- Triste com a quantidade de comentários que caiu demais! Vou começar a demorar mais.
Depois das meninas se ajeitarem com tudo, era à hora
de nos arrumar-mos. Entrei para o chuveiro primeiramente que elas, tomei um
rápido banho deixando a água banhar minha pele e levar junto as coisas ruins.
Me enrolei na toalha e sai do banheiro.
-Mas eu acho melhor nós irmos de táxi, pra não
atrapalhar vocês. – Anne estava falando no telefone. – Tudo bem, então vamos
esperar vocês ás nove horas. – Ela ri no telefone, acho que estava falando com
o Ryan.
Vou para o eu quarto, enrolo a toalha nos meus
cabelos, e seco meu corpo com a outra. Coloquei minhas roupas intimas, que por
pedido das meninas teria que ser conjunto para caso eu e o Bruno irmos para a
cama. Confesso que adorei a ideia, mas vamos aproveitar um pouco a festa.
Enquanto passava hidratante no corpo, fiquei olhando
para o vestido que estava sobre a cama. Eu amei aquele vestido demais, era
lindo, e a mascara que achei combinava perfeitamente com ele. Fiz a maquiagem.
Nada de muito chamativo, apenas algo mais básico. O cabelo sequei, prendi ele
num coque bagunçado, mais despojado pra situação. Passei perfume, e coloquei
meu vestido, finalmente. Calcei meus sapatos e pus meu bracelete. Me olhei
trinta vezes no espelho, dava uma ajeitada sempre no vestido, para conferir.
Olhei no relógio, eram quinze para as nove. Não sei que horas Bruno iria vir me
buscar.
Peguei a mascara e minha bolsa de mão, e fui pra sala.
-Ui, poderosa. – Anne estava com seu vestido rosa e
preto, arrumando algo no seu sapato.
-Fazer o que né. – Ela põe a língua.
-Acho que alguém não quer impressionar só o Bruno. –
Zoe chega por trás de mim, abaixando o meu vestido.
-Heey. – Chamei a atenção dela. – Eu não quero
impressionar ninguém. – Falei e ela ri.
-Eu sou o Tio San. – Ela da de ombros.
-Apesar que os dois são bem parecidos. – Anne diz
pensativa.
-Quem? O Bruno e a Mich? – Pergunta Zoe.
-Não, você e o Tio San... Só falta a barba. – Anne
estava num humor que só vendo.
Rimos muito com o comentário dela. Retoquei meu batom
enquanto Zoe fechava todas as janelas do apartamento e Anne ligava para o Ryan.
-Ele já está quase aqui, vamos ir descendo? – Pergunta
Anne desligando o telefone.
-Por mim vamos! – Zoe diz prontamente.
-Vamos Mich? – Anne já estava com a mão na maçaneta.
-Não gente, eu vou ir com o Bruno, tenho que esperar
ele. – Sorri.
-Tem certeza? – Pergunta Zoe.
-Absoluta, tenho que ir com o meu par né. – Revirei os
olhos e elas riram.
-Vai com nós, lá você procura ele!
-Não, melhor não. Combinei com ele ontem, dele me
pegar aqui, daqui a pouco ele deve estar chegando.
-Então nos encontramos lá? – Pergunta Anne, abrindo a
porta.
-Com certeza. – Concordei.
-Okay, qualquer coisa nos liga. – Diz Zoe saindo porta
afora.
Sentei no sofá, largando minha mascara e minha bolsa
ao lado. Peguei meu celular e disquei o número do Bruno. Uma vez, caixa postal.
Segunda vez, caixa postal. Terceira vez, caixa postal... Assim até eu ligar
pela décima sétima vez e ainda e ainda estava desligado.
-Vou esperar mais um pouco. – Resmunguei baixinho.
Me ajeitei no sofá, ficando com as costas relaxadas e
o corpo confortável. Evitei olhar para o celular para ver as horas, afinal se
eu visse ficaria mais nervosa... Já falei que sou extremamente impaciente com
horários? Que gosto de pontualidade... Pois é, eu gosto!
Olhei para o teto e fiquei pensando em como vai ser
essa festa. Acho que perdi um belo tempo assim, que até sono estava me dando.
Desisti de não olhar as horas, peguei o celular e estava marcando quinze para
as dez! Caramba, isso que ele marcou nove e quinze – Resmunguei sozinha.
Será que aconteceu algo com ele? O celular desligado,
sem noticias... Peguei meu celular e disquei o número dele novamente, e de novo
deu desligado. Droga! O que será que houve? Um acidente? ... Para Michelle, não
pensa no pior... Péssima mania.
Fechei a porta do apartamento, verifiquei as coisas
que tinham em minha pequena bolsa... Chave, cartão, identidade, celular e meu
batom. Na outra mão, minha mascara. Desci as escadas e procurei um táxi ali por
perto, mas nada de passar algum liberado. Andei em direção da estação, mas bem
em frente tinha um táxi, em que estava saindo uma senhora de idade. Entrei
nele.
-Boa noite, Mullholand por favor! – Pedi
encarecidamente ao motorista.
Ele correu nas ruas de Los Angeles. Chegamos na rua e
eu logo reconheci o condomínio do Bruno. Apontei á ele e o paguei. Desci do
carro e me identifiquei, o guarda deixou eu entrar, afinal já entrei outras
vezes aqui.
-Sabe me dizer se o Bruno já saiu? – Perguntei a ele,
logo que passei pelo portão.
-Não senhora, ele nem saiu hoje. – Responde,
simpaticamente.
-Obrigada. – Agradeço sorridente.
Caminhei em direção da casa. Tinha uma luz acessa,
provavelmente a da sala. Cheguei perto da porta e ouvi um belo som de Jazz, e
cheiro de vinho. Ele deve ter bebido e caído duro no chão. – Pensei.
Bati três vezes consecutivas na porta e ouvi passos.
-Mich? – Ele abriu a porta! Estava com uma camisa
social branca, e uma calça social preta. O cabelo bagunçado, entre cachos
lindos e bem formados.
-Pensei que tivesse acontecido algo. – Comentei
sorrindo! Estava feliz por não ter acontecido nada de mal a ele.
-É que ... Bom, quer entrar? – Convidou-me e assim
fiz. – Me desculpa.
-Pensei em coisas horríveis, só porque não atendeu o
telefone. Que bobagem. – Revirei os olhos, e dei uma risadinha graciosa, ele ri
nervosamente. – Está pronto? – Perguntei e ele respira fundo.
-Sabe o que é... Eu não vou ir. – Ele da uma cocadinha
na cabeça.
-Está tudo bem?
-Está sim, é que...
-Bruno, que demora amor... – Ouvi uma voz feminina,
olhei para a entrada da sala e vi uma linda morena, com cabelos cacheados, com
um vestido vermelho vinho em detalhes preto de renda. Ela vem em nossa direção.
-Mich, essa é Blair... Blair, essa é a Mich, minha
amiga. – Ele sorri.
-Prazer, Mich. – Ela me cumprimenta com um sorriso, o
pior de tudo, não vi falsidade no sorriso, não parecia ser forçado. Acho que
estou interrompendo algo.
-Prazer. – Sorri de volta, olhei para Bruno que estava
olhando para a menina.
-Bom eu vou indo então, já que não vai. – Falei. Dei
um sorriso tão fraco, que nem eu mesma acreditei que estava sorrindo.
-Não quer beber algo conosco? – Pergunta, Blair.
-Não, obrigada. Eu tenho uma festa pra ir. – Sorri pra
ela.
-Eu te acompanho até a porta. – Ele diz.
-Tchau Blair, prazer. – Disse enquanto caminhava. Ela
me deu tchau normalmente e se foi para a sala.
Bruno abriu a porta e eu sai, ele ficou parado na
porta.
-Mich, me desculpa...
-Tudo bem Bruno. – Não, não estava nada bem, mas eu
não tenho direito de falar nada, apenas sorria Michelle!
-É que ela chegou aqui...
-E você não pode me ligar... Tudo bem, Bruno! Eu vou
indo.
-Boa festa. – Ele sorri e passa a mão levemente pelo
meu braço, esquivei-me dele.
Andei em frente e meu coração se esvaziou quando ouvi
o barulho da porta fechando. Não quis virar pra trás, não quero correr risco de
chorar por isso, mas está quase impossível. Segui pelo caminho de árvores do
enorme condomínio. Andando devagar, vi o brilho da noite, e a lua maravilhosa
iluminando a cidade, uma noite que poderia ser mágica pra mim, uma noite que eu
poderia pela primeira vez provar do gosto de um baile.
Um carro vem na minha direção, com os faróis acessos,
coloquei meu braço sobre a testa, protegendo meus olhos.
-Mich! – Ouvi uma voz quando o carro parou, virei pra
trás e não vinha ninguém. Olhei novamente para frente e o Leonel estava ali.
Ele parecia ter caído dos céus, estava com uma camisa branca social, calça
preta social também, e uma gravata preta, um pouco bagunçada.
-Leo? – Perguntei e ele dá uma corridinha na minha
direção.
-O que houve? – Ele pergunta-me, envolvendo-me com um
abraço.
-Nada. – Minha voz chorosa não ajudou em nada no
momento.
-Vamos para o carro. – Ele coloca sua mão na minha
cintura, parando ao meu lado, me ajudando a caminhar. Eu não tinha nada demais
para caminhar, apenas queria caminhar devagar, sem pressa.
Entrei no carro e ele no banco do motorista, evitei o
choro, não queria chorar pelo Bruno, não agora, nunca. Leonel me olhou por um
bom tempo, me deixando constrangida.
-O que ele fez? – Leo perguntou com desdém.
-Nada... – Resolvi falar. – Eu esperei ele para a
festa, e ele não me atendia, pensei que tivesse acontecido algo com ele, daí
quando cheguei aqui preocupada, ele estava com uma mulher ali.
-Nossa! – Sabia que ele ficaria sem palavras. – O que
você falou pra ele?
-Falei que estava indo pra festa.
-Não brigou nem nada?
-Não consigo. – Reclamei baixinho.
Ficamos um breve tempo em completo silencio.
-Vamos a festa, você vai como o meu par. – Ele sorri.
Olhei para ele de imediato.
-Não pode fazer isso, e a Zoe? – Perguntei.
-Eu vou ligar pra ela.
Ele sai com o carro do condomínio. Ligou para a Anne
mas só chamou, assim que ligou para Zoe, ela atendeu. Ele perguntou se ela
poderia entrar com um dos meninos na festa, que depois eles se encontrariam lá,
ela respondeu que tudo bem. Perguntou se eu estava com ele, e ele disse que
sim.
-Como sabia que eu estava ali? – Curiosamente
perguntei.
-Estavamos todos perto da festa, demos conta da sua
demora, e ligamos para o Bruno, o celular estava desligado, elas pediram que eu
te ligasse, mas só chamou...
-Deveria ser na hora que eu estava no táxi. – Falei
baixinho para mim mesma.
-Enfim, Anne perguntou se eu poderia ir ver se você
estava em casa, mas eu passei lá e não tinha ninguém, ai vim o mais rápido
possível pra cá, que foi onde deduzi que pudesse estar.
-Tudo isso por mim? – Perguntei em tom de humor e ele
ri.
-Claro!
Chegamos em frente a festa. Estava tudo decorado com
bordô, preto e prata. A decoração muito linda. Passamos pela entrada, onde
tinha muitos fotógrafos, e pessoas da mídia fofoqueira. Eu e ele entramos com
uma distancia amigável entre nós. Ele parou para uma foto, na qual me puxou.
Meio sem graça, dei um sorriso. Assim que adentramos o local, foi possível ver
a quantidade grande de pessoas famosas e anominatas e música agitada.
-Se não se sentir a vontade, me fala, que daí vamos
embora. – Ele diz perto do meu ouvido. Assenti positivamente.
-Obrigada. – Agradeci e ele sorri, dando o braço para
eu encaixar nele. Ele pôs sua máscara e eu a minha.
Procuramos no meio da multidão o pessoal, logo depois
de um tempo não ficou difícil achar.
-Oi. – Falei chegando entre eles, Anne rapidamente me
olhou, olhou para trás de mim, acho que por não ver o Bruno, ela me abraçou.
-Ele te deu um bolo? – Perguntou ela nos meus ouvidos.
-É. – Respondi desanimadamente.
Deixei as coisas de lado. As coisas digo minha cara de
não-animada, minha carranca sobre o ocorrido. Pus um sorriso no rosto, e
comecei a dançar com os meninos.
Dancei tudo quanto era tipo de música, mas parecia que
o tempo passava super rápido, quando eu olhei no relógio, apenas tinham se
passado meia hora. Eu deixava meu corpo no embalo da música, deixava meu
quadril se espalhar, e descer sensualmente. Eu poderia estar fazendo isso por
impulso, mas era o que eu precisava no momento.
Ao som de Rihanna, eu me aproximei do pessoal em
rodinha e começamos a dançar. Agora todos acompanhavam nós mulheres até o chão,
Ryan nem por um segundo tirou os olhos da Anne, e ela como não é boba, não
deixou de provoca-lo. Zoe estava atraindo olhares do Phred e do Kam, que até
então gostava de olhar para Anne, mas depois que viu que ali já tinha “dono”,
desistiu.
-Quer beber algo? – Pergunta Leonel para mim.
-Quero!
-O que?
-Vodka! Pura! – Respondi sem intervalos, ele me olhou
no fundo dos olhos, senti um arrepio passar pela minha espinha.
-Tem certeza?
-Absoluta! – Respondi em plena certeza.
Leonel voltou com Phred da copa, trazendo bebidas, uma
delas era minha vodka.
-Não quero que se embebede. – Ele me entrega o copo
com o recado.
-Pode deixar. – Assenti.
Bebi três goles. Olha eu, bebendo vodka pura? Porque?
Me estragando? Deixando meu fígado péssimo, pra depois mostrar a vitória do meu
coração partido! A quem eu estou querendo enganar, eu fiquei mal pelo que vi,
meu coração está remoído, não sei quanto tempo mais assim irei aguentar. Olhei para a geral da festa, todos se
divertindo, e se o Bruni viesse comigo, eu estaria me divertindo assim também?
Eu estaria sorrindo de verdade como todos?
Larguei o copo na mão da Zoe, que dançava
empolgantemente. Passei por todos e cheguei na frente do Leo, abaixei a cabeça
e ele ficou me olhando. Abri meus braços e pedi seu aconchego.
-O que houve? – Ele pergunta afagando meus cabelos.
-Me leva embora daqui, por favor. – Implorei a ele.
-Tudo bem, vou avisar o pessoal. – Ele tenta
desvencilhar do meu abraço.
-Não avisa pra ninguém, só me leva daqui. – Pedi
novamente em suplica e assim ele fez.
Me abraçou de lado e saímos de fininho da festa. Aguentei o máximo que pude com as lagrimas. Passamos pela saída e fomos em
direção ao carro dele. Abriu a porta do passageiro e eu entrei. Ele demorou um
pouquinho para entrar no carro, e esse pouquinho já me ajudou em muito. Me
ajudou a desabar de vez.
Eu só queria entender o que eu fiz! Porque tudo isso
acaba acontecendo comigo,eu preferia que o sentimento que eu tinha pelo Bruno
tivesse morrido de vez, do que chegar ao ponto de chorar por ele. Senti a
lágrima rolar dos meus olhos. Michelle chorando por um homem, que nem namorado
seu é, que beleza. Me sinto inútil, fútil, fácil. Alguém que se rende muito
fácil... Eu sei quem o Bruno é agora, ou quem ele está fingindo ser. Já não
basta a primeira vez que dormimos juntos, ele ter me expulsado do seu quarto,
depois ter fingido que nada estava acontecendo, passar a mão na boca depois de
um beijo meu, me chamar de empecilho praticamente. Eu era o que? O lanche dele?
A substituta...
-Mich, eu vou... – Leo entra no carro e rapidamente eu
enxugo minhas lágrimas com a blusa. – Mich, o que houve? Não chora, por favor!
– Leo implora, sentando no banco do motorista. Enquanto ele fechava a porta, eu
tirei rapidamente os sapatos e me encolhi no banco. – Por favor. – Ele pede
novamente, agora pegando minhas mãos para segurar.
-Eu amo ele, Leo, eu amo. – Eu precisava falar isso
pra alguém. Leo me olhou e torceu os lábios.
-A pior coisa é amar quem não nos ama. – Ele continua
com os lábios torcidos. Ele estava falando isso por sua ex mulher, mas ele que
errou com ela. Isso é uma pena, mas agora eu não conseguia pensar nele, meu
lado egoísta só me fazia pensar no que fazer.
-Me tira daqui. – Pedi novamente.
-Vou te levar pra minha casa, tudo bem? – Pergunta ele
se ajeitando na direção. Assenti.
O carro arrancou pela rua cantando pneu. Olhei pela
janela deixando as lágrimas caírem livremente, não impedia nada no momento.
Estava com raiva do Bruno, com ódio dele, mas eu sei que no momento que ele me
olhar eu vou ceder. Só queria entender o porque ele prometeu mil e umas coisas
ontem, me fez acreditar que esse seria o baile da minha vida, e no final das
contas, pra que? Me ver chorar? Ele se alimentava dessas malditas lágrimas?
Chegamos em frente de uma casa grande, eu nunca tinha
ido na casa do Leo, e também não estava no clima para reparar em nada. Desci do
carro assim que ele abriu a porta pra mim, peguei meus sapatos nas mãos e
larguei a mascara no carro mesmo, peguei minha bolsa e ao lado dele, caminhei
em direção a casa.
Sentei no sofá.
-Quer beber alguma coisa?
-Não.
-Mich... – Ele iria falar alguma coisa, mas acho que
se arrependeu.
-Eu sou burra Leo, burra! – Fiquei com raiva de mim
mesma.
-Não faz assim com você.
-Eu sou, eu não tinha nada que confundir amizade com
amor.
-Todos um dia deslizam.
-Mas pra mim, isso ta se tornando fatal. – Reclamei.
-O que ta sentindo? – Ele se senta ao meu lado.
-Dor. – Olhei pra ele, que fez um gesto para que me
escorasse sobre seu peito.
-E o que mais?
-Raiva, ódio. – Cerrei os dentes.
-O que queria dizer pra ele?
-Dizer que eu odeio ele com todas as minhas forças,
dizer que eu não quero que ele se aproxime mais de mim, ao não ser como amigos.
-E na realidade o que diria?
-Cederia e diria que o amo. – Hã? Fiquei impressionada
com minha resposta. – Não, espera! Claro que não falaria isso...
-Falaria sim. Você ama ele Michelle.
-Mas e o que eu faço? Amor requer duas partes! –
Perguntei me afagando mais em seu colo.
-Seja resistente, mostra a ele que você é forte. – Leo
me encoraja, pouco a pouco. – Eu acredito que você possa fazer isso Mich, eu
sei que pode!
-Eu estou despejando lágrimas de anos, Leo. –
Embargadamente minha voz saiu. Ele faz um “shiu” com os lábios e afaga meus
cabelos, dando um beijo na minha testa.
Por um longo tempo fitei o nada. Queria tanto não
sentir nada, ter um bloqueio que impedisse quebrar a cara quando se trata de
amor. Amor é uma palavra forte, eu sei, mas eu tenho mais que certeza que amo o
Bruno. Algo que durante dez anos não apagou, o que mais pode ser? Caíram mais
lágrimas dos meus olhos. É,pode ser bobagem, mas eu vou comparar a dor que
estou sentindo, como a de quando você tem dor de dente... Sabe, no inicio
começa bem devagar, só fica roendo pelos cantos, fisgando umas dores aqui,
outras ali, daqui a pouco a dor começa a aumentar, latejando por tudo, você
fecha os olhos assim que toma um remédio, e naquele momento você deseja não ter
um dente.
É isso! Eu desejava não ter um coração nessa hora!
-Me faz parar de chorar, por favor! – Suplico em voz
baixa pra ele. Ele estala os lábios e fica pensativo.
-Vamos dançar. – Ele se levanta.
-Dançar? – Perguntei já sentindo meu corpo cansado.
Ele não dá a mínima pro que perguntei e vai até o rádio dele.
-Veeeem! – Começa a tocar In the dark! Adoro essa
música, como iria recusar. Isso seria bom pra tirar esses pensamentos da
cabeça.
-Vou pegar vinho! – Ele diz, passando por mim. Fiquei
pulando feito louca, até ele chegar com dois copos. – Whisky. – Ele entrega um
copo pra mim.
-Quer me embebedar? – Perguntei e ele gargalha.
-Importa agora?
-Importa. – Dei de ombros. – Um brinde, á todas as
pedras no nosso caminho, que vamos chutar. – Falei empolgada e ele ri mais
ainda.
-Você é louca. – Ele ergue a taça e brindamos.
-Muitoooo! – Concordei, bebendo do whisky,
aparentemente bem caro.
+++++
Fizemos nossa festa ali, Leo estava empolgado, acho
que bebemos toda a garrafa de Whisky, que estava completamente cheia. Agora
começou a tocar uma música lenta. Peguei meu copo e comecei a dançar com ele.
-Dança comigo. – Leo tira o copo das minhas mãos.
Peguei nas mãos dele e ele me conduziu numa dança lenta.
-Eu não sei dançar. – Reclamei.
-Sabe. – Retruca ele. Bufei.
-Venceu. – Disse e ele ri. Repousei minha cabeça em
seu peito, que agora só estava com a camisa branca social, pois não queria a
gravata. A respiração dele estava um pouco mais forte que o normal.
Acabou a musica, e novamente tocou In the dark. Me
movimentei pra longe dele, e dessa vez dancei mais sensualmente.
-...me provocando... – Ouvi ele falar sozinho.
Provocando? Eu? Alterada visivelmente pelo álcool? Capaz! Só queria tirar tudo
da minha cabeça, e me concentrar em outras coisas.
Chamei ele com minha mão, gesticulando os dedos, ele
veio dançando em minha direção. Posso falar que naquele momento, era eu ele e
meu desejo aflorado. Enrosquei meus braços no pescoço dele, e começamos a
dançar bem próximos.
-Tem certeza disso que está fazendo? – Ele pergunta.
-Do que estou fazendo não sei, mas do que farei sim!
Me aproximei mais da sua boca, e nos tocamos levemente
em um selinho. Afastei meu rosto, centímetros do dele, e nos encaramos. Eu
enxerguei o Bruno ali, o que eu estava fazendo? Enganando o Leonel, prestes a
beijar ele, e enxergando o Bruno. Fiquei confusa com o seu olhar pairado sobre
o meu.
Inconsequentemente, ele tomou a iniciativa. Tocando
nossos lábios, selando um beijo que estava por vir. Fiquei estática de inicio,
não sabia se respondia. Mas quer saber, se o Bruno está com outras, e nós não
somos nada de casal, então vou aproveitar também. Deixei a língua dele explorar
minha boca, assim como a minha apressadamente explorava a dele. A sensação
prazerosa de um primeiro beijo com ele. Algo tinha no beijo dele, inexplicável,
mas tinha. Não era igual ao do Bruno... Olha que besteira, eu comprando os
beijos. Me acho complicada demais.
Fomos selando isso com vários selinhos, até ele colar
nossas testas e abrir um sorriso.
-Eu esperei bastante por isso. – Leo diz bem baixinho.
-Foi errado. – Fechei os olhos fortemente.
-Eu sei.
-E agora? – Perguntei.
-Nada pode concertar o que já ocorreu.
-Mas eu gostei. – Sorri e vi os lábios dele se
tornarem um terno sorriso.
-Eu também gostei, beija bem. Bruno tem sorte.
-Não. – Pus meu dedo indicador sobre seus lábios. –
Não fala dele, não agora. – Pedi em suplica e ele da um sorriso sem mostrar os
dentes.
-Vou pegar algo para bebermos. – Ele se desvencilha do
meu abraço.
Sentei-me no sofá, olhando para o nada novamente.
Okay! Eu fiz o certo, ou não? Eu queria no momento, mas eu sei que no fundo
queria só porque eu estou magoada com o Bruno, só porque ele está lá
aproveitando a noite dele, com a tal de Blair... E eu estou aqui com o Leo, o
mesmo que sempre está me ajudando, e o mesmo que eu dei vários foras. No momento
em que dei o beijo, eu não pensei! Não pensei que estou machucando a mim mesma.
Meus olhos foram fechando devagar, sentia minhas
pupilas pesadas, vi a imagem do Leo se aproximando com copos, mas não aguentei.
Aaaaaah não faz assim,ela nao pode dormir agora hehehehe Ela bem que poderia aproveitar esse momento e deixar o bruno bobão de lado
ResponderExcluirRaiva do bruno,como ele pode?Idiota!!
ResponderExcluirEla poderia ignorar o máximo possível ele,só pra ele aprender a valorizar oque não sei se ele conseguiria fazer
ResponderExcluirRetiro tudo que eu disse de mal do Leu, até desejar que ele virasse gay! auhsuahuah, ela só serve para ser o melhor amigo da Mich, isso é um fato, mas os dois se aproveitaram do momento, mesmo estando alegrinhos pela bebida... MAS, eu não ligo, pois o Bruno bem que merece um "chifre"! E ah, não demora, por favor, pelo menos me manda uns pedacinhos porque eu sempre comento! :/ Inté! Te amo! <3
ResponderExcluirAi foi muitooo chocante ;)) ela podia ficar uns tempinhos com o Leo rolar um caso pro Bruno sentir um ciuminho.... Espero q o proximo seja Hot pq ela necessita se animar ( o Leo aposto q ja queria a tempos) ;)) adorei sZ
ResponderExcluiraaaaaaaaaaahhhhhhhhh nao acreditooooooooo finalmentee a Mich fez algo de bom kkkkk ameei esse beijoo, muito bem feito u.u e pf repensa sobre a próxima postagem com carinho né :) nao vou aguentar esperar muito tempo
ResponderExcluirEeeeeeeee finalmente estava esperando a tempos esse beijo, tbm acho q ela devia ficar com o Leo.
ResponderExcluirEeeeeeeee finalmente estava esperando a tempos esse beijo, tbm acho q ela devia ficar com o Leo.
ResponderExcluirNão por favor não demora mas como o Bruno pode fazer isso ? Mas ainda bem que ela tem o Leo ...
ResponderExcluirOMG!! Capítulo Mega babadeiro, Bru cada dia mais safado, idiota, canalha, um puto com a Mich.
ResponderExcluirOMG!! Capítulo Mega babadeiro, Bru cada dia mais safado, idiota, canalha, um puto com a Mich.
ResponderExcluirAdooreeii o beijo da Mich e do Leo!! Espero que a partir de agora ela se valorize mais, dê uma esnobada no Bruno também e pense na relação dela com o Leo, pra que ela não faça com ele o que o Bruno faz com ela. E por favor, pense com carinho sobre a postagem dos capítulos. Essa fic é muito mara e eu realmente adoooro, te acompanho desde as outras fics, e vc melhora a cada dia.
ResponderExcluirAi ta muuuuuito legal.Continua looogoo :)
ResponderExcluirai jesussssssssss ate que enfim eles ficaram, kkkkkk bruno ridiculo, cachorro
ResponderExcluirFICA COM O LEEEEEEEEO MICH, SOU SUPER A FAVOR!!!!
ResponderExcluirPosta looogo o novo capitulo!!!!!pf pf
ResponderExcluirposta logooo
ResponderExcluirAcorda menina, acorda meu Deus!!!
ResponderExcluirAaaah sua fic está diva,e desculpa por ñ comentar mas ñ demora ñ :'(
ResponderExcluiro bruno precisa saber desse fica heuhsuheush continuaaaaaaaaaaaa pfvr <3
ResponderExcluirAff Bruno,voce magoou a menina :( Continua logo linda que eu to ansiosa,sua fic é muito boa e voce escreve muito bem !!!
ResponderExcluirAleluiiaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa Rolou beijo dos dois , sabe o q eu acho o bruno ñ merece a Mich quem merece é o Leo
ResponderExcluir