domingo, 22 de setembro de 2013

Capítulo 34

Abri a cortina por completo. O relógio marcava três e meia da tarde. Eu preciso sair sozinha. Preciso caminhar esvaziar a cabeça, pensar em outras coisas que não seja Bruno, casa, trabalho, amizade, e amor.

Abri meu guarda roupa e tirei dele minha camisa branca normal, meu short jeans. Tirei meu pijama dobrando ele e pondo sobre a cama. Coloquei a roupa e dei uma olhada nas minhas pernas para ver se preciso depila-las. Sentei na frente do espelho e escovei meu cabelo, olhando através do espelho, pensando em tanta coisa. Estalei meu pescoço por causa de uma tensão forte, e prendi meu cabelo com um rabo de cabelo. Dentro da minha bolsa procurei meu fone de ouvido, o separei junto do meu celular. Calcei meus tênis e fui para minha caminhada. Passei no banheiro, lavei meu rosto e fui para a porta.

-Onde vai? – Pergunta Anne indiferentemente.

-Caminhar. – Disse abrindo a porta e saindo.

Ouvi um murmurinho entre as duas assim que saí mas eu ignorei completamente. Desci as escadas quase numa corrida, passei rapidamente pela porta principal do prédio e saí pra rua. Respirar ar puro, tudo o que eu mais precisava. Por milagre eu não estava com a dor de cabeça da ressaca que sempre me ataca, mas em compensação tenho “dores de cabeças” piores para resolver. Coloquei meu fone na altura máxima e fiquei andando, percorrendo os quarteirões. As ruas movimentadas por ser final de semana, todos bem arrumados para sair.

Casais passeando com seus filhos, ou somente entre eles. Famílias saindo de suas casas e andando para os carros, e muitas estavam de trajes dignos para irem a praia. Parei abaixo de uma pereira bem grande e me escorei nela. Fiquei olhando o fluxo de pessoas passarem. Lembrei que andando mais um pouquinho eu chegaria no parque. Fiz isso, caminhando mais um pouco, eu cheguei no parque. 


Passei por um bando de garotos, que deveriam ter lá seus 17 anos, e ouvi um deles me chamar de “gostosa”, ignorei totalmente esse tipo de comentário. Peguei um picolé de um vendedor e sentei no banco para come-lo. Recebi uma mensagem. Assim que desbloqueei o celular, ele fica com a tela toda preta. Desligo ele e ligo novamente, assim que ele reinicia, vejo a mensagem.

“Santa Monica é um lugar tão lindo, e lá garanto que ficaríamos um pouco mais sozinhos, e teríamos liberdade de nossos pensamentos... Topa ir comigo hoje a noite e voltarmos amanhã a noite?”

Bruno com suas ideias malucas. Sorri com a mensagem e levantei do banco. Preciso pensar. Santa Monica, eu sei que é aqui do lado de LA, mas mesmo assim, eu acabei de voltar a falar com o Bruno, e ele disse que não sente nada por mim, tenho dúvidas quanto o que pode acontecer nessa viajem... Pode não acontecer nada também, e eu estar fantasiando tudo isso. Parei um pouquinho e pensei, voltei a andar e escrevi a mensagem.

“Me espera a onde para irmos? Não quero contar para ninguém que estou indo viajar.”

Não vou contar. Anne e Zoe, eu sei que elas querem meu bem, mas eu preciso me aventurar, eu preciso espairecer minhas ideias, pensar em coisas novas, e só eu e o Bruno nessa viajem pode ser um bom começo pra isso. Tá, eu tenho plena certeza, e conclusões que o que ele quer de mim é amizade, nada muito sério, mas eu preciso ir nessa viajem. Bom, falando bem a realidade, eu quero muito ficar um tempinho com ele, sozinhos. Fechei minha mão e vi o anel, sorri automaticamente e meu celular avisa que chegou mensagem.

“Não avisaremos ninguém, o único que irá saber onde estamos é o Phil. Preciso pensar fora dessa cidade louca. Te pego ás 20:00, na estação do trem. Vou estar no meu carro, o preto! Beijos.”

Bruno Pov’s

Depois que a Anne me expulsou do apartamento, eu desci tranquilamente. Meu celular tocou, eu parei para atendê-lo, mas não era a Mich, então nem me preocupei. No fundo só conseguia pensar no “eu te amo” que ela me disse. Tinha uma música, bem antiga, que fala o que mais ou menos estou sentindo, pena que não lembro o nome dela. Enfim, eu gosto da Michelle, muito, ela é interessante, é linda, é estilosa, cheirosa, gostosa, e aquele corpo, meu Deus, é de dar inveja a muitas mulheres. Mas eu não consigo me entregar pra ninguém, não depois do que eu passei, e mesmo sem querer, eu estou fazendo o mesmo com ela. Estou magoando ela, mas é impossível eu sentir algo além de amizade. Meus pensamentos estão confusos, embaralhados, talvez até meios estranhos, mas ela não pode esperar algo de mim, sendo que eu a vejo como amiga, porém não suportaria de jeito nenhum que ela me largasse, digo, ficar com outro cara, ou parar de ficar comigo... Isso não. A melhor coisa que pensei é aproveitar esse final de semana ao lado dela. Mandei uma mensagem e tive a maravilhosa ideia de leva-la para Santa Monica, mas só eu e ela... Não quero vê-la triste.

Michelle Pov’s 

Dei tantas voltas que quando olhei para o relógio, já tinha passado muito tempo. Precisava ir pra casa, me arrumar, e dar um jeito da Anne não ver minha mochila com roupas. Liguei o rádio e sintonizei na estação onde a Anne trabalha. Tocava, coincidentemente, a música do Bruno. Tem embalo de balada, é muito boa. Sorri só de pensar nele cantando. O caminho pra casa foi muito rápido, rápido até demais. Entrei e Anne estava rindo com a Zoe, elas pararam de rir assim que me viram.

-Que demora. – Anne diz como se nada tivesse acontecido antes.

-Pois é. – Comentei tirando meus fones de ouvido. Fui em direção da cozinha.

-Tem doce na geladeira. – Zoe diz.

-Muito obrigada, não quero. – Disse secamente abrindo a geladeira e vendo o doce, mas passei com olhos corridos e peguei uma garrafa de leite.

-Michelle, você está brava com nós? – Pergunta Anne.

-Não. – Disse servindo-me o leite.

-Então para de ficar com essa carranca na cara. – Zoe diz, muito divertidamente. Fui pra sala, dei um sorriso amarelo e fui para o quarto.

Fechei a porta, dessa vez com a chave para não ter problemas de invadirem, se é que me entendem. Abri meu guarda roupa e tirei minhas roupas que eu mais poderia usar lá, vão ser poucas na verdade. Peguei a roupa que irei usar hoje para ir e pus em cima da cama, peguei minha toalha. Fui em direção do banheiro.

-Vai tomar banho? – Perguntei.

-Vou... mas pode ir primeiro. – Anne dá a passagem pra mim, claro que eu não recusei.

Entrei pro banho imaginando como será essa “viajem” que está mais pra passeio. Sempre quis ir para Santa Monica, todo mundo diz que é legal, e que impossível é não gostar do local. Lavei meu cabelo, meu corpo, enxaguei meu corpo e sequei meu cabelo com a toalha mesmo. Sai pro meu quarto e Anne entrou no banho. Me arrumei rapidamente e sai do quarto para ver como faria para sair.

Voltei para o quarto, não sei o que vou fazer. Zoe está plantada na sala, vendo televisão. Zoe olhava para a televisão sem nem piscar. Eu, no entanto, escapei rapidamente, abri a porta e toquei minha mochila para fora e a fechei novamente disfarçando que fiz algum barulho, já que era provável que com o estrondo da minha mochila no chão do corredor, Zoe me olharia. Pensado e feito, ela me encarou com os olhos arregalados e um riso no rosto.

-Esse negócio é hilário. - Ela ria de algum programa inútil de televisão. -, acredita que o cara fez o outro comer alho com sal?!

-Nossa. - Dei uma risada sem graça. - Deve ser legal. - Disse com indiferença.

Zoe voltou seu olhar para a televisão e logo deu uma gargalhada bem alta que a fez suas bochechas subirem, e seus olhos se exprimirem. Aproveitei a seguinte situação e abri a porta do apartamento. Juntei minha mochila do chão e desci as escadas rapidamente.

-Oi. - Disse a uma moradora de cabelos estranhos que estava descendo as escadas.

A moradora me deu oi de volta. Olhei para o outro lado da rua e o carro do Bruno estava lá. Fui até ele e abri a porta, ergui meu rosto para ver se ninguém viu eu saindo. Não tinha ninguém.

-Não preciso dizer que estou me sentindo uma adolescente que está fugindo de casa, não é? - Disse assim que larguei a bolsa no banco de trás e me acomodei direito no banco em que estava e prendi o cinto.

-Então somos dois. - Ele dá uma risada tão gostosa que me contagia.

-Destino: Santa Monicaaaaaa. - Digo feliz assim que ele arranca o carro.

-Que felicidade. - Ele ri de mim.

-Ah, sabe que eu gosto de viajar. - Disse. - Ainda mais na tua companhia. - Pensei somente comigo.

Eu sei que é loucura, talvez até muita loucura. Principalmente depois de ontem, da discusão e tudo mais, porém sempre quando o Bruno pede algo pra mim, eu não sei como recusar. Eu aprendi a atender seus caprichos, fui brincar disso e agora não sei parar. É como se ele pudesse me controlar.

-Vamos escutar música? - Ele pergunta já com uma mão na direção e a outra no rádio.

-Com certeza. – Digo com um sorriso animado.

Estou me sentindo livre, bem dizer. Alguma música animadinha tocava na rádio, Bruno batucava com seus dedos na direção, e pelo canto dos olhos eu o observei por um tempinho. Como ele é tão lindo assim? Voltei meu olhar perdido para a janela do carro, a noite que já havia chego estava radiante, a lua estava imensa e linda, as estrelas brilhantes fazendo companhia a ela davam um toque tão extraordinário em tudo.

-Já estamos chegando. – Diz Bruno, o sorriso bem largo marcava as covinhas que eu tanto amava.

-Já? – Perguntei impressionada.

-Já. – responde ele se divertindo.

-Mas é mais perto que ir pro meu serviço. – Reclamei e ele da uma gargalhada alta.

-É que é uma estrada reta, e na verdade nem dá pra perceber quando estamos em Los Angeles, e quando chegamos á Santa Monica. – Ele diz.

-Nossa. – Digo. – A impressão do tempo parece que foi de cinco minutos. – Bufei.

-É, quase isso, deve dar uns 20 á 30 minutos. – Ele diz calmamente voltando a olhar para a direção. – Eu estava pensando, onde vamos dormir?

-Não sei.

-Podemos alugar um quarto no hotel, ou então dormirmos no carro mesmo.

-É, no carro dá pra recostar bem o banco. – Disse mexendo na peça onde o banco vai pra trás. – E ainda não gastamos. – Já deitada no banco eu disse.

-Mas dinheiro não é o problema.

-Fale por você que é o Bruno Mars. – Revirei os olhos. A realidade é que eu sou cheia de contas pra pagar, e coisas para planejar, ainda tem uma casa pra comprar que eu não sei dá onde vamos tirar o dinheiro em pouco tempo, já ele está cheio da grana. Essa é a parte boa de ser famoso.

-Mas eu vou pagar.

-E eu nunca que irei aceitar. – Ele sabe como eu sou cabeça dura. Fiquei olhando para o teto do carro, deitada, aproveitando. – Além do mais, esses bancos são confortáveis. – Disse me afofando mais.

-Isso é. – Ele ri de mim.

-Não ria, eu nunca dormi num carro. – Bufei quase ventando e ele gargalha alto.

-Então vamos dormir no carro. – Ele recosta em um posto de gasolina.

Enquanto ele colocava a gasolina, eu fui até a loja de conveniencias do próprio posto. Parei sobre a frente de uma fila enorme de coisas simples para se comer. Olhei para tudo atentamente e acabei pegando guloseimas. Peguei duas latinhas de refrigerante e fui ao caixa pagar. Assim que entrei no carro, Bruno olha para a sacola que eu estava em mãos.

-Depois o gordo sou eu, claro. – Ele revira os olhos.

-Eu não tenho isso daqui. – Disse apertando uma leve gordurinha na barriga dele.

-Deixa meus gordinhos. – Ele protege a barriga enquanto eu largava as coisas que comprei no banco de trás.

-Gordinhos? É o nome das suas dobrinhas? – Perguntei divertidamente.

-É. – Ele se emburra.

-Aí, ficou brabinho. – Disse entre risos.

Bruno só riu. A música ainda tocava, desse vez tocou uma mais lenta, mais romântica, o que fez eu ficar bem calada, e Bruno também. O engraçado é que mesmo com a música, eu conseguia distinguir sua respiração forte, o que fazia meu coração palpitar a milhão. De longe eu vi o píer de Santa Monica, o famoso píer, o que de certa forma me fez lembrar que eu não avisei as meninas, e nem vou avisar. Olhei para o celular diversas vezes, e a foto na tela de proteção, minha, da Anne, e da Zoe. Acho injusto elas ficarem procurando por mim. Mandei uma mensagem.

“Meninas, eu estou ótima,porém não passarei a noite em casa. Estou em segurança, e num lugar lindo, que um dia vamos vir juntas. Se cuidem, boa noite, beijos.”

-Digitando mensagem? O combinado era não avisar a ninguém. – Bruno disse assim que estacionou o carro.

-Só mandei dizendo que eu estou bem, e que estou num lugar lindo, com uma pessoa de segurança. – Disse e ele sorrio.

-Sou considerado seguro? – Pergunta ele pensando.

-Quando está sóbrio, sim. – Dei um sorriso e ele colocou o dedo do meio pra mim.

-Bom, chegamos. – Ele abre a porta do carro e se vira para sair.

-Espera. – Disse. - I wanna hold your hand. – Cantei empolgantemente a música dos beatles que tocava na rádio, fechei os olhos e comecei a cantar baixinho.

-Ainda ama essa música? – Pergunta ele entre alguns risos tão fofinhos.

-Amo, e vou sempre amar. Beatles é vida. – Disse e ele ri.

-Verdade, agora vamos lá Paul. – Ele fecha a porta. Eu abri a minha e sai.

-Prefiro o John. – Disse checando a porta. E ele aperta o alarme.

-Daqui a pouco te coloco como Ringo, e deu. – Ele diz e eu gargalho alto.

Fomos caminhando em linha reta, e cada vez mais perto do píer. Como esse lugar é maravilhoso, a roda gigante mais antiga da costa oeste, e uma das mais maravilhosas do mundo. Um belo cartão postal que se fez a margem daquele píer, com o vasto parque de diversões.

-Cedo demais para ir ao píer, e tarde demais para tomarmos um banho no mar. – Bruno foi indo em direção ao mar.

Fui andando em direção á ele. Estávamos na areia já. Tirei meu calçado e dei uma corridinha para alcançar ele. Bruno me viu de pés descalços e tirou seu tênis também. Eu contei alguma piadinha sobre chulé e ele riu. Fomos andando lado a lado, pela margem do belo mar que embargava a praia calma, e com poucas pessoas.

-Não gosto dos meus pés. – Bruno quebra o silêncio.

-Porque? – Perguntei.

-Sei lá. – Ele dá de ombros. – Que parte mais gosta em mim? – Ele pergunta.

-Seus olhos. – Digo rapidamente respondendo a sua pergunta. – E as bochechas, por causa das covinhas. – Disse e ele sorri mostrando as covinhas que eu acabará de citar. Sem dúvidas ele era todo lindo, e tudo nele eu gostava, desde seus cabelos bagunçados, até seus pés que ele não gostava por algum motivo.

-E de mim, qual parte mais gosta? – Perguntei e ele me analisa de cima a baixo.

-Sempre foi a bunda e as pernas. – Ele fica me encarando.

-Bruno! – O repreendi entre risos.

-Não estou mentindo. – Ele levanta as mãos como se estivesse se rendendo.

-Mas também não precisava ser assim, direto. – Disse, ainda rindo, impressionante o riso que saí de uma pessoa apaixonada, sempre bobo e por qualquer coisinha.

-Tudo bem... – Ele fica me analisando novamente, enquanto andávamos e eu tirava meus cabelos rebeldes do rosto. – Gosto do seu sorriso, sua boca. – Ele sorri.

-Que fofo. – Disse com um sorriso.

-Mas continuo gostando da sua bunda e das suas pernas. – Bruno indaga e eu dei um tapa no seu braço.

-Gosto das suas tatuagens também. – Disse do nada. Não foi bem do nada, foi porque na hora em que dei o tapa no seu braço vi sua tatuagem em homenagem a mãe dele.

-Eu amo elas. – Ele faz uma careta engraçada tentando olha-la.

E por algum motivo bobo também, eu sorri. Mas sabe, eu sempre fico assim perto dele, é um motivo bobo, e um sorriso enorme. Como também é impossível não reparar nos seus detalhes pequenos e importantes, como eu reparo em tudo nele. É como se ele sempre me completasse, tudo o que falta em mim, ou que eu gosto, é com ele que se preenchesse, mas sabe, é só com ele, e com mais ninguém. Me sinto bem ao lado dele, como nunca me senti depois da morte dos meus pais, e desde antes, quando éramos aqueles dois adolescentes inconsequentes.

O que mais me importava ali na hora, era nós dois. Eu não me arrependo de ter falado para o Bruno que eu o amava, mas me arrependo da forma que foi. Eu queria ter dito na hora certa. Mas quem disse que aquela não foi a hora certa? Algo grita na minha mente. (se quiser escutar a música :) )

-Let it be. – Disse sem nem pensar. Mas não foi em sentido da música, e sim no sentindo de deixar as coisas acontecerem.

-Whisper words of wisdom, Let it be – Completa Bruno. Olhei para ele dando um sorriso de canto e ele sorri abertamente.

Eu sei que aquele momento tinha tudo para nós falarmos eu te amo, e nos beijarmos. Opa, nós não, eu dizer que o amava, e eu o beijar. Mas há trilhões de coisas que me impeçam de fazer isso. Atitudes que não veem a minha mente e coisas desanexas na minha memória que me fazem esquecer e deixar o importante para o lado.

Bruno Pov’s

Não que eu quisesse, mas simplesmente não consigo pensar em outra coisa quando eu estou com ela.

Tá, eu não estou apaixonado, muito menos amo ela, mas há alguma coisa na sua mente, no seu olhar, na sua boca, na sua voz, que me faz acreditar que existe milhares de possibilidades, e um mundo todo meu lá fora. Como agora, eu andando com ela, a beira da praia, e a única coisa que eu tenho vontade é de estar com ela. O sorriso que ela dá, os passos pequenos e firmes, mas ao mesmo tempo ela parece que levita.

Ao som – pelo menos na minha cabeça – de Beatles, coisa da Michelle, me lembrar das músicas boas e que depois não saem da minha cabeça por muito tempo. Foi ai que ela cantou “let it be”, a música que eu estava cantando na minha cabeça. Balancei a minha cabeça levemente, encarei a areia, sorri e cantei um pedacinho. Voltamos ao silêncio.

-Acho que já podemos ir para o parque, daqui a pouco começa o movimento. – Digo olhando para o píer.

-Vamos então. – Ela responde com uma animação que contagia.

Michelle Pov’s

Chegamos na entrada do píer. Meu Deus, agora eu entendi o porque ele queria vir mais tarde, como isso enche. Pessoas para tudo quanto era lado, e a fila da entrada, um pouquinho grande, mas andava rapidamente. 

-Vou ficar cansada depois. – Disse só de olhar os brinquedos.

-Imagina se fosse pra Disney. – Ele brinca e me faz rir. De novo o bendito riso bobo.

-Se fosse na Disney eu surtava. – Falei e ele ri.

-Um dia vamos lá.

-É, depois que eu trabalhar mais quarenta anos para guardar dinheiro. – Bufei revirando os olhos.

-Que nada. – Ele ri.

Entramos no parque. Olhei para um brinquedo que me chamou a atenção, mas logo voltei meu olhar para o brinquedo do martelo. Aquele que aparece em muitos lugares e em televisão, que temos que bater com o martelo fortemente sobre um suporte de plástico e ver até aonde o indicador sobe. É claro que eu me ofereci pra jogar. Peguei o martelo e minha mão desceu um pouco pra baixo. Era pesado.

-Não sei se eu consigo, é pesado. – Reclamei.

-Eu consigo, sabe porque? – Perguntou o Bruno afirmando que ele conseguia.

-Porque você é homem, e tem mais força que eu. – Revirei os olhos e ele toma o martelo de mim batendo no negócio.

-Não, porque eu sou o batman. – Ele diz e me faz gargalhar alto. Ele conseguiu uma pontuação boa.

Passamos em frente de uma daquelas máquinas que tem bichinhos de pelúcia e ninguém nunca consegue pegar. Eu tentei me arriscar, mas como previsto, eu não consegui. Eu parecia uma boba ali, foi quando então abri o bolso do meu short que é preso por um botãozinho e tirei meu celular para postar uma foto no instagram, mas só tirei a foto, porque minha internet não quis pegar de jeito nenhum.

  • *--* Voltei ao normal, então contando um dia sim e outro não, próximo capítulo na terça feira *-* Gente, quero saber o que vocês estão achando e também o que querem ver mais *-* Lembrando que é os comentários de vocês que fazem a fic ir pra frente. 
  • Ah, um beijo no core de vocês lindas que sempre comentam, muito obrigada. 

16 comentários:

  1. É bom que ele quer ficar com ela, mas ele não se toca nunca que tá apaixonado! A Mich não pode sempre se render ao Bruno, mas claro, é o Bruno Mars, e qualquer uma se renderia. Eu ri demais com os Gordinhos do Bruno, ainda mais com ele "sendo o Batman"
    Tu consegue fazer ficar lindo e engraçado ao mesmo tempo, já te disse, mereces um livro! <3
    Continue, tá lindo demaaaaais <3

    ResponderExcluir
  2. Uma palavra sobre o cap: awwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwn
    eu quero ele pra msm sendo bipolar cara kkkkkkkkkkk
    "eu sou o batmam" beleza joia --'
    e mds, ele ama ela, mas no momento certo ele vai descobrir isso!
    Posta mais dri diva plmdds
    By: dani

    ResponderExcluir
  3. owwn que perfeitooo. Odeio o fato da Mich se render mas na hora q eles estao juntos é tão tão... ai! Bruno sabe ser um perfeito idiota mas também um perfeito cavalheiro, enfim, esperando ansiosamente o próximo capítulo

    ResponderExcluir
  4. A Bruno Mars confessa loooogo que ama a Mich e que não conseguiria viver sem ela!
    De novo essa historia de Batman kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk ai ai quando ele ta sóbrio como ela msm disse ele é um príncipe. Eu queria tantoo que eles dessem certo mais ao msm tempo tenho do Léo porque eu acho q ele ama ela ainda.To amando ta muuuuito perfeitoooo continua loooogo viu :)

    ResponderExcluir
  5. Awwn que capitulo mais lindo, scrr amei!!! Quero que o próximo seja assim tb, e quero um beijo ou quem sabe até mais... Muito perfeito <33 Parabéns Dri, ficou demais. Estou super ansiosa para o próximo cap.

    ResponderExcluir
  6. Que cap mais nhonho *-* prevejo beijos e o vidro do carro embaçado u.u cghdjvsjcdkvfjd eu morri com os "gordinhos do Bruno" e o "Eu sou o Batman" hueheu. Quero mais minha diva <3
    By: Thay

    ResponderExcluir
  7. Eu vou te bater, porque parou agora? Justo agora? Não vou aguentar esperar até sexta, porque esse capítulo foi perfeito e sinceramente queria que mudasse algo dentro do Bruno, quem sabe ele acorde para o amor! Mesmo com todas as vontade de surrar a linda carinha dele sei que ainda tem dentro dele uma pontinha de amor, se não se sentiria bem ao lado da Mich... E eu ia escrever Nick no lugar de Mich... uahsah, continua, ficou perfeito! <3 Te amo quenga!

    ResponderExcluir
  8. Bom , o que eu quero ? Quero que o Bruno ame a Mich , e que eles namorem e casem logo , porque essa vida que ele esta fazendo ela sofrer não tá dando não . Ela sofre , eu sofro e todos sofrem . O que eu estou achando ? Eu estou achando que poderia aumentar mais os capítulos , assim a sociedade agraderia , e falariam um "AMÉM" pkspskpskppspk Tá , sem zueira . Porque não continuou vaca ? Estava no momento fofo e tals . Terça tem mais \õo Está divino , perfeito . lindo de fofo

    ResponderExcluir
  9. Que capitulo perfeito Dri *--* Quero que o Bruno admita logo pra ele msm que ele ama a Mich, e que ele peça o quanto antes a Mich em namoro, mas eu sei que ela ainda vai sofrer de todo jeito. No próximo cap tem que ter beijo ou algo mais, estou contando com isso, Bruno tem que continuar de como ele está pra melhor. Estou super ansiosa pra saber o que vai acontecer.

    ResponderExcluir
  10. Que perfeição!!! "Eu sou o batman" e "meus gordinhos" foram hilários kk. O capitulo foi tão nhonhonho, vc parou logo no momento fofo, malvada, quer nos matar de curiosidade que eu sei. Estou aguardando ansiosamente pelo próximo cap.

    ResponderExcluir
  11. Muito bom, engraçado, melancólico, td em um capitulo só! Incrivel,continue assim! QUERO MAAAAAAAAAAAAAAIS!

    ResponderExcluir
  12. "Eu sou o batmam!" kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk adoro, ele e o seu fabuloso senço de humor! Bem q ele poderia ser menos bipolar ne??
    Amandoooo!!

    ResponderExcluir
  13. Perfeito feat. Engraçado :) ;) :3
    Adorei o capitulo e o senhor Batman :)
    Ela não pode se render muito ao Bruno.
    Continua logo!

    ResponderExcluir
  14. Perfeito feat. Engraçado :) ;) :3
    Adorei o capitulo e o senhor Batman :)
    Ela não pode se render muito ao Bruno.
    Continua logo!

    ResponderExcluir
  15. as vezes eu acho melhor ela tentar seguir em frente, só que ai quando os dois tão juntos é tão <3 que eu acho que ela vai conseguir mudar ele, até porque já é obvio que ele sente algo mais por ela, algo mais que "apenas levar pra cama". você vai nos nos deixar louca haha, essa fic ta perfeita, e essa "viagem" então, promete <3 continua

    ResponderExcluir
  16. Ai o Bruno consegue ser romântico e cachorro ao msm tempo.Continuaaa loooooogo Driiii!!!

    ResponderExcluir