- Não esqueçam que se tiver pouco comentário eu demoro mais para postar! :) O capítulo 3 teve a metade do que teve no primeiro e no segundo.
É estranho a vontade que eu estava em ligar para a tia
Savanna e para o Theo, acho que passei tanto tempo junto deles, que agora fica
difícil me acostumar a ficar longe. Peguei meu celular e disquei no número,
porém a ligação não foi completa pois não tinha posto o DDD nem o DDI. Coloquei
e liguei. Agora sim a chamada foi encaminhada.
-Alô. – Atende a voz doce da tia Savanna, sempre me
conforta.
-Oi mãe. – A voz preta da saudades transpassava.
-Mich? – Ela diz, parecia estar sorrindo. – Que
saudades.
-Muitas, como estão as coisas ai? – Eu já segurava o
choro.
-Estão bem, mas essa casa está muito calma para o meu
gosto. – Ela ri e eu lembro do fuzuê que eu, ela, Anne e Theo fazíamos.
-On, não me fale. – Respirei bem fundo para não
chorar.
-E as coisas como estão ai? – Ela pergunta.
-Estamos bem, nos acostumando com tudo ainda, mas
sinto tantas saudades. – Reclamei e ela ri.
-Tudo bem, vai passar. – Ela me conforta, até assim.
-E o Theo, como está? – Perguntei sobre meu irmão,
apesar de chato, irritante, bobo, sem noção, ele é meu irmão, e eu amo ele.
-Está bem, atucanado com as coisas da faculdade, esses
dia virou a noite no escritório estudando, quando acordei ele estava lá,
dormindo na cadeira, todo torto. – Ela ri e eu fiquei imaginando a cena.
-Tenho que puxar as orelhas dele. – Falei e nós rimos.
– Mãe, a senhora não vai acreditar quem nós encontramos! – Me lembrei da
noticia principal.
-Barack Obama? – Ela me faz rir.
-Não. – Respondi e ela solta um ar de decepção por não
ter acertado. – Encontramos o Eric, o Peter, e o Ryan. – Falei e ela fica
calada.
-Os que eram nossos vizinhos no Havaí? – Ela pergunta
mas não da espaçamento para eu responder. – Os filhos da dona Bernnie? – Ela
pergunta novamente.
-Os próprios. – Nesse momento esquecemos que Ryan era
só o agregado que passava o dia lá, e não filho, mas todos considerávamos
família.
-Nossa, que coincidência – Ela diz parecendo
impressionada. – Mich querida, tenho que desligar para cuidar das panelas, diga
a Anne que eu a amo, e amo você também, se cuidem. Ah estou morrendo de
saudades.
-Tudo bem mãe. – Eu tinha o hábito de chama-la de mãe.
– Nós também amamos você, tchau. – Nos despedimos e desligamos.
Ainda deitada no sofá, com minha tigela de cereais no
chão ao meu lado, vazia. Olho para a televisão que não dava nada de
interessante, nada de bom. Passo o dedo pelo celular e penso no que poderia
fazer agora, o tédio estava me matando. Resolvi entrar no twitter. Ativei a internet
do meu celular, configurei ele para outro país. Entrei no twitter mas não tinha
nada de importante, apenas algumas coisas normais.
Acho que eu acabei pegando no sono ali, acordei o
celular estava sobre o meu peito, a televisão ainda ligada, mas acho que ainda
não deu horário de Anne chegar. Fui para o quarto e como não tinha nada para
fazer, resolvi já ver a roupa que iria ao jantar. Separei a roupa, junto com o
calçado e outros detalhes, enquanto fazia isso lembrei que era boa hora de
fazer minhas unhas. Peguei o kit dos esmaltes que eu e Anne guardamos juntas,
como também com as maquiagens, e arrumei minhas unhas de vermelho tomate.
-Cheguei. – Anne anuncia assim que entra no
apartamento.
-Oiii. – Gritei da mesa da cozinha.
-Que ta fazendo ai? – Ela pergunta vindo na minha
direção.
-Andando de bicicleta. – Ironizei e ela ri
sarcasticamente. – Fiz minhas unhas, agora estou esperando elas secarem.
-Ah, okay. – Ela vira de costas para ir ao quarto. –
Ansiosa pelo jantar? – Ela pergunta retirando os sapatos enquanto vai indo para
o quarto.
-Demais. – Tentei demonstrar emoção, mas não consegui.
-Credo, nem parece que está afim. – Ela revira os
olhos.
-Mas eu estou com preguiça. – Reclamei. Preguiça é
minha companheira, estamos sempre juntas. Ela não desgruda de mim.
+++++
-Estou me sentindo aquelas executivas quarentonas e
solteiras que vão jantar para ver se encontram alguém de interessante. – Falei
passando a mão sobre a roupa que estava vestindo, frente ao espelho.
-Eu estou achando você um luxo. – Ela diz enquanto põe
seus brincos pequenos.
-Acho que tenho problemas com o emocional. – Falei
virando de costas e girando levemente minha cabeça para enxergar como estava na
parte de trás.
-Para Mich, você está linda. – Ela me olha enquanto
segura meus ombros. – Como está? – Ela gesticula para a sua roupa.
-Maravilhosa. – Não tem nada que a Anne coloque e que
fique feio para ela, ela consegue ser tão linda, entendo o porque tantos
garotos na faculdade gostavam dela.
Descemos e pegamos o metro, eu não estava com saco
para ir de táxi e também nem é muito recomendável gastar-mos dinheiro demais. Paramos
em frente ao restaurante para esperar o Leonel, mas logo ele veio, ou melhor,
ele já estava ali, porém não tínhamos visto eles. Ele estava tão elegante, com
os cabelos bagunçados, os olhos mais expressivos e azuis lindos que existem.
Uma camisa preta normal, uma jaqueta de couro por cima, calça jeans e sapatos.
-Boa noite moças. – Ele da um beijo no rosto da Anne e
se aproxima de mim, dando um beijo bem de leve no canto da boca.
-Boa noite. – Respondi.
-Esse é o Paul, meu amigo. – Ele diz apresentando o
homem que estava ao lado dele. Ele era meio alemão, nem tanto, cabelo baixinho
e espiqueado, olhos verdes escuros quase castanho, da altura do Leonel.
Ele nos cumprimentou, apresentações dadas, enfim
entramos para o restaurante. Nossa mesa estava reservada, um restaurante
chique, mas os toques de dentro eram do campo. Toalhas quadriculadas vermelha
com branco, madeira pura, e detalhes bem rústicos no resto das coisas, como
bela observadora da arquitetura, aquele local foi bem projetado.
-E você vai querer o que Mich? – Pergunta Leonel
sentado ao meu lado, enquanto a garçonete estava com o menu a nossa mesa.
-Pato a Pequim. – Falei e ele sorri.
-Então é isso. – Ele diz entregando o menu para a
garçonete que anotava tudo em um bloquinho sobre sua bandeja.
-Vão beber algo? – Uma voz enjoativa ela tinha.
-Vinho, por favor. – Ele diz se ajeitando na cadeira.
Passamos o jantar comendo e conversando, Leonel fazia
algumas palhaçadas e nós riamos demais. Um cantor pegou um violão e começou a
tocar músicas calmas ali, normalmente só tinha casais nas mesas, uma lá que
outra estava com amigos. Anne engatou num papo com Paul, e enquanto eu fiquei
observando o tocar do moço no seu violão solitário.
-Mal vejo a hora de poder provar seus lábios. – Ouvi a
voz do Leonel nos meus ouvidos, o calor das suas palavras me causaram arrepios,
mas como ele se atrevia? Isso é coisa de homem safado.
-Desculpa, não gosto de homens assim. – Falei virando
o rosto, ficando bem próxima do dele.
-Desculpe, não foi minha intenção. – Ele diz
distanciando nossos rostos.
-Não, está tudo bem. – Dei um sorriso e ele também.
-Que tal um quiosque para tomarmos uma cervejinha? –
Leonel bate com o anel prata do seu dedo indicado da mão direita, em uma taça,
chamando a atenção dos dois.
-Eu acho uma boa. – Concordou Paul.
-Bom, nós vamos indo, ainda tenho que acordar amanhã
cedo. – Anne fala, dou graças a Deus por ela não aceitar o convite.
-Ah, que pena. – Leonel lamenta. – Podemos largar
vocês em casa? – Docemente Leonel pergunta, voltando o olhar ao meu.
-Por mim, tudo bem. – Anne responde. Fiquei calada
+++++
Hoje é a entrevista no escritório onde Leonel me
indicou. Em plena quinta feira.
Fiquei olhando por muito e muito tempo as minhas
roupas,olhei para as da Anne também, eu não sei o que usar, parece que é meu
primeiro serviço. Olhei para todas as opções que coloquei sobre a cama.
Escolhi uma calça e um blazer sociais femininos, uma
camisa social bege, combinando com a bolsa da Anne que iria pegar emprestado –
sem ela saber, mas okay -, calcei meus sapatos, e meus cabelos ajudei um pouco
com a chapinha, passando óleo para melhor manusea-lo. Prendi eles num rabo de
cavalo, e fiquei encarando o espelho logo depois que fiz minha maquiagem, sim,
eu estava precisando aparar as pontas do meu cabelo.
Ah meu cabelo, eu nunca pintei ele, nem pretendo.
Peguei as chaves do apartamento, e como uma bela ladie, fui de metro até a
empresa, nossa, fico impressionada com a tamanha chiqueza. Entrei no grande
prédio meio espelhado por fora. Uma vasta recepção ali estava, as poltronas –
ao que parecem, confortáveis, mas não para ficar horas esperando – marfim,
estavam alinhadas em duas colunas, acompanhadas de uma mesinha com alguns
itens, como jornais e revistas. O nome da empresa ficava fixado na parede
falsa, ao fundo da mesa da recepcionista. Toda engomada e loura, cabelo num
coque baixo, lábios quase transparentes no seu rosto branco sem bronzeamento,
aparentemente ela deveria ter uns 18 anos. Fui até ela.
-Bom dia. – Ela fala com um sorriso, mais falso? Não
tem.
-Bom dia, eu tenho uma entrevista com o senhor
Alejandro.
-Vou contatar ele, alegando que já estás aqui. – Ela
diz discando o ramal. Contatar? Alegando? Ela ao menos saberia o que é isso?
Ai, adoro o Gerúndio.
Fiquei esperando ela falar com ele, e fui conduzida
para a sala dele. Entrei e começou a tal entrevista. O homem, o Alejandro, era
bem simpático, se mostrou com um profissionalismo incrível, e muito bem
humorado, se eu conseguir esse emprego vejo que ele será um chefe muito legal.
Pois sim, fui explicada no inicio, que o homem responsável pelo RH (Recursos
Humanos) da empresa, não poderia estar no dia para me entrevistar, mas como
eles precisavam de uma arquiteta urgente, ele mesmo daria conta de fazer a
entrevista. Mas posso afirmar que não vi diferença entre ele e um gerente de
RH.
A finalização da entrevista foi tranquila, ele me
avisou que entraria em contato comigo na segunda feira, para me avisar se fui
contratada ou não. Até já me avisou que eles trabalham somente pela manhã, e
quando tem algum projeto muito importante, eles fazem serão. Peguei novamente o
metro, sentei-me próxima a porta e coloquei meus fones de ouvido, mesmo sabendo
que as ruas de Los Angeles nem sempre são confiantes, eu coloquei. Escutei a
música que normalmente me acalmava, escutei-a a primeira vez num filme que vi,
quando estava ainda no Brasil, depois disso nunca mais parei de escuta-la.
(Clique aqui para escutar “You and Me – Lifehouse")
Eu sei que dez mais dez são vinte, e estou concluindo
pensamentos bobos, mas algo me diz que a volta para os Estados Unidos tem algum
significado maior, do que somente estar aqui novamente. Algum significado mais
importante, ah, claro, tem o reencontro com o Bruno, o que de fato foi
importante, mas sinto que é mais que isso. Desci do metro e andei alguns
quarteirões até o prédio em que estávamos No bar que tinha ao outro lado da rua,
tinha alguns cupcakes que eu comi há dois dias atrás. Atravessei a rua e
cheguei ao balcão para comprar.
-Boa tarde, em que posso ajuda-la? – Um menino veio me
atender.
-Boa tarde, eu gostaria de três cupcakes. – Falei olhando
entre o bomboniere cheio de doces. – E duas kolaches e um saco de cookies, para
levar. – Nossa me senti uma gorda, mas eu precisava de açúcar no sangue.
Vi ele preparar a caixinha branca com os três cupcakes
que escolhi, mais os dois kolaches bem embrulhados, e fora da caixa, o saquinho
de cookies, me babei por tudo ali. Já vi que esse bar aqui na frente não irá
prestar, engordarei três quilos só nisso.
-Aqui está. – Ele fala assim que efetuei o pagamento.
-Muito obrigada. – Peguei minhas coisas e atravessei a
rua.
Entre no prédio e subi até meu andar. Foi um parto
para achar a chave, foi outro parto para abrir a porta com aquelas coisas em
mãos. Larguei as coisas sobre a mesa, fechei a porta. Larguei minha bolsa sobre
o chapeleiro que tinha no meu quarto. Acho que nunca cheguei a comentar sobre o
apartamento né? Pois então, ele é confortável, me sinto em casa com ele. Ele
tem a sala relativamente grande, a cozinha, dois quartos e um banheiro. É bem
legal, mas eu e Anne conversamos sobre ele, e logo que estivermos um tempo
relativo e estabilizadas tanto financeiramente, quanto habitualmente, iremos
comprar uma casa, para assim então trazer a tia Savanna e o Theo para cá.
Troquei minha roupa, por um pijama bem confortável de
soft. Calcei minhas pantufas, fui até a cozinha onde estava a máquina de lavar,
coloquei minhas roupas no cesto ao lado dela, e peguei um copo de suco na
passada. Liguei a televisão, sentei na mesa e abri minhas compras, deixando
todos os doces a vista.
-Cheguei. – Anne abre a porta e olha diretamente para
a mesa, mesmo sendo longe, dava pra ver. – Quer engordar uns vinte quilos? –
Ela arregala os olhos. Peguei meu cupcake de chocolate e dei uma mordida, ainda
com a boca cheia, perguntei:
-Quer um? – Ofereci o cupcake.
-Obrigada. – Ela faz uma cara de nojo e vai pro
quarto, logo vindo para a sala e sentando no sofá.
-Ta uma delicia. – Falei lambendo o dedo sujo que
passei sobre meu cupcake.
-Imagino. – Ela faz outra cara de nojo. Dei de ombros
e continuei a comer, mas pelo canto dos olhos observei que ela intercalava
olhares entre os doces e a televisão. – Você não presta Michelle. – Ela fala
pegando um cupcake. – Não presta. – Ela repete lambendo os lábios por realmente
ele aparentar estar uma delicia, e estavam.
-Isso tava muito bom. – Falei passando a mão sobre a
barriga depois que comi tudo o que meu estomago aguentava.
-Se eu engordar você me paga. – Anne fala sentada no
sofá. Brincando, brincando, fiz ela mandar a ver, comendo bastante até.
-Pelo menos vai ser uma gorda feliz. – Falei e ela ri.
-Então deixa para me engordar quando eu tiver um
marido, pelo menos assim não vou ser uma gorda e solteira. – Ela ri me fazendo
gargalhar.
-Acha que consegue um namorado antes do natal? –
Perguntei e ela ri mas depois me encara como se estivesse processando a
informação.
-Porque? – Ela pergunta franzindo o cenho em dúvida.
-Porque sabe, o natal está chegando, estou com planos
de engordar a leitoa até lá. – Dei de ombros e ela solta um “aaaah”. Como
imaginei ela correu atrás de mim.
Levantei rapidamente quase tropeçando nas minhas
velhas pantufas, passei pelo corredor e ela atrás de mim, entrei no meu quarto
quase ultrapassando a porta, e a fechei em seguida, mas Anne estava do outro
lado empurrando ela. Sei que logo irei perder isso, pois ela é muito mais alta
que eu, e consequentemente mais forte. Não falei? Ali estava eu, no chão
atirada, pois ela conseguiu empurrar a porta. Ela veio sobre mim e começou a
fazer cócegas. Já falei que cócegas são meu ponto fraco? Pois é!
-Ai. Para. Por. Favor. – Pedi entre pausas, faltava ar
nos meus pulmões.
-Quem é a leitoa agora? – Ela pergunta ainda fazendo
cócegas.
-Continua sendo você. – Respondi entre risos e
tentativas de faze-la parar.
-Resposta errada. – Ela continua sua vingança. – Mais
uma chance.
-Sou eu. – Respondi ofegantemente.
-Hmm, boa garota. – Não entendi porque ela não parou
de me fazer as cócegas. – Agora diga “Anne é a prima mais linda, legal, e a
melhor que existe”.
-Ah, ta brincando. – Falei entre risos e ela piora as
cócegas. – Okay okay. – Tentei respirar. – Anne, é a prima mais linda, legal, e
a melhor que existe. - Falei e ela sai
de cima de mim.
-Abusada. – Ela fala passando a mão sobre a roupa
dela.
-Abusada é você. – Falei levantando e dando a língua para ela.
-Num piscar de olhos eu te pego. – Ela arqueia
levemente uma sobrancelha.
Passamos mais um tempo de brincadeiras, e de certa
forma isso me lembrava o nosso tempo no Brasil. Dava uma saudades deles. Theo
era um palhaço! Não posso negar que meu irmão é o que toda mulher quer. Ele tem
a dosagem certa de romantismo , é humorado, simpático, legal, companheiro, e
lindo. Sinceramente, meu irmão me encanta com a beleza dele, que foi herdada do
meu pai. Ele puxou a pele amorenada dele, os cabelos da minha mãe, os olhos e o
formato do rosto eram idênticos ao do meu pai. O jeito que seu maxilar se
contorcia quando ele estava bravo com algo.
Tenho tanta saudades deles – dos meus pais – acho que
era muito cedo para eles morrerem, e continuo achando. Eles eram jovens,
maduros, e sabiam de tudo, queria eles aqui para me ensinarem os caminhos
certos para tudo. Queria que minha mãe me falasse mais sobre a primeira vez com
meninos, queria que meu pai xingasse o primeiro namorado que eu apresentasse em
casa – mesmo nunca tendo um, quem sabe com eles não seria diferente -, queria
colocar a culpa no meu irmão por algo que eu fiz e levar uma bronca deles. Acho
que tudo isso faz parte de uma vida normal. Não que a minha vida seja anormal,
mas a forma brutal e grotesca com o qual perdi eles, ela sim foi anormal.
Anne estava no banho e eu como boa preguiçosa, estava
atirada no sofá, sem nada para fazer. Já passavam das sete da noite. O toque patético do sinal da mensagem tocou,
levantei e peguei meu celular sobre a mesa. Duas mensagens, provavelmente uma
recebi antes e não consegui ver.
Primeira mensagem de duas horas atrás, do Leonel. Sim,
está foi a que eu não ouvi.
“Boa tarde, e ai, como
foi na entrevista? Quero detalhes, e espero muito que você consiga. Beijos.”
Tão fofo que até estranhei. Sabe, eu parei para pensar
um pouco nas atitudes dele, e juntei um quebra cabeças alá Michelle Kern. Se
ele, o Leonel, tentou me beijar aquela noite no restaurante, pediu meu número
aquela vez quando nos pechamos no hotel, estava discutindo com alguma pessoa no
elevador, e na mensagem deu a entender que poderia pegar eu ou a minha prima,
que para ele tanto faz ( claro, convenhamos que não foi com essas palavras),
então ele não passa de um sem vergonha, cafajeste. Não quero nada dele além de
sua amizade. Abri a outra mensagem, que estava no nome de “Bruno ou Peter”,
como salvei o número do Bruno no meu celular.
“Já é quase noite então,
boa noite. Vim lembrar que sábado é o jantar, infelizmente irão poucos amigos
meus, pois a metade estará em uma festa. Falei com minhas irmãs e no domingo
elas estarão aqui em casa, e é claro que elas querem ver vocês, então pensei em
vocês dormirem aqui. Tem quarto de hóspedes (:”
Comecei a rir com a mensagem, parecia uma idiota.
Respondi.
“Boa noite, sobre nós
dormirmos ai eu verei com a Anne, e é claro que eu estou ansiosa para ve-las
novamente. Beijos.”
Não esperei nenhum tipo de resposta, apenas larguei
meu celular sobre a mesa novamente e fui para a cozinha. Abri a geladeira e
fiquei vendo o que poderíamos fazer para jantar, e decidi fazer uma lasanha.
Fazer não, apenas tirar da embalagem, e coloca-la no forno, porque eu sou
assim.
-Estava rindo de que? – Anne perguntou secando seus
cabelos com a toalha.
-Com uma mensagem do Bruno. – Abri a embalagem. – A
propósito, ele falou com as meninas, elas estarão na casa dele no domingo,
então ele quer que vamos dormir lá. – Falei e coloquei a pequena lasanha num recipiente para ir ao forno.
-Boa ideia. – Ela diz passando por mim e pondo as
toalhas no cesto (provavelmente, a que ela secou o corpo e a que secou o
cabelo).
-Usou essa toalha quantas vezes? – Perguntei apontando
para a toalha.
-Só hoje. – Ela disse.
-Então, ta achando que sabão achamos no lixo? –
Arqueie a sobrancelha.
-Eu estou no meus dias, então não usarei ela novamente
assim. – Ela diz fazendo uma careta engraçada.
-Desculpa. – Me desculpei pondo a lasanha no forno. –
E ai, vamos para a casa dele e dormimos lá?
-Não sei , me responde você. – Ela diz indo para a
sala, fui atrás.
-Por mim podemos dormir lá. – Falei vendo ela se
atirar no sofá.
-Então vamos. – Ela diz mudando o canal da televisão.
aaaaah, eu tinha lido, mas como sempre amei, amei e amei! u_u usahuash.. Não sei bem ao certo o que colocar porque todos os elogios são poucos, então apenas um continua logo, acredito que basta! (:
ResponderExcluirEu querooo mais ♥ Está perfeito Dri >.<
ResponderExcluirHey, hey, hey! auhsuah
ResponderExcluirahh que perfeitoooo to mto ansiosa pelo que virá... entao posta o 5 logo POR FAVOR
ResponderExcluirestou amandoooooooooooooooooooooooooo!! quero mais muito mais!!!!
ResponderExcluirEstou super anciosa para o jantar na casa do Bruno... as suas fics são as melhores. (:
ResponderExcluirMais gente , vão dormi lá u.u adooooro ! HAISUAHSIAUHS , quero o 5 o 5 o 5 o 5 <33
ResponderExcluirContinua *w* eu to adorando ;)))) ><
ResponderExcluirQuero maaaais <3 Tá perfeito, demora não u.u
ResponderExcluirMaaaaaaaaaaais PELO AMOR DE DEEEEEEEUS! :)
ResponderExcluirNão me deixe curiosa,poste logo o capitulo 5. *-* Esta perfeito :)
ResponderExcluiraaaaaaaai quero mais mais mais aaaaaaaaaaaaaaaah
ResponderExcluir"Porque sabe, o natal está chegando, estou com planos de engordar a leitoa até lá" mds ri demais com isso nabnsabdnbd e como sempre amei, adorei, divei...pera nabndbsnsbnasb perfeita
ResponderExcluir