Bruno Pov’s
Peguei um rumo qualquer. Qualquer não, peguei o rumo do meu antigo apartamento, meu primeiro lar sozinho, minha primeira conquista imobiliária, após a compra da casa para a mãe, o pai e as meninas. Minha cabeça girava, meu peito não doía, mas sentia algo que eu nunca senti antes. Eu me senti traído, um nada... Dirigi feito um louco, escutando músicas antigas, músicas que normalmente me acalmam, mas hoje nada me acalma, eu só não cometo uma loucura porque eu não quero cometer nada assim, não quero que ninguém me veja desse jeito, acabado emocionalmente e estruturalmente. Peguei as chaves e estacionei o carro. Acionei o alarme e subi para o meu apartamento. Abri a porta e me veio várias lembranças.
“-Esse é um ótimo apartamento, ele é barato e aconchegante.
-Eu vou ficar com ele!”
Veio-me a lembrança da Michelle e eu aqui, uma noite que tinha tudo para ser boa e que não foi porque eu estraguei. Pensando bem, fui eu que estraguei várias coisas, mas nada dava a ela o direito de fazer isso comigo, ela me traiu, traiu minha confiança. O pior de tudo é que eu não sinto raiva dela, por algum motivo eu sinto raiva de mim, uma vontade de descobrir onde eu estou, onde meus sentimentos e minha perseverança se encontram. Eu quero voltar a ser àquele que não sente nada por ninguém, que nunca sentiu, mas é esse que ela odeia... E eu não estou nem aí para o que ela pensa.
Peguei um copo na cozinha que ainda habitava alguns dos meus pequenos pertences que consegui, enchi de um whisky, o mesmo que eu bebi com ela aquela noite.
É, pensando bem, eu dou bola sim para o que ela pensa. Mas eu não vou me rebaixar...
Michelle Pov’s
Eu sou burra por acreditar nisso, por acreditar que tudo é um sonho, e agora depois de tanto tempo eu me culpo por isso. Não culpo o pobre Leonel que foi meu amigo e quis ter algo comigo, e eu não quis, não culpo o Jack, que também se tornou meu amigo. E me culpo, a idiota apaixonada sou eu... mas algo tem que mudar, e vai mudar.
Ouço as batidas na porta e continuo sentada na cama, olhando para o chão.
-Posso entrar? – Pergunta Anne do outro lado da porta.
-Entre. – Minha voz saiu mórbida, rouca, horrível.
Eu sou horrível.
Eu me sinto horrível.
-Minha princesa. – Diz ela vindo em minha direção e Zoe fechando a porta. – Tudo vai ficar bem, você não teve culpa... – Ela segurava meus pulsos e olhava no meu rosto, eu não estava chorando, não mais.
-Não... Tudo é culpa minha, não adianta, eu sei o que eu fiz.
-Mas você falou para o Bruno, talvez adiante de algo. – Zoe indaga.
-Adiantar de que? Viu o jeito que ele saiu daqui? Ele deve estar furioso. – Torci os lábios falando, ainda com a voz rouca, calmamente.
-Zoe, pega um copo d’água por favor! – Anne pede para Zoe, que saí no mesmo instante. Ela me olha e balança a cabeça, agora sentando ao meu lado. – Eu sinto que você ama ele, e olha, pelo jeito que ele reagiu ele também sente algo por você.
-Ele saiu daquele jeito porque descobriu que eu traí ele, e não porque ficou com raiva que me “perdeu” para alguém. – Gesticulei minhas aspas.
-Isso deve ser confuso. – Ela torce os lábios. – Olha, eu falei com o Leo, e ele também acha que o Bruno sente algo por você.
-Sente. – Digo e ela sorri. – Raiva, ódio. – Revirei os olhos.
-Eu tenho certeza que ele sente algo a mais.
-Se ele sentisse, ele iria dizer. – Bruno falaria algo disso, ele sempre foi sincero com sentimentos. Zoe entrou com um copo de água nas mãos e me entregou. – Obrigada. – Agradeci.
-De nada. – Zoe senta no meu outro lado.
Ficamos nós três olhando para o nada. Minha respiração estava mais tranquila do que a delas, mas a consciência não. No fundo eu sentia muito por isso, e fiquei pesadamente arrependida por um lado, mas quando eu penso que ele me enganou, ele me fez chorar, ele fez-me passar como boba enquanto pegava outras mulheres. Eu não preciso aturar isso tudo, eu não preciso, e garanto que meus pais não se orgulhariam disso. Escorei meu corpo para trás, e as meninas também. Cada uma segurava uma das minhas mãos, e eu fiquei ali, olhando para o teto, encarando o claro do branco, com a luz apagada.
++++
Fiquei tanto tempo encarando o nada, que peguei no sono. Acordei, estava sozinha no quarto, tapada com minhas cobertas, luz apagada, janelas fechadas. Fico concentrada nos murmurinhos que ouço, acho que tinha menos pessoas em casa do que quando Bruno foi embora.
Bruno foi embora. Não.
-Eu sou uma idiota, estou me igualando a ele fazendo isso. – Fechei os olhos, mas nada de choro veio neles, fiquei apenas com esse nó na garganta.
Levantei, tirei minha roupa tocando ela em qualquer canto do quarto, abri meu guarda roupa e tirei um vestidinho preto básico dali, vesti-o e coloquei um chinelinho aveludado. Prendi meus cabelos num coque e abri a porta do quarto. Quando quase arrastei o chinelo pelo corredor, os murmúrios param. Acho que percebem minha presença quando chego na sala. Aqueles olhares de pena, ou de curiosidade, me davam ânsias. Passei por eles com um sorriso fraco e fui para a cozinha. Os murmurinhos começaram novamente.
Peguei um copo de leite gelado e tomei todo. Olhei para o relógio da parede e vi que marcavam nove e meia da noite, contando que amanhã é domingo, estão todos tranqüilos sem precisar acordar cedo. Lavei o copo e cheguei no meio deles. Minha tia, meu irmão, Anne, Leo, Zoe, Phred, e Paul, o primo do Leo. O que ele faz aqui mesmo? Franzi a sobrancelha com a minha própria pergunta.
-Qual é o motivo da reunião? – Perguntei chegando no meio.
-Estávamos falando sobre vinho. – Responde Leo. O telefone de casa toca.
Anne atendeu e me olhou, caminhando na minha direção. Ela estende o telefone e eu esquivo meu corpo, vejo nos seus lábios a fala “é o Phil”. Na hora estendi o braço e peguei o telefone.
-Alô. – Disse saindo do sofá e indo para um lugar mais reservado.
-Oi, Mich. – Ele suspira menos mal que sua voz está tranquila. – Está tudo bem? – Pergunta ele quando escuto a trovejada na rua, dei um pulo para trás.
-Desculpa. – Comecei a rir. – Acho que vai chover muito forte, mas respondendo a pergunta, estou bem.
-Ok. – Ele fica um tempinho em silêncio. – Se importaria de vir aqui em casa?
-Claro que não, mas não é nenhum encontro com o Bruno? – Perguntei desconfiada.
-Não... Não muito bem.
-Como assim?
-Quando chegar aqui eu explico, ok?
-Tudo bem, vou pedir uma carona aqui. Beijos.
Conversei com todos e Paul me deu uma carona, já que depois iria pra casa direto. Troquei de roupa e fui com ele, o caminho todo em silêncio, eu sei que ele queria falar porém não sabia o que exatamente. Quando estamos em situações complicadas, as pessoas tendem a não puxar assunto conosco, com medo de acabar falando algo que nos incomode. Olhei para o nada pensando em bobagens, mas fazendo de tudo para não pensar no que Phil queria falar comigo.
-Muito obrigada. - Disse quando chegamos em frente a casa do Phil.
-Disponha. - Diz ele.
Sai do carro e ele arrancou, partindo pra sua casa. Virei-me em direção da casa. Passei as mãos no meu corpo e respirei fundo antes de andar até a porta. Bati três vezes e fiquei olhando, através do olho mágico alguém me viu e a porta abriu-se. Urbana sorria pra mim.
-Quanto tempo. - Nos abraçamos fortemente.
-Verdade, muito tempo mesmo. - Falei um pouco mais baixo porque estava próxima ao seu ouvido. Nos desvenciliamos e senti seu olhar de compaixão pra mim. - Phil?
-No quarto, com o senhor encrenca.
Comecei a rir nervosamente.
-Senhor encrenca é o...
-Sim, seu namorado, Bruno. Ele mesmo. - Ela diz entre risos.
Comecei a rir enquanto ela me guiava ao quarto deles dois, ao encontro do Bruno e do Phil. No fundo eu sabia que o Bruno estaria aqui, mas mais cedo ou mais tarde eu teria que ouvir o que ele tem para falar. Ouvi as risadas das crianças, e então Urbana apontou para o quarto e foi ver as crianças. Dei duas batidinhas na porta.
(escutem a música <3)
-Entra. - Diz Phil.
-Com licença, eu vim... - Parei estática assim que vi o Bruno deitado, olhando para o teto e Phil segurando um copo de água.
-Acho que ele bebeu além da conta.
-Não... Ele está bem consciente. - Digo vendo a sua aparência.
-Eu estou consciente. - Diz ele.
-Você não falou por esse tempo todo porque então? - Phil aparentemente se irritou com isso.
-Porque eu quero pensar. - Bruno vira o pescoço e seus olhos encontram os meus. – Veio ver meu fracasso? – Pergunta ele com a testa franzida pra mim.
-Não sou obrigada a aguentar esse tipo de coisa. – Revirei os olhos e fiz um sinal para o Phil que veio até mim.
Fechei a porta e ficamos no corredor. Ele me abraçou.
-Não julgo você, antes que fale algo. – Ele começou falando, apoiando suas mãos nos meus ombros. – Eu sei o que você já sofreu, e que está cansada de tudo isso. Não julgo você por isso!
-Obrigada Phil. – Agradeci encarecidamente.
-Pretende continuar com ele?
Respirei fundo.
-Vamos conversar?! – Pede Bruno abrindo a porta com a cara mais arrependida do mundo. Olhei para os dois e Phil deu as costas para nós. Provavelmente Bruno estava escutando toda a conversa. Olhei nos olhos dele e entrei no quarto. Sentei na beirada da cama e Bruno sentou ao meu lado. Ficamos em silêncio por um tempo.
-Eu sei que eu já errei demais. – Diz ele começando com a história. Respirei fundo, soltando o ar pela boca e olhei pra frente. – Eu entendo tudo isso, por isso que entendo que você se sentiu só e me traiu.
-Eu não me senti só, não foi por isso que te traí.
-Então porque? – Pergunta ele seriamente. Olhei para ele e passou várias conversas, e várias brigas nossas. Conclui meus pensamentos, engoli minha saliva e falei.
-Acho que só deixei de gostar. – Falo tranquilamente.
-Quer dizer que não me ama mais? – Pergunta ele arqueando as sobrancelhas.
-De que adianta amar? Isso jamais foi correspondido, e então cansei. – Digo dando de ombros.
-Então não me ama mais. – Ele levanta.
Começo a rir e ele me olha com um ponto de interrogação no seu olhar.
-Não tem o porque disso, sabe, não tem sentido. – Comecei a explicar. – Se eu te amo ou não te amo mais pra você não faz a mínima diferença, e então para de tentar aliviar a dor de “corno” que está sentindo e aprende a realidade.
-Michelle! – Ele parecendo descrente com o que eu tinha falado. Na verdade eu também estava.
-Qual é Peter? Estamos fantasiando tudo isso há tempos, tá na hora de acordarmos. – Falei em tom um pouco mais alto.
-Mas você me traiu. – Diz ele querendo se apossar da razão.
-Claro, dei um beijo de três segundo em alguém enquanto você já foi pra cama com muitas, já me fez chorar...
-Tudo isso foi quando não estávamos namorando.
-Não importa. – Balanço a cabeça. – Você fez igual, você me iludiu com palavras bonitas, alimentou o meu ego fazendo eu pensar que enfim tinha conseguido um Bruno que há tempos não via.
-Não pira, Mich. – Ele bate a palma das mãos.
-Agora sou eu que estou pirando?! – Perguntei incrédula. – Olha, não sei com quais tipos de mulher você está acostumado a lidar...
-Eu só estou com você! – Ele se defende num tom mais alto da voz do que o meu.
-Esse beijo que eu dei nele não encobre metade do que você já fez pra mim, e muito menos justifica todo esse escândalo.
-Como não encobre? Eu não te fiz nada garota.
-Bruno, ás vezes um “não” dói menos do que uma ilusão.
-Não acredito que eu estou discutindo isso. – Seus olhos reviram. – Vamos parar por aqui.
Parei pra pensar. Como se eu desse pausa na cena, pensei em quantas vezes isso aconteceu ao contrario. Eu não disse que amo ele, eu trai ele. Beleza, eu não me sinto melhor por isso, me sinto suja, porém eu acho que dei a lição nele, agora podemos continuar com as nossas vidas juntos. Eu já mostrei para ele que quando eu quiser também posso ser cruel.
-Entra. - Diz Phil.
-Com licença, eu vim... - Parei estática assim que vi o Bruno deitado, olhando para o teto e Phil segurando um copo de água.
-Acho que ele bebeu além da conta.
-Não... Ele está bem consciente. - Digo vendo a sua aparência.
-Eu estou consciente. - Diz ele.
-Você não falou por esse tempo todo porque então? - Phil aparentemente se irritou com isso.
-Porque eu quero pensar. - Bruno vira o pescoço e seus olhos encontram os meus. – Veio ver meu fracasso? – Pergunta ele com a testa franzida pra mim.
-Não sou obrigada a aguentar esse tipo de coisa. – Revirei os olhos e fiz um sinal para o Phil que veio até mim.
Fechei a porta e ficamos no corredor. Ele me abraçou.
-Não julgo você, antes que fale algo. – Ele começou falando, apoiando suas mãos nos meus ombros. – Eu sei o que você já sofreu, e que está cansada de tudo isso. Não julgo você por isso!
-Obrigada Phil. – Agradeci encarecidamente.
-Pretende continuar com ele?
Respirei fundo.
-Vamos conversar?! – Pede Bruno abrindo a porta com a cara mais arrependida do mundo. Olhei para os dois e Phil deu as costas para nós. Provavelmente Bruno estava escutando toda a conversa. Olhei nos olhos dele e entrei no quarto. Sentei na beirada da cama e Bruno sentou ao meu lado. Ficamos em silêncio por um tempo.
-Eu sei que eu já errei demais. – Diz ele começando com a história. Respirei fundo, soltando o ar pela boca e olhei pra frente. – Eu entendo tudo isso, por isso que entendo que você se sentiu só e me traiu.
-Eu não me senti só, não foi por isso que te traí.
-Então porque? – Pergunta ele seriamente. Olhei para ele e passou várias conversas, e várias brigas nossas. Conclui meus pensamentos, engoli minha saliva e falei.
-Acho que só deixei de gostar. – Falo tranquilamente.
-Quer dizer que não me ama mais? – Pergunta ele arqueando as sobrancelhas.
-De que adianta amar? Isso jamais foi correspondido, e então cansei. – Digo dando de ombros.
-Então não me ama mais. – Ele levanta.
Começo a rir e ele me olha com um ponto de interrogação no seu olhar.
-Não tem o porque disso, sabe, não tem sentido. – Comecei a explicar. – Se eu te amo ou não te amo mais pra você não faz a mínima diferença, e então para de tentar aliviar a dor de “corno” que está sentindo e aprende a realidade.
-Michelle! – Ele parecendo descrente com o que eu tinha falado. Na verdade eu também estava.
-Qual é Peter? Estamos fantasiando tudo isso há tempos, tá na hora de acordarmos. – Falei em tom um pouco mais alto.
-Mas você me traiu. – Diz ele querendo se apossar da razão.
-Claro, dei um beijo de três segundo em alguém enquanto você já foi pra cama com muitas, já me fez chorar...
-Tudo isso foi quando não estávamos namorando.
-Não importa. – Balanço a cabeça. – Você fez igual, você me iludiu com palavras bonitas, alimentou o meu ego fazendo eu pensar que enfim tinha conseguido um Bruno que há tempos não via.
-Não pira, Mich. – Ele bate a palma das mãos.
-Agora sou eu que estou pirando?! – Perguntei incrédula. – Olha, não sei com quais tipos de mulher você está acostumado a lidar...
-Eu só estou com você! – Ele se defende num tom mais alto da voz do que o meu.
-Esse beijo que eu dei nele não encobre metade do que você já fez pra mim, e muito menos justifica todo esse escândalo.
-Como não encobre? Eu não te fiz nada garota.
-Bruno, ás vezes um “não” dói menos do que uma ilusão.
-Não acredito que eu estou discutindo isso. – Seus olhos reviram. – Vamos parar por aqui.
Parei pra pensar. Como se eu desse pausa na cena, pensei em quantas vezes isso aconteceu ao contrario. Eu não disse que amo ele, eu trai ele. Beleza, eu não me sinto melhor por isso, me sinto suja, porém eu acho que dei a lição nele, agora podemos continuar com as nossas vidas juntos. Eu já mostrei para ele que quando eu quiser também posso ser cruel.
-Preciso de um tempo pra pensar. - Digo pondo a mão esquerda sobre a minha cabeça, minha mente girava e meus pensamentos estavam em turbulências.
-Claro. - Bruno solta uma risada debochada. - Pra cair de boca no Pocahontas não foi preciso pensar.
-CALA ESSA SUA BOCA. - Levantei minha mão a ponto de dar um tapa no seu rosto, seu olhar foi no meu. Ele quis dizer que eu sou uma vadia? Que saio "caindo de boca" em todos, e que não penso. Não é bem assim. - Nunca mais ouze falar assim comigo, eu não sou nenhuma das vadias que você pega por aí.
-Não é o que está parecendo.
Tudo, seu riso debochado, e seu jeito idiota no momento, somando com as coisas pelas quais eu já passei por ele, resultaram num tapa estrondoso em seu rosto. Bruno me olhou apavorado, pensei que ele iria avançar em mim, ou me insultar, dizendo coisas feias, me chamando até de vadia, mas não foi isso que ele fez. Seu semblante fechou e seu rosto se abaixou, se eu não o conhecesse bem diria que ele estava prestes a chorar, ou estava arrependido.
Agora eu que me senti mal por isso. Não queria ter feito isso, mas ele me insultou e eu não iria deixar barato. Fechei meus olhos e ele ficou em silêncio, talvez estivesse arrependido de algo, ou calculando alguma coisa, só sei que seu silêncio me fez refletir e ver que boa coisa não iria sair da sua boca.
-Bruno... - Foi a única palavra que saiu da minha boca.
-Saí daqui! - Diz ele em tom baixo.
-Eu não vou sair daqui. - Rebati. - Me des...
-Agora é você quem tem que calar a boca, e eu que tenho que pensar. - Ele me olha e balança a cabeça. - Dá licença.
-Eu não vou sair daqui.
-Então saio eu. - Ele levanta da cama e saí em direção da porta, mais uma vez eu fico a ver navios olhando para a porta que se baterá na minha frente.
Ouvi passos apressados, e daqui a pouco a porta se abre. Urbana estava com um hobby atoalhado na cor vermelha, que nada combinava com a sua pantufa verde musgo. Olhei pra ela, agora sim com os olhos marejados, vendo minha vida passando em segundos em frente aos meus olhos.
-A culpa não é sua! - A mesma palavras que as meninas usaram pra mim. Dei um sorriso e a primeira lágrima caiu.
- Hey hey hey \õ como estão? estão gostando dessa nova Mich? *-* Ah, matando a curiosidade de vocês, na aba "personagens" tem o Jake agora :3 ele é um gato!
- Ah, está chegando o tão sonhado momento do flashback <3 Próximo capítulo na sexta <3 Beijos <3