quinta-feira, 25 de julho de 2013

Capítulo 2

(PS: Errei o nome na hora de editar! É Anne!)
-Vou chamar o táxi. – Falei pegando o celular enquanto ela arrumava o celular dela dentro da bolsinha.
-To nervosa. – Ela coloca a ponta do dedo indicador direito levemente sobre sua boca.
-Nervosa porque? – Perguntei arqueando levemente a sobrancelha enquanto folhava o guia telefônico para achar o número do ponto de táxi.
-Sei lá, primeira festa, na primeira semana de trabalho em Los Angeles, acho que é uma responsabilidade e tanto. – Ela ri. – Quer dizer, acho que tenho que parecer ser mais comportada.
-Claro, você não irá ser que nem a Anne do Brasil que tomava alguns drinks e descia até o chão em uma festa. – Disquei o número da lista.
-E se eu disser que pensei nisso. – Ela põe a língua no canto da boca e ri dela mesmo. Balancei a cabeça e falei com o simpático moço que me atendeu, avisou-me que o táxi chegaria em torno de 10 minutos.
-Daqui a 10 minutos ele chega aqui. – Falei pegando minha pequena bolsa.
-Então vamos descendo, pois essa joça nem interfone tem. – Anne reclamou até não querer mais do apartamento. Ele era organizadinho por dentro, porém continha algumas escoriações e é bem antigo o prédio.
-Vamos, mas antes.... Ta legal assim? – Perguntei passando a mão pelo vestido.
-Ta linda. – Anne é sincera, ao extremo, então se ela fala que está bom, é porque está.
Descemos no velho elevador – e põe velho nisso, ele era sinistro e me dava medo, a sorte é que morávamos no terceiro andar – abaixei um pouco mais do meu vestido e dei uma ajeitada no meu cabelo, logo o táxi chegou e partimos para a festa.
Chegamos em frente do grande hotel onde a festa será sediada, demos nossas credenciais e nos identificamos mais uma vez na recepção. Entramos em um grande salão muito bem decorado, com tons de branco e dourado. Tinha muitas mesas e uma pequena pista de dança, um palco com dois telões nas laterais. Eu como arquiteta observei os detalhes estruturais do local, e nossa, fiquei impressionada com tudo. O garçom nos guiou a uma mesa, nos sentamos.
-Tudo tão chique, não é? – Comentei correndo os olhos por tudo.
-Brilhante. – Ela sorri.
-Aceitam bebidas e petiscos? - Um dos garçons chega a nossa mesa, já com as bandejas na mão, sei que é falta de educação recusar, mesmo nós não comendo por enquanto. Na mesa estavam três taças, garanto que para a hora da janta. O jantar foi servido e o dono da festa deu as boas vindas a todos e colocou uma música de fundo para alegrar o ambiente – para mim não alegrou nada, eram apenas músicas instrumentais que davam sono.
-Boa noite. – Um simpático moço chegou a nós com – o que eu presumo – que seja sua mulher.
-Boa noite. – Respondi.
-Boa noite Jason, essa é minha prima, a que comentei que viria junto. – Anne me apresenta e ele estica a mão para nos cumprimentarmos.
-Prazer, sou Jason. – Ele sorri.
-Prazer Jason, Michele. – Falei meu nome.
-Encantado. – Ele beija minha mão. Um dos costumes americanos, ou somente dos homens que costumam ser gentlemans, americanos. – Essa é minha esposa, Roseli. – Ele apresenta sua mulher para nós e nos cumprimentamos. – Quero leva-la para conhecer um pessoal da administração da rádio. – Ele diz diretamente a Anne.
-Tudo bem, vem comigo? – Ela pergunta e eu concordo, deixando minha pequena bolsa de mãos na cadeira.
Na festa já se formara alguns pequenos bolinhos de pessoas, todas vestidas socialmente, e senti uma pessoa totalmente importante. Chegamos onde estavam dois belos homens entre seus quarenta e tantos anos e uma mulher, já com idade avançada. Fomos devidamente apresentados e Anne conversava com eles, algumas perguntas foram feitas á ela.
O papo inteligente e cabeça, somado com a beleza exuberante da minha prima encantavam os homens, eles ficaram olhando para ela como se ela fosse a única mulher ali presente, confesso que se fosse homem, também ficaria assim. Tocou uma música com a voz agora, sem a instrumental. O tom das luzes foram diminuídos, agora ficou um pouquinho mais escuro o salão, mas ainda dava para ver todos. No telão passavam-se os sucessos da rádio, as conquistas, claro que tudo sem som, pois o som estava concentrado na música.
-Champanhe? – Outro garçom ofereceu, dessa vez aceitei.
-Bom na verdade, minha prima é arquiteta. – Vi que ela estava falando alguma coisa sobre mim, eu estava a três passos longe dela.
-Gostaria que as músicas estivessem mais animadas. – Roseli, reconheci ela, sim, a mulher do Jason parou ao meu lado também com uma taça que pegava levemente.
-Também gostaria, mas entendo que o grau da festa é muito social para isso. – Falei e dedilhei a taça de cristal comprida que estava em minhas mãos.
-Daqui a pouco, quando ficar um pouco mais tarde, eu peço para que o DJ toque algumas músicas mais animadas. – Ela diz com um sorriso o qual retribuo.
-Falam de mim? – Perguntou Jason chegando por trás dela.
-Da festa. – Respondi diretamente.
-Ah, estou achando parada. – Ele comenta dando uma geral com seus olhos no salão.
-Eu também amor, então fale com o responsável, peça para trocar as músicas. – Ela pede gentilmente. Ele se retira.
-Perdoe-me a indelicadeza, mas, quantos anos você tem? – Perguntei olhando para o seu rosto, ela parecia tão novinha para ele.
-Pode não parecer, mas eu tenho trinta. – Ela responde. Fiquei boquiaberta.
-Nossa, quisera eu quando estar com trinta anos ter toda essa beleza. – Comentei e ela ergue a taça.
-Obrigada. – Tomou um gole do seu champanhe. – E você?
-Tenho vinte e seis. – Respondi. Vi um motim na porta, um movimento, parecia que mais pessoas estavam chegando.
-Você é linda, vinte e seis anos, está muito bem. – Ela sorri e eu agradeço.
A música finalmente trocou, agora estava tocando Play Hard, do famoso DJ David Guetta. Ah, que indelicadeza, nem mencionei sobre alguns famosos que estavam ali, ta certo que não eram OS famosos, mas eram bem conhecidos. Uma que notei sentada acompanhada do seu namorado era a cantora Rihanna.
-A festa começou a animar. – Anne fala bem feliz.
-Verdade. – concordei. – Vou a toalete. – Retirei-me.
Procurei sozinha pelo banheiro e achei um corredor pequeno, olhei a seta bem em cima dele indicando que ali eram os sanitários. Passei pelo corredor e entrei no feminino. Olhei para o espelho do banheiro e ajeitei meu cabelo, meu batom nude havia se espalhado com a cor natural da minha boca, já nem parecia que estava de batom, conferi meus dentes para ver se não estava pagando mico nenhum com algum pedaço de semente ou alface neles. Graças a Deus, não. Usei o sanitário e lavei minhas mãos, dei mais uma geral no meu look e sai dali.
-Desculpa. – Falei assim que esbarrei em uma pessoa.
-Não foi nada, estou distraído. – Falou o moreno, um pouco mais alto que eu, com cabelos baixos, camisa polo branca e blazer preto sobre ela.
-Que nada, eu estava olhando para baixo, perdão. – Pedi novamente.
-Já disse que está tudo bem. – Ele fala simpaticamente, sorri e continuei meu caminho. Tomei minha taça das mãos da Anne e beberiquei um gole escasso do champanhe, estava quase no fim.
-Estavamos falando sobre casas, comentei com a Rose que quero comprar uma para a mamãe e o Theo vir pra cá. – Vi que perdi boa parte da conversa só com essa ida ao banheiro, já que elas estavam no maior papo.
-É mesmo, ela me falou também que é arquiteta. – Roseli comenta com um sorriso aberto nos lábios.
-Sim sim, porém tenho que ir atrás do consulado para validar meu diploma aqui nos Estados Unidos. – Torci os lábios.
-Vocês não são americanas? – Ela pergunta, parece que estava meio que inacreditando.
-Na verdade, nascemos no Havaí, mas nos mudamos para o Brasil, e agora voltamos. – Anne explica rapidamente.
-Ah bom, já iria comentar que vocês falam o inglês tão fluentemente que não teria como serem de outro país. – Ela sorri e nós também.
-Por favor, agora que a música está boa, as belas garotas não irão ficar paradas, não é mesmo? – Jason super simpático chegou empolgadissimo entre nós.
BRUNO POV’S
Chegamos a festa como de costume atrasados. Eu sinceramente não dava a mínima para isso, e nem estava afim de ir naquela festa, mas os caras me incomodaram tanto e eu não tinha nada de mais importante para fazer, então fui.
-Bruno Mars, hooligans, uma foto por favor. – Um motim se formou ali no hall de entrada, fizemos a pose para foto e seguimos para o interior do salão.
Nos instalamos em uma mesa, a música estava animada até, poucas pessoas dançavam, e muitas estavam bebendo socialmente em grupinhos.
-Serpa que tem mulheres bonitas e solteiras aqui? – Perguntei á ninguém especificamente, enquanto ajeitava minha calça discretamente.
-Acho que deve ter alguma por aqui, perdida. – Kam comenta dando uma geral.
O garçom passou com as taças mas recusamos, logo veio uma garçonete, só não dei em cima pois aparentemente era muito velha, ela estava com whisky, então eu aceitei. Tomei alguns goles e Phred, que eu nem tinha visto sair, voltou com um sorriso.
-Esbarrei numa mulher agora no banheiro. – Ele diz com um sorriso enquanto pega um copo de Whisky. – Sem aliança nos dedos. – Ele olha para a bebida.
-Bonita? – Perguntei arqueando a sobrancelha.
-Bonita é apelido, se tiver mais daquelas por aqui, estamos feitos. – Ele fala com convicção.
MICHELE POV’S
-Não estou tão afim de dançar. – Falei enquanto Anne, que estava sendo puxada pela Rose que era puxada pelo Jason, me puxou.
-Mas vamos nos divertir. – Ela fala bem animada. Agora estava tocando I could be the one.
-Pra isso que estamos aqui. – Rose diz parando na pista e mexendo o corpo de um lado para o outro.
Comecei pouco a pouco entrar no ritmo. Não me soltei muito, apenas embalei meu corpo de um lado para o outro, ás vezes dava algumas inclinadas e descia um pouquinho para não ficar sempre no mesmo passo. Anne já estava bem alegre, não bebada, dançava normalmente. Rose e Jason tinham um swing, claro, não era com o swing brasileiro mas era bem legal. A pista foi tomada por cerca de oito homens que ali dançavam, eles animaram a pista com dancinhas e passinhos.
Minha boca começou a secar, na pista de dança os garçons não estavam andando, somente entre as mesas então me desloquei até um dos garçons.
-Desculpa. – Aumentei um pouco o tom de voz assim que pisei no pé de alguém. – Não foi minha intenção. – Falei e olhei nos olhos da pessoa. Não me era estranho.
Ele me encarou por um tempo e sorriu balançando a cabeça ligeiramente.
-É o efeito do alcool ou você é a Michele? – Ele me encara. Claro! Como eu posso esquecer esse rostinho, o cara que vivia pegando no meu pé dizendo que eu e o Peter eramos apaixonados.
-Eric? – Perguntei com um sorriso.
-Sim. – Ele responde e abre os braços, nos abraçamos. – Quanto tempo. – Ele diz ainda entrelaçado em nosso abraços.
-Nossa, muito tempo, dez anos pra ser mais precisa. – Falei assim que nos desvenciliamos.
-Você está linda. – Ele me elogia.
-Obrigada, você também está ótimo. – Comentei. Ótimo, porque eu nunca achei ele lindo, e agora mais velho não mudaria de ideia, apenas acho ele elegante.
-O que faz aqui? – Ele gagueja. – Digo, nos EUA?
-Vim com a minha prima de mudança. – Apontei para ela. – Lembra da Anne? – É claro que ele lembra, que bocó eu.
-Lembro sim, onde ela está? – Ele olha entre as pessoas.
-Ali, de vestido creme. – Falei e corrigi. – Ou bege, se preferir.
-Ah sim, nossa, ela também está linda. – Ele comenta.
-Pois é. – Falei e suspirei.
-Espera ai, tem alguém que ficará muito feliz em te conhecer. – Ele se vira para onde estavam o monte de homens que agitavam a pista. – Que estranho, ele deve ter ido no banheiro. – Ele fica meio pensativo.
-Ele quem? – Perguntei.
-O Peter. – O nome dele gelou minha barriga.
-Ah. – Foi a unica coisa que saiu da minha boca. – Vou chamar a Anne, ela vai amar te reencontrar apesar de vocês terem se visto quando ela era muito pequena. – Comentei e ele ri.
-Tudo bem, espero aqui.
Dei as costas pra ele e respirei fundo enquanto caminhava, a ideia de que o Bruno estava ali me fez criar estranhas sensações no meu estomago, como um embrulho. Sabe quando você fica ansioso pra alguma coisa e não consegue nem respirar direito? Não é assim. Cutuquei a Anne que me olhou atravessado.
-Não vai acreditar. – O ar estava me faltando.
-Tudo bem, eu não acredito, agora fala. – Ela ri da própria piadinha me fazendo sorrir.
-Vem comigo, é melhor ver. – Falei puxando ela pelo braço.
Carreguei ela até onde encontrei com o Eric e lá estava ele, viu ela e abriu um sorriso.
-Não acredito. – Ela fala indo na direção dele e abraçando-o. – Kailola. – Ela fala bem alto já abraçada nele. (Kailola significa “homem de coragem”)
-Kali. – Ele fala e se desviam do abraço. (Kali significa “menina bonita”) – Eu não consigo acreditar que te peguei no colo. – Ele a olha de cima a baixo.
-Você também pegou ela no colo. – Ela fala rindo e apontando pra mim.
-Só que ela sempre foi baixinha. – Ele intica com a minha altura, como sempre. – E você era baixinha também e agora está um mulherão.
-Isso quis dizer “Anne como você está linda, uma mulher incrível, e Michele, como você está comum, continua baixinha, nem mudou”. – Imitei uma voz mais fininha quando falei e os dois riram.
-Você sabe que não é assim. – Ele continuava rindo. – Mas me contem, e as coisas como andam, casadas, namorando, com filhos? – Ele pergunta rapidamente.
-Eu solteira, sem filhos, trabalhando, e a procura de um cara que seja legal. – Anne respondeu primeiro.
-Solteira, sem filhos, formada mas não trabalho, as custas do resto da minha herança. – Respondi com menos animo e ele ri. – E você kailola? – Pergunto.
-Casado, com um filho pequeno, e tocando pelo mundo. – Ele diz numa simplicidade.
-Que legal. – Anne comenta.
-É, eu soube do Bruno, mas não sabia que tocava com ele.
-Toco sim, na verdade aqueles homens ali são tudo da banda. – Ele aponta para a pista mas nem fiz questão de olhar.
-E falando no Bruno, ele veio? – Perguntou Anne esticando um pouco mais a cabeça, mas agora já não dava pra ver muito a pista, as pessoas estavam todas aglomeradas lá dançando. – Tem alguém que vai amar vê-lo. – Ela comenta passando a mão no meu ombro.
-Vai a merda. – Falei em alto e bom som.
-Não foi essa educação que lhe dei Lilo. (Lilo significa “a guerreira”) – A tanto tempo não ouvia as pessoas me chamarem de Lilo, na verdade há dez anos, desde que sai do Havaí. – E garanto que ele também irá adorar rever vocês. – Ele se ergue. – Vou chama-lo aqui. – Ele diz indo em direção da pista.
-Sua piranha do açude.  – Cheguei bem próxima a Anne e falei em português no seu ouvido.
-O que eu te fiz? – Ela pergunta dando um sorriso irônico.
-Fala sério, desde quando sabia que eles iriam estar aqui? – Perguntei e ela me encarou.
-Juro que não sabia. – Ela pareceu sincera.
-Então virou vidente. – Falei entrelinhas.
-Ora, ora, ora, vê se não é a pequena Lilo. – Ouço a voz dele, impressionante como aquela voz não mudou, apenas está mais grave e um pouco mais aguda do que antes. Virei de frente e vejo ele engomado em uma camisa social a qual não consegui distinguir se era branca ou azul bem clara, pela pouca luz que havia ali. Calças sociais e cabelo no seu afro normal. Ai meu coração, não para de bater, por favor.
- Heneliaka. – Disse com um sorriso enorme. (Heneliaka significa “príncipe poderoso”). – Quanto tempo. – Minha timidez deu as caras, oi timidez. Senti minhas bochechas corarem, ele me olhou de cima a baixo, fiquei feliz em ver que éramos da mesma altura. Ele abre os braços de leve e eu o abraço.
Nos abraçamos fortemente por um tempo, quase nos girando. Fiquei inalando aquele perfume, Hugo Boss, não poderia esquecer esse cheiro, Theo, meu irmão usou esse perfume até enjoar. Um pouco de cheiro de cigarro estava empriguinado nele. Nos desvencilhamos do abraço e ele abraça a Anne.

-Eu nem sei o que falar. – Ele fica boquiaberto. – Vocês estão lindas.
-Muito obrigada. – Falei agradecida, não conseguia tirar o sorriso do rosto.
Céus, a quem estou enganando? Aquele rostinho perfeito eu nunca esqueci, eu sempre lembrei dele, no Havai eu nunca tive a oportunidade de falar que eu gostava dele, mas sempre quis, porém não posso misturar as coisas, agora somos somente amigos que se reencontraram depois de muito tempo. Amigos que estão felizes em se ver novamente.
-Aquele é o Ryan? – Anne se inclina levemente para o lado tentando enxergar no meio das pessoas. Ryan, a quanto tempo eu não o via.
-É sim. – Bruno diz empolgado. – Espera que eu vou chama-lo. – Ele da as costas e Eric começa a rir.
-Que foi? – Perguntei pensando no que eu perdi.
-Você ficou olhando pra ele tão fixamente, acho que ainda é apaixonada por ele. – Ele ri mais ainda.
-Eu nunca fui. – Dei de ombros e Anne tosse secamente. – É sério, antes eu era criança. – Revirei os olhos fazendo os dois rirem.
Eu ainda estava em choque. Se eu marcasse de ir em um mesmo lugar onde ele estivesse tenho certeza que não daria tão certo como deu.
-Caramba, estou em choque, passado, engomado. – Ryan, reconheci aquela voz, apesar dele estar afinando-a para parecer um homossexual. Olhei para ele e ao mesmo tempo eu e Anne o abraçamos.
-Você está ótimo. – Falei com a cabeça no seu ombro.
-Sempre estive. – Se achando, começou a rir. – Vocês estão maravilhosas. – Ele sorri nos afastando do abraço.
-Meninas, quero apresentar pra vocês meus amigos e parceiros de banda. – Bruno fala com a mão sobre o mesmo homem que esbarrei no corredor do banheiro.
-Você, o cara que eu esbarrei no corredor. – Apontei para ele com um sorriso.
-Eu sim. – Ele sorri. – Prazer, Phredley mas pode me chamar de Phred. – Ele estende sua mão e nos cumprimentamos.
Cumprimentei cada um dos amigos dele, agora estávamos todos agitados, felizes. Eu mal conseguia acreditar que eu estava frente a frente com o meu amigo de infância e minha primeira paixão. Ryan e Anne conversavam empolgadamente junto do Eric e os meninos, Bruno parecia meio deslocado na conversa, assim como eu. Me distanciei bem pouco deles e me escorei em uma das mesas, fiquei olhando eles e pensando em como o destino prega peças em nós, olha eu, aqui estou ao lado de quem eu esperava nunca mais ver. Ele foi se aproximando de onde eu estava, uma das suas mãos no bolso. Meu deus, como ele estava lindo.
-Não tinha o costume de se excluir. – Ele diz olhando para o pessoal.
-E ainda não tenho, mas é muitas coisas para absorver. – Ele sorri satisfeito com minha resposta. – Eu escuto algumas músicas suas, no Brasil fazem sucesso. – Comentei.
-Obrigada, eu tenho um pouco de noção disso, talvez eu faça mais sucesso lá do que aqui. – Ele ri e eu também. – O que fez durante esse tempo todo?
-Nada de muito interessante. Levei minha vida como pude, e completei meus estudos, minha faculdade, o resto tudo foi normalmente. – Dei de ombros. – Nada de tão especial como ser reconhecida mundialmente. – Falei brincando com ele.
-Capaz. – Ele da uma risada boba.
-Mas eu estou feliz por você, conseguiu o que tanto queria, e ai está o famoso Bruno. – Apontei para ele que começou a rir.
-Nem tão famoso assim.
-Se eu estou falando...
-É porque é. – Ele completa, e novamente eu lembro dos velhos tempos. – Se formou em que?
-Arquitetura. – Respondi.
-Mas eu me lembro que não era isso que você queria. – Ele brinca com meus cabelos mantendo a distancia entre nós.
-Não era mesmo, mas desisti de ser médica, acho que iria ser muito puxado pra mim, e eu estava com tantas coisas na cabeça. – Lembrei que na época eu estava com os sentimentos mais confusos, era saudades dos meus pais, saudades da minha casa, deslocação, enfim, eu estava numa M completa.
-Que pena. – Ele torce os lábios. – E a vida amorosa, como andam os gatinhos? – A animação dele era tão contagiante.
-Os gatinhos – tentei imitar sua voz. – Acho que fogem de mim. – Comecei a rir.
-Não brinca. – Ele fala e eu balanço a cabeça positivamente.
-E na sua vida agitada? – Perguntei.

-Está tudo normalmente. – Ele sorri. 

9 comentários:

  1. aaahhh gritei demaaais akii kkkkkkkkkkkk que perfeitooo posta o 3 logooo

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  2. Ai Bruno <3333 aw q amor eles dois , posta o 3 logo por favor ?? Bjs cat !

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  3. Que perfeito , esse destino podia me colocar com o Bruno assim também , posta logo ♥

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  4. #Awww tão perfeito o encontro deles <3

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  5. Como assim a Anne ficou conversando com o Ryan? Ela tá querendo paranauezar com ele? Olha, avisa pra ela que eu sei dar voadoras e que eu tenho unha hein u.u hsuahsuahsu
    Tá perfeito demaaaaais (ainda mais com o meu marido-potira que acabou de chegar hueheueheueh), continua logo guria! Nessa Fic, o Kam vai pegar alguém? Tô suuper curiosa :3

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  6. Adorei esse encontro deles, e também fico muuito feliz que os capítulos sejam longos, esperando anciosa pelo próximo. <3

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  7. Perfeito!!! Poste logo o capítulo 3 POR FAVOOOOOOR. :)

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  8. Ai Deus fiquei chocada perua com a peça que o destino pregou nos dois andbasnbdbnada sua fic, como sempre, tá P E R F E I T A <3333

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