Com saudades abri a pasta de mensagens e a primeira era a do Bruno. Comecei a ler as mensagens, da última vez que nos falamos, na quarta feira.
“Odeio quando me deixam esperando. Estou aqui numa entrevista, cheguei a tempo, e a mulher demora um monte para me entrevistar. Que saco.”
“Diz pra ela que você é o Bruno Mars e não pode esperar. Tô com saudades. Soube que foi numa festa ontem a noite.”
“Vou dizer hahaha antes que pergunte, eu não fiz nada demais na festa, para de desconfiar de mim”
“Bruno? Tá ficando maluco? Eu não falei nada, só comentei que eu soube.”
Idiota, brigamos por causa disso, que droga.
“Ah Michelle, vamos parar por aqui, não estou afim de brigar.”
“Ok Bruno. Tchau”
“Eu não disse para dar tchau”
“Ai meu Deus, como você é indeciso, que saco. Bruno, eu vou trabalhar, tenho mais o que fazer”
“E o pocahontas? Tem visto ele?”
IDIOTA AO EXTREMO. Balancei minha cabeça com essa mensagem. Lê-la novamente é como se estivesse lendo pela primeira vez. O que ele acha que eu sou? Idiota ele, argh.
“Não Bruno, eu não tenho visto ele, e ele tem nome, é Jake. Inclusive eu prefiro trabalhar do que ficar discutindo com você por mensagem. Tenha uma boa tarde, Bruno.”
Ele não respondeu mais nada depois disso, e se respondesse iria ver minha furia. Estava na tpm, no vermelho, eu não iria aguentar mais coisas sem acabar explodindo e falando coisas que não deveria. Enfim, ele está me estressando com essa história toda, e eu prometi para mim que não quero mais estresses na minha vida, por isso amanhã quando ele chegar eu irei falar com ele e resolver toda essa história.
+++
Saí do serviço furiosa, odeio essa gente com todas as minhas forças. Arquivei um projeto e mandei para a impressora de plantas que fica em outro setor, e a abobada da menina que cuida das coisas, imprimiu a planta na primeira vez errado, e na segunda quando foi cortar, acabou passando do limite de corte, aí que droga. Quase pulei no pescoço dela. E como se não bastasse, Alejandro está obrigando eu e Thalia – uma mulher que trabalha no setor de engenharia -, a fazer um projeto para uns americanos, sobre um super mercado.
Acho que estou estressada demais. E tudo isso gratuitamente. Quando estava atravessando a rua para o metrô vejo um café, era tudo que eu estava precisando. Eu sei que aquele local sempre esteve ali, mas eu nunca quis ir, mas agora precisava melhorar meu humor com uma xícara de café.
Entrei no estabelecimento e olhei para os lados. Sentei em uma mesa e uma moça com o cabelo preso no estilo “coque-de-vovó” veio perguntar o que eu queria. Dei uma olhada no cardápio e pedi um café expresso acompanhado de bolinho inglês. Peguei meu celular e fiz uma coisa que há muito tempo eu não fazia. Entrei na internet para ver as notícias. Fiquei lendo até meu café chegar, e quando chegou eu tomei o café e continuei vendo.
-Ora, ora, ora, quem eu vejo por aqui. – Ouço uma voz masculina. Levanto a cabeça da minha concentração no celular e dou um sorriso assim que o vejo.
-Jake. – Disse e ele se inclinou para dar um beijo na minha bochecha. – O que faz por aqui? – Pergunto.
-Fui na casa do meu irmão. – Ele aponta com o polegar sobre os ombros para um homem de meia idade, nem um pouco parecido com ele.
-Desculpa, mas seu irmão não é meio velho? – Fui indiscreta eu sei.
-Não, não é aquele senhor, é ele. – Ele aponta com o indicador agora para um homem com barba rala, cabelos lisos e um corte bem estranho. Ele tinha tatuagem em todo o seu braço esquerdo.
-Ah bom. – Dei um sorriso.
-E você, o que faz por aqui? – Pergunta ele.
-Trabalhando.
-Trabalha aqui perto?
-Sim sim. – Respondo e ficamos em silêncio. – Quer sentar?
-Eu adoraria, mas tenho que conversar com ele, precisamos ter uma conversa de irmão mais velho com mais novo, sabe?
-Sei sim. – Comecei a rir.
-Enfim, foi muito bom te ver. – Ele dá um sorriso e agora me lembrei que aquela noite eu o achei tão lindo e depois acabei pensando que eu só achava-o bonito para fazer ciúmes ao Bruno, mas não, ele é bonito realmente. – Nos falamos qualquer hora.
-Tudo bem. Tchau.
Pensei nele – no Jake -, por alguns instantes, e então tentei me concentrar na minha leitura de notícias. Que irônia esse destino, me por no caminho dele justo hoje. Bem na hora em que cliquei no celular para desbloquea-lo, vem uma mensagem da Anne.
“Blair nos convidou para uma festa, mas estamos todos optando por um boliche. O que acha?”
Hm. Um boliche hoje não seria mal, aliviar os pensamentos, jogar, me divertir.
“Eu topo. Daqui a pouco chego em casa.”
Tomei rapidamente meu café e comi meu bolinho, só percebi que ele me observava quando eu estava com a boca cheia e olhei para o lado. Comecei a rir com a mão na boca e ele balançou a cabeça. Levantei e fui até o balcão para pagar a conta. Guardei minha carteira na bolsa, ajeitei discretamente minha saia e saí. Esperei um tempo para conseguir atravessar a rua, e quandoo estou descendo as escadas do metrô escuto uma buzina, olhei para o lado e vi Jake parado com o carro no acostamento onde é proibido.
-Aí não é proibido estacionar? – Perguntei forçando os olhos para conseguir enxergar com todo o sol.
-É, por isso preciso que você suba de uma vez no banco do carona e eu te levo em casa. – Diz ele destravando a porta.
-Não, eu vou pegar o metrô, não se preocupe.
-Eu estou prestes a levar uma multa, não faça eu me arrepender por isso. – Ele dá um sorriso tímido. Olhei para ele e fiquei pensando no que teria de mal pegar uma carona. Caminhei até a porta e entrei. O carro dele tinha um cheirinho agradável de morango, achei tão bom que respirei fundo inalando todo o perfume.
-Pra onde mora? – Ele pergunta tirando o carro dali.
Falei pra ele onde eu morava. Insisti dizendo que é longe, mas ele disse que não se importava. Conversamos totalmente amigáveis até então. Como estava em horário de pico, o trânsito estava parado, deu tempo de conversarmos bem mais do que antes. Conheci ele melhor. Até de problemas ele me falou, e disse que é por isso que ele estava falando com o irmão dele. O irmão dele, Tom, tem 23 anos, e é independente sobre si, só que está um caos a família dele, pois seus pais estão num processo de separação e ele tinha que falar algumas coisas. Quando vi minha rua chegando, suspirei aliviada, pois bem lá fundo estava com um certo medo dele desviar o caminho e acabar me levando sabe lá Deus pra onde.
(Podem começar escutando essa música, logo mais abaixo terá outra)
-Eu não ia sequestrar você. – Jake diz assim que estacionou na frente da minha casa.
-Não pensei nisso. – Comecei a rir. Mentira Michelle, pensou sim, descarada.
-Seu riso é tão lindo. - Diz ele. Olhei pra ele sem graça. – Desculpa... Adorei conversar com você, talvez um dia marcamos de tomar café juntos.
-Tudo bem, por mim podemos marcar. – Disse sorrindo.
Ele ficou me encarando de forma que eu me envergonhei, seus olhos castanhos me olhando cada detalhe, analisando os pedaços do meu rosto. Fiquei nervosa, e minha mão esquerda suou. Agarrei a bolsa e pus no meu ombro para me preparar para sair.
-Obrigada pela carona, agora vou entrar para tomar um banho e descansar. – Disse.
-Tudo bem, sempre que precisar sabe meu número.
-Ah, pode deixar.
Me inclinei para dar um beijo no seu rosto e ele não virou o rosto. Encarei frente a frente seus olhos, seus lábios. Sua boca ante aberta dava pra sentir o hálito mentolado de seu creme dental. Não pensa nessas coisas, não pensa nessas coisas. Fechei os olhos por segundos e acabei sendo pega de surpresa por um beijo seu. Nossos lábios se encontraram e nossas línguas se tocaram. Eu respondi ao beijo, eu sou uma idiota. Empurrei ele e olhei seus olhos que ficaram deslocados.
-Eu não ia sequestrar você. – Jake diz assim que estacionou na frente da minha casa.
-Não pensei nisso. – Comecei a rir. Mentira Michelle, pensou sim, descarada.
-Seu riso é tão lindo. - Diz ele. Olhei pra ele sem graça. – Desculpa... Adorei conversar com você, talvez um dia marcamos de tomar café juntos.
-Tudo bem, por mim podemos marcar. – Disse sorrindo.
Ele ficou me encarando de forma que eu me envergonhei, seus olhos castanhos me olhando cada detalhe, analisando os pedaços do meu rosto. Fiquei nervosa, e minha mão esquerda suou. Agarrei a bolsa e pus no meu ombro para me preparar para sair.
-Obrigada pela carona, agora vou entrar para tomar um banho e descansar. – Disse.
-Tudo bem, sempre que precisar sabe meu número.
-Ah, pode deixar.
Me inclinei para dar um beijo no seu rosto e ele não virou o rosto. Encarei frente a frente seus olhos, seus lábios. Sua boca ante aberta dava pra sentir o hálito mentolado de seu creme dental. Não pensa nessas coisas, não pensa nessas coisas. Fechei os olhos por segundos e acabei sendo pega de surpresa por um beijo seu. Nossos lábios se encontraram e nossas línguas se tocaram. Eu respondi ao beijo, eu sou uma idiota. Empurrei ele e olhei seus olhos que ficaram deslocados.
-Me desculpa. – Diz ele torcendo seus lábios.
-Desculpa eu, desculpa se eu dei a entender outra coisa. – Ficamos no mais pleno silêncio. – Tenha um bom final de semana, e mais uma vez obrigada pela carona.
Saí do carro nervosa. Ele arrancou e senti minhas mãos tremerem e minhas pernas ficarem bambas. O que foi que eu fiz? Eu não posso falar isso pro Bruno, ele não pode saber. Mas se ele não saber, e acabar sabendo pela boca de outra pessoa vai ser pior porque se ele acabar me perguntando eu vou falar a verdade. Droga. Eu não podia ter brigado com ele, por que no fundo que sei que eu correspondi esse beijo pensando no Bruno, pensando em vingança. A pior coisas que existe: vingança! Eu me igualei a ele. Que merda que eu fiz?!
Fiquei parada por uns minutos na frente de casa e quando entrei nem ouvi o que me falaram e fui direto para o meu quarto. Larguei a bolsa na cama e me disparei para o banheiro. Coloquei água gelada no meu rosto e quando olhei para o espelho vi uma mulher imunda, pálida e com medo do que o Bruno pode fazer. Mas no fundo, eu me sentia feliz, porque eu posso falar isso para ele e provar que eu também sou humana.
Mesmo assim eu vou estar me igualando a ele.
Que droga.
Fui para o quarto onde Zoe e Anne estavam sentadas na cama. Olhei para elas sem expressão, apenas olhei.
-O que houve dessa vez? – Pergunta Anne.
-O Bruno. – Digo.
-O que foi que ele fez novamente? – Pergunta Zoe agora.
-Ele vai me matar. – Digo com o olhar perdido.
-Porque? – Pergunta as duas na mesma hora.
-Jake. – Digo.
-Qual é?! Virou monossilábica agora? – Anne começa a rir se estressando da minha forma de falar.
-Na boa, estou com medo isso sim. – Diz Zoe.
-Eu beijei o Jake, Bruno vai me matar. – Fechei os olhos e me toquei na cama assim que elas deram um espaço.
Nenhuma palavra foi dita, elas devem estar chocadas comigo assim como eu mesma estou. Eu sei que eu fiz merda. Droga, eu sei.
-Mich... – A Zoe falou, mas eu lembrei do Bruno e quando fechei os olhos imaginei as diversas vezes que ele me falou isso com aquelas covinhas tão lindas que enfeitam seu rosto.
-Podem me xingar. – Digo esperando um festival de xingamentos. Me ajeitei na cama ainda com o silêncio delas, ficamos nós três caladas.
Anne começa a rir desesperadamente.
-O que foi garota? – Zoe se assusta.
-Duas coisas. – Ela fala entre seus risos. – Primeira, imaginei o Bruno com um par de chifres no meio daquela cabeleira toda. – Até eu comecei a rir disso, mas meu riso foi ficando nervoso então parei. – Segunda: BEM FEITO.
Anne berra e bate palmas sozinhas.
-Bem feito mesmo, ele faz você sofrer, nada melhor que isso. – Ela diz e olha pra minha cara nada contente. Seu olhar encontra o de Zoe que balança a cabeça negativamente e então ela me abraça deixando meus braços esticados para baixo de forma que eu não conseguisse retribuir o abraço. – Droga, você deve estar se sentindo péssima, mas pensa que você é humana e toda a carne tem seu ponto fraco.
-Mas eu estou me igualando a ele assim. – Torci meus lábios, mas eu não tinha nenhuma vontade de chorar.
-O que está pensando em fazer? – Pergunta ela.
-Contar pra ele. – Digo.
-Coragem. – Zoe comenta baixinho.
-Eu sei que ele vai explodir, é capaz de fazer algo contra o Jake, mas eu não posso conviver com mentira, e além do mais foi apenas um beijinho.
Um beijinho...Claro, Michelle! Isso não justifica, poderia ter sido quinhentos beijinhos, um beijo, sexo. Traição é traição. Viu, agora tudo passa na minha cabeça de forma retumbante, com gritos, ecos e tudo mais. Mil armas apontam na minha cabeça em minha mente. Não é tudo isso, não é um crime, mas entende, minha consciência pesa quando eu penso que posso ter colocado tudo a perder traindo o homem que eu amo. Eu não tenho razão, eu não posso brigar.
+++
Enquanto estava sentada no sofá e todos conversando, sentia um aperto no meu peito, um embrulho no estômago, eu posso ter posto tudo a perder.
-Para de pensar sobre isso. – Zoe senta surpreendentemente no meu colo.
-Não tem como não pensar. – Dei um riso nervoso.
-Olha. – Ela se ajeitou ao meu lado e olhou nos meus olhos. – Eu sei que deve ser difícil, muito difícil, mas pensa que tudo pode dar certo. No fundo, isso adiantou de alguma coisa?
Como eu iria dizer pra ela que no fundo eu gostei? Que no fundo eu curti beija-lo, e que no fundo eu também queria que o Bruno ficasse magoado, porque aí sim poderia ser – ou não -, uma prova de que ele sente algo por mim.
-Não sei. – Estiquei os lábios e respirei fundo. – Não sei.
-Parece aqueles filmes de drama. – Ela dá uma gargalhada. O seu celular começa a tocar. – Ih, meu pai, vai mandar eu ir pra casa agora, quer ver!
Ela sai rindo enquanto atendia o telefone e então deu um espaço para o Leo sentar ao meu lado. Ficamos no silêncio, e mesmo que eu quisesse puxar assunto com ele, eu não conseguia falar nada, apenas responder porque estava no modo automático.
-Primeiro é que você não está assim só por causa da cólica.
-Como sabe? – Olhei pra ele.
-Sou seu amigo, esqueceu.
-Pois é. – Dei um sorriso de canto pra ele.
-O que houve? Quer conversar?
-Eu cometi um erro. – Disse e ele me olhou perdidamente, porque que quando confessamos algo às pessoas tendem a nos olhar primeiramente com pena e depois no fundo dos olhos com certo medo?! – Eu trai o Bruno. – Minha voz é claro que saiu mais baixa, mais controlada, mas ainda transparecia o medo. Ele se chocou levando a mão na boca e franzindo a testa.
-Nossa. – Ele dá um riso bobo. – No fundo eu estou desejando um bom “bem feito” pra ele.
-É, você nasceu pra Anne, não adianta. Ela falou a mesma coisa.
-Porque é a mais pura verdade.
++++
Me revirei a noite toda. Não dormi nada praticamente. Ficava pensando em como iria falar, iria chegar “Oi Bruno, meu lindo, eu traí você, mas não foi por mal”. Mas que droga de sono que não vem e não ajuda.
Acabei dormindo tarde, e por consequência, acordei tarde também. Era onze e quinze quando levantei. Arrumei minha cama, fui no banheiro fazer minha higiene e não consegui me olhar no espelho. Vergonha de mim mesma. Será que quando os homens traem eles se sentem assim também? O que passa na cabeça de alguém trair por diversão quando a dor e a angústia que vem depois é o pior de tudo?
Tomei um banho para tirar a tensão. Vesti um short jeans, uma camisa branca regata com decote exagerado, e coloquei uma de renda sobre. Calcei meus chinelos, não estava afim de por sapatos. Desci e estava minha tia, Theo, e Blair na cozinha. Ela dormiu aqui?!
-Bom dia. – Digo preguiçosamente.
-Quem é vivo sempre acorda. – Diz Theo.
-Quem é vivo sempre acorda? Não seria sempre aparece? – Cocei a cabeça em tom de dúvida e ele ri.
-Era só pra ver se estava acordada.
-Bom dia Michelle. – Blair acena pra mim.
-Mich. – Digo. – Me chame de Mich. – Comecei a rir e ela também.
-Ok. Mich!
Sentei-me na mesa e tomei um café leve, com torradas de pão e leite puro. Era o que eu precisava de algo leve, já que meu corpo pesava mais do que o dobro do normal. O pessoal foi chegando e eu fi me deslocando. Perguntei se minha tia aceitava a minha ajuda, é óbvio que ela aceitou. Enquanto ela ia fazendo as coisas eu ia lavando a louça e secando para não ficar um montueiro de louça suja depois. Ouvi várias risadas e conversas. Me assustei quando ouvi a voz do Phred. Continuei lavando os pratos e senti uma mão na minha cintura. O prato cai na pia e eu me assusto.
-Tudo isso por mim? – Ele pergunta perto do meu ouvido, encoxando-me.
-Me assustei. – Digo nervosa.
-Nossa, eu sou feio mesmo. – Ele começa a rir. Virei de frente pra ele, e suas mãos passaram no meus cabelos. Ele se aproximou do meu rosto e fiquei encarando seus olhos, a única coisa que passava na minha cabeça é como eu vou falar pra ele isso. Vou estragar todo o almoço se falar agora. Não posso agir estranhamente.
Dei um sorriso e parti para um beijo. A sensação é horrível, mas quando me dei por conta que é diferente, comecei a pensar em possibilidades... Balancei a cabeça levemente ainda o beijando e ele nos separa.
-O que houve?
-Nada, é que eu ia espirrar. – Idiota com mentira idiota.
Não fiquei perto do Bruno, fiquei ajudando as coisas. O almoço ficou pronto e Bruno sentou-se ao meu lado na mesa, em qualquer outra situação eu estaria feliz, mas não hoje. Ele passou sua mão na minha coxa por debaixo da mesa e eu respirei fundo. Olhei para ele no canto dos olhos e ele deu um sorriso safado.
Terminamos nosso almoço e eu o convidei para subir no quarto.
(Escutem essa música agora <3 )
-Pra que me trouxe aqui? – Pergunta ele passando a mão nas minhas costas. Encarei a janela cinza e o dia claro, mas lá no horizonte, uma chuva parecia se formar. Odeio chuva em dias tristes.
-Não foi pra isso que está pensando. – Tirei suas mãos das minhas costas e virei de frente pra ele, segurando-as. – Como foi a viagem? – Perguntei.
-Foi ótima. Concedi algumas entrevistas, fiz o show do evento e consegui um dvd da gravação dele pra você ver. – Seu sorriso tão lindo.
-Vou ver amanhã. – Dei um sorriso sem graça. Ele soltou suas mãos das minhas.
-Pode falando... O que houve? – Pergunta ele aparentemente observando minha nervosidade.
-Bruno...
Travei. Virei e sentei na cama, sem nem saber o que fazer, eu olhei pra ele perdida, não sei o que falar. Mas quando meu olho percorreu o seu corpo e eu lembrei de todas as vezes que enquanto ele estava comigo, pegava outras mulheres, me deu enjôo, nojo. Lembrei da primeira vez que ele me fez chorar, e quando me deixou plantada esperando por um baile de máscaras, enquanto na casa dele ele se divertia com outra mulher. Nojo! A palavra certa é essa. Não vou ter medo de falar pra ele, por afinal de contas, um beijo não chega nem perto do que ele me aprontou.
-Pra que me trouxe aqui? – Pergunta ele passando a mão nas minhas costas. Encarei a janela cinza e o dia claro, mas lá no horizonte, uma chuva parecia se formar. Odeio chuva em dias tristes.
-Não foi pra isso que está pensando. – Tirei suas mãos das minhas costas e virei de frente pra ele, segurando-as. – Como foi a viagem? – Perguntei.
-Foi ótima. Concedi algumas entrevistas, fiz o show do evento e consegui um dvd da gravação dele pra você ver. – Seu sorriso tão lindo.
-Vou ver amanhã. – Dei um sorriso sem graça. Ele soltou suas mãos das minhas.
-Pode falando... O que houve? – Pergunta ele aparentemente observando minha nervosidade.
-Bruno...
Travei. Virei e sentei na cama, sem nem saber o que fazer, eu olhei pra ele perdida, não sei o que falar. Mas quando meu olho percorreu o seu corpo e eu lembrei de todas as vezes que enquanto ele estava comigo, pegava outras mulheres, me deu enjôo, nojo. Lembrei da primeira vez que ele me fez chorar, e quando me deixou plantada esperando por um baile de máscaras, enquanto na casa dele ele se divertia com outra mulher. Nojo! A palavra certa é essa. Não vou ter medo de falar pra ele, por afinal de contas, um beijo não chega nem perto do que ele me aprontou.
-Bruno, eu traí você! – Fui curta e objetiva.
Eu o desarmei. Não sei como, mas sua expressão caiu, sua face ficou sem reação e logo depois seu cenho se franziu em forma de raiva. Seus punhos se fecharam concentrando toda a sua força neles. Então seus olhos se fecharam e ele deu um grito.
-Como é que é? – Sua indignação estava audível em sua voz. – Você me traiu? Com o pocahontas? Com aquela merda? Que tipo de classe de mulher você pertence?!
Ele estava me ofendendo. Eu não vou deixar. Levantei e fiquei de frente para ele, seu peito aumentava e diminuía de acordo com a sua frequência cardíaca e respiração.
-Não me ofenda! – Gritei.
-Eu não consigo nem acreditar. – Seu corpo se esquivou de mim, dando dois passos largos pra trás. Sua mão passou em seu cabelo e ele respirou fundo. – Não consigo ficar mais nenhum minuto aqui, tchau!
Seu corpo saí rapidamente do quarto, a porta bateu fazendo vento e meu cabelo se mexeu. E lá se foi ele, mais uma briga, mais uma discussão. Talvez a última, talvez não. As lágrimas não queriam descer dos meus olhos e eu sentia o mesmo aperto no meu peito. É, talvez eu tenha posto tudo a perder, mas agora eu acho que é tarde pra se arrepender.
- Um capítulo bem grande para compensar os dias sem!
- E aí gente, o que acharam disso? Será que a Mich mudou? Como será que o Bruno deve reagir? O que será que vai acontecer?! Quer ver de vocês o que acham *-*
- Quarta feira o próximo <3 <3 Beijos 22kos