terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Capítulo 71

O tédio de não fazer nada me consumia. Passei um dia olhando para as paredes pensando no que fazer, claro, depois levantei e ajudei minha tia a limpar a casa. Combinamos de sair agora para fazer compras, já que depois Leo irá nos trazer em casa - não por mim, mas acho que ele está tentando conquistar a sogrinha. Coloquei meu par de tênis, uma calça jeans e uma blusa preta de manga comprida. Prendi os cabelos num rabo de cavalo e fui para a sala encontra-la.

-Bom dia. - Falei animada dando um beijo estalado em sua bochecha.

-Bom dia. - Ela reponde sorrindo. - Que bicho mordeu você?

-Ué, porque? - Perguntei abrindo o armário para pegar cereal.

-Porque está animada, com roupa pra sair e tudo.

-Nós combinamos que íamos ao super mercado, esqueceu? - Arqueei a sobrancelha e ela arregalou seus olhos azuis.

-Tinha esquecido. - Ela larga o pano de prato e põe a mão na cabeça. - Vou me arrumar e já desço pra irmos.

-Tudo bem, sem pressa. - Dei de ombros abrindo a geladeira para pegar o leite.

Café da manhã tipicamente americano. Estamos sem waffles, sem cookies, sem panquecas com mel, mas ainda sim temos o restinho do cereal. Foi esse restinho que eu comi, presumo que estejamos sem nada para café.

+++ 

-A senhora vai num mercado, e não num encontro. - Reclamei brincando olhando sua roupa.

-Desculpa minha filha, ta feio assim? Eu tiro. - Ela já ia se virando para ir mudar de roupa.

-Tia, eu falei brincando. É óbvio que não está feio.

Fomos de ônibus, depois voltaríamos de carro. Fiquei pensando nas possibilidades de começar a fazer minha carteira, mas ainda temos a casa pra pagar. E tem meu serviço, que eu estou infeliz, aquilo está um inferno, mas lá ganho muito bem, muito bem mesmo, e não posso perder isso porque depois tenho medo de não poder ajudar nas despesas da casa. Faz uns meses que eu não compro uma peça de roupa nova, um sapato, que não vou ao shopping pra comer algo ou ver um filme. Não estamos vivendo mal, estamos vivendo muito bem, porém não sobra muita coisa para eu dizer "esse dinheiro é pra comprar roupa e satisfazer meus caprichos". Ai penso mais em terminar a auto escola, essa é a parte pior...

-Em que tanto pensa? - Minha tia pega o carrinho do super mercado assim que pergunta.

-Na vida. - Respondo distante.

-No Bruno?

-Nem passou ele pela minha cabeça, mas não, não é ele. - Tinha esquecido por alguns momentos o Bruno, acho que estou melhorando nessa coisa de não pensar mais nele, de esquecer de vez. Mas agora que minha tia falou nele bateu a curiosidade de saber se ele está bem mesmo, se ele está bem com a turnê, em que parte do mundo ele está... Eu sei que podem interpretar errado isso, mas eu gosto dele, ainda tem uma parte de mim que pensa nele, mas eu estou mais que decidida que nunca mais vamos voltar. O que ele fez pra mim, pra nenhuma outra mulher se faz, ele me usou, ele me fez de idiota... não quero pensar nessas coisas.

-Falei no nome dele e seus pensamentos foram bem longe hein. - Ela comenta. Minha tia é sensitiva?

-Não temos mais nada, e não vamos ter nunca mais.

-Não devemos usar a palavra nunca quando não temos plena certeza.

-Mas eu tenho certeza. - falei um pouco mais alto e percebi que já estava me alterando, isso não é bom.

-Tudo bem... Levo quais legumes?

Fomos conversando sobre outras coisas, mas o fato de termos falado do Bruno doeu meu peito, não... não foi dor, foi um aperto como se estivesse faltando aquela parte, mas isso passa com o tempo. Eu me acostumei a viver dez anos sem ele, vou superar isso fácil, e estou indo melhor que imaginava.

Minha tia ia de um lado para o outro, mas tudo que víamos ela pensava em mil possibilidades se íamos usar ou não. Não estávamos esbanjando dinheiro, mas ela disse que estava cansada de economizar seu dinheiro.

Bruno Pov's 

Chegando na bendita Los Angeles.

Minha semana foi tão distraída com esse negócio da turnê que eu nem tive de pensar em coisas que me atingissem, a certo uma que me pegou desprevenido. Pres me ligou disse que as meninas estão se distanciando, que elas quase nem passam tempo juntas, e que as músicas estão de mau a pior. Eu não quero ajuda-las, pois acho que as quatro tem muito talento e podem conseguir sozinhas uma fama incrível e não vão ficar conhecidas apenas como "as irmãs do Mars".

Enfim, assunto foi resolvido. No meu show, o último antes de virmos pra LA novamente eu cantei uma música, e até agora estou com ela na cabeça.

Eu sei que vacilei com a Mich, eu admito, mas tem algo que não quer sair do meu peito, essa sensação de vazio, de isolação. No twitter vi algumas fãs falando dela, dizendo que ela não me levou pra nenhum mal caminho e nem me proibiu de fazer minhas coisas. Tenho que admitir, Michelle era a melhor namorada. Ela nunca me disse que seria errado fazer tal coisa, ela nunca me pressionou, ela nunca me tirou dinheiro algum, ela sempre vinha e conversava comigo, dava algum conselho... e mais uma vez eu me sinto um idiota quando falo dela. Isso ta virando rotina.

Michelle Pov’s 

Antes de terminar de me arrumar para a festa da Tina, na verdade antes de tomar meu banho, enquanto escolhia com que roupa iria e acessórios, eu peguei o anel que Bruno me deu. Eu sei que não deveria pensar, principalmente depois de algumas semanas, mas no dia em que ele me deu esse anel eu senti que era verdadeiro o que ele me falava, uma das poucas vezes em que ele me mostrou que estava sendo sincero com seus sentimentos.

Não estou sozinha! Mas eu me sinto confusa, a única certeza é que eu não o quero mais como meu namorado, o máximo que posso querer dele é a sua amizade que eu não irei desperdiçar só porque nós erramos em tentar sermos algo a mais, mas ainda resta aquele sentimento de que ele é o que preenche meu peito, aquela sensação de que nada é a mesma coisa sem seu bom dia ou aqueles sorrisos que dávamos ás vezes. 


Quando senti uma única lágrima desabar dos meus olhos previ que era a hora de parar de pensar nisso. Peguei o anel e o segurei sobre meu peito, quase dando um abraço em mim mesma, fechei os olhos e prometi a mim mesma não ficar pensando em coisas que me colocariam pra baixo.

-Quem põe ponto final numa relação com o ódio, e ainda ama, não consegue deixar de sofrer. Eu não irei passar meu tempo pensando em ti. – Larguei o anel sobre minhas outras jóias e quando peguei meu brinco, ele se perdeu no meio de qualquer outra coisa sem valor que ali eu tenho.

Ergui minha cabeça, sou forte, já passei por tanta coisa e não será um namoro que irá me destruir. Fui para o banho e cantarolei a música, talvez uma das mais lindas que possa existir, e que é trilha sonora de um dos filmes mais lindos que talvez eu tenha visto. (Se quiser escutar )

Love can touch us one time and last for a lifetime 

(O amor pode nos tocar uma vez e durar uma vida) 

And never let go till we're gone 

(E nunca nos abandonar até termos partido) 

Love was when I loved you, one true time I hold to 

(Amor foi quando eu amei você, um momento verdadeiro ao qual me seguro) 

In my life we'll always go on 

(Em minha vida nós sempre seguiremos em frente) 

Eu me certifico que ainda não deixei de ama-lo totalmente, mas o tempo que tivemos juntos, tirando ás vezes em que eram tristes, nós sorriamos, e brincávamos como se fossemos adolescentes. Como se nada fosse nos separar, costumávamos sentir isso mais quando estávamos sozinhos, mas eu sentia isso, e isso que importava. Mas a vida precisa seguir em frente.

Near, far, wherever you are 

(Perto, longe, onde quer que você esteja) 

I believe that the heart does go on 

(Creio que o coração segue em frente) 

Once more, you open the door 

(Uma vez mais, você abre a porta) 

And you're here in my heart 

(E você está aqui, no meu coração) 

And my heart will go on and on 

(E o meu coração continuará e continuará) 

Como eu disse antes, talvez eu nunca deixe de gostar dele, só não irei mais tê-lo como um namorado, talvez marido ou pai dos meus filhos, mas eu ainda quero o seu bem, e que longe ou perto ele pense em mim também como sua amiga de infância. (Pode parar a música aqui :) )

Mas o show tem que continuar. Ergui minha cabeça novamente e agradeci mentalmente por não ter chorado e nem caído no chão pensando nas besteiras que eu fiz. Hoje a noite vai ser boa, e vou aproveitar.

Passei creme pelo meu corpo, peguei meus sapatos pretos para combinar com meu vestido preto com alguns detalhes. Ele é colado no meu corpo, e quando olhei para o espelho me senti bem vendo que ele destacou minhas curvas. Eu estava me sentindo uma adolescente novamente, quando ia para a balada com as meninas.

Sentei-me na minha penteadeira e fiz meu penteado antes da maquiagem, claro, tudo básico. Coloquei minha pulseira e antes de sair do quarto dei uma última checada no meu visual. 


-Cinderela, sei que não temos que voltar antes da meia noite, mas também não precisamos sair depois né. – Ouço a voz da Anne e uma risada junto.

-Já vou sair meninas. – Me aproximei do meu guarda roupa para pegar minha pequena bolsinha, a que sempre uso.

-Estamos te esperando na sala. – Grita Zoe.

Pus meu batom, minha identidade e meu cartão de crédito dentro da bolsa, e antes de colocar o celular vi uma mensagem da Tina.

“A noite vai ser maravilhosa, espero que você venha. Beijos” 

Dei um sorriso para o celular e o toquei na bolsa, quando finalmente voltei a me olhar no espelho, ainda estava me sentindo a adolescente rebelde sem causa que está saindo com os colegas da faculdade para beber e comemorar sem nem ter o que comemorar.

-Quero que vocês se cuidem hein. – Minha tia ia dizendo para todos que estavam na sala enquanto eu ia chegando.

-Pode deixar que todos vão se cuidar, eu prometo! – Dei um sorriso e Theo assoviou para mim.

-Se eu não fosse seu irmão, gatinha, você estava perdida. – Ele se aproximou e deu um beijo no meu rosto.

-Está linda. – Sem emitir som, Jake falou. Sorri gratamente.

-Obrigada. – Disse para todos.

-Fizemos a divisão. Mich, você irá com o Jake, Theo e Blair. Eu levarei as meninas. – Leo disse.

-Ok! – Ergui as mãos e saímos.

Fomos em direção ao carro do Jake, paramos na frente dele e Theo me olhou.

-Iria dizer para você ir na frente, mas você está tão sexy que eu não sei quais seriam as intenções do Jake. – Theo me deixa corada de vergonha.

-São as melhores. – Jake se defende.

-Eu não tenho mais 18 anos. – Dei um sorriso sarcástico e abri a porta da frente para entrar.

O caminho foi alegre. Tentamos ir todo o tempo com os carros lado a lado. Tocava algumas músicas dançantes no carro do Jake, mas no do Leo tocava baladas atuais, e estava me instigando a pular de um carro para o outro e dançar loucamente.

Achamos dificuldades para entrar no local da festa, não tinha onde deixarmos os carros. Jake disse que não deixaria em qualquer lugar pois seu pai o mataria se ele perdesse o carro, e Theo fez alguma piadinha sobre o assunto dizendo que eu estava abrindo uma escola de crianças pegando ele. Finalmente conseguimos um estacionamento de uma casa para colocarmos, a casa é de um dos caras que está na festa.

O presente eu já tinha entregue a ela, e ela nos conduziu pela casa toda. Todos pararam em um canto que acharam confortável na rua e eu continuei andando com ela, nos atualizando uma da vida da outra. Ela está trabalhando como estagiária agora, e ganhando a metade do que ganhava lá, mas disse que se sente melhor e menos pressionada.

-E seu namorado, não veio porque? – Óbvio que ela se referia ao Bruno. Revirei os olhos.

-Não é mais meu namorado, estou solteira. – Disse.

-Então vamos beber. – Ela vira-se de costas pra mim ajeitando seu vestido vermelho chamativo e justo ao seu corpo também. – Tenho uma bebida que nos deixará felizes. – Ela grita perto do meu ouvido por causa da música. – Pina colada bambina. – Tina imita um sotaque mais espanhol quando pega duas taças e me entrega uma.

-Posso ficar bêbada com isso. – Digo dando o primeiro gole.

-Isso é o bom de Los Angeles, é uma cidade sem limites. – A música trocou para uma das que eu mais gosto.

Balancei meu corpo levemente e tomei mais goles seguidos da bebida. Cuidei os sofás da sala, já ocupados por casais aparentemente recém formados. Girei meu corpo e vi a divisão entre a sala e a cozinha que estava fechada e um homem muito atraente parado ao lado da porta. Por mais que seja uma festa de aniversário, está cheia como se fosse uma boate de finais de semana.

Terminei minha bebida e falei para Tina que iria para perto dos meus amigos. Assim que saí pela porta recebi um copo vermelho com cerveja. Cheirei bem antes de tomar e a menina que me entregou saiu cantando e dançando. Olhei para o pessoal e vi Theo e Blair dançando agarradinhos e sensualmente, enquanto Leo e Anne se beijavam, Zoe estava no celular escrevendo e Jake olhava para os lados.

-Ninguém veio aqui para ficar parado ou servir de vela, então vamos nos juntar e dançar. – Disse entregando o copo para Jake e os puxando para a sala onde o fluxo de dança estava maior.

A cada copo que iam passando de mão em mão, e as bebidas que eu pegava enquanto dançava loucamente me sentia mais leve e mais feliz. Balançava minha cabeça junto com meu corpo e vi o homem que achei extremamente atraente próximo ao banheiro.

-Vou ao banheiro. – Disse ao Jake e Anne ainda dançava.

-Ok. – Diz ele e volta a dançar com Anne numa distancia significativa.

Passei pelas pessoas dançando, não tinha tanto aperto como numa boate, mas ainda sim tinha muita gente. Olhei fixamente ao homem que achei lindo, seus cabelos curtos num corte bem da moda e castanhos, seus olhos eram um castanho claro ou verdes, não dava pra ver ao certo e sua boca me chamava muito atenção. Entrei no banheiro que por milagre estava vazio.

Dei um tempo para me ver no espelho e voltei para a pista, mas antes que entrasse na multidão, sinto uma mão na minha cintura, descendo para meu quadril. Virei meu rosto na esperança que fosse o homem que olhei antes, mas não era, era um outro estranho com barba mal feita. Bufei sem que ele percebesse e esquivei-me de seus toques. 


Já lá no meio voltei a beber novamente até que pela primeira vez na noite e talvez em muitos anos eu me senti tonta, tonta a ponto de quase cair. Falei ao Jake que queria tirar o salto, mas lembrei-me que é muito relaxamento tira-los em uma festa. Não sei o porque, mas as luzes coloridas que tinha se apagaram e começou um tumulto no meio, muitas risadas e gritos de histeria. Tentei sair do meio e ir pra fora, consegui sair do montim, mas quase cai quando pisei no molhado.

-Michelle, você está bêbada? – Pergunta Anne que nem vi que estava ao meu lado.

-Eu? – Comecei a rir sem nenhum motivo. – Não.

-Está sim. – Ela segura meu braço e me puxa para a rua. Sento-me em um banco e olho para todos dançando e penso que não queria nada mais do que uma bebida

Pedi mais uma, mas Anne recusa-se a me dar. Leo vem na nossa direção e se senta ao meu lado. Eles começam a falar coisas, só vejo seus rostos apreensivos e suas bocas se movendo, no fundo escuto a música bem baixinha, mas o que me prende atenção é minhas pernas doendo por que dancei demais.

+++ 

Dor no corpo, principalmente nas pernas. Estou no meu quarto e com roupas intimas, atirada na cama e ao lado dela um balde cinza. Pra que um balde?

Lembro que noite passada tomei muitas bebidas e dancei demais – está aí o motivo da minha dor nas pernas -, mas não lembro de passar mal e nem lembro em como vim parar no meu quarto e nem como saí daquela festa. Será que paguei algum mico? Tenho sorte de não estar com dor na cabeça.

Bruno Pov’s 

Após o show que fizemos em uma casa de festas fechada para uma festa de aniversário particular, saímos para beber já que estava um tédio aquele lugar. Fomos a um barzinho, onde sentamos todos em mesas que juntamos para fazer uma comprida.

-Também quero rir assim. – Disse após a segunda garrafa de cerveja.

-É que a Zoe está numa festa e disse que só tem gente louca lá. – Phred começa a rir.

-Será que ela também está louca? – Bebi da garrafa zoando com ele de brincadeira.

-Vai se ferrar. – Ele finge indignação.

Continuamos a beber. Quer dizer, eu controlei as bebidas, tomei três garrafas de cerveja, o que pra mim que estou acostumado com coisas mais fortes, não faz nem cócegas. Saímos daquele bar e fomos para a frente de nossos carros. Todos alegres, mas nenhum bêbado. Comentávamos sobre as noites dos shows, as meninas que Ryan pegou em uma noite que teve e sobre minha abstinência.

Eu não estou em abstinência, somente não achei alguém muito sensual para ir pra cama comigo. Phred se afasta de mim assim que começamos a falar, ele pega o celular e ri um pouco, mas depois faz uma cara de preocupado. Parei de olhar para ele e entrei no assunto dos meninos.

-Rapazes, irei pra casa da minha noiva, mas amanhã estarei no estúdio ás três da tarde. – Diz ele e já ia saindo quando dei uma corridinha para alcança-lo.

-Está tudo bem? – Pergunto.

-Está, é só a Michelle que passou da conta na bebida e agora eles estão saindo da festa.

Meus olhos se esbugalharam. Como a Michelle passou da conta se ela nem está mais aqui... Ela não foi embora? Não, Bruno, não pensa nessas coisas.

-Michelle? – Pergunto.

-É cara, sua ex namorada, sua amiga ou ex amiga, sei lá.

-Mas ela tinha ido ao Brasil... – Comentei olhando para o nada.

-Zoe comentou comigo que ela não foi mais. – Ele dá de ombros.

-E você me diz isso agora. – Comento na maior normalidade.

-Eu só soube disso agora. – Ele foi irônico.

-Ok... Onde eles estão?

-Não sei, vou encontrar a Zoe no apartamento dela, mas se quer um conselho, não vá a essa hora na casa da Michelle, por além de encontra-la bêbada e que provavelmente não irá se lembrar muito de você, ainda irá arranjar briga com o irmão dela novamente.

-Cara, eu te amo. – Meu extinto foi de abraça-lo e agradecer pela notícia, eu ganhei minha noite.

Mesmo sabendo que eu não tenho chances com a Michelle e que ela preferia ver o capeta do que me ver na sua frente, fico feliz que ela está aqui em Los Angeles e não precisou sair perto da sua família, eu me sinto menos culpado agora.




  • Gente, eu estou aberta a sugestões. Sério, eu sei o que irá acontecer mais pra frente na fic, mas não sei o que fazer agora. Não quero ter que pular meses para colocar os próximos acontecimentos, então peço encarecidamente que se tiver ideias, por favor, as compartilhe comigo. 
  • Espero que gostem <3 <3 

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Capítulo 70

Michelle Pov’s

Passo pelo portão e enquanto o detector de metais passa por mim, penso que é bobagem eu ir para o Brasil, o que irei fazer lá? Ficarei na mais plena solidão. Meu olhar vasto fica passando por muitas pessoas, e uma fila atrás de mim quer entrar no avião para ir pra lá, mas não tem sentido eu ir. Já resolvi as coisas com o Bruno, já estou “bem”. 


Olhei para o segurança que passou o detector em mim e chamei no canto uma segurança loira com cara de brava.

-Desculpa, qual o seu nome? – Pergunto a ela.

-Mary. – Responde ela.

-Mary, é o seguinte, como eu desisto dessa viagem? – Pergunto. Não vou me arrepender por isso, tenho certeza.

-Você pode passar comigo em um guichê, só não tenho certeza que irá ter seu dinheiro de volta. – Ela torce os lábios.

-Porque?

-Porque eles só devolvem até vinte e quatro horas depois que você comprou a passagem.

-Mas eu comprei hoje mesmo. – Dei um sorriso.

-Então talvez dê algo, me acompanhe.

Ela foi super simpática comigo. Conversamos enquanto íamos até a sala para eu assinar alguns papeis me comprometendo que tinha desistido da viagem. Peguei minha mala, que eles tiveram que tirar do bagageiro e fui ao guichê para efetuar a troca da passagem. De inicio deu complicação, pois comprei a passagem pelo cartão e eles não poderiam efetuar a troca me dando em dinheiro, fiquei esperando alguns minutos e nada. Um gerente falou comigo, e entramos num acordo, ele disse que iria me dar um comprovante e que iria devolver o dinheiro a uma conta corrente.

Por fim tudo de certo. No relógio marcavam quase onze horas, a fome começou a bater na minha porta então fui à praça de alimentação, comi um misto quente com chocolate quente.

+++

Bati na porta duas vezes seguida. Ouço alguns passos cambaleantes andando pela sala, prevejo que não seja minha tia. Alguém olha pelo olho mágico e abre a porta rapidamente com a chave.

Anne com cara de sono, acabada depois de uma luta com a cama para levantar-se e atender a porta na qual eu batia.

-O que está fazendo aqui? Tipo, não era para estar no Brasil? – Ela coça a cabeça, seus cabelos loiros um pouco bagunçados tapam seu rosto por alguns segundos.

-Era, mas eu vi que não fazia sentido concluir essa viagem! – Dei de ombros entrando pela porta.

-Ok, vou voltar a dormir, se vira aí. – Ela se vai em direção dos quartos enquanto eu ligo a televisão, me atiro no sofá e fico passando o dedo pelo controle até achar algum canal que me interessasse.

Minhas malas no meio da sala, queria aproveitar o momento então não fiz questão de levantar para arruma-las o quanto antes, fiz diferente. Pairei sobre um canal de músicas, não gostei e coloquei no próximo. Dava um filme antigo, bem antigo.

Bruno Pov’s

Todos dormiram no avião, eu não.

Não conseguia me concentrar em algo sendo que minha cabeça só ficava pensando na Michelle, se ela está bem, onde o voo dela está sobrevoando, onde ela vai começar a trabalhar lá, com quem ela irá se relacionar, como que via ficar longe da família novamente. E nessas perguntas, só havia uma outra pergunta quase afirmação, que era mais relevante: Foi eu quem fez isso, fui eu quem quis assim, ela está sofrendo agora por culpa única e exclusivamente minha! 


Brincava com meus dedos no ar, enquanto minha cabeça estava encostada no travesseiro. Eu sou o Bruno Mars, não deveria estar reclamando da vida, nem pensando no que fazer, eu deveria viver e viver por mim principalmente.

Levantei-me e caminhei em direção do banheiro do avião. Em outras circunstâncias eu estaria bebendo um copo de vodka pura, ou whisky com duas pedras de gelo, mas eu não quero beber nada agora.

Parei de frente ao espelho, levei um pouco de água em minhas mãos numa conchinha que fiz, e passei-a pelo meu rosto umas duas vezes. Ergui meu corpo e levo um susto quando vejo que Phil está atrás de mim.

-Vai me matar da próxima vez. – Coloquei a mão molhada sobre meu peito.

-Não, longe disso. – Ele ri e ficamos em silêncio logo após. – Quer conversar? – Pergunta ele.

Olhei para o espelho e vi meu semblante nada legal, e metade de mim confuso comigo mesmo. Eu preciso conversar mesmo. Assenti positivamente e fomos à direção da pequena sala de reuniões/sala de estar do próprio avião. Sentei-me em uma das poltronas e coloquei meus pés sobre uma mesinha, ele olhou para a cena e riu. Phil sentou-se afastado de mim.

-Não mordo cara! – Brinquei.

-Vai saber! – Rimos juntos por segundos. – Você não é o tipo de cara que sofre por amor.

-E não estou sofrendo por amor. – Rebato.

-Não? – Pergunta ele arqueando as sobrancelhas.

-Não! – Afirmo fazendo o mesmo gesto.

-Brunão, não engane a si mesmo, é a pior coisa. – Phil revira os olhos e se ajeita na cadeira. – Lembra quando eu me separei da Urbana? – Assenti positivamente. – Eu fiquei mal, mas pensava no fundo que estava mal por causa das crianças, mas era apenas meu orgulho gritando alto para eu não ceder e correr atrás. Não me orgulho dos dois anos que fiquei afastado dela, eu que errei, e eu admito.

-Meu caso com a Michelle é diferente. – Digo.

-Claro que é diferente, você não deu valor a ela, e eu dava tudo para ver um único sorriso diário da Urbana.

-Eu não dei valor? – Dei uma risada sarcástica. – Desculpa, mas eu dei!

-Ah, deu... Me diga, quando foi a última vez que levou-a para jantar? – Pergunta ele.

-Na vez em que pedi-a em namoro.

-Hm. E quando foi a última vez que tiveram uma conversa sincera?

-Não sei.

-E quando foi a última vez que levou-a para dançar? Que disse que seu sorriso era bonito? Que disse que ela é a mais bela das garotas e que trouxe flores para presenteá-la?

-Não sei cara, eu não sei, talvez nunca, sei lá. – Falei confuso querendo acabar com a conversa de uma vez, isso me irrita.

-E então me responda uma última coisa... Quando foi a última vez que transaram?

Mas que raio de pergunta é essa? Fiquei olhando para ele, mas ele não esboçou nenhuma reação de risadas, nem de brincadeira. Ele queria uma resposta...

-É, sei lá, uns dias antes de terminarmos... – Franzi a testa.

-É disso que estou falando. – Não entendi do que exatamente estávamos falando agora. – Para transar você transava a qualquer momento, mas nunca a agradava, além de não dizer que a amava... Tá, eu sei que você não a amava, mas mulheres precisam de agrados, carinhos, paparicos, elas precisam sentir-se especiais.

-Mas nós éramos um casal legal. – Digo o que estava pensando em voz alto.

-Talvez pra você, que a queria pelo bom sexo, mas e pra ela Bruno? Mulheres usam a emoção e não só a razão, elas sentem e a cada palavra que você dá elas sabem o que irão fazer.

-Você quer dizer que eu fui um canalha? – Perguntei!

-Isso mesmo. – Concorda ele.

O olhei incrédulo e pus minhas mãos sobre a cabeça, abaixei-a e fiquei olhando o chão. Senti que Phil levantou-se e estava fazendo algo, logo mais ouvi o barulho da bebida caindo no copo e associei. Eu preciso é tomar um porre e esquecer, eu preciso de outras pessoas, eu preciso sair por cima, e talvez quando ela voltar – se ela voltar -, eu a reconquistarei.

Michelle Pov’s

Acordei toda torta, uma dor nas minhas costas, mas um alívio ao mesmo tempo. O sol raiando, e por um momentinho pensei que estivesse no Rio de Janeiro, mas lembrei-me que vim para a casa.

Sentei no sofá e olhei para as coisas, a televisão ainda ligada dando propaganda de jóias, minhas malas ainda no mesmo lugar, o que significa que minha tia ainda não acordou. Peguei meu celular e vi o horário. Muito cedo! Droga! Seis e quarenta, daqui a vinte minutos Anne saí para o serviço, então presumo que daqui a pouco minha tia acorda. Esperarei todos para tomar café.

Tive uma ideia repentina, uma festa, uma janta, sei lá, algo para reunir todo o pessoal que eu gosto, com música, ar livre, pessoas, e bebidas. Eu preciso me sentir mais livre, preciso que a minha ficha caia de que estou bem agora e que ficarei melhor.

-Que susto! – Anne dá um grito antes de falar. Olhei para ela que estava com a mão sobre o peito.

-Ué, não lembra que eu cheguei ontem? – Comecei a rir.

-Lembrei agora. – Diz ela. – Mas o que te fez voltar?

-Na verdade eu pensei bem se eu deveria mesmo ir, não tinha um exato porque. – Dei de ombros.

-Pensei nisso desde o inicio. – Ela se aproxima e senta ao meu lado. – Sabe, se você e o Bruno não tem mais volta, o que eu dou graças a Deus, não tem porque você se isolar, finalmente você pode viver tranquila, sem se preocupar, conhecer pessoas novas.

Olhei para ela enquanto falava que eu deveria aproveitar a vida, ela tem razão. Eu devo aproveitar tudo, cada minuto, cada segundo, tudo o que passa e tudo que fica, como se tudo fosse acabar, porque na realidade um dia acaba. Eu não posso me sentir presa ao Bruno a vida toda, e eu estou melhor quanto a isso, e foi tão rápido o que aconteceu que pra mim não parece que passou somente três ou quatro dias.

Isso é muito bom.

-Vamos combinar uma festa? – Perguntei animadamente.

-Vamos, claro que vamos, mas agora preciso ir. – Ela levanta do sofá, inclina-se na minha direção e dá um beijo estalado na minha bochecha. – Te amo muito!

-Obrigada, eu também te amo!

++++

Dormi durante a tarde toda, o clima estava bom até para um dia de outono, mas o peso que sentia em meus olhos do sono me venceu nocauteado. Peguei meu celular que havia uma ligação e uma mensagem. Vi a ligação, era de Tina, não faço ideia do que ela poderia querer comigo. Abri a mensagem, de Jake.

“Não sei a qual altura está, presumo que esteja no Brasil. Ouvi uma música que diz tanto, queria que ouvisse e prestasse atenção na letra. Ela se chama “Let me love you”. Beijos, curta bastante”

Esqueci que não avisei a ele que estava em casa. Tia achou ótimo eu ter voltado, e avisou para o nosso vizinho não se preocupar mais se não me ver chegando, pois havia desistido. Não sabia se via a letra da música antes ou ligava para o Jake, mas meu dedo deslizou rapidamente e automaticamente eu liguei para ele.

-Alô? – Sua voz, foi bom ouvi-la.

-Oi, adivinha quem está em Los Angeles?

-Eu? – Ele ri.

-Bobão, eu! – Digo animada. – Desisti de ir pra lá.

-Não acredito! Porque não me avisou antes? Quer dizer, que horas saiu do aeroporto? Chegou a embarcar?

-Calma, uma pergunta de cada vez. – Seu afobamento me fez rir gostosamente. – Eu estava entrando quando senti que não deveria ir, não tenho o porque fugir do que não existe.

-Deu a volta por cima? É, gostei de ver. – Pude ver seu sorriso...Michelle, garota, não fantasie nada!

-Acho que sim...

-Legal, gostei de saber disso. – Se fez um silêncio na ligação, só ouvia a sua respiração bem próxima do celular e algumas conversas bem no fundo, não muito altas. – Recebeu minha mensagem?

-Ér, sim! – Respondi. – Ainda não vi a letra da música, porque dormi e quando vi a mensagem resolvi ligar direto.

-Tudo bem, bom, mais tarde eu ligo pra você, preciso trabalhar, fim de expediente.

-Ok, beijos.

-Beijos.

Cocei os olhos e larguei o celular sobre a cama, me espreguicei lentamente e fechei os olhos. Ainda tinha um pouco de sono, mas preciso arrumar o quarto. Levantei e tirei as cobertas da cama. Comecei a dobra-las e por em cima da cadeira. Peguei meu celular e lembrei momentaneamente da música. Liguei a internet e fui no YouTube. Demorou até o vídeo carregar, enquanto isso fui arrumando o resto da cama. 
(Se quiser escutar a música, pode ser até o final também)

If I was a man (baby you)

(Se eu fosse o seu homem (Baby, você))

Never worry 'bout (what I do)

(Nunca se preocuparia (Com o que eu faço))

I'd be coming home (back to you)

(Eu voltaria para casa (De volta pra você))

Every night doin' you right

(Toda noite, te fazendo bem)

You're the type of woman (deserves good things)

(Você é o tipo de mulher (que merece coisas boas))

Fistful of diamonds (hand full of rings)

(Punho cheio de diamantes (Mão cheia de anéis))

Baby you're a star (I just want to show you, you are)

(Baby, você é uma estrela (Eu só quero te mostrar, Você é))

Sentei-me na cama, se eu bem entendi a letra Jake está indo muito precipitadamente. Eu não quero me envolver sério com alguém agora, não enquanto ainda mesmo não querendo uma pequena parte de mim pensa no Bruno e no que ele deve estar fazendo, não enquanto eu ainda ficar com esse nó na garganta só de pensar nele. Eu não voltarei com o Bruno, não está nos meus planos e nem vai estar mais, acabou de vez, mas ainda sim eu não o esqueci da noite para o dia. Nem bem passou uma semana e Jake já está assim... eu sei que nos beijamos, e que fico feliz com as coisas que ele faz a mim, mas eu tenho medo de começar assim e acabar me machucando, tomando uma decisão precipitada. Eu preciso de um tempo pra mim, um tempo só meu.

Bruno Pov’s 

Terminei o show de hoje e me sinto um lixo, assim como quando comecei. Toquei todas as músicas que já estou acostumado, mas com When i was your man, eu fraquejei, confesso que até saí um pouco do tom, talvez seja nervosismo, mas eu tive vontade de chorar. Sabe quando queremos falar algo e nem nós mesmo sabemos o que exatamente queremos falar e nem pra quem? 


Me sinto sufocado, cansado.

Tomei meu banho, e dei meu oi básico aos fãs. Ryan me mostrou os emails que programas e etc me mandam. Me convidaram para uma after party em Los Angeles. Um dia que irei sair da turnê e fazer show lá, vá que eu encontre a Michelle.

Que droga! Esqueço que ela não tá mais lá... Será que ela tá bem?! Sinto cheiro de comida no corredor do meu quarto. Um cheiro tão bom que sou obrigada a sair dele e ver o que era.

Não vi quem foi, mas senti cheiro de cachorro quente. Bati na porta dos meninos e por último no quarto onde Phil estava com Kam e Jam.

-Boa noite rapazes, vai um cachorro quente agora? – Perguntei animado com a ideia de comer.

-Bruno, brow, sabe que horas é, cara? – Pergunta Jam mais dormindo do que não sei o que.

-Eu sei que passam da uma da manhã, mas eu quero. – Bati perna. – Qual foi, não custa nada...

-Vamos lá, pelo nosso amigo. – Phil fingiu que estava animado.

-Pelo menos fingi melhor da próxima vez. – Comentei fazendo beiço.

-Tá criticando então não vou. – Rebate Phil se atirando na cama. Fiquei boquiaberto olhando pra eles.

-Vá sozinho cara. – Kam disse e tapou-se até o rosto.

-Eu vou mesmo, vou comer três dogs grandes, e vou tirar foto para dar desespero em vocês, adeus. – Dramatizei e saí rindo dali.

Michelle Pov’s

-Obrigada, a comida estava ótima. – Digo levantando da mesa e pegando meu prato.

-Mas você comeu tão pouco minha filha! – Minha tia reclama, dei um sorriso forçado pra ela.

-Mas já estou satisfeita.

-Se é assim. – Ela continuou se servindo, para seu segundo prato.

Lavo minha louça e deixo-a no escorredor. Pego meu celular e vou em direção da sala, liguei a televisão em canal de música, passava algumas brasileiras.

-Manaaaaaaa. – Ouço o grito do Theo quando ele abre a porta.

Juro que pensei em levantar para dar um abraço normal nele, mas ele me toca sobre o sofá que antes estava sentada normalmente.

-Eu não ia vir pra casa, iria ficar na Blair, mas quando a Anne disse que você estava aqui eu mudei de ideia.

-Nossa, tenho bastante importância hein. – Digo passando a mão sobre a minha roupa que ele amarrotou um pouco.

-Leo e ela estão chegando já. – Avisa ele. – Que cheiro bom de comida. – Ele respira fundo sentindo o cheirinho de comida e se vai direto a cozinha. Comecei a rir da loucura dele.

Peguei o celular e pensei na música novamente, eu tenho que falar algo para o Jake quando ele me ligar. Vou dizer para ele não pressionar nada, deixar acontecer como tem que acontecer. Bem na hora recebo a mensagem da Tina.

“Linda, tudo bem? Eu sei que é estranho, mas meu aniversário é sexta feira e meus amigos estão planejando uma festa para sábado. Quero muito que você venha, pode trazer quem você quiser, quanto mais pessoas melhor :p Beijos.”

Meus olhos brilharam quando eu li festa. Eu preciso de algo assim, e pensei hoje pela manhã em planejar uma, então é melhor ir na dela que eu já conheço. Respondi na hora.

“Eu topo com certeza ir na tua festa, vai ser muito legal. Acho que minha prima vai ir comigo, ainda verei... O que quer de presente? Precisa levar alguma coisa? Beijos”

“Não precisa presente, mas vou ser sincera, se trazer algo ficarei contente :p não nego presentes. Ah, e se puder trazer alguma bebida, tudo bem, e se não der, tudo bem também.”

Comecei a rir da palhaçada, me esqueci o quão louca ela é. Posso levar Anne, Theo, Blair, Leo e Zoe. Phred está na turnê com o Bruno, então dá pra ela ir tranquilamente, e assim evito de ver o Bruno. Por segundos na minha cabeça se passou a ideia de convidar Jake, mas depois dessa música...

++++

Três da manhã e eu ainda não dormi. Como dormi de tarde, perdi o sono agora.

-Que droga. – Falei enquanto me revirava na cama procurando o sono, ou pensando em algo para fazer enquanto o sono não vinha.

Analisei algumas coisas durante um tempinho em que estava olhando para o teto. Eu me assustei quando vi a música que ele mandou prestar atenção, mas em algum lugar da minha cabeça ficou feliz, e outro pensava no Bruno.

Eu sei que não deveria estar pensando nele, eu sei que deveria esquece-lo de vez por todas, mas tem certa parte de mim que lembra dele mesmo não querendo. Acho que tudo é muito recente para ser esquecido de uma hora para outra e dai já vem a explicação do porque eu me assustei quando vi o Jake me mandou.

Não estou preparada para relacionamentos, não estou adapta a me ver como casal com alguém novamente assim tão de repente! Quero esperar um tempo e ver como as coisas ocorrerão. Não estou dizendo que não ficarei com o Jake, por outro lado, quero experimentar coisas com ele até porque se futuramente engatarmos em alguma relação eu já vou saber mais ou menos como ele é.

E sobre o Bruno, bom... isso eu estou aprendendo a viver, mais rápido do que eu esperava.

  • Gente, me perdoem pela demora, mas como eu falei pra vocês, eu estava sem tempo nenhum (era natal, festa de formatura, viagem, e ano novo), me desculpem de verdade. E desculpem também se o capítulo ta ruimzinho, é que eu não consegui escrever nada melhor. :\ desculpem. Mas em compensação está bem grande <3 beijos e um feliz ano novo para todos(as) <3