segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Capítulo 63

Sexta feira, acordei com preguiça como sempre, mas hoje com uma leve dor no meu joelho. Ontem bati com ele no metrô enquanto vinha pra casa. Levantei com dificuldade, arrumei a cama e fui para o meu banho. Enquanto tomava banho – não apoiando muito a perna no chão –fiquei pensando em vários porquês. Bruno não me ligou e nem mandou mensagem mais. Me arrumei colocando uma saia preta de cós alto, uma blusa branca social e sapatilha preta. Peguei meu celular que ainda não tinha despertado, eu estava adiantada.

Com saudades abri a pasta de mensagens e a primeira era a do Bruno. Comecei a ler as mensagens, da última vez que nos falamos, na quarta feira.

“Odeio quando me deixam esperando. Estou aqui numa entrevista, cheguei a tempo, e a mulher demora um monte para me entrevistar. Que saco.”

“Diz pra ela que você é o Bruno Mars e não pode esperar. Tô com saudades. Soube que foi numa festa ontem a noite.” 

“Vou dizer hahaha antes que pergunte, eu não fiz nada demais na festa, para de desconfiar de mim” 

“Bruno? Tá ficando maluco? Eu não falei nada, só comentei que eu soube.” 

Idiota, brigamos por causa disso, que droga.

“Ah Michelle, vamos parar por aqui, não estou afim de brigar.” 

“Ok Bruno. Tchau” 

“Eu não disse para dar tchau” 

“Ai meu Deus, como você é indeciso, que saco. Bruno, eu vou trabalhar, tenho mais o que fazer”

“E o pocahontas? Tem visto ele?” 

IDIOTA AO EXTREMO. Balancei minha cabeça com essa mensagem. Lê-la novamente é como se estivesse lendo pela primeira vez. O que ele acha que eu sou? Idiota ele, argh.

“Não Bruno, eu não tenho visto ele, e ele tem nome, é Jake. Inclusive eu prefiro trabalhar do que ficar discutindo com você por mensagem. Tenha uma boa tarde, Bruno.” 

Ele não respondeu mais nada depois disso, e se respondesse iria ver minha furia. Estava na tpm, no vermelho, eu não iria aguentar mais coisas sem acabar explodindo e falando coisas que não deveria. Enfim, ele está me estressando com essa história toda, e eu prometi para mim que não quero mais estresses na minha vida, por isso amanhã quando ele chegar eu irei falar com ele e resolver toda essa história.

+++

Saí do serviço furiosa, odeio essa gente com todas as minhas forças. Arquivei um projeto e mandei para a impressora de plantas que fica em outro setor, e a abobada da menina que cuida das coisas, imprimiu a planta na primeira vez errado, e na segunda quando foi cortar, acabou passando do limite de corte, aí que droga. Quase pulei no pescoço dela. E como se não bastasse, Alejandro está obrigando eu e Thalia – uma mulher que trabalha no setor de engenharia -, a fazer um projeto para uns americanos, sobre um super mercado.

Acho que estou estressada demais. E tudo isso gratuitamente. Quando estava atravessando a rua para o metrô vejo um café, era tudo que eu estava precisando. Eu sei que aquele local sempre esteve ali, mas eu nunca quis ir, mas agora precisava melhorar meu humor com uma xícara de café.

Entrei no estabelecimento e olhei para os lados. Sentei em uma mesa e uma moça com o cabelo preso no estilo “coque-de-vovó” veio perguntar o que eu queria. Dei uma olhada no cardápio e pedi um café expresso acompanhado de bolinho inglês. Peguei meu celular e fiz uma coisa que há muito tempo eu não fazia. Entrei na internet para ver as notícias. Fiquei lendo até meu café chegar, e quando chegou eu tomei o café e continuei vendo.

-Ora, ora, ora, quem eu vejo por aqui. – Ouço uma voz masculina. Levanto a cabeça da minha concentração no celular e dou um sorriso assim que o vejo.

-Jake. – Disse e ele se inclinou para dar um beijo na minha bochecha. – O que faz por aqui? – Pergunto.

-Fui na casa do meu irmão. – Ele aponta com o polegar sobre os ombros para um homem de meia idade, nem um pouco parecido com ele.

-Desculpa, mas seu irmão não é meio velho? – Fui indiscreta eu sei.

-Não, não é aquele senhor, é ele. – Ele aponta com o indicador agora para um homem com barba rala, cabelos lisos e um corte bem estranho. Ele tinha tatuagem em todo o seu braço esquerdo.

-Ah bom. – Dei um sorriso.

-E você, o que faz por aqui? – Pergunta ele.

-Trabalhando.

-Trabalha aqui perto?

-Sim sim. – Respondo e ficamos em silêncio. – Quer sentar?

-Eu adoraria, mas tenho que conversar com ele, precisamos ter uma conversa de irmão mais velho com mais novo, sabe?

-Sei sim. – Comecei a rir.

-Enfim, foi muito bom te ver. – Ele dá um sorriso e agora me lembrei que aquela noite eu o achei tão lindo e depois acabei pensando que eu só achava-o bonito para fazer ciúmes ao Bruno, mas não, ele é bonito realmente. – Nos falamos qualquer hora.

-Tudo bem. Tchau.

Pensei nele – no Jake -, por alguns instantes, e então tentei me concentrar na minha leitura de notícias. Que irônia esse destino, me por no caminho dele justo hoje. Bem na hora em que cliquei no celular para desbloquea-lo, vem uma mensagem da Anne.

“Blair nos convidou para uma festa, mas estamos todos optando por um boliche. O que acha?”

Hm. Um boliche hoje não seria mal, aliviar os pensamentos, jogar, me divertir.

“Eu topo. Daqui a pouco chego em casa.”

Tomei rapidamente meu café e comi meu bolinho, só percebi que ele me observava quando eu estava com a boca cheia e olhei para o lado. Comecei a rir com a mão na boca e ele balançou a cabeça. Levantei e fui até o balcão para pagar a conta. Guardei minha carteira na bolsa, ajeitei discretamente minha saia e saí. Esperei um tempo para conseguir atravessar a rua, e quandoo estou descendo as escadas do metrô escuto uma buzina, olhei para o lado e vi Jake parado com o carro no acostamento onde é proibido.

-Aí não é proibido estacionar? – Perguntei forçando os olhos para conseguir enxergar com todo o sol.

-É, por isso preciso que você suba de uma vez no banco do carona e eu te levo em casa. – Diz ele destravando a porta.

-Não, eu vou pegar o metrô, não se preocupe.

-Eu estou prestes a levar uma multa, não faça eu me arrepender por isso. – Ele dá um sorriso tímido. Olhei para ele e fiquei pensando no que teria de mal pegar uma carona. Caminhei até a porta e entrei. O carro dele tinha um cheirinho agradável de morango, achei tão bom que respirei fundo inalando todo o perfume.

-Pra onde mora? – Ele pergunta tirando o carro dali.

Falei pra ele onde eu morava. Insisti dizendo que é longe, mas ele disse que não se importava. Conversamos totalmente amigáveis até então. Como estava em horário de pico, o trânsito estava parado, deu tempo de conversarmos bem mais do que antes. Conheci ele melhor. Até de problemas ele me falou, e disse que é por isso que ele estava falando com o irmão dele. O irmão dele, Tom, tem 23 anos, e é independente sobre si, só que está um caos a família dele, pois seus pais estão num processo de separação e ele tinha que falar algumas coisas. Quando vi minha rua chegando, suspirei aliviada, pois bem lá fundo estava com um certo medo dele desviar o caminho e acabar me levando sabe lá Deus pra onde. 
(Podem começar escutando essa música, logo mais abaixo terá outra)

-Eu não ia sequestrar você. – Jake diz assim que estacionou na frente da minha casa.

-Não pensei nisso. – Comecei a rir. Mentira Michelle, pensou sim, descarada.

-Seu riso é tão lindo. - Diz ele. Olhei pra ele sem graça. – Desculpa... Adorei conversar com você, talvez um dia marcamos de tomar café juntos.

-Tudo bem, por mim podemos marcar. – Disse sorrindo.

Ele ficou me encarando de forma que eu me envergonhei, seus olhos castanhos me olhando cada detalhe, analisando os pedaços do meu rosto. Fiquei nervosa, e minha mão esquerda suou. Agarrei a bolsa e pus no meu ombro para me preparar para sair.

-Obrigada pela carona, agora vou entrar para tomar um banho e descansar. – Disse.

-Tudo bem, sempre que precisar sabe meu número.

-Ah, pode deixar.

Me inclinei para dar um beijo no seu rosto e ele não virou o rosto. Encarei frente a frente seus olhos, seus lábios. Sua boca ante aberta dava pra sentir o hálito mentolado de seu creme dental. Não pensa nessas coisas, não pensa nessas coisas. Fechei os olhos por segundos e acabei sendo pega de surpresa por um beijo seu. Nossos lábios se encontraram e nossas línguas se tocaram. Eu respondi ao beijo, eu sou uma idiota. Empurrei ele e olhei seus olhos que ficaram deslocados. 


-Me desculpa. – Diz ele torcendo seus lábios.

-Desculpa eu, desculpa se eu dei a entender outra coisa. – Ficamos no mais pleno silêncio. – Tenha um bom final de semana, e mais uma vez obrigada pela carona.

Saí do carro nervosa. Ele arrancou e senti minhas mãos tremerem e minhas pernas ficarem bambas. O que foi que eu fiz? Eu não posso falar isso pro Bruno, ele não pode saber. Mas se ele não saber, e acabar sabendo pela boca de outra pessoa vai ser pior porque se ele acabar me perguntando eu vou falar a verdade. Droga. Eu não podia ter brigado com ele, por que no fundo que sei que eu correspondi esse beijo pensando no Bruno, pensando em vingança. A pior coisas que existe: vingança! Eu me igualei a ele. Que merda que eu fiz?!

Fiquei parada por uns minutos na frente de casa e quando entrei nem ouvi o que me falaram e fui direto para o meu quarto. Larguei a bolsa na cama e me disparei para o banheiro. Coloquei água gelada no meu rosto e quando olhei para o espelho vi uma mulher imunda, pálida e com medo do que o Bruno pode fazer. Mas no fundo, eu me sentia feliz, porque eu posso falar isso para ele e provar que eu também sou humana.

Mesmo assim eu vou estar me igualando a ele.

Que droga.

Fui para o quarto onde Zoe e Anne estavam sentadas na cama. Olhei para elas sem expressão, apenas olhei.

-O que houve dessa vez? – Pergunta Anne.

-O Bruno. – Digo.

-O que foi que ele fez novamente? – Pergunta Zoe agora.

-Ele vai me matar. – Digo com o olhar perdido.

-Porque? – Pergunta as duas na mesma hora.

-Jake. – Digo.

-Qual é?! Virou monossilábica agora? – Anne começa a rir se estressando da minha forma de falar.

-Na boa, estou com medo isso sim. – Diz Zoe.

-Eu beijei o Jake, Bruno vai me matar. – Fechei os olhos e me toquei na cama assim que elas deram um espaço.

Nenhuma palavra foi dita, elas devem estar chocadas comigo assim como eu mesma estou. Eu sei que eu fiz merda. Droga, eu sei.

-Mich... – A Zoe falou, mas eu lembrei do Bruno e quando fechei os olhos imaginei as diversas vezes que ele me falou isso com aquelas covinhas tão lindas que enfeitam seu rosto.

-Podem me xingar. – Digo esperando um festival de xingamentos. Me ajeitei na cama ainda com o silêncio delas, ficamos nós três caladas.

Anne começa a rir desesperadamente.

-O que foi garota? – Zoe se assusta.

-Duas coisas. – Ela fala entre seus risos. – Primeira, imaginei o Bruno com um par de chifres no meio daquela cabeleira toda. – Até eu comecei a rir disso, mas meu riso foi ficando nervoso então parei. – Segunda: BEM FEITO.

Anne berra e bate palmas sozinhas.

-Bem feito mesmo, ele faz você sofrer, nada melhor que isso. – Ela diz e olha pra minha cara nada contente. Seu olhar encontra o de Zoe que balança a cabeça negativamente e então ela me abraça deixando meus braços esticados para baixo de forma que eu não conseguisse retribuir o abraço. – Droga, você deve estar se sentindo péssima, mas pensa que você é humana e toda a carne tem seu ponto fraco.

-Mas eu estou me igualando a ele assim. – Torci meus lábios, mas eu não tinha nenhuma vontade de chorar.

-O que está pensando em fazer? – Pergunta ela.

-Contar pra ele. – Digo.

-Coragem. – Zoe comenta baixinho.

-Eu sei que ele vai explodir, é capaz de fazer algo contra o Jake, mas eu não posso conviver com mentira, e além do mais foi apenas um beijinho.

Um beijinho...Claro, Michelle! Isso não justifica, poderia ter sido quinhentos beijinhos, um beijo, sexo. Traição é traição. Viu, agora tudo passa na minha cabeça de forma retumbante, com gritos, ecos e tudo mais. Mil armas apontam na minha cabeça em minha mente. Não é tudo isso, não é um crime, mas entende, minha consciência pesa quando eu penso que posso ter colocado tudo a perder traindo o homem que eu amo. Eu não tenho razão, eu não posso brigar.

+++

Tomei três copos de água com açucar. As meninas me forçaram a descer com elas, e falamos para todos que eu estava com uma forte cólica por isso não iria para o boliche com eles, e então ninguém foi, mas Theo deu a brilhante ideia de fazermos um churrasco no almoço amanhã. A primeira coisa na cabeça que me passou foi: “BRUNO IRÁ VIR, ME FERREI”.

Enquanto estava sentada no sofá e todos conversando, sentia um aperto no meu peito, um embrulho no estômago, eu posso ter posto tudo a perder.

-Para de pensar sobre isso. – Zoe senta surpreendentemente no meu colo.

-Não tem como não pensar. – Dei um riso nervoso.

-Olha. – Ela se ajeitou ao meu lado e olhou nos meus olhos. – Eu sei que deve ser difícil, muito difícil, mas pensa que tudo pode dar certo. No fundo, isso adiantou de alguma coisa?

Como eu iria dizer pra ela que no fundo eu gostei? Que no fundo eu curti beija-lo, e que no fundo eu também queria que o Bruno ficasse magoado, porque aí sim poderia ser – ou não -, uma prova de que ele sente algo por mim.

-Não sei. – Estiquei os lábios e respirei fundo. – Não sei.

-Parece aqueles filmes de drama. – Ela dá uma gargalhada. O seu celular começa a tocar. – Ih, meu pai, vai mandar eu ir pra casa agora, quer ver!

Ela sai rindo enquanto atendia o telefone e então deu um espaço para o Leo sentar ao meu lado. Ficamos no silêncio, e mesmo que eu quisesse puxar assunto com ele, eu não conseguia falar nada, apenas responder porque estava no modo automático.

-Primeiro é que você não está assim só por causa da cólica.

-Como sabe? – Olhei pra ele.

-Sou seu amigo, esqueceu.

-Pois é. – Dei um sorriso de canto pra ele.

-O que houve? Quer conversar?

-Eu cometi um erro. – Disse e ele me olhou perdidamente, porque que quando confessamos algo às pessoas tendem a nos olhar primeiramente com pena e depois no fundo dos olhos com certo medo?! – Eu trai o Bruno. – Minha voz é claro que saiu mais baixa, mais controlada, mas ainda transparecia o medo. Ele se chocou levando a mão na boca e franzindo a testa.

-Nossa. – Ele dá um riso bobo. – No fundo eu estou desejando um bom “bem feito” pra ele.

-É, você nasceu pra Anne, não adianta. Ela falou a mesma coisa.

-Porque é a mais pura verdade.

++++

Me revirei a noite toda. Não dormi nada praticamente. Ficava pensando em como iria falar, iria chegar “Oi Bruno, meu lindo, eu traí você, mas não foi por mal”. Mas que droga de sono que não vem e não ajuda.

Acabei dormindo tarde, e por consequência, acordei tarde também. Era onze e quinze quando levantei. Arrumei minha cama, fui no banheiro fazer minha higiene e não consegui me olhar no espelho. Vergonha de mim mesma. Será que quando os homens traem eles se sentem assim também? O que passa na cabeça de alguém trair por diversão quando a dor e a angústia que vem depois é o pior de tudo?

Tomei um banho para tirar a tensão. Vesti um short jeans, uma camisa branca regata com decote exagerado, e coloquei uma de renda sobre. Calcei meus chinelos, não estava afim de por sapatos. Desci e estava minha tia, Theo, e Blair na cozinha. Ela dormiu aqui?!

-Bom dia. – Digo preguiçosamente.

-Quem é vivo sempre acorda. – Diz Theo.

-Quem é vivo sempre acorda? Não seria sempre aparece? – Cocei a cabeça em tom de dúvida e ele ri.

-Era só pra ver se estava acordada.

-Bom dia Michelle. – Blair acena pra mim.

-Mich. – Digo. – Me chame de Mich. – Comecei a rir e ela também.

-Ok. Mich!

Sentei-me na mesa e tomei um café leve, com torradas de pão e leite puro. Era o que eu precisava de algo leve, já que meu corpo pesava mais do que o dobro do normal. O pessoal foi chegando e eu fi me deslocando. Perguntei se minha tia aceitava a minha ajuda, é óbvio que ela aceitou. Enquanto ela ia fazendo as coisas eu ia lavando a louça e secando para não ficar um montueiro de louça suja depois. Ouvi várias risadas e conversas. Me assustei quando ouvi a voz do Phred. Continuei lavando os pratos e senti uma mão na minha cintura. O prato cai na pia e eu me assusto.

-Tudo isso por mim? – Ele pergunta perto do meu ouvido, encoxando-me.

-Me assustei. – Digo nervosa.

-Nossa, eu sou feio mesmo. – Ele começa a rir. Virei de frente pra ele, e suas mãos passaram no meus cabelos. Ele se aproximou do meu rosto e fiquei encarando seus olhos, a única coisa que passava na minha cabeça é como eu vou falar pra ele isso. Vou estragar todo o almoço se falar agora. Não posso agir estranhamente. 


Dei um sorriso e parti para um beijo. A sensação é horrível, mas quando me dei por conta que é diferente, comecei a pensar em possibilidades... Balancei a cabeça levemente ainda o beijando e ele nos separa.

-O que houve?

-Nada, é que eu ia espirrar. – Idiota com mentira idiota.

Não fiquei perto do Bruno, fiquei ajudando as coisas. O almoço ficou pronto e Bruno sentou-se ao meu lado na mesa, em qualquer outra situação eu estaria feliz, mas não hoje. Ele passou sua mão na minha coxa por debaixo da mesa e eu respirei fundo. Olhei para ele no canto dos olhos e ele deu um sorriso safado.

Terminamos nosso almoço e eu o convidei para subir no quarto. 
(Escutem essa música agora <3 )

-Pra que me trouxe aqui? – Pergunta ele passando a mão nas minhas costas. Encarei a janela cinza e o dia claro, mas lá no horizonte, uma chuva parecia se formar. Odeio chuva em dias tristes.

-Não foi pra isso que está pensando. – Tirei suas mãos das minhas costas e virei de frente pra ele, segurando-as. – Como foi a viagem? – Perguntei.

-Foi ótima. Concedi algumas entrevistas, fiz o show do evento e consegui um dvd da gravação dele pra você ver. – Seu sorriso tão lindo.

-Vou ver amanhã. – Dei um sorriso sem graça. Ele soltou suas mãos das minhas.

-Pode falando... O que houve? – Pergunta ele aparentemente observando minha nervosidade.

-Bruno...

Travei. Virei e sentei na cama, sem nem saber o que fazer, eu olhei pra ele perdida, não sei o que falar. Mas quando meu olho percorreu o seu corpo e eu lembrei de todas as vezes que enquanto ele estava comigo, pegava outras mulheres, me deu enjôo, nojo. Lembrei da primeira vez que ele me fez chorar, e quando me deixou plantada esperando por um baile de máscaras, enquanto na casa dele ele se divertia com outra mulher. Nojo! A palavra certa é essa. Não vou ter medo de falar pra ele, por afinal de contas, um beijo não chega nem perto do que ele me aprontou. 


-Bruno, eu traí você! – Fui curta e objetiva.

Eu o desarmei. Não sei como, mas sua expressão caiu, sua face ficou sem reação e logo depois seu cenho se franziu em forma de raiva. Seus punhos se fecharam concentrando toda a sua força neles. Então seus olhos se fecharam e ele deu um grito.

-Como é que é? – Sua indignação estava audível em sua voz. – Você me traiu? Com o pocahontas? Com aquela merda? Que tipo de classe de mulher você pertence?!

Ele estava me ofendendo. Eu não vou deixar. Levantei e fiquei de frente para ele, seu peito aumentava e diminuía de acordo com a sua frequência cardíaca e respiração.

-Não me ofenda! – Gritei.

-Eu não consigo nem acreditar. – Seu corpo se esquivou de mim, dando dois passos largos pra trás. Sua mão passou em seu cabelo e ele respirou fundo. – Não consigo ficar mais nenhum minuto aqui, tchau!


Seu corpo saí rapidamente do quarto, a porta bateu fazendo vento e meu cabelo se mexeu. E lá se foi ele, mais uma briga, mais uma discussão. Talvez a última, talvez não. As lágrimas não queriam descer dos meus olhos e eu sentia o mesmo aperto no meu peito. É, talvez eu tenha posto tudo a perder, mas agora eu acho que é tarde pra se arrepender.

  • Um capítulo bem grande para compensar os dias sem! 
  • E aí gente, o que acharam disso? Será que a Mich mudou? Como será que o Bruno deve reagir? O que será que vai acontecer?! Quer ver de vocês o que acham *-* 
  • Quarta feira o próximo <3 <3 Beijos 22kos 

domingo, 1 de dezembro de 2013

Capítulo 62

Destino Los Angeles, passageiros entregues. Pois é, finalmente chegamos a Los Angeles. Acabamos voando na madrugada mesmo, os meninos estavam doidos por suas casas e todos concordaram. Bruno não falou comigo, Phil foi a viajem inteira ao meu lado, uma hora conversamos e depois acabamos dormindo. Ele é um amigo e tanto. Contudo, eu e o Bruno não nos falamos até agora. Cada um pegou sua bagagem e foram indo para o ônibus, eu optei por pegar um táxi, era cedo da manhã. Arrastei minha mala.
-Tchau meninos, até a próxima. - Disse assim que dei um beijo no rosto de cada. Menos no Bruno que quando cheguei perto dele o celular tocou.
-Se cuida. - Diz Kam.
-Tem certeza que não quer ir conosco? - Pergunta Ryan.
-Não, eu prefiro ir de táxi para chegar de uma vez. - Bom, eu não queria ir no ônibus porque estava cansada de ter que ver o Bruno com a cara carrancuda. - Preciso chegar logo sabe. - Dei um riso sem graça.
-Tudo bem.
Os meninos partiram, e eu também. Peguei o táxi de um homem de idade bem gentil. Ele disse que conhece o Brasil e o Havai também, conversamos até eu chegar em casa, ele acabou me dando um pequeno desconto. Abri a porta e puxei a mala que acabou fazendo um barulho bem estrondoso. Ouvi um barulho na cozinha e alguns passos leves. Tia Savanna. Sorri quando vi ela.
-Filha. - Ela abre os braços. Larguei a mala e a abracei.
-Que bom estar em casa. - Senti o cheirinho do shampoo de camomila dela e sorri.
-Seu irmão ontem falou de você demais, parece que adivinhava que você voltaria hoje.
-Estava meio na cara... Eu disse que iria passar uma semana, hoje completa uma semana, né tia. - Comecei a rir e ela também.
-A tia ta ficando velha, até caduca. - Ela ri.
Dei mais um abraço nela e olhei para as escadas. Subi com um pouco de dificuldade com a mala, já que recusei a ajuda da tia. Ouço alguns barulhos e o barulho do chuveiro. Entrei no meu quarto e deixei a mala e a bolsa na porta e me atirei na cama, macia e parecia tão quentinha! Sim, bendito verão que chegou. Agora posso aproveitar uma tarde na praia, um final de semana. Aí que coisa boa.

-QUE SAUDADEEEES. - Grita a voz que eu conheço tão bem.
Anne pula no meu colo me atirando novamente para a cama, só que agora com ela por cima. Seus cabelos molhados caíram na minha boca. Comecei a tirar e ela fazendo festa.
-Uma semana que eu passei fora e a saudades foi tanta? - Perguntei quando ela se levantou, passei a mão pela minha roupa.
-É que uma semana é muito tempo pra ficar longe de quem amamos. - Anne de bom humor. Eu tinha me esquecido como é bom ouvir um "eu te amo", mesmo que não seja diretamente. Sorri gratificante e puxei ela pra um abraço.
-Senti saudades. - Disse afagando seus cabelos.
-Eu também senti, por isso não quero que fique longe de mim. - Ela dá um sorriso assim que terminamos de nos abraçar. - Me fala como foi!
-Aí, foi perfeito, em parte. - Falei revirando os olhos.
-Já vi que tem dedo do Bruno ai.
-Com certeza. - Completei.
Comecei a falar tudo pra ela, rico em detalhes, enquanto arrumava as minhas roupas e outras coisas que levei. Ela pareceu incrédula quando falei que ele brigou comigo por causa da mensagem, e até disse que gostaria de ver o que ele seria capaz de fazer se caso eu traísse ele. Bobagem, eu não sou o tipo vingativa. Quanto mais conversávamos, mais eu lembrava de coisas que tinham acontecido. Mostrei pra ela as fotos nossas, e ela gosto tanto do local. Soube que ela e o Leo passaram essa uma semana dormindo juntos, e então falei pra ela que Ryan estava bem, apesar de que os dois não tem mais volta, acho que ela se achou com o Leo, da mesma forma que o Leo se achou com ela.
-Hoje combinamos de ir a praia. - Diz ela. - Vamos eu, ele, Paul, Theo e a menina que o Theo conheceu no avião.
-Meu irmão está namorando? - Perguntei pra ela.
-Não estou namorando, estou conhecendo ela cada vez mais. - Ouço a voz dele e me viro.
Literalmente eu me joguei nos seus braços e lhe dei um abraço forte e com saudades. Afinal eu o vi durante duas semanas e depois fui viajar. Aí que constatei que viajem sem as pessoas que amamos junto não tem a menor graça. Se bem que eu gostaria de fazer uma pequena viagem sozinha, seria legal.
-Me apresenta ela, por favor. - Pedi e ele ri de mim.
-Agora tenho uma irmã super protetora?
-Sempre fui. - Arqueei as sobrancelhas.
-A diferença é que antes vocês viviam brigando, e não escutavam um ao outro. - Diz Anne.
-Cala a boca Anne. - Dissemos juntos e começamos os três a rir.
-Enfim, quer conhecer ela? - Pergunta Theo. Balancei a cabeça positivamente e ele sorri. - Então vamos com nós hoje na praia.
-Sábado na praia, com calor, nada mal. Eu topo. - Digo.
Antes de brigar com o Bruno tínhamos combinado que eu passaria o dia com ele, porque amanhã pela manhã ele está indo para Londres, mas eu não vou deixar de curtir com o Theo, com a Anne, com o Leo, para ficar com ele que está emburrado comigo, e ainda por cima sem motivo algum. Acabei concordando com eles e me mandaram para o banho e logo depois para separar uma roupa para irmos. Fui pro banho e do banheiro senti o cheirinho do café da manhã da tia. Ouvi as gargalhadas e olhei para o espelho. Nada melhor que isso. Tomei meu banho procurando não refletir sobre as bobagens que o Bruno faz. Foi ele que escolheu isso, eu não sou tão tola mais a ponto de perder minha vida para viver sobre ele. Coloquei meu biquíni por baixo e um vestidinho amarelo sobre meu corpo. Deixei meus cabelos soltos e fui para a cozinha.
-Oi Leo. - Disse vendo ele sentado ao lado da Anne.
-Oi. - Ele diz sorrindo e me olhando. - Como foi de viagem?
-Foi boa. - Digo meio desanimada ao lembrar do fim da viagem, foi o que estragou tudo na realidade.
-Nossa, que animação. - Comenta Theo comendo um pedaço de seu pão.
-Vão a merda. - Disse e eles riram.
-Olha dona moça. - Minha tia me repreende e começamos a rir mais ainda.
Tomamos um maravilhoso café, e Leo lembrou minha tia de como se fazia panquecas. Na hora me lembrei do belo café da padaria da frente do apartamento onde morávamos. Hm, só de lembrar dá água na boca, mas o café da minha tia - na verdade qualquer comida que ela faça -, não tem comparação. Leo foi na casa dele pegar chinelo e roupas, e já voltou junto do seu primo, Paul.
(Escute e se precisar repita)
-Vamos com nós? Por favor! - Anne tentava convencer a tia ir na praia conosco, mas ela negava demais.
Peguei minhas coisas, poucas, e me preparei com o pessoal.
-Eu vou com minha irmã. - Diz Theo.
-Vai ir no carro do Paul ou no meu? - Pergunta Leo quando saímos de casa.
-Vou com o Paul e com o Theo. - Disse.
-Ok, nós vamos pegando um lugar bom enquanto vocês buscam a Blair.
-Blair é minha cunhada? - Perguntei para Theo que revira os olhos.
-Ela vai ir direto. - Responde Theo para Leo. - E não, ela não é sua cunhada. - Diz ele pra mim, comecei a rir.
-Mas ela vai ser? - Perguntei e ele dá um tapa no meu braço.
-Idiota, cala a boca. - Ele saí em direção do carro.
-Não vai me defender, Paul? - Perguntei e ele ri.
-Não sei nada, não quero me meter em briga com ele. - Paul diz entre seus risos.
Fomos o caminho todo assim, rindo e brincando. Eu tinha esquecido do Bruno, até na rádio tocar uma das suas músicas. Fechei os olhos e tentei ao máximo não pensar nele, que nem me ligou e nem me procurou. Theo percebeu que eu fiquei deslocada com a música, até pensativa, então ele puxou assunto, perguntando sobre os dias de Los Angeles, e onde ele poderia procurar emprego. Falei vários locais pra ele, e Paul ajudou.
- A praia tá ótima, olha só. - Paul apontou para o lado. - Agora não sei onde o Leonel vai estacionar.
-Acho que é melhor seguir ele. - Disse.
-Boa ideia. - Paul colocou a língua para o lado.
-Blair vai nos encontrar próximo ao salva vidas. - Anuncia Theo num tom de empolgação.
Estacionamos o carro ao lado do Leo e nos encontramos assim que descemos.
-Chamei a Zoe. - Anne fala quando chega ao meu lado.
-Perfeito, e ela irá vir? - Perguntei enquanto íamos em direção da areia.
-Aham. - Dei mais um passo e tirei meu chinelos antes de andarmos na areia. - Ela e o Phred.
-Phred? - Perguntei. Droga, agora o Bruno vai saber que eu estou aqui e que nem avisei ele e muito menos o convidei para vir junto. Droga, vai começar mais uma briga, prevejo, mas azar!
-Sim. - Diz ela e olha pros meus pés. - Você tem sempre essa mania de tirar o chinelo um pouco antes de chegar na areia. Não queima os pés?
-Não, nunca. - Respondo sorrindo. O celular dela começa a tocar e ela atende.
-Aí verão, que coisa boa. - Theo se espreguiça e puxa sua camisa pra cima. Meu Deus, meu irmão cresceu.
Comecei a mexer os dedos dos pés e ficar olhando pra eles enquanto caminhávamos para próximo do salva vidas. Já estávamos na areia, e as pessoas conversando, tomando banho e crianças jogando bola. Tinha alguns adultos que também jogavam.
-Vamos ficar aqui. - Diz Leo cravando o guarda sol na areia.
-Cheguei. - Ouço a voz de Zoe e ela e Anne se abraçam.
-Pensei que o Bruno iria vir! - Phred fala assim que deu um beijo no meu rosto.
-Não, nem fala nele. - Revirei os olhos e ele ri.
-Gente, eu vou encontrar a Blair ali na calçada e já trago-a pra cá. - Theo nem esperou concordarmos ou algo assim, simplesmente saiu correndo.
Arrumamos nossas coisas ali mesmo. Toalha estendida e cadeiras prontas. Fiquei com vergonha de tirar meu vestido, enquanto todos já tiravam suas roupas. Tirei meu vestidinho amarelo e soltei meus cabelos. Bateu a vergonha quando vi meu corpo um pouco mais magro do que o de muitas garotas por ali, mas ignorei esses pensamentos idiotas, eu tenho que me contentar com meu corpo. Eu sou linda do jeito que sou. Pedi para Anne passar o protetor em mim, porém ela estava passando nela mesmo, então pedi para Paul que estava sentado. Ele passou protetor nas minhas costas e o contato de suas mãos um pouco macias demais para um homem fez-me arrepiar-me.


-Pessoal, essa é a Blair. - Theo chega com a menina e logo nos apresenta.
Ela é linda, e pra mim combina com ele. Traços marcantes, olhos esverdeados que contrastam com sua pele amorenada, cabelos bem cuidados e um corpo estilo modelo, dá inveja em qualquer morena. Dei um sorriso pra ele tentando passar uma mensagem de que aprovei ela, e ele entendeu. Deu um riso tímido e veio em minha direção com ela.
-Blair, essa é minha irmã, Michelle. - Ele aponta para mim.
-Olá, Michelle. - Sua voz era calma e serena. Já gostei dela.
-Oi. - Disse dando um beijo em sua bochecha. - Tudo bem?
-Tudo ótimo. - Ela dá um sorriso.
-Vamos para a água? - Pergunta Anne em tom bem alto.
-Vamos! - Concordei. - Vamos com nós? - Perguntei para Blair.
-Tenho vergonha de tirar a roupa. - Ela inclina a cabeça para o lado, e apesar do tom moreno de sua pele, vi suas bochechas corarem.
-Vergonha? - Arregalei os olhos. - Se eu tivesse um corpo tão lindo, eu não teria vergonha de nada.
-Você é linda. - Diz ela. Fico tão feliz quando recebo elogios, é como se a barrinha do meu status de auto estima aumentasse lá em cima.
-Vamos pra água, gente. - Phred dá um chilique. Quando olho para o lado, apenas Paul estava ali sentado falando no telefone e Phred correu para a água cristalina.
Assim que fiz Blair perder a vergonha, corremos para a água. Entrei com tudo na água esquecendo que meu corpo estava quente e a água gelada. Tive um breve choque térmico que me fez repensar se eu queria mesmo tomar banho de mar ou ficar torrando na areia, mas continuei. Ah, verão, esse sol maravilhoso composto por esse céu azul nítido, e a água cristalina. Tão lindo.
+++
Depois de almoçarmos, ficamos na indecisão de irmos para a casa do Leo, tomar banho na piscina dai já jantaríamos lá, o ficaríamos na praia. Eu votei por qualquer um dos dois. Mas acabou que fomos para a casa do Leo. Chamei minha tia assim que cheguei, mas ela não quis ir de jeito nenhum, mas prometeu que iria para a janta. Paul passou num mercado e comprou várias coisas, até bebidas, enquanto eu tomava um copo de água verifiquei meu celular na esperança de que Bruno poderia ter desemburrado, mas não.
Na hora em que larguei o celular, recebi uma mensagem.
"Hey, te vi na praia. Você e muitas outras pessoas. Aproveite. Beijos"
Jake e viu na praia? Nem pensei em responder, apenas larguei meu celular em cima da bancada com o copo de água e fui correndo para a piscina. Os meninos fazendo festa e bebendo.
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-Vamos tirar uma foto. - Diz Anne. - Amor, pega meu celular e tira uma de nós quatro, por favor. - Nós quatro somos eu, ela, Zoe e Blair.
-Amo fotos. - Diz Zoe empolgada.
-Ok meninas. - Leo estava com o celular em mãos. - Se preparem.
Dei um sorriso e ouvi o click. Anne ficou empolgada com a foto que tinha saído bem bonita, disse que iria postar no instagram porque todos precisavam ver essa foto, e ver que ela está a mulher mais feliz do mundo. De acordo com ela é porque está com a família dela aqui, o namorado, e amigos. E ela disse que é isso que importa. Pensei no mesmo, que eu também deveria estar feliz, mas meu namorado é um doido, ciumento, marrento e idiota. Não, não é a mesma situação... não quando se trata de estar feliz com os namorados.


Achamos que estava ficando tarde, e nossas peles já estavam "murchas", de tanto ficar na água. Fui pra casa , tirei o biquíni e olhei minha marquinha (bem pouquinha), que havia ficado. Tomei meu banho e me arrumei, junto com minha tia fomos para a casa do Leo. O jantar estava quase pronto, colocamos a mesa e quando fui chamar Theo e Blair, eles estavam na maior conversa no quintal do Leo. Não queria atrapalhar, afinal ele olhava pra ela tão lindamente que fiquei com pensa de atrapalhar. Chamei-os e eles vieram, ela pareceu ficar envergonhada quando viu que eu os vi conversando.
Jantamos e ajudamos Leo arrumar tudo. Fui pra casa cansada, depois da viagem e um longo dia de piscina, amanhã volto ao trabalho normalmente. Coloquei meu pijama, escovei meus dentes, e deitei na cama. Peguei meu celular e lá tinha uma mensagem. Bruno!
"You'll always be sweet 16... Soube que foi pra praia hoje, que bom que se divertiu. Fui pra casa das minhas irmãs, curti o dia com elas. Amanhã pela manhã vou pra Londres com peso na consciência. Desculpa se sempre erro." 
Emoções à flor da pele. Comecei a chorar e re-li a mensagem. Eu não consigo mais ver quem está errado na história. Larguei a mensagem de mão e fui ver nossas fotos. Tinha muita poucas fotos minha e dele, mas parei sobre uma delas e olhei para ela pensando em tudo o que somos e o que fazemos com o nosso gostar. Não adianta, eu o amo. Respirei fundo e respondi a mensagem.
"Que amanhã você consiga impressionar todos em Londres, eu sei que vai conseguir, você sempre consegue! Toda a sorte do mundo. Boa noite, Bru." 
Eu ia colocar que o amava, mas não vejo necessidade de ficar me matando por dentro falando isso sendo que nada recebo em troca. Bloqueei a tela do celular, e num piscar de olhos - literalmente -, caí no sono.



  • Olá minhas pessoinhas. Então, estou com o carregador, comemorem dnsaoindois só não postei ontem porque eu ainda não tinha escrito - e me desculpem se faltou criatividade.
  • Ah, personagem nova *U* Blair. A foto dela já está em Personagens *-* 
  • Tomara que tenham gostado. Beijos <3