terça-feira, 24 de setembro de 2013

Capítulo 35

-Eu não vou aqui, de jeito nenhum. – Disse me referindo a montanha russa enorme a nossa frente.

-Para de ser mulherzinha. – Ele reclama.

-É assim que eu nasci, mulher. – Disse.

-Mas então fingi que hoje é um homem, e vamos. – Ele quase implora pra mim.

-Okay, vamos, mas se eu sair vomitando tudo, você é que vai me ajudar. – Falei com a condição e ele gargalha.

-Okay.

Entramos na fila, que também andou rápida. Nem sei á quantos anos eu não vou em um parque de diversões. Nem nunca fui num tão grande assim. Parei sobre a passarela onde caminhávamos para sentar em lugares, mas apenas tinha um lugar vago ao lado de um senhor de idade, e outro ao lado de um cara, de uns trinta anos.

-Vai ao lado do velhinho. – Ele diz apontando para o lugar.

-Porque? – Perguntei sem entender.

-Só senta ao lado dele, e deixa que eu sento com o outro ali.

Quando fui me mover para sentar ao lado do senhor, ele se levantou.

-Senta aqui moça. – Ele diz saindo do lugar. – Vou deixar o lindo casal sentar um ao lado do outro. – Ele diz dando um sorriso mostrando seus dentes feitos de porcelana.

-Mas nós não... – Fui interrompida pelo Bruno.

-Obrigada senhor. – Ele sorri e faz sinal para que eu sentasse no canto.

-Isso tá errado, nós nos somos um casal. – Disse entre risos.

-Pra qualquer efeito, quando se trata de lugares, sim. – Ele diz e eu o olho, mas logo a montanha começa a andar.

Na primeira subida, repito subida, eu me segurei para não gritar. Eu estava com muito medo, só não mais porque o Bruno estava ao meu lado, e nessa questão ele sempre me passa segurança, parece que quando eu estou ele nada vai acontecer. Quando ela deu a primeira decida, ai sim, eu segurei fortemente na barra de ferro que tinha com uma mão, e com a outra eu segurei o colete que nos envolvia, e dei um berro que se difundiu nos demais berros que deram, e quanto ao Bruno, só ria. Em uma curva que ela deu, eu me inclinei para o lado e Bruno veio por cima de mim, assim pondo sua mão sobre a minha que ainda estava pairada sobre a barra de ferro. Fechei os olhos, e com meu coração na boca, senti a montanha parando. Que alegria. 


-Morreu? Perdeu um braço? Uma perna? A cabeça? – Ele brinca quando saímos do brinquedo.

-Acho que meus pulmões e meu coração ficaram lá. – Disse ofegante. – E vai a merda. – Dei um tapa no braço dele.

-Adora me bater né? Credo. – Ele coloca a mão sobre onde eu bati.

-É um prazer sem igual. – Disse e olhei para a frente. – Além do mais, você pede né. – Revirei os olhos e ele gargalha.

Seguimos para os próximos brinquedos, e para a minha alegria ele quis ir comigo no carrossel. Tá eu sei que é pra crianças, mas eu fiquei tão feliz em ver aquele carrossel que tive que pedir para ir. Meu final de semana “adolescente rebelde” está maravilhoso. No carrossel, Bruno sentou no cavalo preto ao meu lado, enquanto eu sentei em um elefantinho.

-Olha que ironia. – Bruno diz.

-O que? – Perguntei procurando do que ele falava.

-Um elefante montado em outro. – Ele diz. O fuzilei com os olhos e ele gargalha ao mesmo tempo que da um sorriso, algo impressionante.

Depois que saímos dali, eu tirei mais fotos do parque.

-Uma foto comigo, por favor, obrigada. – Ele se coloca ao meu lado.

Tiramos uma foto eu e ele, nada demais. Passamos pelo carrinho choque, onde ele ficou no carrinho de cor vermelha, e eu no amarelo, meio puxado para o dourado. Para o meu azar meu carrinho estava uma completa porcaria, ficou enguiçado no meio do negócio, e só consegui sair dali depois que o Bruno terminou suas gargalhada de me ver ali, e bateu no meu carro. Tentei bater no dele, mas não consegui.

Tiro ao alvo. Acertar patinhos de papelão. Adoro. Chegamos em frente, pegamos uma pequena fila, e fomos atirar. As armas foram entregues. Me lembrei de quando joguei paintball com umas amigas lá no Brasil, e então peguei a arma como lá foi instruído e atirei. Percebi um flash na direção do Bruno, que nem se incomodou com isso.Deve ser ruim ser famoso e á todo lugar ter um tirando fotos suas. Meu tiro, eu errei, mas o do Bruno, ele acertou.

-Eu quero o ursinho que é um panda. – Disse apontando para ele. Que seria o prêmio que ele acertou.

-Disse certo... queria. – Ele corta meu embalo.

-Não vai me dar o ursinho? – Perguntei arqueando minhas sobrancelhas.

-Não, quem ganhou fui eu, no entanto, o urso é meu. – Ele vira-se para o homem que espera ele comunicar o prêmio. Bem em frente tinha uma barraquinha com algodão doce, eu fui até lá. Pedi um e a mulher que estava fazendo me deu. Tirei o dinheiro do bolso do meu short e paguei-a. Assim que virei, Bruno estava com o panda em mãos.

-Olha o Eric. – Disse. Que piadinha mais idiota a minha, nossa.

-É. – Bruno diz, e deu uma risadinha.

-Quer? – Ofereci o algodão.

-Só posso pegar depois que você pegar seu urso das minhas mãos.

-Meu? – Perguntei.

-É, você pediu ele, não pediu? – Ele pergunta arregalando os olhos bem de leve.

-Bruno... – Estiquei a mão para pegar o urso e entreguei o algodão pra ele. – Obrigada. – Ele me deu um sorriso lindo. - Eis um problema. – Disse.

-Qual?

-Como eu vou comer agora? – Perguntei.

-Eu dou. – Ele tirou um pedaço do algodão e deu na minha boca. Fechei os olhos, quero sentir esse momento.

-Obrigada. – Disse baixinho.

Droga! Droga! Ele não quer que eu me apaixone por ele, não quer que eu o ame, mas faz isso? Agora me diz, tem como não se apaixonar por ele? Não, não tem. Fomos andando em frente e entramos na roda gigante. Uma “casinha” para cada “casal” ou seja, cade cabine para duas pessoas. Eu e Bruno entramos, coloquei o urso no meu colo e quando a roda parou quase no topo, ele ficou me olhando. Estava sorrindo de tão feliz. A roda subiu, e chegamos no topo onde ficamos parados um tempinho. Olhei para toda a extensão, mostrando a grande e colorida Los Angeles, e o vasto mar que cobria a costa da praia, batendo a areia, e o céu escuro da noite, somente iluminado pela Lua que estava linda.

-Conhece a história da lua e do sol? – Ele diz observando a mesma.

-Não. – Neguei com a cabeça também.

-O sol e a lua, antes mesmo do mundo se criar, ele eram um casal muito apaixonados, mas por consequência, quando Deus criou a terra, deu a eles o brilho, o do sol o dia, e o da lua a noite. Mas a lua vivia triste, foi ai que Deus colocou as estrelas pra ela, mas mesmo assim ás vezes ela fica tão triste, que minguá, e mal saí direito. Os antigos diziam que ela quando está cheia, é porque pensou no sol, e está feliz, dizem que a noite dos casais. – Sou sensível para histórias, e mau sabia eu que o Bruno tinha essa cultura, de saber essas histórias.

-Mas e o amor acabou assim? – Perguntei já com os olhos embargados.

-Não. – Ele nega e tira os olhos da linda lua cheia e me olha. – Ele criou o eclipse, assim possibilitando sempre eles se veem, mesmo com muito tempo de espera.

-Bruno Mars também é cultura. – Disse e ele sorri.

-Ah, eu gosto dessas historinhas. Culpa da Dona Bernie que me contava quase sempre.

-Uma rainha. – Disse dando um sorriso e olhando pro céu.

-Rainha, mãe, amiga... – Ele respira fundo, pisca pesadamente e abre os olhos novamente guiando eles para o céu. – Saudades né. – Ele diz pra si mesmo.

Uma vez me disseram que quando o amor é tanto nós transbordamos sorrisos, e quando a saudades é tanta, nós transbordamos em lágrimas. Bruno estava quase chorando, mas eu sei que daqui a pouco o “Bruno” se recupera, e volta aquele cara quase sem sentimentos que eu estou aprendendo a conviver, e que a cada dia é uma luta para não bater na cara dele e fazer ele voltar a ser aquele Peter de antigamente, aquele que ele sempre foi, aquele que ele é. A roda gigante desceu, deu mais uma volta e eu me mexi e segurei fortemente na perna do Bruno com medo de cair. Ele gargalhou, mas pelo menos saiu a expressão de saudades do rosto. Chegamos ao chão e eu abraçada com meu urso parecendo uma criança. Bruno chega ao meu lado para caminharmos.

-Promete que vai ser minha amiga, pra sempre? – Ele pergunta num tom mais alto por causa da gritaria das pessoas.

-Pra sempre. – Respondo. Pensei na verdade em perguntar o porque ele tocou nesse assunto, mas tenho medo de estragar alguma coisa. Não vou negar que a palavra “amiga” entrou no meu coração como uma adaga.

Caminhamos mais um pouco e fomos em alguns brinquedos que ainda não tínhamos ido.

-Vamos embora? – Perguntei. – Acho que já fomos em todos. – Disse olhando ao redor.

-Vamos sim, antes vamos comer algo. – Disse ele seguindo em frente e eu fui ao seu lado.

Paramos em um quiosque, ali dentro do parque mesmo, onde ele tirou muitas fotos com fãs e pessoas que apreciavam seu trabalho. Fiquei olhando para o nada enquanto isso. Os pedidos chegaram, o garçom os trouxe e Bruno ainda estava nas fotos. Olhei para o garçom e quase desmaiei com tanta beleza, ele só poderia ser modelo, ator, sei lá, de tão lindo. Cabelos loiros, olhos verdes expressivos, e boa carnuda, tão lindo. O olhei e ele sorriu pra mim.

-Opa, a comida chegou. – Bruno bate as mãos mas ele não olhava para a comida, olhava para eu e o garçom se encarando.

-É comida. – Disse virando pra frente, encarando a comida. O garçom se retira.

Falamos algumas coisas enquanto comíamos, e pouco a pouco o movimento do parque foi caindo. Saímos junto de algumas pessoas e andamos pelo píer. Descemos algumas escadas e fomos para a beira do mar novamente. Tirei meus sapatos e segurei-os juntos com meu urso. Eu estava tão feliz que meu sorriso não saia da minha boca por nada. Molhei meus pés na água gelada e dei um gritinho. Bruno também fez o mesmo. O papel que eu guardei de lembrança do parque voou, eu larguei minhas coisas na areia e tentei pega-lo, correndo e não consegui. Acabei tropeçando nos meus pés e caindo com o corpo de frente na areia.

-Ai que droga. – Disse levantando e me limpando.

Bruno não parou de rir nem por um segundo, e assim fomos até onde estava o carro.

-Fica aqui fora, preciso me trocar. – Disse abrindo a porta assim que ele desativa o alarme.

-Eu não, vou entrar. – Ele abre a porta também.

-Mas eu tenho que trocar de roupa, é rapidinho. – Disse.

-E daí? Não há nada ai que eu nunca tenha visto. – Minhas bochechas coraram.

-Bruno. – O repreendi com um riso e ele gargalha.

-É verdade. – Dá de ombros.

Sentei no banco e levantei minha blusa e me estiquei para pegar a minha mochila atrás. Só ai que fui ligar que meu sutiã era rosa, e meio velhinho até. Coloquei a camisa do pijama logo, e prendi meu cabelo num coque alto.

-É, deveria ter ficado no lado de fora. – Ele arranca o carro.

-Posso? – Perguntei com a mão no rádio e ele nem viu onde eu estava com a mão.

-Deve, que agora eu fiquei fora de mim. – Ele respira fundo.

-Bruno, eu estou falando de ligar o rádio. – Disse ainda com a mão no rádio, ele olha.

-Ah. – Ri um pouco. – Isso também pode.

-Idiota. – Digo ligando o rádio.

-Retiro meu urso de você. – Ele diz em birra.

-Como?

-Se não der um beijo na minha bochecha, dizendo que eu sou o batmam, você perde o urso, agora ele está em meu poder, sou o sequestrador. – Ele diz fazendo cara de mal. 


Me aproximei do seu rosto e dei um beijo na sua bochecha, logo escorando minha cabeça no seu ombro. Desejo a Deus, e peço como nunca pedi que ele transforme o Bruno no que ele sempre foi, e que eu possa chegar mais perto do seu coração e faze-lo se apaixonar por mim, assim como eu sou perdidamente por ele. Voltei ao meu banco normal e peguei meu celular, tinha uma mensagem da Anne.

“Tudo bem, eu te entendo, mas por favor, se cuida onde quer que esteja, eu e a Zoe amamos você.” 

Sorri com a mensagem e voltei a olhar pra frente. Bruno estacionou em um lugar cheio de carros. Um moço se aproximou de nós e falou algo com o Bruno que eu não prestei atenção.

-Onde estamos?

-Num estacionamento, mas na verdade é quase um acampamento de carros. – Diz ele.

-Isso significa que ... – Queria a continuação do que ele estava falando.

-Significa que muitas pessoas que param na estrada por estarem viajando a muito tempo e não tem dinheiro para hotel, dormem em seus carros aqui. – Ele diz dando um sorriso. – Dormir na rua é perigoso.

-Ah, adoro perigo. – Lamentei.

-Fica com um cavalo que você vai ter perigo e aventura. – Ele respira e ri. – Se é que entende do que eu estou falando.

-Entendi sim senhor Mars, mas eu não quero transar com um animal, obrigada. Zoofilia ainda é crime.

-Ainda é crime? – Ele pergunta espantado. – E agora? Eu transei com você. – Ele ficou boquiaberto.

-De qual animal está me chamando? – Perguntei arqueando uma sobrancelha.

-Elefantinho. Que bonitinha. – Ele aperta minhas bochechas.

-Vai a merda Bruno. – Digo olhando para frente. – Você está mais pra elefante do que eu. – Disse emburrada.

-Mas se quer saber uma coisa. – Ele se aproxima de mim e fala no meu ouvido. – Esse crime eu cometeria muitas vezes, e depois dessas muitas vezes, muitas mais outras vezes. – Um arrepio percorreu minha espinha, foi até a ponta dos meus pés, e meus pelinhos quase invisíveis do braço revelaram meu arrepio.

É inevitável olhar pra ele e não ter vontade de abraça-lo, dizer que eu o amo, e pedir pra tudo ficar bem, mas eu o olho e tenho vontade de chorar, pensando por um lado, o que eu estou fazendo com a minha vida. Ultimamente estou vivendo por ele, com ele, e só por ele. Bruno me faz chorar, me faz pensar que a vida vale pouco, e que tudo não passa de fantasia, mas ao mesmo tempo ele me faz ver a realidade, me faz viajar com simples coisas ditas, me faz sorrir e rir, e me mostra um mundo fantástico que eu mesmo posso criar e fantasiar. Meus sentimentos confusos fazem com que eu o encare frente a frente.

-Eu te amo. – Queria ter dito isso, queria ter ouvido isso, porém a única coisas foi eu pensar nisso e pensar em como minha vida está uma completa bagunça.

-Vou ali pagar e já volto. – Ele diz quebrando um pouco do clima. Sorri pra ele e fiquei olhando ele indo.

Virei meu rosto para frente e cantarolei baixinho.

Could I forget the look that tells me that you want me?
(Eu conseguiria esquecer o seu olhar?)

And all the reasons that make loving you so easy
(E todas as razões que facilitam o seu amor?)

The kiss that always makes it hard to breathe
(O beijo que torna sempre tão difícil respirar?)

The way you know just what I mean
(A forma que sempre sabe o que eu quero dizer?)

No, I can't learn to live without
(Não, eu não consigo aprender a viver sem você)

Talvez seja isso, eu não consigo aprender a viver com ele, por isso me sinto tão segura ao lado dele, e mesmo nesses dez anos, eu nunca me entreguei de cabeça á ninguém, sempre pensei nas consequências e por mais pedidos de namoros que eu recebi – tá, não foram muitos -, eu nunca pude aceitar nenhum, porque? Porque meu coração está ligado com ele de alguma forma tão inexplicável, que ninguém um dia poderá explicar. Ninguém.

-Voltei. – Ele me tira dos pensamentos que eram dele, eu sorri e voltei a olhar pra frente. – Pensando na vida? – Pergunta ele. Claro que estou, minha vida é você. Ai que nojo, eu estou me tornando aquelas pessoas chatas apaixonadas. Para Michelle, para. Você é mais forte que tudo isso, respira.

Respirei fundo.

-É. – A única coisas que saiu da minha boca em forma de sussurro.

-Falou com as meninas?

-Mandei uma mensagem aquela hora, e elas me responderam. – Disse.

-Não perguntaram onde você estava?

-Não, eu avisei na mensagem que não falaria onde estava. – Disse e ele sorri.

-Nós deveríamos fazer isso mais vezes. – Contestou. – Estou amando essa noite.

Me diz, como não sorrir como uma boba? Como não ficar apaixonada? Não tem como, não existe como.

-Sempre que quiser. – Argumentei.

Ele sorri docemente.

Bruno diminuiu um pouco o volume do rádio e abaixou seu banco, eu fiz a mesma coisa. Peguei na minha mochila meu casaquinho e me tapei, ou pelo menos tentei me tapar. Confirmei a porta para ver se estava fechada direitinho. Elevei meus pés e encolhi minhas pernas para cima do banco e o olhei.

-Boa noite, Bru. – Sussurrei.

-Boa noite princesa. – Ele se curva, dá um beijo estalado na minha testa e no mesmo momento fecho meus olhos fortemente. 


Acho que peguei no sono rapidamente. Não sei explicar qual é a sensação de acordar e já estar na estrada, ao seu lado o Bruno dirigindo. Há tantos adjetivos para caracterizar esse momento, eu não sei nem por qual começar.

-Pra onde estamos indo? – Perguntei sonolenta.

-Acordou. – Ele comemora. – Estamos indo para uma praia, super bonita, e que quase ninguém vai.

-Mas hoje é segunda, praticamente ninguém vai a praia. – Revirei os olhos sentando-me na cadeira. Meu estômago se revirou, e fez um barulho estranho. – Acho que estou com fome. – Falei pondo a mão na barriga.

-Tem aquelas coisas que você comprou no posto ontem á noite. – Nem lembrava daquilo. Me estiquei rapidamente para trás tocando meu casaco perto da mochila e peguei a sacola com as coisas.

-Estamos a quanto tempo na estrada? – Perguntei abrindo o pacote de Pringles. – Ou melhor, que horas são? – Perguntei.

-São exatamente onze e três. – Responde prontamente. – E estamos a uns quinze minutos andando, porém já estamos chegando. – Ele olha pra mim e sorri.

-Os meninos ainda não te ligaram? – Perguntei e logo pus batatinhas na minha boca.

-Ligaram. – Ele olha pelo espelho retrovisor e volta a olhar pra frente. – O Phil ligou, ai falou várias coisas dizendo que eu não poderia sair sem avisar, porque todos ficaram preocupados, aí eu disse que estava em segurança e que precisava desse tempo para pensar. – Ele respira fundo. Meu celular toca assim que ele termina de falar. Olho no visor, era o Leo. Olhei para o Bruno e fiquei pensando.

-Não vai atender? – Pergunta ele.

-É o Leonel. – Disse sem saber o que fazer.

-Por mim pode atender. – Bruno dá de ombros com certa indiferença na sua voz.

-Bom dia. – Falei assim que atendi.

-Alô. – Leo diz e ri. – Bom dia, quer dizer.

-Bom humor? – Perguntei.

-Ótimo.

-Ué, ganhou dinheiro? – Perguntei entre risadas.

-Quase isso. – Ele respira fundo. – Acredita que além de eu descobrir que agora estou oficialmente separado no papel, cheguei no serviço e vi um contrato enorme na minha mesa perguntando se eu queria dirigir a próxima série da Warner. – Ele diz feliz que só ele.

-Leo! Sério isso? Caramba, que ótimo, parabéns. Você merece isso e muito mais. – Disse e Bruno fez uma cara de poucos amigos.

-Obrigada Mich, obrigada mesmo. – Ele parecia estar com um sorriso enorme no rosto. – Mas então, como está?

-Estou bem. – Respondi, e com o canto dos olhos vi o Bruno. – Ótima na verdade.

-Ui, que tanta felicidade. – Diz ele e ri. – Atrapalhei teu serviço?

-Na verdade hoje é festa do chefão, ai ninguém tinha que ir trabalhar. – Respondi.

-Aposto então que a dona preguiça estava dormindo.

-Acordei a uns minutinhos na verdade. – Me espreguicei.

-Que coisa feia. – Argumenta ele. – Bom, eu vou desligar então, deixar você fazer suas coisas. Só liguei pra compartilhar minha felicidade contigo. – Dei um sorriso.

-Obrigada Leo, e parabéns viu. – Disse.

-Obrigada, beijos.

-Beijos.

Desliguei o telefone e comi mais um pouquinho. Bruno estava com o rosto normal encarando o transito.

-Que felicidade... o que houve? – Pergunta curiosamente.

-Leo ganhou um contrato com a Warner para dirigir uma série. – Disse orgulhosa do meu amigo.

-Nossa, que legal. – Não vi empolgação nenhuma na sua voz.

-Eu sei que você e ele não estão nos melhores momentos, mas ele também é meu amigo, okay? – Só deixei de aviso prévio. Não quero ter que escutar picuinhas tanto da parte dele falando do Leo, e nem da parte do Leo falando dele.

-Tudo bem. – Responde ele secamente. – Vocês já ficaram?

-Bruno... – Repeti o nome dele.

-Já, não é? – Ele pergunta e da um sorriso amarelo. – Só por curiosidade.

-Já, na verdade nos beijamos uma única vez, à um tempo atrás. – Respondi e Bruno visivelmente revira os olhos e segura fortemente na direção.

  • Próximo capítulo, quinta feira <3 Gente, eu to amando os comentários, amando mesmo! Então continuem com eles se for possível. Vocês me deixam mais feliz a cada dia que tem um comentário, e sempre que eu vejo vocês falarem da Colorindo Los Angeles, e dessa fic, eu fico lisonjeada, faço isso por vocês! Beijos <3 

14 comentários:

  1. Amei, mesmo, de verdade <3 um dos caps mais FOFOS de todas as fics! Bruno sendo bonzinho é mto awnt *_* Tá linda!

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  2. Foi lindo, foi fofo, foi meigo, foi mágico, foi..foi PERFEITO! :") eu tô meio q chorando um mar com esse capítulo, acabou com as minhas estruturas, emocionalmente falando. Nunca esperei tanto por um beijo desses dois, a cada acontecimento eu ficava tipo "É agr!!!" mas não acontecia, eu tenho certeza q quando for o momento... VAI SER SURREAL. Vc não deixa de me surpriender cara, tô sem reação :")
    DRI, EU NÃO VOU CONSEGUIR ESPERAR ATÉ QUINTA CARA SOCORRO NÃO ME MALTRATE ASSIM CARA! KKKKKKKKKK É VDD PLMDDS !
    BY: Dani feat desesperada

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  3. Ui o Bruno ta com ciumes da Mich com o Léo?!bem feito u.u.Ai como tá romântico os dois juntos nesse momento love com o Bruno sendo um príncipe com a Mich,ele e meio bipolar né mais o importante e que eu tenho certeza q ele ama ela mais só ele q não sabe disso ainda,tomara q ele não demore muuuuito pra perceber q ele ama ela, porque enquanto ele ta ai se fazendo de difícil o Léo só ta esperando mais um erro dle pra conseguir fisga a Mich.Tá muuuuito perfeito. Driii sua linda cada dia eu me impressiono mais e mais com a perfeição da sua fic.Continua loooooogooo viu q eu quero q role beijo ai entre os dois.

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  4. Ai Bruno beijo na testa? q menino mais mole cade o Bruno safado q a gente conhece?não q beijo na testa não seja legal né, mais eu estava esperando um beijaaoooo.A Dri eu quero um beijo desses dois agoraaaaa kkkkk.E o Bruno com ciumes awww a coisa mais lindaaaa .A Drii só quinta agora q decepção :( mais ta perfeitoo viu.

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  5. "Um elefante montado em outro." Ele esqueceu de mencionar que tinha um cavalo sentado no outro também ne?? kkkkk
    Zoofilia ainda é crime. -Ainda é crime? – Ele pergunta espantado. – E agora? Eu transei com você. Eu dava na cara dele, se ouvisse isso af q folgado!!
    Mas o cap foi um amo e pela primeira vez eu não fiquei bolada com ele!!
    Maissssssssssssss esta perfect!!

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  6. Pera que eu acho que ela ta quase conseguindo chegar lá no coração dele ! Esse capítulo um dos mais fofos ou se não o mais . Me emocionei com a parte que ele conta da história da lua e do sol , e logo em seguida a saudade da mãe :'c Bruno com ciúmes do Leo que coisa mais fofa que existe no mundo meu Deus *-* Olha , se ele preciso de um beijo no rosto , eu dou um nele com o maior prazer do mundo hahahah . Não preciso dizer novamente que escrever mega , super , hiper bem ♥ Só lhe peço algo ? Não demore , pois preciso dos dois juntos , tipo AGORA ♥♥♥♥

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  7. "-Um elefante montado em outro" kkkkkkkkkkkkkkkkk socorro eu ri muito nesse cap, ta td tao perfeitoo q se melhorar estragaa, dsculp to com pressa pra pensa em outro coment entao xau, parabens

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  8. Margarida minha <3 Tu sabe muito bem que amo a sua fic, me desculpa mesmo pela demora pra comentar, mas não pense que esqueci viu :p Guria, esse capítulo foi PERFEITO demais, Bruno Batman é outro nível u.u snbadnbsansb Te amo <3

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  9. Na moral não sei qual é a do Bruno, sendo fofo uma hora, tendo ciúminho do Leo e em outra hora se fazendo de indiferente. Bipolar é pouco pra defini-lo, mas achei fofo o capítulo e gostei do Bruno com ciúmes, haha.

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  10. Capitulo simplesmente perfeito!!

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  11. Então, sempre sou uma das últimas a comentar, mas é porque tenho que pensar bem o que vou dizer sobre essa perfeição que tem sido tua fic, assim como a outra... Concordo com a Mich, montanhas russas dão medo, muito medo! uahsuah, sobre essa rebeldia, toda rebeldia tem beijo e cade o deles? Tá faltando, ainda mais quando o par da rebeldia é que você gosta como a Mich ou que você se sente bem como o Bruno, então feito, preciso de um beijo aí! NOW! Te amo Dri <3

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  12. E a cada dia que passa você se supera ainda mais, a história está cada vez melhor! Continue assim, ela irá longe! P.S:AINDA SOU A FAVOR DA MICH COM O LEO!

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  13. Nhonhonho, esse capitulo foi mágico, muito perfeito <33 Bem que o Bruno já poderia se tocar e ver que gosta da Mich né. Tá td perfeitão, amei!!!

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