que não era tão grande assim. Ali era um ponto alto, aquele condomínio era bem grande e um ponto bem alto mesmo. De lá conseguíamos ver grande parte da cidade, até o letreiro de Hoolywood, bem de longe. Nem vi o Leonel chegar, quando me dei por conta ele estava quase na minha frente.

-Boa noite gatinha. – Ele diz com um sorriso lindo.

-Ótima noite gatinho. – Falei dando um beijo no rosto dele.

-Você está linda. – Ele diz me olhando de cima a baixo.

-Você também. – Falei puxando ele pelo braço, delicadamente.

Levei ele até a sala. Chamei a atenção das meninas. Ali estavam Anne, Tiara, Presley, Jaime, Tahiti, Cindia, Liss, e a namorada do Dre, Ellie. Apresentei o nome uma a uma e disse:

-Esse é meu amigo, lindo maravilhoso, Leonel. – Falei e elas sorriram cumprimentando ele.

-Acho que tenho que voltar no carro. – Ele disse desnorteado.

-As mulheres não vão te morder. – Falei rindo.

-Não por isso, mas esqueci o teu presente e o presente da Anne lá dentro. – Ele diz voltando para a porta.

-Tudo bem, espero aqui.- Falei.

Leonel voltou logo e pos os presentes na árvore que estava totalmente cheia. Fui levar ele até os fundos, onde estavam as crianças e os homens, nossa e como tinha homens, olhei meio sem acreditar, mas depois que me toquei que eu estava na casa do Bruno, o pai dele conversando com os meninos também. Coloquei o Leonel na roda e cheguei ao lado de Bruno e seu pai, entre eles, cutuquei o Bruno e olhei para o pai dele.

-Ah, pai, se lembra da Mich? – Ele diz colocando a mão no meu ombro, eu estava sorrindo.

-Meu Deus, Michelle? – Ele aperta os olhos me olhando. – Menina como você cresceu, quanto tempo! – Ele diz rente ao meu ouvido, me dando um abraço.

-Que saudades suas. – Falei.

-Saudades de vocês deixando a casa de cabeça pra baixo. – Ele diz sorrindo.

-Nem era tanto. – Falei e ele ri.

-Mich, estão lhe chamando. – Phred diz apontando para a porta de vidro. Olhei e vi a Zoe embrulhada em um vestido verde esmeralda, curto e muito lindo.

Cumprimentei ela e levei até as meninas, apresentando ela pra elas. Fomos todas para a cozinha e começamos a ver as comidas, se tudo estava direitinho. O jantar foi servido, a mesa posta bem grande, e uma mesa na cozinha, que abrigou a todos nós. Conversamos e recolhemos as coisas para por na cozinha. As tarefas foram dividas, assim rapidinho terminamos de arrumar. A música rolava alta agora. Da sala de jantar a mesa foi tirada, e posta para o quintal, que agora estava com as velas acesas, boiando pela piscina. E da sala de jantar, virou uma pista de dança. Com luz apagada e tudo. As meninas se divertiam com os meninos, Zoe estava se “achando”, Leonel também.

Ninguém estava dançando muito ainda, pois era quase meia noite. Fomos todos para a sala de estar, e ficamos lá.

-5, 4, 3, 2, 1....Feliz natal. – Falamos bem alto todos em um coral.

O primeiro abraço que recebi foi da Anne, que ficou um bom tempo abraçada comigo.

-Saudades da tia. – Falei no ouvido dela.

-Demais. – Ela concorda.

Nos recompusemos e desvencilhamos. Dei um abraço no Leonel que entregou meu presente, uma linda camisa, agradeci e fui dando abraço em todos. Feliz natal e feliz natal pra tudo quanto era lindo, estava lindo de se ver.

-Feliz natal. – Bruno diz abrindo os braços para me abraçar.

-Feliz natal. – Falei nos seus braços assim que nos abraçamos.

-Estou feliz em poder passar o natal com você. – Ele diz perto do meu ouvido.

-Eu também, você não faz ideia. – Falei e ouço a risada dele, gostosa, no meu ouvido.

-Vou pegar seu presente. – Ele diz virando de costas.

Peguei o dele também.

-Aqui. – Ele me entrega o pacote prateado, e eu entrego o meu, um simples e pequeno pacote vermelho. O meu presente a ele era um anel dourado, que achei em uma joalheira, muito lindo. Abri o dele e tinha uma bolsa, preta, da Chanel, meus olhos brilharam.

-Eu adorei esse anel, sem palavras.  – Ele diz colocando o anel no dedo e admirando-o.

-Que bom que gostou,porque eu não sabia o que comprar pra você. – Diz meio sem jeito. – Amei seu presente. – Falei olhando para a bolsa.

-Sabe que sua presença aqui já é um presente né? – Ele diz com um sorriso lindo, encarei ele, mesmo com os rostos bem longe, eu olhei aqueles olhos amendoados, os mesmos que sempre adorei, dei um sorriso e ele retribuiu.

-Agora minha vez de abraçar minha pequena. – Diz Zoe me abraçando.

Resumindo os abraços, foram muitos. Resumindo os presentes, foram muitos também. Peguei todos presentes que ganhei e pus todos no quarto, perto da minha bolsa. Depois iria ver com calma os presentes. As crianças estavam alvoroçadas com os presentes delas, nós adultos, voltamos para a sala de jantar, e a música ainda tocava.

Peguei uma bebida pra mim, e fui para a sala também. Balançava meu corpo de um lado para o outro, até tocar “Se joga”. Música brasileira com música americana. Olhei para Anne e comecei a dançar perto dela, as meninas olhavam como nós dançávamos. Na parte “me engole, me sente, respira, me excita”, dançamos mais provocantes, uma de frente pra outra, encaixando nossas pernas e requebrando até o chão. A atenção agora era virada pra mim e pra ela.

Depois dessa música, que me desencadeou, dancei um monte de outras. Sai para respirar um pouco, e fui até os fundos, as crianças todas já dormiam.

-Pegando um ar então. – Me assusta a voz do Bruno, olhei para trás e ele vinha em minha direção.

-Não poderia ficar sem pegar nada, não é. – Brinquei e ele riu.

-Não pega porque não quer. – Ele para ao meu lado, olhando para o nada, olhei pra ele e balancei a cabeça. Seria muito, se fosse o que estava imaginando, mas não custa tentar.

-Quem que eu pegaria? – Perguntei.

-O Leonel. – Ele responde, sabia! – Ou eu. – Ele complementa, e solta um riso.

-Por um momento, pensei que estivesse falando sério. – Falei entre risos.

-Mas eu estou. – Ele diz ficando de frente para mim.

-Bruno! – Falei olhando para o seu rosto.

Admito que agora mais que nunca eu queria que aquele beijo saísse. Continuei olhando pra ele, e sem mais nenhuma palavra, ele pôs sua mão na minha nuca, e me puxando de leve para frente, encostamos a ponta dos nossos narizes. Gelei meu corpo inteiro. Conseguia ouvir a música que tocava lá dentro, Internacional love. Deixei acontecer, tocamos nossos lábios pela primeira vez. Logo depois do selinho, dando abertura para um beijo. Sua língua encostando na minha, procurando um refúgio na minha boca, quem sabe um abrigo, sem pressa, apenas curtindo, estava me dando vontade de ter ele mais do que nunca. Me empurrando para a parede, imperceptivelmente  colamos nossos corpos completamente. O beijo foi em ritmo acelerado agora. Uma das suas mãos desceu para minha cintura, segurando ela fortemente. Minha mão em suas costas.

Caramba, eu estou beijando meu melhor amigo de infância, aquele que eu fui apaixonada. Quanta loucura. Eu que não iria quebrar o beijo, então continuei aproveitando o momento.

-WE FOUND LOVE IN A HOPEPLESS PLACEEEE. – Alguém canta da cozinha,muito bêbado por sinal, fazendo a gente quebrar o beijo e cair na gargalhada.

-Quem fez isso? – Perguntei ainda rindo da pessoa.

-Não faço ideia. – Ele disse entre risos.

-Vamos entrar? – Perguntei e ele assenti positivamente com a cabeça.

Ele me deixou ir na frente e ele veio logo atrás.