segunda-feira, 14 de abril de 2014

Capítulo 109

Os passos que demos em frente até chegar em casa foram como mágica. Eu me sentia em algum filme, uma felicidade que não cabia dentro de mim, uma felicidade que eu precisava compartilhar, gritar para todos ouvirem. Sua mão estava completamente encaixada com a minha, e uma certa vez - em um dia de tpm - eu vi um romance - um filme bem legal - no qual o pai da menina disse que ela acharia o homem certo quando a sua mão encaixasse com a dela. Não sei se é verdade, mas que eu sinto isso...ah, eu sinto.

-Pensando em que? - Pergunta Bruno quando chegamos no portão da casa. Parei e fiquei encarando seu rosto.

-No tempo, e em quanto eu queria compartilhar essa felicidade. - Lá vai meus olhos marejarem mais uma vez.

-Minha linda. - Ele pega minha mão fortemente e cobre ela praticamente com as suas. - Vamos compartilhar com o mundo, eu quero que todos saibam da minha felicidade.

-Não, por favor! - Aperto meus olhos.

-Como? - Pude sentir o tom de interrogação bem firme em sua pergunta.

-Eu não quero partir o coração de ninguém, suas fãs... não!

-Michelle, olha... minhas fãs são meus amores, minhas pequenas, mas elas irão entender que minha felicidade está completa quando eu tenho você, elas vão reconhecer isso.

-Elas vão me odiar. - Sua mão direita passa sobre minha bochecha.

-Elas não vão, eu te asseguro disso.

Tivemos uma longa conversa assim. Eu queria que todos soubessem, é claro, mas eu também penso que não vai ser fácil pra mim. Não vou cometer nenhuma loucura de estragar isso por medo, é claro que não, mas ainda sim fico com receio de "partir" corações por causa disso tudo.

+++

Acordei cedo, adormeci ao lado do Bruno. Caímos no sono vendo filme de terror. O balde de pipoca que estava no meu colo, agora estava no chão. Olhei a bagunça e ri daquilo tudo. Esquivei-me do corpo dele de modo com que não o acordasse.

Na cozinha peguei algo para nosso café da manhã. Olhando para o meu corpo quando passei na frente do forno elétrico de inox - refletindo meu reflexo - vi que estava com minha camisa, porém somente de calcinha. Aí que sexy! Pensei.

Cheguei próximo ao Bruno depois de arrumar a mesa. Passei a mão por seus cabelos e seus lábios à centímetros de distância do meu fiz um esforço para dar um beijo.

-Acorda preguicinha. - Digo delicadamente.

-Como é bom acordar assim... posso ter isso todos os dias? - Ele diz ainda de olhos fechados, mas com um sorriso em sues lábios.

-Tá querendo demais. - Passo a mão pelo seu braço. - Eu fiz nosso café, vamos tomar.

++++

Decidimos que hoje seria o dia mais complicado, o cemitério! Vou visitar meus pais, ou melhor, o túmulo deles. Passamos em uma floricultura e pegamos dois buquês pequenos. Um é de lírios brancos para minha mãe, e girassóis para o meu pai.

Assim que coloquei os pés naquele local, flashback's vieram em minha cabeça. Muitos!

Ajoelho-me em frente a lápide e passo a mão sobre a pedra com o nome deles. Eu não quero pensar sobre isso agora. Seguimos o caminho de mãos dadas até chegarmos onde eu me lembrava que era o túmulo, mas eu me enganei. Pedimos informação para uma moça na portaria e ela pesquisou no seu computador. Estrada 9-a, é onde eles estão.

Avistei a árvore na qual me apoiei no dia e Bruno me ajudou. É lá na frente onde eles estão. Tirei minha mão da mão do Bruno e parei em sua frente.

-Posso ir sozinha? - Perguntei e ele olhou em meus olhos profundamente.

-Deve! - Seu dedo coloca uma mexa do meu cabelo para trás da minha orelha.

Ando em frente até chegar no túmulo. Uma dor no meu peito, uma coisa inexplicável. Ajoelhei-me na frente da sepultura e apoiei minhas mãos na pedra. Passei meus dedos sobre as letras que estavam compondo o nome e larguei as flores juntas.

(Escutem daqui até o final <3)

-Oi. - É impossível não sentir meus olhos já marejarem. - Lembram de mim? Como eu queria saber se vocês estão aqui me vendo e ouvindo. Deus, eu só queria pedir um momento para ter vocês novamente.

"Minha vida não é a pior aqui, tenho quase tudo que eu quero, mas não tenho vocês. Queria que as coisas fossem mais fáceis, queria ver vocês pelo menos mais uma vez. Uma despedida descente, e não as últimas palavras que eu dei a vocês que foram "até mais tarde, se cuidem". Queria ter dito uma última vez que eu amava vocês, e ainda amo. - Respirei fundo pelo nariz e já comecei a senti-lo mais congestionado devido a quantidade de lágrimas que eu ainda derrubaria."

Os nomes. Apertei os olhos e deixei chorar quando vi aquilo. "De quem nunca irá esquece-los. Filhos, irmãos, amigos" a frase que acompanhava sua lápide. Eles foram enterrados no mesmo local, porém o caixão do meu pai foi o primeiro a ser sepultado e o de minha mãe o segundo.

-Cuidei bem do Theo, ele está um homem lindo, formado, e com uma namorada. - Começo a rir. - Acho que vocês aprovariam ela, ela é linda, inteligente e faz ele feliz. Anne e tia Savanna, elas são essenciais. Vim morar com a Anne em Los Angeles ano retrasado, e agora Theo e tia já estão aqui. Muita coisa aconteceu quando eu me mudei.


"Engraçado é como o mundo é pequeno. Eu encontrei o Peter, lembram dele? Ele virou um cantor mundialmente famoso, tenho o maior orgulho dele. Nós continuamos a ser melhores amigos, com o porém de que ontem a noite ele me pediu em namoro depois de dois anos de choros... a história é longa. - Dei outro riso seguido de um sorriso constante. - Foi ele que me possibilitou estar aqui novamente, e eu espero que vocês consigam me ouvir ou pelo menos ver que eu estou aqui e que penso em vocês todos os dias."

"Prometo que não irei mais chorar assim, tudo está se ajeitando finalmente. Eu não tenho filhos, não casei e estou desempregada há uns seis meses. - Comecei a rir mais ainda - que vergonhoso pra mim, mas essa é minha vida sem vocês, e seria muito melhor se vocês estivessem aqui junto de mim. - Passei o dorso de minhas mãos pelos meus olhos, assim estacando um pouco de minhas lágrimas. - Eu amo muito vocês, muito!"


Não aguentei mais um minuto daquele jeito. Sentei-me no chão e juntei meus joelhos e aprofundei meu rosto sobre eles, chorando tudo o que eu tinha para chorar. Eu só sou mais uma menina que quer os pais de volta. Meu choro fazia com que me desse soluços e eu respirava fundo para conseguir continuar. Por um lado queria que Bruno fosse ali me dar um abraço, mas por outro eu precisava chorar tudo o que tinha para sair de mim, eu precisava desabafar como eu desabafei assim que soube da notícia.

Bruno Pov's 

Fiquei um pouco longe, como ela pediu. Eu queria me aproximar, mas não podia. Me escorei em uma das árvores que compunham o belo lugar - lindo cemitério diga-se de passagem -, e fiquei observando.

Eu me sinto mais leve, mais feliz. Parece que tudo o que eu quiser eu vou conseguir. Antes eu a tratava como um objeto, mas agora ela é meu troféu. Mich está aqui pra me mostrar que ninguém é de ferro, que ninguém pode se privar de sentir, muito menos tratar pessoas como se fossem um nada. Ela é minha conquista, e eu sou a conquista dela.

Engulo minha saliva para ver se saia o nó da minha garganta, vejo ela sorrindo pela primeira vez depois que se ajoelhou ali. Eu sei que não deveria, mas fui pé por pé para vê-la mais de perto. Seus olhos estavam vermelhos, e ela estava tão concentrada que não percebeu que eu me aproximara dali. Não era minha intensão, mas acho que cheguei no momento certo para ouvir o que ela tinha que dizer.

-Engraçado é como o mundo é pequeno. Eu encontrei o Peter, lembram dele? - Ela falava como se eles pudessem responde-la. - Ele virou um cantor mundialmente famoso, tenho o maior orgulho dele. - Dei um sorriso bobo quando ela disse que se orgulhava de mim. Eu também me orgulho dela. - Nós continuamos a ser melhores amigos, com o porém de que ontem a noite ele me pediu em namoro depois de dois anos de choros... a história é longa.

-Eu não queria que fosse dois anos de choros... se eu pudesse concertar isso. - Pensei um pouco alto, por pouco ela não ouviu o que falei.

Me ajeitei e escorei-me em uma sepultura olhando para ela. Eu sei o quão difícil é essa situação. Toda a pessoa que já perdeu alguém importante sabe como é difícil viver assim. Mich sentou-se na grama e ficando numa pose completamente na defensiva, ela começou a chorar e soluçar. Um casal que passou um pouco depois que ela fez isso ficou-a encarando.

Eu queria poder chegar perto e dizer pra ela que vai ficar tudo bem, mas ela pediu que ficasse sozinha. Não a culpo, afinal quando minha mãe faleceu o que eu mais queria era ficar sozinho para poder chorar tudo o que eu precisasse. E lembro que quando eu me isolei por três dias para me recuperar, em um deles eu pensei na Michelle, e isso foi antes mesmo dela vir para Los Angeles.

Ás vezes eu penso que é nosso destino ficar juntos - e eu espero que sim.

Michelle Pov's 

-Oi. - Digo para o Bruno que estava mais próximo agora. - Podemos ir embora? - Pergunto timidamente.

-Claro. - Bruno abre os braços para me abraçar, e mais uma vez eu chorei.

Posso afirmar que a única vez que eu chorei tanto foi no dia em que soube da notícia que eles tinham morrido.

Seu abraço me confortou e por segundos pensei em algo melhor. O que seria de mim agora, nesse exato momento, se o Bruno não tivesse vindo de Los Angeles atrás de mim? O que seria da minha viagem? Sozinha? Chorosa? Triste? Pensando em comprar doces e doces para chorar e comer?

É, teria sido mais ou menos assim mesmo.

++++

Sentados no sofá, me aninhei em seu colo, com a cabeça em seu peito, enquanto passava um programa de calouros na televisão. Encostei minha mão em seu queixo e o fiz olhar pra mim.

- A thousand miles onto the sea bed, I found the place to rest my head. Never let me go! - (Tradução: Mil milhas em direção ao leito do mar, achei um lugar para descansar minha cabeça. Nunca me deixe partir.) Cantei sobre seu peito, na verdade, eu tentei cantar.


Dei graças a Deus que ele me entendeu e colou nossas bocas uma na outra. Sua língua estava tão calma, nada de pressa em nós, somente nós dois sentindo o prazer do momento. O prazer de termos um ao outro.

-Never let you go! - Sussurra em meus lábios.


  • Ou eu estou de tpm, ou esse capítulo ficou muito choroso, pois eu chorei com ele! E vocês? É gente, não tá bem no fim, mas não tem muita coisa pela frente. Estou deixando a história me levar, então não irei dizer quantos capítulos faltam porque nem eu sei. <3 Espero que tenham gostado. Comentem <3 

7 comentários:

  1. "quantos capítulos faltam" nao diga isso driiiiiiiii

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  2. AAAAAH SIM! Quer acabar comigo?????????? Ah é?? Sla se vc está de TPM, mas entao eu tbm to!!!!! CHOREII LARGADO... O pior é vc tentar n chorar ou chorar silenciosamente pq o pai está na sala '-' tipo eu tinha q parar, respirar, soltar umas MIL lagrimas e continuar senão ia parecer um porco gripado de tanto fungar :'( Nssa!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Essa frase no final foi melhor que o "eu te amo"... sem dúvidas, a melhor frase de TOOODDAA a fic ♥ Ain q coisa perfeitaaaaaaaa... okk okk ainda bem q n tem data pra terminar, mas ja sabe, se dependesse de mim vc ia estar usando fraldas com 100 anos escrevendo essa fic kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk ♥ Vire escritora e eu viro sua fã combinado????? Até quartaa *--*

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  3. "-Michelle, olha... minhas fãs são meus amores, minhas pequenas, mas elas irão entender que minha felicidade está completa quando eu tenho você, elas vão reconhecer isso.

    -Elas vão me odiar. - Sua mão direita passa sobre minha bochecha.

    -Elas não vão, eu te asseguro disso." Primeiramente: chorei largado and se referiu as fãs e eu n odeio a Michelle n, eu ficarei mt feliz se brunelle fosse real. Cara que capítulo foi esse???? Eu nunca chorei tanto, e o Bruno tão fofamente fofo, tô acabada. E que história é essa de quantos capítulos faltam? Espero que demore mais e mais e mais...jaslkaa infelizmente tem q ter um fim ai mds. Tá perfeito.

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  4. OMG!! Que capítulo mais emocionante, chorei! Acho que foi um dos capítulos mais sincero e emocionante.E nada de que não sabe quantos capítulos faltam, você é uma escritora diva e ainda vai ter mais algumas ideias pra história ;)

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  5. ((desculpa a demora))
    foi lindo demais! Gente, chorei litros. Tô acabada com o Bruno assim, a Michelle assim, essas músicas q você manda a gente ouvir q dá vontade de chorar só de escutar as primeiras notas, tô acabada com tudo
    E dona Michelle fique sabendo q eu adoraria q ela namorasse o Bruno (muito melhor q a depravada da Caban, até uma cabra eu aceito), e eu acho q se soubéssemos pelo q a Mich passa, ninguém ia odiar ela. Eu adoraria q Brunelle fosse real.
    Tá perfeito, cara, eu não quero q acabe </3
    Enfim, você entendeu que ficou maravilhoso.
    Beijos de luz

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  6. HOJEEEEEE
    sabia que to atualizando desde as 5:45 da manhã?

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  7. Owmmmm caramba como eu chorei neste cap que coisa!!
    Lindo, eu n sei realmente o que falar a n ser que foi perfeito!!

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