sexta-feira, 30 de maio de 2014

Capítulo 125

Passou um mês e duas semanas que o Bruno está em turnê. Já passou até o aniversário dele que recebeu uma bela festinha surpresa no backstage, feita pelos meninos e um lindo coro de "parabéns pra você" feito por suas fãs no show. Ele estava feliz demais pra eu estar atrapalhando, então quando estava no meio da noite eu mandei uma mensagem pra ele que ao invés de me responder, me ligou. Fiquei contemplando por tempos sua voz tão doce e que me conforta tanto.

Bom, notícias eu tenho. Meu emprego! Eu consegui a vaga faz duas semanas, já comecei trabalhando um bucado porque lá o tempo não para, mas estou amando aquele lugar.

Reencontrei o Jake pessoalmente, fomos para um restaurante eu, ele e Anne para almoçarmos na hora do nosso intervalo. Ele está diferente, cortou até seus cabelos tão precisos. Anne saiu logo em seguida e ele deu até em cima de mim, mas quando disse que estava namorando com o Bruno ele avisou e se desculpou dizendo que não sabia. Desejou felicidades para nós dois e após isso não tentou de nenhuma forma dar em cima de mim ou soltar alguma charada do tipo "don juan".

Bruno não me ligou faz dois dias e eu estou morrendo de saudades de sua voz e tudo mais. Como hoje é sábado e ele está saindo de um país para outro, ele não tem show e pode falar comigo, então vou ligar pra ele. Vou pra sala e pego meu celular, chama uma, duas, três, quatro, mas ele não atende.

Estou desprevenida quando o celular toca na minha mão.

-Alô. – Digo quando atendo o número do Bruno com o DDI estranho.

-Oi vida, me ligou? – Pergunta sua voz tão doce. Saudades dele.

Suspiro fundo. – Liguei. – Dou um sorriso só de lembrar dele. - Estou sentindo sua falta aqui. – Falo com a voz melosa. 

-Eu também, pode acreditar, mas agora falta bem menos tempo. 

-É isso que me conforta. – Me atiro no sofá, o sorriso não saia do meu rosto.

-Ligou só pra dizer que está sentindo minha falta? Que linda.

-É, a vida não é a mesma sem o batman por perto. – Faço beicinho como se ele estivesse vendo.

-Seu herói logo chega.

-Esperando por esse dia.

Suspiro no telefone e ficamos por longos segundos em silêncio. Somente a sua respiração no telefone já me acalma, me tranqüiliza saber que ele está bem e feliz com tudo isso. Ele precisa encerrar essa turnê com chave de ouro e gostinho de quero mais.

-E como está o novo serviço? – Finalmente ele quebra o silêncio.

-Está ótimo, estou me adaptando bem lá. Tem bem mais coisas a se fazer do que no outro serviço, mas compensa porque eu estou feliz com aquele ambiente. – Sorri ao lembrar dos novos colegas de serviço e nossos planos bem projetados e postos em folhas limpas.

-Que ótimo. – Ele aparenta estar feliz por mim. – Quero que se dê bem lá. Amanhã vou descansar, provável que estarei no vôo de manhã, mas a tarde, podemos ligar o skype?

-Você quer me ver? – Pergunto com aquela voz boba de garota apaixonada.

-Se pudesse ser pessoalmente seria melhor. – Ele fisga seus lábios.

-Eu preciso de você aqui. – Uma repentina vontade de chorar se fez no meu peito, quase um aperto.


-Eu preciso de você também. – Que conforto ouvir isso! – Eu preciso em todos os sentidos! Amorosamente, sexualmente...

Dei uma gargalhada muito alta no telefone que contagia a dele.

-Só você pra me fazer rir assim. – Balanço a cabeça.

-Até vim ver qual é a piada da vez. – Minha tia adentra a sala com um pano de prato em mãos.

-Bruno me fazendo rir, esse safado. – Digo para minha tia.

-Mentira dela! – Bruno fala como se ela estivesse o ouvindo.

-Diz que eu mandei um beijo. – Minha tia diz e retorna para a cozinha.

-Ouviu, não é? – Pergunto para o Bruno voltando minha atenção para o celular.

-Ouvi, diz que eu mandei outro! – Ficamos num silêncio rápido novamente. – Alguma novidade?

-Ah, acho que sim... lembra que o Jake tinha sumido? – Digo e ele assente num murmúrio. – Então, ele apareceu novamente, cortou o cabelo... Não sabia que nós estávamos namorando. – Comento.

-Ah... – Ele perde as palavras de sua boca. – Não sabia, poxa.

-É, até tinha dito algumas gracinhas, mas cortei as asas dizendo que eu sou sua. – Digo apaixonadamente.

-Ele deu em cima de você? – A sua voz não estava mais tão tranquila como estava antes, ele parecia mais sério, porém relevei.

-É... Algum problema?

-Nada. Só acho engraçado ele não saber sendo que saiu em tudo quanto é canto, e ele aparecer logo agora que eu não estou aí.

-Tá querendo dizer alguma coisa, Bruno? – Sento-me no sofá com minha coluna bem ereta.

-Não de você, mas eu não confio nele.

-Mas você ta sabendo que não é nele que tem que confiar, não é? Eu que sou a sua namorada Bruno, confie em mim.

-Essa distância deixa tudo mais complicado. – Comenta ele.

-Quer dizer que não está confiando? Acha que eu vou ir ali e tirar meu atraso com ele porque você não está aqui? – Pergunto e ele permanece em silencio. – O silêncio ta respondendo tudo Bruno, tenha um bom dia.

-Bom dia Michelle.

Odeio brigar com ele. Larguei meu celular injuriada ao meu lado e afoguei meu rosto em minhas mãos. Não vou chorar, mas dá raiva. Não é a primeira vez que ele não confia em mim, não é a primeira vez que discutimos por isso. Mas ninguém disse que seria fácil, tudo tem obstáculos.

Tenho alguns pensamentos bipolares, porque há dois segundos atrás pensei “mas ninguém disse que seria fácil”, mas agora eu já penso “ele vai ter que me aceitar do jeito que eu sou”. Não queria ter discutido com ele, principalmente nessa distância toda.

-Saiu do telefone? – Pergunta minha tia. Tiro a mão do rosto e olho pra ela.

-Precisa de algo? – Pergunto prontamente.

-Me ajuda com a lista do supermercado?

-Claro.

Uma coisa para me distrair pelo menos. Do sofá vou direto para a cozinha, sento-me na mesa e Sa trás em suas mãos um bloquinho com uma caneta ao lado. Sentadas frente a frente, fomos listando tudo que imaginamos que precisaria mesmo, tudo que era importante e algumas coisas que não são tão importantes, mas é bom ter, por exemplo: besteira nos armários.

-Parece tão dispersa, aconteceu algo? – Pergunta ela minutos depois sobre minha seriedade e pensamentos tão distantes.

-Brigas normais. – Arqueei as duas sobrancelhas.

-Pelo que? – Pergunta ela largando a caneta sobre a mesa.

-Ciúmes, eu falei amigavelmente com o Jake e ele ficou doido comigo. – Bufo. – Será que ele preferia que eu não falasse isso pra ele? Que eu escondesse?

-Já ouviu dizer que não devemos nos meter em brigas de casais? – Assenti positivamente. – Bruno deve está irritado por estar longe de você.

-É a segunda vez que brigamos feio por causa de ciúmes. – Comento.

-E acha que ficar com essa cara de séria e levar essa amargura por ele vão te levar para algum lugar?

Fiquei calada e apenas olhei seu rosto. Minha tia tem razão, ficar braba com ele porque ele brigou comigo não me adianta em nada. Eu sei que eu não fiz nada, e se ele não confia em mim eu não posso fazer nada ao não ser lamentar.

-Tem razão. – Uno minhas duas mãos e suspiro fundo. – Quem vai ao mercado?

-Temos que acordar a Anne, estava pensando em irmos nós três.

-Perfeito, assim podemos fofocar mais. – Comento entre risos.

Subi as escadas e abri a porta do quarto de Anne bem devagar. Ela estava dormindo de bruços, seu rosto estava virado para o lado e ela não estava com cara de quem estivesse num sono muito leve. Ela vivia me criticando porque eu dormia tempo demais, porque eu não parava de dormir, então, agora é minha vez.

-Ta na hora de acordar. – Falei com a voz bem alta e ela nem se mexeu. – TA NA HORA DE ACORDAR PRINCESA. – Gritei e ela deu um pulo estrondoso da cama.

-Vaca! – Ela reclama pondo a mão na cabeça. -Cadê meu príncipe pra me acordar?


-O príncipe é seu, você que tem que saber. – Sentei-me nos pés da cama. – Vamos no mercado com a tia? Precisamos de um tempo mais família.

-Só se eu ganhar um doce lá. – Ela coloca a língua estilo sapeca para o lado e eu gargalho.

-Ok!

Deixei ela se arrumar e no meu quarto troquei meu pijama de soft por uma blusa branca regata, uma calça jeans e uma sapatilha preta. Prendi meu cabelo que já estava escovado em um coque despojado e desci para a sala.

-Seu celular está tocando. – Minha tia já estava encaminhando-se para subir.

-Deve ser o Bruno. – Bufo antes mesmo de pegar o celular.


  • Aí, essas briguinhas por ciúmes, e dessa vez nem é necessário brigar. Jake está em missão de paz ndiusaniods enfim, à quem perguntou sobre o aniversário da Mich... é dia 15 de novembro, eles estão agora no dia 1 de novembro. Espero que gostem, e eu quero mais comentários gente.. achei pouquissimo no outro capítulo :c poxa... 


quarta-feira, 28 de maio de 2014

Capítulo 124

-Michelle! - Anne estala os dedos a minha frente, estava em outro mundo pensando no que fazer e falar na entrevista.

-Oi? - Respondo voltando a tomar meu cappuccino.

-Eu estava falando sobre a economia e governo do país, não acha que estamos ficando bagunçados assim como o Brasil é? - Diz ela e eu fico a encarando.

-Brasil é um caso a parte! Nós estamos bem acima deles. - Dou outro gole do cappuccino.

-Michelle, é óbvio que eu não estava falando nisso! - Ela bufa e pega a revista que comprou mais cedo. - Falei sobre sua entrevista e como está a saudades do Bruno.

-Ah. - Dou um riso mais sem graça impossível. - Sabe que eu não estou muito nervosa quanto a entrevista.

-E estava pensando no que? - Pergunta ela.

-Em fazer a carteira de motorista caso consiga o emprego. - Comento e ela sorri.

-Isso é bom, nós duas precisamos fazer. - Ela bebe o seu café que não encostava fazia tempos, deve estar frio já. - O bom é que você vai trabalhar aqui perto da rádio e dependendo do horário podemos almoçar quase sempre juntas.


-Verdade. - Comento.

-Menos as quartas feiras, porque apresento o programa do meio dia. - Ela faz careta na segunda golada escassa do seu café. - As músicas do Bruno estão bombando nas rádios ainda.

-Que ótimo. Maior orgulho dele. - Meu sorriso vai longe junto com meu pensamento distante que paira sobre o seu olhar aconchegante. Três dias sem ele e parecem quase dois meses. - Quem disse que eu vou querer almoçar com você todos os dias? - Resgato o assunto e ela ri, mas assim que se toca da minha piadinha sem graça faz uma careta estranha.

-Vou lembrar disso quando vier correndo pedir pra almoçar com você! - - Ela entorta seus lábios.

-Sabe que eu tô brincando. - Mando um beijo no ar pra ela que faz uma careta.

-Hoje eu estou me sentindo emotiva, por mim juntaríamos eu, você, a mãe se ela quiser, a Blair, e a Zoe e iríamos olhar um filme bem romântico ou bem dramático.

-Olha, você fala com todas elas, se elas toparem a gente vê! - Dou de ombros. - E se não toparem, eu e você vimos igual porque não precisamos delas. - Tomei cuidado para não sujar a roupa no último gole do cappuccino.

-Ai que menina rebelde.

-Mas e aí, como anda? - Pergunto e ela me olha sem entender.

-O que?

-A política e a economia do país.

Rimos bastante por mais essa piadinha sem graça que eu faço. Pena que nossos risos e conversa não puderam durar muito. Eu acompanhei Anne até o portão do prédio da rádio onde ela trabalha e fui andando tranquilamente até a Urban. Se eu estava com medo e nervosa pela entrevista? Óbvio! Numa escala de 0 à 10 de nervosismo, o meu se encontra entre o 15 e 16. Eu quero conseguir esse emprego, é um lugar ótimo, bem localizado, é uma empresa conhecida, e também eu preciso de um emprego ou agora vão me taxar como: "a namorada do Bruno Mars que é sustentada por ele". Claro que não é só por isso que eu preciso de um emprego, mas eu odeio me sentir dependente das pessoas para fazer as coisas.

Dou uma vacilada em meus pés assim que chego na frente. A porta automática se abre a minha frente e na recepção eu entrego meu nome e digo que tenho uma entrevista. Sou encaminhada para o segundo andar na sala a frente do RH da empresa.

Dei duas batidas na porta e conferi se estava tudo direitinho comigo.

Bruno Pov's 

-Larga isso. - Peço pro Ryan me dar meu celular novamente.

-Não... - Ele coloca o celular nas alturas.

-Dá pra alguém me ajudar? - Peço dando três pulinhos para tentar alcançar.

-Dá um tempo dela e pensa no agora aqui, cara. - Diz Dwayne com sua belíssima cara de bunda limpando alguma coisa que eu não consigo identificar.

-Claro, todo mundo tem direito de falar com suas namoradas e esposas, e eu não! Que lindo isso. - Emburro e caminho para a poltrona vaga do backstage.

-É que você não para de olhar a foto dela, calma, faz três dias que vocês se viram, tem que se acostumar com a jornada assim agora. - Kam dá o pitaco onde não é chamado. Mentira, tecnicamente todos nós estamos incluídos na conversa.

-Eu não fico olhando a foto dela. - Digo. - E eu só queria mandar uma mensagem de boa sorte pra ela.

-Fica olhando sim porque ontem de madrugada você estava olhando uma foto dela ao invés de dormir. - Phil me entregou.

-Mas eu estava com insônia. - Saio em minha defesa.

-É só admitir que tá apaixonado e não tá sabendo lidar com essa distância toda. Mas é somente por enquanto, daqui há dois, três meses, vocês se veem novamente. - Phil me "conforta". Não digo nem que é um conforto, mas foi legal e broxante ele dizer isso.

Fiquei olhando para o nada, tenho que me concentrar na minha turnê agora! Semana que vem já entramos em outubro, e na outra semana meu aniversário. Só há três pessoas com quem eu gostaria de passar meu aniversário: no palco, com meus amigos e meus fãs; Com a minha mãe que Deus a tenha; e agora com a Michelle. Pensei em estar eu e ela, nós nos mandarmos para um chalé no meio do nada e ficarmos o dia todo juntos. Mas das opções que eu tenho, posso ficar com meus brothers sobre o palco que é a nossa casa quando estamos fora de nossos lares e com meu público, meus fãs... 

Tento parar de pensar nessas coisas e me concentrar no concerto que vamos fazer daqui a pouco. A casa está lotada, os ingressos foram todos esgotados. Mesmo já estando mais acostumada com essas coisas, eu ainda tenho uma certa nervosidade em entrar lá. Tenho medo de errar algo, de não agradar a todos, de deixar a desejar, enfim, é muita coisa pra se pensar.

-Vamos nos aquecer um pouco? - Ouço a voz do Phil logo a minha frente.

-Claro, vamos. - Levanto prontamente.

Michelle Pov's

Saí sorridente da Urban. Eu não sei como eu fui na entrevista, não sei se o moço do RH, que fez a entrevista, cujo o nome é George, gostou de mim ou não. Mas eu estou confiante! Senti boas vibrações lá dentro, energias boas, e a entrevista foi bem descontraída.

Pego meu celular e disco o número da Anne, mas desligo assim que lembro que no estúdio ela não pode atender, somente consegue ver escondido as mensagens, e ás vezes responde.

"Acho que fui bem, estou confiante com tudo e gostei de lá. Ah, já viu se as meninas gostariam de assistir o filme? Qualquer coisa me avisa, estou indo pra casa, beijos." 

Corri para pegar o ônibus que passava e entrei nele de um jeito estabanado, por pouco não caio no chão. Pago a minha passagem e sento-me ao lado de uma senhora não muito simpática escutando música em fones de ouvido enormes para o seu rosto miúdo.

Meu celular vibra com uma mensagem e eu leio rapidamente.

"Vi você correndo aqui perto agora. Falei que mudamos de escritório? Está trabalhando aqui por perto? Estou com saudades, desculpa por sumir. Beijos."


Jake some de uma hora para a outra só porque começou a trabalhar e agora reaparece do nada e fala comigo como se tudo fosse continuar da mesma forma que era antes? Doce ilusão. Aperto no discar no seu número e espero ele atender assim que dá a terceira chamada.

-Poderia ter respondido minha mensagem. - Ouço seu riso. - Oi Michelle.

-Oi Jake, quanto tempo não é? - Penso em bufar ou fazer uma voz bem irônica, mas não vale a pena. Estou acima da carne seca.

-Desculpa por sumir daquele jeito, mas quando eu estava com ela, ela tinha um ciúmes incontrolável.

-Aí você se distanciou dos amigos por ela, claro, é uma ótima saída.

-Não foi bem assim, me desculpa? - Sua voz parecia mesmo arrependida. Lembrar dele me fez lembrar do belo dia de passeio a cavalo que tivemos, eu gostei daquilo e ele me mostrou uma nova paixão: cavalos.

-Desculpo Jake. - Respondo e pude ver o seu sorriso, é claro que eu sorri também. Não gosto de "estar de mau" com os outros.

-Mas me fala, e as novidades? Está trabalhando aqui perto?

-Fui fazer uma entrevista, mas fora isso acho que nenhuma novidade.

-Se importa de nos falarmos mais tarde? Vou ter que dirigir até o tribunal agora para defender uma causa!

-Ah, tudo bem.

-Beijos Michelle, foi bom falar com você.

-Até mais Jake!


  • O capítulo tá simples, porque eu preferi relatar eles mais na vida deles mesmo, a entrevista, as preocupações e o aparecimento do Jake. Ah querida pocahontas, seja bem vinda novamente djisaubdnsampodinasodsai espero que gostem e comentem <3 beijos 

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Capítulo 123

Depois de muito insistir sobre o pra quê era aquele vídeo, Bruno acabou dizendo que ele não tinha uma finalidade certa, o que é claro, eu não acreditei! Simplesmente porque não é possível. Do nada ele me acorda com a uma câmera em suas mãos sendo que ele não sabe mexer nem num celular direito.

Relevei esse fato assim que comecei a ajudar Meredith a limpar a cozinha enquanto Bruno ia para o estúdio dos fundos ver algo relacionado com o ritmo de uma música para ajustar.

-Estou feliz que esteja aqui de volta. - Meredith diz. Pedi a ela que não me tratasse com as baboseiras de "senhora".

-Obrigada. - Retribuo sorrindo. - É bom saber que sou bem recebida. - Passo o pano a última vez sobre a bancada e olho em direção do estúdio. - É ótimo estar aqui novamente.

-Sabe que eu havia comentado com minha filha o quão você é legal e o quanto queria que desse certo com o senhor Bruno, e quando ela me mostrou a foto de vocês dois eu senti orgulho.

-Confesso que até eu torcia por nós dois. - Fingi que estava contando um segredo e ela ri disso.

-Vocês dois são um belo casal! - Essa frase repercute seguidas vezes em minha cabeça e eu agradeço mentalmente seguidas vezes também.

-Obrigada.

Falar casal agora é tão real, tão bom!

-Se me der licença eu vou limpar o banheiro agora.

Assenti com a cabeça pra ela que saiu andando cozinha a fora com seu jeito meio manco. Pelo pouco que conversamos durante todas as vezes que nos encontramos,contando com a nossa conversa de hoje, entendi que ela morava em Ohio, mas com o casamento ela se ausentou dos serviços para cuidar da filha - porque casou grávida. E como antes ela trabalhava em casas de família, uma ex patroa dela acabou indicando-a para uma agência. A partir daí ela pegou o primeiro contrato na casa de uma apresentadora que eu não conheço e logo depois pegou com o Bruno e nunca mais saiu.

O jeito de Meredith me faz ver só não consegue as coisas na vida quem não quer mesmo. Há milhares de oportunidades para subir, e se ela saiu do interior de Ohio para morar muito bem em Los Angeles - mesmo que seja limpando casas, o que é um trabalho muito honesto -, acho que qualquer um pode conseguir o que quer.

Com o caso dela só me motivou a trabalhar mais e fazer outra faculdade com o tempo, dessa vez de paisagismo ou engenharia, quero continuar nesse ramo das casas, das decorações, dos espaços, de ver o que dá e o que não dá, de fazer as cansativas plantas e desenhos arquitetados naquele programa do computador onde você passa horas e ás vezes tranca quando você não salvou nada daquele plano e tem que voltar e fazer tudo novamente. Quero a garrafa térmica com café extra forte sendo minha companheira e o corretivo para passar no outro dia quando estiver com olheiras.

Mas eu quero tudo isso ao lado do Bruno.

Estou tão concentrada em meus pensamentos e limpando as coisas ao mesmo tempo que somente noto a mão da Meredith em meu ombro e ela entregando-me o celular. Nem olho o número e atendo rapidamente.

-Alô...

++++

Um "alô" e um toque no ombro para me acordar do transe de pensamentos salvou meu dia! Quarta feira que vem, dois dias após o retorno da turnê do Bruno, eu tenho a tão esperada entrevista na Urban. Eu pensei que não conseguiria.

Abracei o Bruno fortemente e agradeci por ele me dar todo esse apoio.

Além de sorridente, feliz e realizada, eu estou indecisa em o que usar hoje a noite. Assim que eu desliguei a ligação da Urban, Zoe me ligou avisando que chegou em Los Angeles e que soube da novidade, mas quer nos ver pessoalmente e matar a saudades, então combinamos de fechar uma ala do restaurante/casa de games Pinz Bowling. Vamos somente os casais, completando dois times de quatro pessoas. Eu, Bruno, Zoe, Phred, Anne, Leonel, Blair e Theo.

Eric e Cindiah não irão, primeiro porque Cindiah está com um barrigão e não seria aconselhável. Phil e Urbana vão ir jantar com as crianças no shopping, mas disseram que não seria má ideia. Então, é somente nós mesmos.

-Tá pronta? - Pergunta ele chegando na porta do closet, desanimado.

-Quase. - Digo dando um risinho. Eu não estava nem perto do quase, não tinha posto nada da minha roupa ainda. - Hey, que carinha é essa? - Pergunto chegando mais perto dele.

-Vou ficar longe de você, da família por mais três meses. - Seu rosto de contorce numa expressão triste.

-Isso não é ruim, você vai pra sua turnê, vai com seus fãs, sua banda, tudo que você ama. - Beijei sua testa e peguei suas mãos. - Nos vemos em dezembro, no natal você já vai estar aqui.

-Vou ligar todos os dias. - Ele ri.

-Não acredito. - Revirei os olhos.

-Não quer que eu ligue? - Ele se espanta.

-Claro que quero. - Dou-lhe um rápido selinho. - Sempre.

Se eu continuasse naqueles beijinhos com ele não iríamos nem sair de casa, por isso dei meia volta e resolvi pegar logo uma roupa. Não tenho muitas opções aqui, mas o que eu tenho dá pra sair. Coloquei uma calça jeans, uma blusa sem detalhe nenhum na cor preta e um casaquinho básico por cima preto também. Calcei meus tênis e ouvi Bruno reclamar mais uma vez que nós iríamos chegar atrasados.

Cantei desafinadamente uma musica com ele enquanto íamos para o local.

Passamos um bom jantar rindo e conversando, além de comer bastante, mas na hora dos times do boliche nós separamos diferentes. Invés de ser meninos contra meninas, tiramos na sorte qual seria o time. Meu time era composto por mim, Leo, Theo e Zoe, quando o da Anne era ela, a Blair, o Phred e o Bruno. Claro que nós ganhamos porque Leo é um ótimo jogador, mas passamos praticamente o jogo todo perdendo porque Bruno também joga muito bem.

++++

-Acho que agora é aquela hora que eu lhe dou um beijo e digo que vou sentir sua falta. - Ele diz com os olhos fixos nos meus enquanto nos abraçávamos no aeroporto.

-Acho que agora é a hora de você entrar naquele avião e ser feliz com o restinho da sua turnê, você vai sentir falta disso! - Encosto meu dedo indicador em sua bochecha e ele sorri.

-Tem razão, está na reta final.

-Isso mesmo. Depois só quando você lançar seu outro disco.

-E isso vai levar um tempinho. - Ele torce os lábios.

-Então vai lá e aproveita cada segundo do que tem que dar para as suas fãs que estão esperando.

-Calma, Phred ainda está grudado na Zoe... quer se ver livre de mim, é isso? - Brinca ele.

-Nunca!

-Se não fosse tão arriscado nós poderíamos ir para o banheiro. - Ele aproxima mais o seu corpo do meu.

-Você está muito, mas muito safado.

Ontem nós aproveitamos o dia indo passear num parque aberto, e quando chegamos em casa pedimos uma pizza gigante que ainda sobrou muita, e depois passamos muito tempo na cama, coisa de transarmos uma vez, descansarmos e partirmos para a segunda para depois irmos dormir.

O mais interessante é que eu não canso dele, eu posso passar muito bem um dia inteiro que não vou cansar. Bruno entregou-me uma chave da sua casa hoje pela manhã assim que passamos na minha casa para largarmos as minhas coisas. As palavras dele foram: "Se caso bater saudades, ou quiser passar um tempo sozinha, vai pra lá.".

-Temos que ir agora senão não chegamos a tempo lá. - Dre avisou cutucando o braço do Bruno e logo dando um sorriso pra mim que foi retribuído.

-Ah, tudo bem. Só vou me despedir. - Bruno avisa e Dre entende. - Viu, tenho que ir...

Não quis falar nada, somente um beijo mais aprofundado em seus lábios falando por nossas palavras que eram silenciosas. O beijo era a nossa conexão ali e agora, queria que ele durasse uma eternidade, mas não devo tomar o tempo dele o ocupando com isso.



-Vai lá. - Dou um último selinho em sua boca. - Fecha a turnê arrasando, se cuida e eu te amo.

-Promete que vai pensar em mim? - Ele ajeita sua jaqueta no corpo.

-Prometo, todos os dias. - Digo cruzando os braços na altura dos meus peitos.

-Eu te amo, volto logo.

Já disse que odeio clima de "despedida"? Sei que ele volta em dezembro, mas a partir do momento que ele virou de costas pra mim e andou em frente em direção dos meninos para entrarem no avião, eu já senti saudades. Se isso é coisa de adolescente? Deve ser! Eu nunca amei assim então tenho o direito de ficar suspirando e sentindo saudades bobamente assim por ele.


  • Dependendo do número de comentários, eu posto um hoje a noite ou amanhã ndbsaiundioas só porque eu estou em casa hoje e posso tentar escrever mais. Mas enfim, desculpem-me por sexta, fui pega desprevenida com afazeres. Espero que gostem e estou fazendo de tudo para que não fique repetitivo. Está chegando no fim gente :\ Comentem amores <3

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Capítulo 122

Nada a declarar sobre a comida. Ficou ótima. Pela primeira vez eu consegui fazer algo bom e que nós comemos e repetimos. Acho que vou começar a praticar mais sobre isso.

Pra não perder o costume, quando fomos escovar os dentes para começarmos a assistir Game Of Thrones, Bruno deu um chilique por uma maldita barata. Mas não, ele não deu o chilique por causa da barata - até porque esse chilique fui eu que dei - e sim porque ele queria saber o que tinha na casa que trouxe uma barata. Foi uma luta até vermos que não tinha nada demais, apenas um papel de chocolate embaixo da cama.

Bruno dormiu antes de mim, e ainda com o celular sobre o peito. Ele estava se preparando para tweetar algo e acabou dormindo. Eu o tapei e desliguei a televisão. Automaticamente ele se ajeita para melhor dormir e eu coloco sobre a mesa de cabeceira o celular.

Me ajeito ao seu lado e viro-me para o seu lado contemplando com o olhar a sua face tranquila enquanto seu peito estufa e diminui de acordo com sua respiração. Sorrio como uma boba apaixonada e presto atenção em todos seus detalhes.


Como chegamos aqui? Eu olho pra trás e vejo como nós éramos quando crianças, tão bobos e imaturos, achando que tudo iria ser um conto de fadas. Quando eu achei que gostava dele, mas vi que era bobagem. Do aperto no peito que me deu quando nos despedimos e eu sabia - naquela época eu imaginava - que nós nunca mais iríamos nos ver. Da saudades imensurável que eu senti, principalmente nos instantes iniciais até um ano depois. Cada mês ia ficando mais difícil de estar sem meu melhor amigo, porém mais fácil de estar e acostumando com a vida nova na qual teria de me adaptar. Minhas escolhas foram sensatas nos primeiros momentos, depois foram rebeldes e depois quando entrei para a faculdade elas se tornaram automaticamente mais maduras - depois do primeiro semestre.

Quando retornei para os EUA, nunca imaginei que de milhões de pessoas eu poderia reencontrar ele, agora que eu já sabia que ele estava famoso, estava bem com a sua vida e talvez nem lembraria de mim. Se eu fosse contar quantas coisas aconteceram nesses dois anos que estou morando em Los Angeles, seria histórias que não caberiam nos dedos das mãos.

Meu jeito é bobo, é infantil ás vezes, e meu temperamento não é fácil, mas o dele também não é. E, pra mim, nós não precisamos ser perfeitos ou não precisamos gostar das mesmas coisas e nem termos os mesmos defeitos, acho que nós podemos ser diferentes e cada um vai se adaptando ao outro, vai aprendendo com os erros e crescendo juntos.

-Eu sou feliz por ter você na minha vida. - Encosto levemente no seu rosto.

++++

Viro-me de um lado para o outro, acordei rapidamente e vi que Bruno não está mais ao meu lado. Volto a dormir instantaneamente.

Sinto sua mão passar pelos meus braços, tentei não dar bola, mas sua voz doce clama pelo meu nome.

-Mich... – Ouço ele a repetir.

Dou um sorriso e tento abrir os olhos, mas a claridade que invade o quarto é forte demais pra quem acabou de acordar. Puxo os lençóis para tapar minha cabeça e novamente ele me chama. Me destapo e ele dá um sorriso. Olho para sua mão direita onde ele segura uma câmera, ele está me filmando?

Tento por a mão na frente quando me sento na cama, mas ele se esquiva. Pelo sono e porque acabei de acordar e meu processo está lento, digamos assim, eu nem tentei falar alguma coisa. Ando em direção do banheiro e quando Bruno me segue até a porta, eu fecho na cara dele, que má educação.

-Abre pra mim. – Pede ele do outro lado do banheiro.

-Se quer me filmar pelo menos deixa eu usar o banheiro tranquilamente e escovar meus dentes. – Aviso, tirando meu short do pijama para sentar na privada.

-Ok. – Responde ele.

Faço minha higiene matinal e quando coloco a pasta na minha escova, ele abre uma frestinha da porta e ali coloca a câmera. Com a boca cheia de espuma da pasta de dente, começo a rir, nada sexy, ele também ri de mim. Enxáguo minha boca e uso o líquido bucal. Abro a porta e ele pega a câmera direitinho.

-Posso saber por que está me gravando? – Pergunto esboçando um sorriso, e ele retribuí.

-Porque lembrar desses momentos só na memória, não é suficiente. – Responde ele. Esquivo-me da câmera e dou um breve selinho na sua boca. Bruno se afasta de mim e eu começo a arrumar a cama, ele mexe em algo da câmera que dá um barulho, provável que ele nem esteja sabendo o que está fazendo. Dou uma risada e ele vai para o outro lado da câmera e começa a cantar acusticamente.

Oh her eyes, her eyes

Make the stars look like they're not shining

Olho pra ele envergonhada, aí percebo que ele dá um close nos meus olhos. Mexo nos meus cabelos para o lado, envergonhada um pouco, mas me sentindo tão especial como nunca.


Her hair, her hair

Falls perfectly without her trying

Dessa vez eu abro o sorriso e ele gargalha de mim. Dou duas batidinhas em nossos travesseiros e pego as almofadas sobre a poltrona e as espalho nela. Bruno continua parado me gravando.

-Já disse que está linda? – Pergunta ele.

-Hoje ainda não, apesar que eu não acredito, mas você sempre está. – Digo o elogiando e ele grava seu próprio rosto dizendo que está corado.

Não dou bola e entro para o closet para pegar alguma muda de roupa minha que está perdida na casa dele. Pego meu shorts jeans, uma lingerie e uma blusinha regata branca.

She's so beautiful

And I tell her every day

Começo a rir de vergonha e ele ri junto comigo. É tão maravilhoso nos vermos assim, felizes finalmente. O que eu pensei que não daria em nada, hoje está dando tudo, na verdade é meu tudo.

Yeah I know, I know

When I compliment her

She won't believe me

And it's so, it's so

Sad to think that she don't see what I see

Comecei a dar gargalhadas e senti meu rosto corando de vergonha da câmera. Estou a uns quinze minutos na frente dessa câmera, somente rindo das palhaçadas dele.

-Já tomou café? – Pergunto e ele balança a cabeça. – Eu vou tomar um banho rápido e depois faço nosso café. – Passo por ele novamente dando um selinho e quando caminho de costas pra ele, sinto ele me olhar, provável que também esteja gravando.

Viro em direção dele e ele começa a assoviar como se não estivesse fazendo nada, gargalhei e continue meu caminho, até que ele assovia de forma bem sensual pra mim, ofereço o dedo do meio pra ele que gargalha também.

Abro o chuveiro que fica sobre a banheira e dispo-me para lavar-me sobre a água gostosa. Melhor sensação é tomar banho relaxada, pensando que não tem nada de muito grave para se preocupar. Na verdade desde que eu voltei do Havaí, tudo na minha vida está correndo para os melhores caminhos, desde a oferta de emprego que eu me inscrevi e que me chamaram, até aquela amargura que eu guardava sempre me lembrando dos meus pais, e até minha vida amorosa que eu pensei estar perdida pra sempre.

Vesti minhas roupas e quando saí do quarto, Bruno não estava ali. Caminhei em direção da cozinha com os passos levemente apresados, a fome estava falando mais alto. Coloquei a mesa pronta com pães, frios, café, leite, panquecas prontas com mel, frutas, para tomarmos um café mais reforçado.

-Bruno! – Gritei da sala de jantar e não demorou três minutos ele apareceu munido da câmera novamente. – Amor, estou-me sentindo invadida. – Brinquei tapando o rosto com as mãos.

-Shiiii. – Ele senta-se na mesa, de modo que fique de frente pra mim e apóia a câmera na própria mesa, gravando-nos.

When I see your face

There's not a thing that I would change

'Cause you're amazing

Just the way you are

And when you smile

The whole world stops and stares for a while

'Cause girl you're amazing

Just the way you are

Ele começa a cantar enquanto eu estava pegando uma panqueca e colocando no meu prato. Comecei a rir e ficar vermelha de tanta vergonha, mas não queria estragar esse momento pedindo pra ele desligar, estava fofo.

Tomamos nosso café embalado de conversas legais e ele estava sendo um amor comigo, eu conseguia me sentir mais especial do que já estava me sentindo anteriormente. Como eu o amo. Peguei as coisas da mesa e ele me ajudou somente com uma mão, pois a outra ele ainda segurava a câmera gravando tudo. No momento eu me perguntava de quanto tempo é essa memória digital.

-Vem cá. – Ele puxa meu braço um pouco acima do meu cotovelo, olho pra ele com um ponto de interrogação nos olhos, mas então, mesmo com as bocas sujas de nosso café a recém tomado, ele me puxa para um beijo caloroso, romântico. Um beijo onde eu senti a quem eu pertencia realmente. Assim que nos desvencilhamos, ele pega a câmera novamente e eu fico bem perto da lente.

Her lips, her lips

I could kiss them all day if she'd let me

Her laugh, her laugh

She hates but I think it's so sexy

Preciso dizer que automaticamente eu ri disso?

-Preciso saber quais são as pretensões com esse vídeo. – Protesto e ele me pega num passo de dança e deixa-me presa no ar com suas mãos segurando minhas costas e meu rosto próximo do dele.

-As mesmas que eu tenho com você. – Ele dá um selinho rapidamente. – As melhores! – Completa.


  • Gente, quero que prestem atenção: NÃO É POSSÍVEL AGRADAR GREGOS E TROIANOS. Conhecem isso? Se conhecem sabem do que estou querendo me referir. Eu estou com um bloqueio enorme de criatividade e muita falta de tempo, e então faço o impossível para tentar postar sempre. Mas aí se eu posto, criticam porque está repetitivo, e se eu não posto, criticam porque eu não estou dando a mínima pra fic. Não quero "xingar" ninguém, mas só dar um toque... eu não tenho meu tempo somente para a fic, tenho vida fora do pc. É isso, espero que não levem a mal isso que eu disse, mas é só pra esclarecer as coisas. 
  • Espero que tenham gostado, porque eu dei o máximo de mim nesse e eu achei ele bem fofo! A fic tá se aproximando cada vez mais do final, mas eu já estou encaminhando uma nova <3 Beijos e obrigada por sempre comentarem e comentem sempre dnsuaibdisnoa :p <3 


segunda-feira, 19 de maio de 2014

Capítulo 121

Atendi meu celular assim que estou saindo do Urban. Bruno já havia me ligado duas vezes. Quanto ao emprego... vão me chamar essa semana ou semana que vem para fazer uma entrevista. Fiquei feliz!

-Meu Deus, tá morrendo? - Brinco assim que atendo.

-E se estivesse?

-Vira essa boca pra outro lado ô coisa ruim. - Emburreço. Não gosto desse tipo de brincadeira.

-Desculpa bebê... onde está?

-Acabei de sair da empresa, porque? - Pergunto olhando para os lados assim que vou atravessar a rua.

-Fique onde está. - Diz ele.

-No meio da rua? Porque estou atravessando. - Dou de ombros.

Ouço sua risada. - Não. Eu vou pega-la para irmos na sua casa pegar suas roupas e depois vamos jantar à noite.

-Perguntou se eu quero? - Digo.

-Preciso?

-Precisa! - Retruco.

-Quer ir pra minha casa, amor?

-Não. - Respondo e espero sua reação, mas ele nem ri, fica calado. Aí eu que começo a rir. - Vou sim.

-Você ia de qualquer jeito mesmo, querendo ou não.

-Tá abusado, meia tampa.

-Não me chama assim hein. - Ele revida com voz feroz.

-Vai bater em mim? - Pergunto fazendo uma voz tão doce.

-Vou! - Alerta ele.

-Ah é? Não vou mais então. - Dei de ombros.

-Vai sim minha vida... falando nisso, temos que passar no shopping antes.

-Porque?

-Vamos comprar algo pra Mila.

Ficamos conversando por mais um breve tempo. Disse à ele que iria pensar em algo legal para ele dar pra ela, mas na verdade eu não sei o que se dar para uma mulher grávida que daqui a pouco ganha o bebê. Escorei-me na parede de uma loja do outro lado da rua e ali fiquei esperando o Bruno. Sem música, pude escutar várias pessoas conversar ao mesmo tempo quando saiam da loja ou quando simplesmente passavam pela calçada.

Perdi a noção de quanto tempo havia se passado depois que eu comecei a encarar o prédio velho d'outro lado da rua. Suspirei e peguei meu celular que vibrava em minhas mãos.

-Vou estacionar na rua ao lado, aqui não dá pra parar no acostamento. Vai ali. - Diz Bruno.

-Onde está? - Pergunto.

-Indo pra rua.

-Ok.

Por segundos enquanto andava até a rua, dois homens esguios e parrudos andavam em direção contrária a minha, ou seja, a minha frente. Suas faces nadas simpáticas não me permitiram sorrir para eles que me encararam de forma tão perversa. Quase levantei as mãos para os céus quando eles passaram, mas ainda sim senti o olhar deles para mim.


O carro do Bruno ainda não estava ali assim que dobrei a rua. Fiquei próxima a uma árvore bem podada e cuidada em frente a uma casa residencial - coitado de quem mora aqui e tem que viver com o barulho infernal de ter uma avenida bem na esquina.

Ouço a buzina do carro, constato que é o carro dele. Esbarro em uma senhora com sacolas que ali passava e peço desculpas para ela. Abri a porta do carro e lá estava ele de chapéu com um sorriso aberto. Coloquei o cinto de segurança e demos um breve selinho.

-E aí, como foi ali?

-Ah, disseram que vão me chamar para uma entrevista semana que vem. - Dei de ombros, sinceramente? Esperanças à zero.

-Vai fazer a entrevista e vai conseguir o emprego. - Ele diz confiante.

-Virou vidente? - Arqueio minhas sobrancelhas.

-Mas eu sou... só falta ser.

Eu tive de rir de sua piada que poderia ser melhor, mas ficou engraçada mesmo assim. Dei detalhes de como é tudo por dentro da empresa e pelo jeito que ele falou, ele aprovou. Estou remoendo-me para ter de volta a rotina de mexer nas plantas, nos desenhos, visitar projetos...

++++

-Bruno, me solta. - Falo manhosa querendo tirar suas mãos da minha cintura para que eu possa dar continuação a minha comida. 

-Não posso. - Diz ele. - O batman não larga as pessoas.

-Então como você as salva? - Viro de frente para ele e observo sua face interrogativa. 

-Eu...chamo o Robin. - Ele arqueia levemente as sobrancelhas.

-O Robin é o Phil? - Pergunto.

-Talvez. - Ele morde seus lábios. - Você é a batgirl? 

Dei uma risada estranha, balancei minha cabeça e sorri diante de sua alegria contagiante. 

-Talvez. - Respondo.


Estou há mais ou menos três dias aqui no Bruno - sim, hoje é quarta à noite. Mais ou menos três dias porque terça feira eu tive que retornar em casa e passei a tarde toda lá, porque minha tia acabou ficando com pressão baixa e eu tive que ficar auxiliando, mas graças a Deus está tudo bem agora. Bruno está num ótimo humor, mas está com o que eu batizei de "pré depressão pós turnê". Esse nome complicado porque ele está com depressão de começar novamente, porque queria ficar um tempinho mais em casa, e pós depressão porque ele sabe que essa é a última parte da sua turnê que ele tanto esperou e isso o faz triste, saber que agora está mais próximo do fim. Acalmei ele dizendo que no próximo cd ele monta outra turnê, e assim por diante, essa não é o fim!

Eu arrisquei perante a uma aula de culinária no YouTube, um prato simples para nós comermos, e até agora está ficando bom. Planejamos hoje a noite assistir a sua série e comer umas pipocas assim que der fome, um programa amigos/namorados.

-Coloca dois pratos lá na mesa, Bru. - Peço tirando a colher da panela.

-Aí que preguiça. - Ele levanta os braços e eu o olho balançando a cabeça.

-Batman faria isso por mim. - Virei-me de costas para a pia e lavei a colher que havia experimentado a comida.

-Batman não estaria com preguiça. - Ouço sua voz lenta e baixinha.

-Portanto você não é o batman... - Concluo o pensamento e ouço ele pigarrear.

-Quantos pratos? - Prontamente ele já estava em pé.

Virei-me para vê-lo e ri dele abrindo a parte do armário embutido na parede para tirar o prato de dentro. Fiquei sorrindo pra ele vendo ele pegar dois pratos e colocando-os sobre a bancada. Na minha direção ele vem andando calmamente. Virei meu olhar e sua mão pega meu queixo levemente. Ouço ele sussurrar "eu sou o batman, o seu batman". Escorei-me melhor na pia e lhe dei um beijo estalado sua boca.Sua língua estava tão sedenta nela, até que a panela começa a dar um barulhinho parecendo que vai queimar.


-A comida. - Digo dando um rápido selinho.

-Indo colocar a mesa. - Ele vira rapidamente.


  • Desculpem minha ausência, mas I'M BACK dniosandioas. Enfim, eu resolvi muitas coisas que tinha que resolver e agora posso postar normalmente isso se vocês colaborarem! Eu escrevo o capítulo, fico horas pensando em algo bom pra vocês e o mínimo que peço em troca é um único comentário que não irá cair os dedos. Por favor! Beijos, até quarta <3 

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Capítulo 120

Bruno Pov's 

Segunda feira, última semana antes de iniciar a última parte da minha grande turnê e por fim eu estou satisfeito com tudo. Ontem parei pra pensar a noite, enquanto tentava dormir, em como minha vida mudou da água para o vinho. Quem me via antes, quando pequeno fazendo covers ou cantando com minha banda composta por três garotos, não diria que eu estaria onde estou hoje em dia. Ah se minha mãe pudesse ver o meu progresso ultimamente. Primeiramente que se ela estivesse viva tudo seria diferente, talvez eu não seria um cachorro com a Michelle aquele tempo todo e estaria há mais tempo feliz ao lado dela.

Minha turnê... depois vem uma pausa para o descanso e por fim trabalhar no meu terceiro cd. Venho escrevendo uns esboços em um caderno que carrego na turnê, acho que uma até virará uma música do próximo cd, afinal, a gente não pode parar.

Estou à caminho da casa da minha irmã, hoje ela pediu que eu fosse lá - elas ainda estão trabalhando sobre seu conjunto e certas vezes eu dou alguns toques (como se precisasse).

-Merda de carro. - Buzinei para o carro da frente que estava trancando minha passagem.

Fiquei insistindo para que parasse de me trancar e quando ele deu espaço pra eu passar, arranquei o meu e olhei para a cara de salafrário. Reconheceria aquele rosto há milhas de distância, aquele é o cara que ela me trocou, o tão falado Charlie. Bufo e seguro firmemente minha direção. Arranco o carro e dobro na rua que antecede a rua da casa da Jaime e a primeira coisa que me vem na mente: Michelle.

Estou feliz com ela como nunca estive antes, e quero que isso dure pra sempre ou por um longo tempo. Não quero que ela me largue e me troque por outro assim como já fizeram comigo. Ok, eu sei que isso não vai acontecer, mas quando nos acontece uma vez nós temos medo que aconteça mais uma e mais uma, assim sucessivamente.


Última sinaleira antes da casa da Jaime. Peguei meu celular, preciso falar com ela. Dois toques, três... lembrei-me que antes de sair de casa quando falei com ela, ela disse que iria fazer uma entrevista de emprego, ou algo relacionado à isso... ela deve estar ocupada. Abri a pasta das mensagens e com a minha habilidade magnífica de escrever mensagem, eu escrevi uma pra ela.

"Onde quer que eu vá eu penso em você. Por favor, nunca me abandone! Sou uma pessoa melhor ao seu lado. Boa sorte. Te amo." 

Mandei a mensagem e toquei o celular para o banco do carona e finalmente cheguei na rua dela. Cacei a casa como eu sempre faço porque aqui são casas padrão aí eu sempre me perco por um detalhe ou outro, imagina eu batendo na porta da casa de outra pessoa? Eu hein. 

Estacionei o carro e dei uma corridinha até a porta. Bati três vezes consecutivas, como sempre faço e dei um sorriso para recepcionar seja quem for que irá me atender. 

-Tio? - Marley me olha com um ponto de interrogação em seu rosto. 

-Ah lembrou que tem um tio. - Ofereci a mão pra ele bater. 

-A mãe não me avisou que viria. - Ele diz simplesmente fechando a porta assim que eu entro. 

-Pois diga a sua mãe que ela é uma vaca. - Aumentei o tom de voz para ela ouvir. 

Dito e feito, Jaime aparece com um olhar 43 pra mim e Marley corre para o quarto. Ela está trajada de uma blusa vermelha e uma calça preta. Seus cabelos bagunçados e sem maquiagem lembram mais minha mãe do que ela sempre se parece. 

-Eu tenho filho e você tem um sobrinho pequeno que está em casa. - Ela diz dando um beijo no meu rosto. 

-Cadê o Jaimo que ainda não veio dar um beijo no tio? - Olho para os lados. 

-É mentira, ele não está em casa desde ontem. Eric levou ele pra casa da Tahiti, devem estar enlouquecendo ela e o Billy. - Fala ela me guiando para a sala. - Estão os quatro com ela. 

-Apesar que eles se comportam quando estão com a Tahiti. - Digo dando de ombros. 

-Vai pensando assim, parece que não conhece os sobrinhos que tem. - Ela dá risada enquanto senta no sofá. 

-Não tenho experiência com essas coisas. - Dou de ombros enquanto sento-me quase de frente pra ela. 

-Hm, anel novo... - Ela olha indiscretamente para o anel e meu rosto estampa-se inteiro por um sorriso impossível de esconder.


-É... - Coloco minha mão sobre meu dedo que está com o anel e fico ali sorrindo como bobo. 

-Eu soube disso hoje pela manhã, quando comprei a revista e o jornal na banca. - Ela vira para o lado e pega uma revista de fofoca nas mãos. 

-Ah. - Fico perdido quando pego-a na mão. 

-Página 22. - Diz ela.


Claro, nada passa despercebido, mas se eu havia publicado a foto é porque quero que todos saibam que nós estamos juntos e felizes, não vi mal nisso, só havia muita curiosidade para saber o que escreveram. Na página que Jaime falou havia bem em cima uma matéria sobre uma modelo e o rompimento do seu casamento de sete anos por conta de uma foto - claro que não foi só uma foto, sempre tem algo a mais atrás dessas coisas, coisas que a mídia não fica sabendo. 

"Menos um no time dos solteiros...

Nessa sexta feira descobrimos que nosso times de solteiros cobiçados está desfalcado, tudo porque Bruno Mars está namorando. Pasmem, ele está mesmo. Pra quem pensava que o astro nunca iria namorar, e para aquelas fãs que ainda tinham esperança, podem tirar seus pôneis da chuva, o coração do astro foi fisgado. Tudo o que sabemos é que ela já foi vista com Leonel Pierfly, o diretor da série musical da Warner, mas calmem, é somente amizade já que nosso Leonel também está namorando. Sabemos que o nome da sortuda é Michelle, fãs dizem que eles se conhecem há anos, mas será mesmo verdade? Agora vamos esperar mais notícias do nosso novo casal de pombinhos. Uma graça, não é?!"

Finalizei a lida da matéria rindo como um idiota. 

-Isso é matéria para jovem iludida. - Digo tocando a revista na mesa de centro. - Minhas fãs entendem meu amor por ela e é isso que importa e não essas revistas sensacionalistas com matérias mau feitas. - Dou de ombros novamente me escorando na guarda do sofá. 

-Quer um café? - Pergunta Jaime. - Pois é Bruno, acho lindo isso que fez pelo namoro de vocês, assumir de uma vez. 

-Pois é. - Comento sentindo um orgulho anormal dentro de mim. - Quanto ao café, eu quero sim. 

Acompanhei ela até a cozinha e sentei-me na mesa esperando ela colocar as xícaras ali para tomarmos. 
Junto com o café ela pôs um belo bolo de chocolate com uma cobertura de dar água na boca. Comi um pedaço exagerado e tomei meu café assim preenchendo o buraco que estava no meu estômago. 

-Olha, retornando ao assunto anterior. - Jaime começa. - Me promete uma coisa? 

-O quê? - Pergunto. 

-Que não vai magoa-lá.Vocês tem tudo para serem felizes, não estraga nada dessa vez. 

Seguro sua mão sobre a mesa e sorrio pra ela. 

-Não vou estragar nada, eu a quero pra mim mais que tudo.

-Mamãe ficaria orgulhosa de você, quer dizer, ela está mesmo de onde ela esteja agora. - Seus olhos brilharam, mas as lágrimas cintilaram, então ela pisca duas vezes e olha para lugares diferenciados para que não chore. 

-Pode acreditar que ela ficaria orgulhosa de mim, de você, do Eric, das meninas, dos netos, de todos nós. Ela está torcendo por nós, sei que é difícil lidar com esse assunto ainda, mas nós superamos e estamos aqui. Então, sorria. 

Fácil falar "sorria" quando você também quer chorar. Mas eu só tenho um motivo para chorar: a perda dela e a falta que ela faz à mim. Por que de resto minha vida está perfeita. Tenho tudo que sempre pedi a Deus.

-Bruno.- Ela ficou me encarando seriamente. - Eu confio em você, mas eu peço que não dê a louca em qualquer momento e faça algo sem pensar. As mulheres costumam perdoar uma vez, mas sempre resta aquele pouquinho de mágoa e se a pessoa volta a nos magoar, nós nos fechamos pra ela...Não iria querer perder a Michelle, não é?

-Nunca! - Respondo rapidamente. - Jaime, Mich pra mim se tornou uma das pessoas mais especiais, você sabe que eu demoro para me adaptar com algo e que antes não estava nem aí pra esse negócio de amor, namoro. Mas com a Michelle eu sinto que a qualquer momento eu posso voar.

-Eu espero mesmo. - Jaime dá um sorriso confortante pra mim.

É tão bom ter pessoas que eu possa contar.Jaime desde sempre me dá conselhos ótimos. Não sei se é porque a mais sensata e a mais velha dentre as meninas, mas ela sempre sabe o que dizer e na hora de dizer. Já mencionei o fato dela se parecer muito com nossa mãe? Minha mãe...Não só fisicamente, mas seu jeito de ser, de pensar, de agir, me lembra minha rainha. Ah se ela ainda estivesse aqui.

Tomei um copo de água e partimos para nosso assunto principal: um arranjo musical. Ela fez alguns esboços de possíveis músicas e queria ver em qual arranjo elas se encaixam. Largamos tudo ali e fomos para a sala perto do piano e do violão que fica ao lado dele.

Michelle Pov's 

Me acostumei mal acordando tarde que quando acordei cedo a única coisa que eu queria era minha cama.

No sábado a tarde, assim que eu e o Bruno deitamos para descansar após aquela noite maravilhosa, recebi a ilustre ligação de quem eu pensei que havia me esquecido: Linn. Falamos por um bom tempo até ela dizer a maravilhosa notícia de que na segunda feira estava pronta para me levar na empresa e conhecer o local, assim eu saberia se quero ou não me candidatar. Eu já levei meu currículo dentro da pastinha para entregar ao setor de RH.

Andamos pela cede toda, era enorme. Uma empresa grande e cheia de requisitos, até prêmios expostos na parede haviam. As pessoas em geral são simpáticas, e o ambiente bem limpo e organizado.

Quando entrei em uma sala vazia ao lado da sala de Linn, no setor jurídico, meu celular vibra na minha bolsa. Mesmo estando no silencioso ele faz barulho pois a vibração dele é constante e forte. Dei um sorriso meia boca e uma ligação perdida do Bruno. Quando ia guardar o celular após um tempinho que eu pensei que ele iria retornar, veio uma mensagem.

"Onde quer que eu vá eu penso em você. Por favor, nunca me abandone! Sou uma pessoa melhor ao seu lado. Boa sorte. Te amo."


  • E aí gente, beleza? Eu achei bem pouco comentário no outro capítulo e isso que eu fiz um baita hot, né... mas enfim, eu estou com uns problemas pra resolver e não sei se consigo postar quarta feira, mas isso já fica como castigo daí ;) Beijos, aproveitem. PS: eu sei que tá uma bosta, mas foi a única coisa que minha criatividade permitiu escrever! 

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Capítulo 119

Nós dormimos tão bem, pelo menos eu dormi muito bem. Além de estar no abraço e conforto dos seus braços e corpo, eu estava livre e leve com meus pensamentos, me senti liberta, me senti bem, e estava nas nuvens com o anel que ele me deu.

Levantei da cama tentando não acorda-lo, mas do jeito que ele dormia e quase roncava - sua respiração estava forte demais -, parecia que ele não acordaria nem se eu colocasse uma música alta. Na cozinha eu tentei embretar algo com as coisas que tinham para o café da manhã. Coloquei tudo sobre a bancada e tapei com uma fina toalha de renda, somente para impedir que moscas viessem por cima.

Abri a porta dianteira da casa e Gege dormia pelo que consegui ver. O dia apesar de serem dez e meia da manhã, estava escuro, uma fina chuva vinha dos céus molhando a grama e deixando-a regada naturalmente. Um ventinho chato fazia com que aquele clima fosse melhor se eu fosse para debaixo de cobertas e tentasse dormir ou ver um belo filme que prenda minha atenção.

Fechei a porta e retornei ao quarto cuidando para não acorda-lo. No banheiro pus minha pomada na tatuagem e fiquei sem camisa por alguns minutos. Retornei para fora dali e sentei-me no sofá da sala procurando algo de interessante pra fazer. Cada canal era mais uma coisa idiota a acrescentar.

Péssima mania de pegar no sono em tudo quanto é lugar, mas é que sentindo aquele sofá mais confortável que minha própria cama, o clima mais para frio do que para quente, céu pronto para receber uma chuva boa... foi impossível resistir. Fiquei olhando pro teto esperando a vontade de fazer algo, mas não sei se Bruno já acordou ou ainda está no décimo quinto sono.

Em dúvida levantei do sofá rumo ao quarto. Bom, na cama ele não estava mais, então resta o banheiro. Caminhei até a porta, mas aparentemente também estava vazio.

-Procurando por um cara lindo, sarado, e tudo de bom? - Ouço sua voz logo atrás de mim.

-Estou sim... - Dei um sorriso em resposta. - Viu algum por aqui? - Dissimulada pergunto.

-Não acha que eu seja assim? - Ele abre a boca em espanto.

-Ainda estou procurando o cara bonito, sarado, e tudo de bom... - olho para os lados.

-Tem uma cama atrás de mim, te faço achar esse cara em segundos. - Ele prende-me na parede com suas mãos em cada lado do meu corpo.

-Impressão de que acordou com a corda toda. - Digo fixando meu olhar em seus lábios.

-Com a corda, com a caçamba, com tudo... e tem mais... tudo pra você. - Seus olhos passam a encarar minha boca que fica a merce de qualquer movimento seu.

Comecei a rir como idiota e ele deu alguma gargalhada, mas atemos esse riso assim que selamos nossas bocas com um beijo tão gostoso. Sua língua parece sempre fazer a coisa certa e sempre dá permissão para que eu lhe deixe com a mesma sensação. No meio do beijo eu abri meus olhos, isso não é comum, mas eu precisava vê-lo. Encarei seu rosto de olhos fechados, tive uma vontade doida de cortar o beijo e ficar somente olhando para seu semblante tão perfeito.


Larguei as mãos do seu pescoço e tirei minha boca da sua.

-Você faz com que tudo seja tão perfeito! - Seguro seu rosto enquanto falo. - Se tem uma coisa que eu não quero nesse mundo, é perder você!

-Você nunca vai me perder, nunca. - Ele dá um beijo na minha testa. - Quero ver um filme hoje a tarde, já que esse tempo não dá pra fazer nada de bom.

-Então vamos ver um - dou um sorriso -, mas antes preciso tomar café. - Coloquei a mão sobre minha barriga e ele ri.

Fomos andando para a cozinha de mãos dadas.

-Porque não me acordou mais cedo? - Pergunta ele.

-Você estava dormindo tão bem, tão tranquilo, que não quis atrapalhar. - Disse sentando-me na bancada. - Pega o leite por favor. - Pedi.

-Mas deixamos de aproveitar um pouquinho por isso. - Seus lábios formam um arco para baixo, um beicinho tão perfeito.

-Temos todo o tempo do mundo. - Digo pegando uma das facas que havia posto ali em cima.

Ele sentou-se comigo na bancada, na minha frente. Tomamos café no meio de gracinhas e brincadeiras que ele fazia. Meu riso fica frouxo por qualquer besteira que ele faça, não sei se isso é adoração ou se ele me deixa tão enfeitiçada a ponto de fazer qualquer besteira. Observei até sua mordida no pão, sua vontade de arrotar quando ele se recusou a beber leite e tomou dois goles intensos de uma latinha de refrigerante, tinha coisas nojentas que ele fazia, mas que não me deixavam com nojo e sim com vontade de abraçá-lo e mais uma vez dizer que eu o amo.

Pela primeira vez desde que vim para Los Angeles posso dizer que minha felicidade está completa.

-Estava pensando... - Ele começa a falar e engole o que estava na boca. - Vou vender aquele antigo apartamento.

-É.. você nem o usa mesmo. - Dei de ombros.

-Ele está lá jogado pelas traças, não tem o que fazer com ele.

-Ué, desistiu de fazer de lá seu matadouro? - Pergunto e ele me encara.

-Isso não tem graça. - Comenta.

-Mas não me minta! Você levava suas presas pra lá. - Arqueei uma sobrancelha.

-É, uma ou duas. - O encarei esperando a verdade. - Tá, três... - Ele diz encarando a bancada e quando vê que eu ainda estou lhe olhando, bufa. - Ok, quase toda eu levava pra lá.

-Sabia! - Disse vitoriosa.

-Por isso quero vender, eu não vou mais usa-lo.

-Vai começar a trazer elas pra cá? - Brinquei com ela.

-Elas mesmo, vou trazer. - Ele diz. - Uma é a Michelle, a outra é a Mich, a outra é meu amor...

Comecei a rir desenfreadamente com seu bom humor logo pela manhã - quase meio dia na verdade. Arrumamos tudo que usamos para o café e comentei com ele sobre a Meredith, fazia tempo que eu não a via por aqui, e ele disse que como está com essa função de turnê, não tem muito o que limpar, mas que toda a semana ela vem pra cá.

Na sala abrimos o sofá que tem a frente da televisão, ele não chega a ser um sofá cama, mas é um sofá para descanso. Colocamos uma coberta e as almofadas. Liguei o ar no quente enquanto o Bruno ia vendo um filme para colocarmos.

+++

(Se quiser escutar, a vontade)Suas mãos estavam espalhadas pelo meu corpo, minha barriga estava toda contraída com seu toque quente e safado. Poderia sentir o crescimento constante de seu membro em minhas nádegas, nossa conchinha já estava mais do que safada. Beijando meu pescoço e dando mordiscadas em minha orelha, ele ia me deixando mais e mais liberta a termos algo, mas eu estava fingindo não querer nada e prestar atenção no filme.

-Vai dizer que isso não causa nenhuma reação em você? - Pergunta ele puxando levemente meu cabelo enquanto sua boca gruda meu pescoço e sua língua passa por minha orelha logo após.

-Não... olha ali o filme. - Apontei para a televisão.

-Eu não posso acreditar que você está negando fogo. - Comenta ele incrédulo.

Permaneci em silêncio para ver o que ele iria fazer, e então ele se afasta do meu corpo e levanta as cobertas para sair do sofá. Ah, estava tão bom e quentinho. Virei minha cabeça e olhei-o colocar sua pantufa cinza nos seus pés.

-Vou lá fazer alguma coisa pensando em você. - Ele aponta para o quarto enquanto diz.

-E porque vai fazer pensando... - Tirei a coberta de cima de mim. - Se pode fazer comigo... - Passei a mão sobre meus peitos cobertos com a blusa.

-Nunca vou entender as mulheres, eu desisto de tentar. - Suas mãos batem em suas coxas e eu rio.

-Tudo bem, então vou continuar vendo meu filme já que não quer. - Tapei-me novamente esperando a reação dele.

Bruno bufa e senta-se novamente. - Você faz isso por quê sabe que a carne é fraca! - Comenta ele voltando para de baixo das cobertas.

-Faço isso porque você fica sexy quando está confuso. - Viro de frente para ele e encaro seus lábios. - e quando está tenso, quando está bravo, quando está sorrindo... você é sexy demais e isso me intriga. - Dou um sorriso meio desajeitado e ele toca meus lábios com seu indicador.

-Se eu falar o que eu imagino toda a vez que olho pra esses lábios... você vai mandar me prender. - Ele ri dá sua própria piada.

-Até fiquei com medo agora. - Comento e ele se aproxima mais de mim.

-Imagino eles - ele cola sua boca no meu ouvido esquerdo e diz de uma forma extremamente sexy. - descendo meu abdome em uma trilha de beijos, depois chegando em mim e dando aquele carinho.

Ouço sua fisgada em meu ouvido e junto com aquela voz sexy e aquele calor que ele estava exalando e então fisgo com toda a força e arrepio-me toda. Comecei dando um beijo na sua bochecha, mas a minha posição não estava favorável, mas lendo meus pensamentos, Bruno se posicionou por cima de mim.

-Pensei que iria querer o que estava falando ao pé do meu ouvido. - Comento olhando para sua face.

-E quero, mas primeiro deixa eu fazer você gritar um pouquinho.

Egocêntrico convencido. Comecei a rir, mas sei que ele irá substituir esses risos que saem da minha boca por gemidos e palavras sussurradas, muitas vezes incompreensíveis. Enquanto brincávamos com nossas línguas, com nossos lábios, ele ia passando sua mão por dentro da minha blusa, e eu estava sem sutiã, meus mamilos estavam rígidos e bem durinhos. Só significa que eu estou doida pra começar a ter o verdadeiro prazer vindo dele não somente com as mãos.
Dei um gemido alto quando ele instiga meus mamilos. Bruno fica fazendo isso porque ele não sabe como isso deixa louca! Ele se ajeitou de forma que sua cabeça ficasse dentre os meus peitos e então ele subiu minha blusa e os sugou de forma voraz. Isso estava bom e instigante. Revirei os olhos por diversas vezes, afinal, mamilos são ponto fraco, pelo menos em mim.

Bruno abaixou um pouco mais e enquanto eu ia tirando minha blusa, ele colocava a coberta para o lado e tirava minha calça do pijama junto com minha calcinha e a tocava para qualquer canto daquele chão. Seu dedo indicador desceu minha barriga, parou próximo do meu umbigo e ele aproximou se rosto de minha intimidade. Cheirou inalando tudo o que podia e sorrio de forma safada pra mim. Aquele dedo que estava estacionado em minha barriga desceu, e com o auxílio de sua outra mão, ele abriu minhas pernas e passou o dedo sobre meu clitóris. Eu estava muito lubrificada. O gemido quando ele introduziu o dedo foi tão alto, mas não superou o quando ele além de introduzir o dedo, colocou sua língua me instigando. Não havia pessoa melhor no sexo e nas preliminares como ele. Fui aos céus somente com isso e sentia que a qualquer momento eu poderia entrar no meu orgasmo. Eu própria induzia meus mamilos, meu Deus, eu poderia ficar assim por um bom tempo.

-Vem aqui, vem. - Ele deitasse para o lado assim que termina seu trabalho dando vários selinhos em meu sexo.

Se ajeitando ele fica sentado no sofá confortável, e pega seu membro para masturbar-se. Aquele momento de vai e vem que ele fazia com prática só me dava mais vontade de subir e descer nele. Ia levantar, mas ele segura meu braço com a mão desocupada.

-Fica assim mesmo... - Ele diz abafado.

Eu estava de quatro sobre o sofá com a boca próxima do seu membro. Quando comecei a brincadeira com seu membro de chupa-lo e lembe-lo, Bruno me instigou colocando a mão em minha intimidade por baixo do meu corpo. Gemia enquanto tentava dar o máximo de prazer a ele. Por momentos fiquei pensando: e se alguém aparece? Que vergonha!

Ele pediu que eu ficasse assim mesmo. Fiquei com receio porque de quatro não é exatamente uma posição confortável em um sofá mesmo que ele seja meia-cama. Pedi que ele introduzisse em mim assim que ele começou com aquela brincadeira de deixar a gente louca passando somente a "cabecinha" sobre meu sexo e não introduzindo. Claro que nossa penetração foi pela frente, até porque eu não quero nem pretendo dar "minha porta dos fundos". Sexo anal é algo que não me atraí.


É prazeroso transar assim, e suas estocadas, seus movimentos, colaboram pra que tudo fique mais gostoso ainda. Beijei sua boca encostando-me na guarda do sofá e ele continuou com uns movimentos mais suaves do que antes. Agora é minha vez de pedir uma posição.

Pedi que ele deitasse e dei um beijo rápido em sua boca e deitei na sua frente abrindo minhas pernas e levantando uma delas. Fazia tempo que eu não fazia isso, diria até que eu não me lembro de ter feito isso com o Bruno. Ele penetrou-me de forma rápida, mas que foi ao mesmo tempo suave, não consigo expressar. Enquanto ele fazia seu trabalho, eu mesma instigava meu clitóris, fechei os olhos e imaginei várias coisas, mas principalmente ele. Um comichão se fez no meu ventre, e minhas pernas se fecharam automaticamente.Eu não parei de me instigar e Bruno não parou de me introduzir, até que minhas pernas tremem e eu não consigo abrir os olhos por alguns segundos. Me veio várias imagens na minha cabeça, tudo tem haver com o Bruno. Gemi alto e minhas pernas ainda estavam bambas. Os lábios do Bruno beijaram a curva do meu pescoço e aí sim eu pude deixar ele dar continuidade.


Não se levou muito tempo assim até que eu tomei as rédeas da situação e me pus sobre seu corpo viril. Rebolei o máximo que eu pude e coloquei suas mãos sobre os meus peitos. Bruno já estava gemendo alto - alto no padrão dele, já que o gemido dele nunca é assim, isso significa que daqui a pouco ele atinge seu ápice - e revirando seus olhos castanhos amendoados. Já disse que eu amo esses olhos expressivos? Bruno deu três gemidos consecutivos e me levantou rapidamente. Eu me toquei para o lado e vi do seu membro sair um jato de líquido branco, agora tudo esparramado em suas coxas.

Nem percebi quando ele deu-me um beijo sobre minha testa.

-Vou mandar esses sofás para esterilizar. - Diz ele.

-Imagina as pessoas sentarem aqui e sentirem o cheiro de sexo. - Comento e ele ri alto.

-Só você mesmo. - Outro beijo em minha testa.

-Obrigada por me proporcionar isso. - Olhei nos seus olhos.

  • Hot e comprido, leiam e comentem <3 até segunda <3 


quarta-feira, 7 de maio de 2014

Capítulo 118

O shopping não estava cheio, digamos que para uma noite ele estava razoável. Mas bem que o Bruno disse: assédio. Nós mal nos locomovemos no shopping e já veio algumas pessoas pra cima dele pedindo autógrafo e foto. Eu achei legal todo esse reconhecimento, e tenho certeza que o Bruno ama isso, porém, caramba, ele tem que ter uma certa privacidade.

De longe eu fiquei observando ele tirando foto. Volta e meia ele me dava um sorriso, até que pediu licença e veio para o meu lado. Nós não estávamos de mãos dadas até aquele momento, mas agora foi diferente. Sua mão procurou a minha enquanto andávamos e unimo-as. Eu conseguia sorrir só com meu olhar.

Senti desconforto quando algumas pessoas, indiscretamente, tiravam muitas fotos nossas. Vontade de arrancar a câmera e mandar parar, não gosto de invasão. Enquanto passeávamos pelo shopping, Bruno parou em frente a uma loja de roupas, mas logo se virou para o outro lado numa joalheria.

-O que vai fazer? - Pergunto curiosa.

-Espera aqui que você vai saber... - Ele anda dois passos pra frente, mas dá meia volta. - Me dá seu anel.

Tirei o anel dos meus dedos, sei que se ficasse por mais vinte horas perguntando o que ele iria fazer, ele não iria me dizer. Sentei-me em um dos bancos do corredor e quando encostei meu braço com toda a força na lateral do meu corpo ele pareceu arder por completo. Fisguei com tudo e quase que grito pela ardência que dá.

Balanço meus pés e tento me distrair com algo, mas o Bruno parecia demorar muito tempo lá, ou eu que estava com pressa e tédio. Eu chutava o que ele iria fazer, comprar um anel para nós, mas eu não quero iludir-me de modo que depois eu fiquei cabisbaixa e tentando pensar sinceramente o que ele está fazendo.

Parado à minha frente, ele dá um sorriso aberto até demais que chega a ficar uma careta. Fico olhando pra ele esperando que ele me fale algo, sei lá, mas não... Ele só estica a mão e de novo de mãos dadas, percorremos os corredores até chegar ao cinema.

-Vamos ver qual filme? - Pergunto assim que a gente chega à frente dos cartazes de filmes.

-Esse pode ser? - Ele aponta, mas dá de ombros. - Escolhe você.

-Hmmmm. - Resmungo vendo todas as opções. - Esse parece ser legal. - Aponto para "jupiter ascending".

-Ok vamos assistir esse mesmo. - Bruno torce os lábios num quase sorriso

-Se quiser podemos ver outro... - Dou de ombros, por mim tanto fazia o filme, porque eu realmente acho que não vamos prestar muito atenção nisso.

-Vamos ver esse, mas a sessão é em meia hora.

-Compramos os ingressos e ficamos esperando. - Falei obviamente.

-Ah é. - Diz ele como se não tivesse pensado nisso.

-Não me diga que não tinha pensado nisso antes... - olho pra ele, mas esperança perdida, ele me olha confuso. - Nossa senhora. - coloco a mão sobre a cabeça e ele ri descontraidamente.

Compramos os ingressos e ele tirou foto com mais uma pessoa e eu fiquei lá esperando. Dali fomos para a praça de alimentação, mas optamos por não comer nada porque iriamos comer a pipoca do cinema mesmo.

++++

Eu encarava seu rosto enquanto ele falava comigo e olhava atento para as ruas de Los Angeles. Na minha cabeça passava cenas do dia de hoje e do nosso cinema. A sala não estava tão cheia assim, então nós vimos o filme todo de mãos dadas e algumas trocas de selinhos ás vezes. No fundo eu pensava que tudo isso poderia mudar de alguma forma. E se ele querer voltar atrás e não ficar mais comigo? O problema das pessoas é se jogar de cabeça em mares fundas.

-Não acha? - Ele ri descontraído chamando minha atenção que estava pensando em outra coisa enquanto olhava sua boca se mover enquanto falava.

-Ah... acho? - Fico na dúvida e ele semicerra os olhos.

-Você não estava prestando atenção. - Ele abre a boca fingindo estar ofendido.

-Eu estava... - Comecei a rir entregando minha mentira

-Mentira, mentirosa! - Ele acusa-me.

-Assim magoa. - Faço birra e ele ri.

Nossas mãos se encontram por momentos perto do freio de mão. Um toque de liberdade, eu sentia que poderia voar a qualquer momento com isso e eu me sentia bem assim. Quero agradecer a alguma força suprema, um ser maior, que possibilitou isso. Obra do universo, destino traçado, coincidência, seja lá o que foi que nos uniu, eu peço que agora não nos separe mais. Eu preciso dele assim como preciso de comida.

Claro, eu comparo meu amor por ele com comida porque eu amo comer.

Na casa dele, enquanto o querido foi para o banho primeiro que eu, tirei minha roupa e separei meu pijama. De calcinha e sutiã, arrumei a cama para nós dois deitarmos e sentei na ponta dela pegando meu celular. Pesquisei na lista de contatos o número da Anne e liguei para ela. Chamou uma, duas, três... ela atendeu.

-Alô.

-Oi... - Disse com a voz esperançosa pra ela.

-Que voz sapeca é essa, Mich? - Pergunta ela. Sua voz não está preocupante como estava antes.

-Eu fiz uma coisa... Tudo bem com você? - Mudo de assunto.

-Nem vem, o que você fez? - Pergunta ela.

-Uma coisa...- Digo que nem criança.

-Que coisa Michelle... - Ela estava curiosa.

-Uma tatuagem. - Digo levando a mão desocupada para perto da boca e ouço sua risada.

-Tá falando sério?

-Muito. - Disse sério agora.

-Onde? O que fez nela?

-Perto das costelas, é pequena... fiz uma frase.

-Que frase?

Falei para ela a frase, ela disse que é bonita a frase e espera que a tatuagem também seja. Olhei-me no espelho enquanto falava algumas coisas pra ela, como o barulho irritante da máquina, a dor que dava quando pegava perto do osso, quando eu bati com o braço e ardeu, essas coisas assim. Bruno já havia saído do banheiro e estava somente de toalha no closet. Olhei a perfeição que esse homem é e suspirei agradecendo que agora ele é somente meu.

-Mas e o que houve hoje pela manhã? - Pergunto curiosa pra saber.

-Ah... - Ela suspirou fundo. - Levei o maior susto da vida, Mich.

-O que houve? - Pensei em mil possibilidades.

-Eu estou com a menstruação atrasada há um mês e duas semanas... - Ficamos num vácuo enorme. Minha boca ficou aberta tentando processar a ideia.

-EU VOU SER MADRINHA? - Perguntei gritando no celular. Ouço a risada dela e o Bruno me olhou assustado.

-Não... não agora. - Ela diz por fim. - Pensei que estivesse gravida, mas não estou. E eu acho bom não estar mesmo, não seria uma boa agora.

-Fez teste de farmácia? - Pergunto.

-Dois testes de farmácia negativo e um exame de sangue, negativo também. - Ela suspira aliviada.

-É bom esperar um tempo mesmo, vocês são novos nesse relacionamento, tem que aproveitar mais. - Digo e observo o Bruno me entregar uma toalha limpa para ir pro banheiro.

Vou em direção do banheiro enquanto fico falando com ela. Largo a toalha e volto para pegar meu pijama e minhas roupas íntimas, Bruno não está ali. Anne fica dizendo que se assustou demais quando a menstruação atrasou demais, então ficamos dizendo sobre isso, sobre bebês de última hora, e eu falei sobre meu pensamento com o Bruno, de nós termos um filho, mas é extremamente assustador, e pretendo deixar passar um bom tempo.

Falamos brevemente sobre a Zoe que está aproveitando umas férias prolongadas da sua vida de secretária junto com o Phred em algum lugar do Arizona. Logo eu desliguei o telefone e fui para o banho.

Cantarolei algumas músicas enquanto passava o shampoo em meu cabelo e lavava meu corpo com o sabonete cheiroso de ervas.

Sobre a cama, Bruno estava sentado em frente ao notebook, é um milagre, ele quase nunca fica com o notebook. Pego meu celular assim que coloco o short do meu pijama e sento-me ao lado dele. Nem olho pro notebook apenas abro meu celular pra mexer em algum lugar qualquer.

-Ela não está grávida então? - Pergunta ele tranquilamente.

-Não, foi alarme falso. - Dei um sorriso de canto.

-Então por isso aquela cara que eles estavam.

-Exatamente. - Digo passando as fotos.

(Dê play a partir daqui, por favor)Ouço uma música e me ajeito de pernas cruzadas na cama. Toco levemente na tatuagem e abro a câmera do celular para tirar uma foto dela, e me posiciono de acordo com que fique legal. E ficou. Fiquei olhando a foto e admirando o belo trabalho.

-Vamos tirar uma foto? - Pergunta ele.

-Vamos. - Dei um sorriso contente.

-Espera aí.

Ele levanta e eu fico olhando as fotos mais antigas que tem no celular e uma que tiramos no cinema. 

Sentando na minha frente, Bruno está com seu celular em mãos.

-Vamos tirar do meu também.

-Tudo bem. - Pego o celular de sua mão.

-Mas antes precisamos colocar uma coisa. - Ele sorri pegando uma caixinha de anel. Só de ver meu olho já lacrimejou. Eu pensei nisso, mas logo me recusei porque pensei que era demais, mas não é... ele está com anéis à minha frente. - Sabe quando eu chego em casa e sei que o Ge me ama? - Balanço a cabeça negativamente. - Eu sei que ele me ama pois mesmo depois de muito tempo sem dar a devida atenção, ele vem comigo e lambe meu rosto, ele me dá carinho sem cobranças, e é disso que eu falo. Você me esperou quanto tempo precisou e nunca tentou me mudar as coisas boas, apenas tentou moldar o meu lado ruim. Eu sei que você me ama porque você foi paciente e me esperou, você lutou enquanto pode, e agora você está aqui. Minha mãe dizia que a melhor pessoa do mundo é aquela que sabe perdoar...

-Eu vou chorar. - Comentei baixinho.

-Quero que o mundo saiba que pessoas assim existem, e quero que saibam que uma dessas pessoas é minha e eu agora sou totalmente dela. - Ele abre a esperada caixinha com duas alianças prateadas, uma mais fininha do que a outra. - Na minha está escrito seu nome e sua data de nascimento, na sua está escrito meu nome e minha data de nascimento. - Entrego minha mão pra ele que nem boba com meus olhos em lágrimas. - Ainda não é um pedido de casamento...

Colocamos nossos anéis. Agora nós estamos oficialmente namorando, nós dois estamos como dois namorados, um símbolo que se faz a partir do nosso amor que é este anel. Não sei nem o que pensar direito, minha mão treme um pouco e eu o puxo para selar nossos lábios molhados. Eu o amo como nunca fui capaz de amar alguém.

Peguei o seu celular e tirei uma foto de nós dois sorrindo, e do meu tirei de nós nos beijando. Me impressionei quando ele disse que iria postar a foto, meu coração pulou. Vou ser linchada por meninas doidas por ele e eu não quero que elas pensem que eu estou fazendo isso para esfregar na cara delas, pelo contrario...

-Postei. - Avisa ele mostrando-me a foto.


"Todo príncipe com sua princesa, somos parte de um conto de fadas. Obrigada por ser minha"


  • Aaaaaan eu gostei desse momento fofo, e vocês? O que acharam do namoro oficializado? E não foi dessa vez que alguém ficou grávida na fic... e quanto ao hot no cinema, cês são safadas hein dnisnadosan deixa o hot pro próximo :p Comentem, por favor.