-Pensando em que? - Pergunta Bruno quando chegamos no portão da casa. Parei e fiquei encarando seu rosto.
-No tempo, e em quanto eu queria compartilhar essa felicidade. - Lá vai meus olhos marejarem mais uma vez.
-Minha linda. - Ele pega minha mão fortemente e cobre ela praticamente com as suas. - Vamos compartilhar com o mundo, eu quero que todos saibam da minha felicidade.
-Não, por favor! - Aperto meus olhos.
-Como? - Pude sentir o tom de interrogação bem firme em sua pergunta.
-Eu não quero partir o coração de ninguém, suas fãs... não!
-Michelle, olha... minhas fãs são meus amores, minhas pequenas, mas elas irão entender que minha felicidade está completa quando eu tenho você, elas vão reconhecer isso.
-Elas vão me odiar. - Sua mão direita passa sobre minha bochecha.
-Elas não vão, eu te asseguro disso.
Tivemos uma longa conversa assim. Eu queria que todos soubessem, é claro, mas eu também penso que não vai ser fácil pra mim. Não vou cometer nenhuma loucura de estragar isso por medo, é claro que não, mas ainda sim fico com receio de "partir" corações por causa disso tudo.
+++
Acordei cedo, adormeci ao lado do Bruno. Caímos no sono vendo filme de terror. O balde de pipoca que estava no meu colo, agora estava no chão. Olhei a bagunça e ri daquilo tudo. Esquivei-me do corpo dele de modo com que não o acordasse.
Na cozinha peguei algo para nosso café da manhã. Olhando para o meu corpo quando passei na frente do forno elétrico de inox - refletindo meu reflexo - vi que estava com minha camisa, porém somente de calcinha. Aí que sexy! Pensei.
Cheguei próximo ao Bruno depois de arrumar a mesa. Passei a mão por seus cabelos e seus lábios à centímetros de distância do meu fiz um esforço para dar um beijo.
-Acorda preguicinha. - Digo delicadamente.
-Como é bom acordar assim... posso ter isso todos os dias? - Ele diz ainda de olhos fechados, mas com um sorriso em sues lábios.
-Tá querendo demais. - Passo a mão pelo seu braço. - Eu fiz nosso café, vamos tomar.
++++
Decidimos que hoje seria o dia mais complicado, o cemitério! Vou visitar meus pais, ou melhor, o túmulo deles. Passamos em uma floricultura e pegamos dois buquês pequenos. Um é de lírios brancos para minha mãe, e girassóis para o meu pai.
Assim que coloquei os pés naquele local, flashback's vieram em minha cabeça. Muitos!
Ajoelho-me em frente a lápide e passo a mão sobre a pedra com o nome deles. Eu não quero pensar sobre isso agora. Seguimos o caminho de mãos dadas até chegarmos onde eu me lembrava que era o túmulo, mas eu me enganei. Pedimos informação para uma moça na portaria e ela pesquisou no seu computador. Estrada 9-a, é onde eles estão.
Avistei a árvore na qual me apoiei no dia e Bruno me ajudou. É lá na frente onde eles estão. Tirei minha mão da mão do Bruno e parei em sua frente.
-Posso ir sozinha? - Perguntei e ele olhou em meus olhos profundamente.
-Deve! - Seu dedo coloca uma mexa do meu cabelo para trás da minha orelha.
Ando em frente até chegar no túmulo. Uma dor no meu peito, uma coisa inexplicável. Ajoelhei-me na frente da sepultura e apoiei minhas mãos na pedra. Passei meus dedos sobre as letras que estavam compondo o nome e larguei as flores juntas.
(Escutem daqui até o final <3)
-Oi. - É impossível não sentir meus olhos já marejarem. - Lembram de mim? Como eu queria saber se vocês estão aqui me vendo e ouvindo. Deus, eu só queria pedir um momento para ter vocês novamente.
"Minha vida não é a pior aqui, tenho quase tudo que eu quero, mas não tenho vocês. Queria que as coisas fossem mais fáceis, queria ver vocês pelo menos mais uma vez. Uma despedida descente, e não as últimas palavras que eu dei a vocês que foram "até mais tarde, se cuidem". Queria ter dito uma última vez que eu amava vocês, e ainda amo. - Respirei fundo pelo nariz e já comecei a senti-lo mais congestionado devido a quantidade de lágrimas que eu ainda derrubaria."
Os nomes. Apertei os olhos e deixei chorar quando vi aquilo. "De quem nunca irá esquece-los. Filhos, irmãos, amigos" a frase que acompanhava sua lápide. Eles foram enterrados no mesmo local, porém o caixão do meu pai foi o primeiro a ser sepultado e o de minha mãe o segundo.
-Cuidei bem do Theo, ele está um homem lindo, formado, e com uma namorada. - Começo a rir. - Acho que vocês aprovariam ela, ela é linda, inteligente e faz ele feliz. Anne e tia Savanna, elas são essenciais. Vim morar com a Anne em Los Angeles ano retrasado, e agora Theo e tia já estão aqui. Muita coisa aconteceu quando eu me mudei.
"Engraçado é como o mundo é pequeno. Eu encontrei o Peter, lembram dele? Ele virou um cantor mundialmente famoso, tenho o maior orgulho dele. Nós continuamos a ser melhores amigos, com o porém de que ontem a noite ele me pediu em namoro depois de dois anos de choros... a história é longa. - Dei outro riso seguido de um sorriso constante. - Foi ele que me possibilitou estar aqui novamente, e eu espero que vocês consigam me ouvir ou pelo menos ver que eu estou aqui e que penso em vocês todos os dias."
"Prometo que não irei mais chorar assim, tudo está se ajeitando finalmente. Eu não tenho filhos, não casei e estou desempregada há uns seis meses. - Comecei a rir mais ainda - que vergonhoso pra mim, mas essa é minha vida sem vocês, e seria muito melhor se vocês estivessem aqui junto de mim. - Passei o dorso de minhas mãos pelos meus olhos, assim estacando um pouco de minhas lágrimas. - Eu amo muito vocês, muito!"
Não aguentei mais um minuto daquele jeito. Sentei-me no chão e juntei meus joelhos e aprofundei meu rosto sobre eles, chorando tudo o que eu tinha para chorar. Eu só sou mais uma menina que quer os pais de volta. Meu choro fazia com que me desse soluços e eu respirava fundo para conseguir continuar. Por um lado queria que Bruno fosse ali me dar um abraço, mas por outro eu precisava chorar tudo o que tinha para sair de mim, eu precisava desabafar como eu desabafei assim que soube da notícia.
Bruno Pov's
Eu me sinto mais leve, mais feliz. Parece que tudo o que eu quiser eu vou conseguir. Antes eu a tratava como um objeto, mas agora ela é meu troféu. Mich está aqui pra me mostrar que ninguém é de ferro, que ninguém pode se privar de sentir, muito menos tratar pessoas como se fossem um nada. Ela é minha conquista, e eu sou a conquista dela.
Engulo minha saliva para ver se saia o nó da minha garganta, vejo ela sorrindo pela primeira vez depois que se ajoelhou ali. Eu sei que não deveria, mas fui pé por pé para vê-la mais de perto. Seus olhos estavam vermelhos, e ela estava tão concentrada que não percebeu que eu me aproximara dali. Não era minha intensão, mas acho que cheguei no momento certo para ouvir o que ela tinha que dizer.
-Engraçado é como o mundo é pequeno. Eu encontrei o Peter, lembram dele? - Ela falava como se eles pudessem responde-la. - Ele virou um cantor mundialmente famoso, tenho o maior orgulho dele. - Dei um sorriso bobo quando ela disse que se orgulhava de mim. Eu também me orgulho dela. - Nós continuamos a ser melhores amigos, com o porém de que ontem a noite ele me pediu em namoro depois de dois anos de choros... a história é longa.
-Eu não queria que fosse dois anos de choros... se eu pudesse concertar isso. - Pensei um pouco alto, por pouco ela não ouviu o que falei.
Me ajeitei e escorei-me em uma sepultura olhando para ela. Eu sei o quão difícil é essa situação. Toda a pessoa que já perdeu alguém importante sabe como é difícil viver assim. Mich sentou-se na grama e ficando numa pose completamente na defensiva, ela começou a chorar e soluçar. Um casal que passou um pouco depois que ela fez isso ficou-a encarando.
Eu queria poder chegar perto e dizer pra ela que vai ficar tudo bem, mas ela pediu que ficasse sozinha. Não a culpo, afinal quando minha mãe faleceu o que eu mais queria era ficar sozinho para poder chorar tudo o que eu precisasse. E lembro que quando eu me isolei por três dias para me recuperar, em um deles eu pensei na Michelle, e isso foi antes mesmo dela vir para Los Angeles.
Ás vezes eu penso que é nosso destino ficar juntos - e eu espero que sim.
Michelle Pov's
-Oi. - Digo para o Bruno que estava mais próximo agora. - Podemos ir embora? - Pergunto timidamente.
-Claro. - Bruno abre os braços para me abraçar, e mais uma vez eu chorei.
Posso afirmar que a única vez que eu chorei tanto foi no dia em que soube da notícia que eles tinham morrido.
Seu abraço me confortou e por segundos pensei em algo melhor. O que seria de mim agora, nesse exato momento, se o Bruno não tivesse vindo de Los Angeles atrás de mim? O que seria da minha viagem? Sozinha? Chorosa? Triste? Pensando em comprar doces e doces para chorar e comer?
É, teria sido mais ou menos assim mesmo.
++++
Sentados no sofá, me aninhei em seu colo, com a cabeça em seu peito, enquanto passava um programa de calouros na televisão. Encostei minha mão em seu queixo e o fiz olhar pra mim.
- A thousand miles onto the sea bed, I found the place to rest my head. Never let me go! - (Tradução: Mil milhas em direção ao leito do mar, achei um lugar para descansar minha cabeça. Nunca me deixe partir.) Cantei sobre seu peito, na verdade, eu tentei cantar.
Dei graças a Deus que ele me entendeu e colou nossas bocas uma na outra. Sua língua estava tão calma, nada de pressa em nós, somente nós dois sentindo o prazer do momento. O prazer de termos um ao outro.
-Never let you go! - Sussurra em meus lábios.
- Ou eu estou de tpm, ou esse capítulo ficou muito choroso, pois eu chorei com ele! E vocês? É gente, não tá bem no fim, mas não tem muita coisa pela frente. Estou deixando a história me levar, então não irei dizer quantos capítulos faltam porque nem eu sei. <3 Espero que tenham gostado. Comentem <3
"quantos capítulos faltam" nao diga isso driiiiiiiii
ResponderExcluirAAAAAH SIM! Quer acabar comigo?????????? Ah é?? Sla se vc está de TPM, mas entao eu tbm to!!!!! CHOREII LARGADO... O pior é vc tentar n chorar ou chorar silenciosamente pq o pai está na sala '-' tipo eu tinha q parar, respirar, soltar umas MIL lagrimas e continuar senão ia parecer um porco gripado de tanto fungar :'( Nssa!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Essa frase no final foi melhor que o "eu te amo"... sem dúvidas, a melhor frase de TOOODDAA a fic ♥ Ain q coisa perfeitaaaaaaaa... okk okk ainda bem q n tem data pra terminar, mas ja sabe, se dependesse de mim vc ia estar usando fraldas com 100 anos escrevendo essa fic kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk ♥ Vire escritora e eu viro sua fã combinado????? Até quartaa *--*
ResponderExcluir"-Michelle, olha... minhas fãs são meus amores, minhas pequenas, mas elas irão entender que minha felicidade está completa quando eu tenho você, elas vão reconhecer isso.
ResponderExcluir-Elas vão me odiar. - Sua mão direita passa sobre minha bochecha.
-Elas não vão, eu te asseguro disso." Primeiramente: chorei largado and se referiu as fãs e eu n odeio a Michelle n, eu ficarei mt feliz se brunelle fosse real. Cara que capítulo foi esse???? Eu nunca chorei tanto, e o Bruno tão fofamente fofo, tô acabada. E que história é essa de quantos capítulos faltam? Espero que demore mais e mais e mais...jaslkaa infelizmente tem q ter um fim ai mds. Tá perfeito.
OMG!! Que capítulo mais emocionante, chorei! Acho que foi um dos capítulos mais sincero e emocionante.E nada de que não sabe quantos capítulos faltam, você é uma escritora diva e ainda vai ter mais algumas ideias pra história ;)
ResponderExcluir((desculpa a demora))
ResponderExcluirfoi lindo demais! Gente, chorei litros. Tô acabada com o Bruno assim, a Michelle assim, essas músicas q você manda a gente ouvir q dá vontade de chorar só de escutar as primeiras notas, tô acabada com tudo
E dona Michelle fique sabendo q eu adoraria q ela namorasse o Bruno (muito melhor q a depravada da Caban, até uma cabra eu aceito), e eu acho q se soubéssemos pelo q a Mich passa, ninguém ia odiar ela. Eu adoraria q Brunelle fosse real.
Tá perfeito, cara, eu não quero q acabe </3
Enfim, você entendeu que ficou maravilhoso.
Beijos de luz
HOJEEEEEE
ResponderExcluirsabia que to atualizando desde as 5:45 da manhã?
Owmmmm caramba como eu chorei neste cap que coisa!!
ResponderExcluirLindo, eu n sei realmente o que falar a n ser que foi perfeito!!