terça-feira, 23 de julho de 2013

Capítulo 1

  • Recadinhos de inicio *u*! A fic vai ser regida por um grande flashback, praticamente ela toda será assim. 
  • Os capítulos são bem grandes então, espero algum comentário
  • As páginas no menu dão entrada a você para os respectivos links! Personagens é onde tem a foto deles e quem eles são. Sobre mim é sobre a autora, e sobre a fic é um pensamento da personagem principal, junto da sinopse.
  • Obrigada e boa leitura <3


A campainha toca, eu não quero atender, não quero falar com ninguém, ou melhor, não quero falar com ele. Eu sei que é ele.
Relutante, levanto da minha cama, vestindo meu hobby atoalhado branco, pantufas tigradas, as mesmas que ganhei no meu aniversário passado. Passei os dedos pela maçaneta. Olhei pelo olho mágico e ele estava lá, não posso esconder que ele mexe comigo, de um jeito fofo e intrigante, respirei fundo e abri.

-Oi. - A voz dele estava fraca, ou lhe faltou ar na hora.
-Oi. - Respondi e ficamos nos encarando. Lembrei da música em que dediquei a ele, disse que era nossa música. -Quer entrar? - Convidei e ele assentiu. Idiota, é claro que ele quer entrar.
-Mich. - Argh, odeio quando ele me chama de Mich, é fofo, e muito lindo, odeio o jeito que suas bochechas se comprimem a falar isso. - Eu sei que só pedir perdão não irá adiantar, tenho consciência disso. - Ainda bem; pensei.
- Quer se sentar? - Perguntei, desconversando.
-Sim. - Ele senta-se ao sofá que a um tempo atrás era nosso ninho de amor. Respirei fundo. - Mas nós precisamos esclarecer as coisas. - Ele começa.
-Quer beber algo? - Estava nervosa, faria qualquer coisa para desconversar, não queria aquele assunto, não agora.
-Viu, por isso brigamos. - Ele começa, com o ar descompassado com a fala. - Você vive fugindo de mim caramba.
-Bruno, eu fui sua durante um ano, a droga de um ano regido a brigas, traições e fingimento, agora me diz quem é o errado na história? - Perguntei e ele engole a seco, as palavras doíam para mim, mas não há nada que nós fizéssemos que mudaria algo.
-Isso que eu me irrito, Michele, a culpa não é só minha. - Ele respira fundo, levanta-se e continua. - A culpa é nossa, nós dois erramos.
- Me diz o que eu fiz de errado? - Perguntei e cruzei os braços na altura dos peitos.
-Tudo. - A capacidade dele de convencimento era incrível. - Eu sei que errei, fui um idiota, porém, quero concertar as coisas.
- Bruno, já tentamos uma vez, não deu. Tentamos a segunda, não deu, não há nada que possamos fazer. Vamos seguir nossas vidas, arranje outra pessoa, e dessa vez, dê o devido valor. - As palavras saiam da minha boca, mesmo me machucando, elas insistiam em sair, agora era a hora de nós pormos as cartas na mesa.
- Mich, eu sei que não lhe dei valor, mas você sempre esteve ao meu lado. Quando eu briguei com os meninos e fiquei mal, quando eu me embriaguei, você me trouxe pra casa, quando passei mal você cuidou de mim, quando minha mãe faleceu, você estava lá para me dar apoio. - Ele suspira e solta o ar pesadamente. - Caramba Mich, eu ... Eu... - Por mais que eu soubesse que estava sendo sincero, eu estava cansada, não queria mais ter aquela vida, isso não era para mim.
-Você o que Bruno? - Perguntei e ele respira mais uma vez profundamente.
- Eu preciso de você. - Nunca, ele nunca irá dizer que me ama, tenho certeza disso, ele luta, mas não diz. Porque ele não sente.
-Agora está tarde pra isso, precisamos seguir nossas vidas, Bruno entenda que mesmo com a relação conturbada que tivemos, cada momento foi único e especial. - Droga Michelle, não chora. Minhas lágrimas queriam cair, minha vontade era de me tocar nos braços dele e ser feliz, não pensar nas coisas que aconteceram, mas era impossível!
-Isso é um fim, pra valer? - Meu peito doeu com a expressão facial dele, junto das palavras que soaram arrependidas.
-Nunca teve um começo Bruno. - Nunca teve um começo mesmo, nós éramos Romeu e Julieta quando estávamos a sós e Tom e Jerry quando tinha pessoas em volta. Eu não quero um futuro assim.
- E o que nós passamos? - A pergunta dele doi na alma, no peito, em tudo. Bruno e eu eramos duas bombas prestes a explodir em um local altamente de risco.
-E o que eu passei? As lágrimas que derrubei Bruno... - Respirei fundo e a lágrima teimosa caiu, ele se aproximou de mim e levou sua mão sobre meu braço, tentei esquivar-me, era sensível ao seu toque.
-Meu Deus, estou percebendo que fui um total idiota. - Ele põe a mão na cabeça. Ser forte a essa hora já não dava mais. Deixei-me chorar para levar a angústia junto das lágrimas.
- Bruno, desde sempre soubemos que não iria dar certo, porém, tenho uma pergunta para lhe fazer. - Parei as lagrimas, respirei e ele assentiu para que eu prosseguisse  - Porque aquela noite, você me tirou da boate, e me pediu em namoro? Eu só queria entender isso. - Reclamei.
-Porque quando você dançou, me hipnotizou, e quando aquele cara lhe olhava com desejo, eu pirei. Desde sempre soube que você pertencia a mim. - A revelação que eu nunca esperava. Por que isso agora? E porque desse jeito? Sentei-me no sofá encarando a parede branca com algumas escoriações do prédio que é velho. Bruno pegou uma cadeira que estava abaixo da mesa e sentou-se próximo a mim, quase na frente. Cruzou os dedos e os estalou um por um. Aquele silencio era mortal.
-Vai ir embora mesmo? - A pergunta que eu não queria escutar, muito menos responder.
-Voltarei para o Brasil. - Balbuciei quase inaudivelmente.
O silêncio tomou conta da sala, os barulhos de trovoadas e relâmpagos extremamente claros faziam aquela situação tornar-se pior por natureza.
-Eu vou atrás de você. Não deixarei você ficar longe de mim. - As mãos quentes de Bruno tocaram as minhas, tentei recuar e ele as segurou fortemente. – Nós já fomos separados uma vez, não faça isso acontecer novamente, por favor!
-Bruno!
-Michele, deixa eu gostar de você... Podemos começar novamente? - A pergunta dele encurralou-me.
Respirei fundo e levantei. Andei de um lado para o outro da sala, estava agonizada, até agora não entendi porque as pessoas são assim. Especificamente o Bruno. Naquele silêncio, pensando nas coisas que nos aconteceu, o céu deu uma trégua de sua chuva intensa. Bruno levantou e me seguiu, tentei esquivar-me novamente dos seus toques que me traziam lembranças. Como eu posso ser apaixonada por um cara sem coração como ele?
Vieram na minha cabeça, todas as lembranças que tínhamos, toda a nossa história.
FLASHBACK ON
-Eu vou voltar um dia. - Prometi para o Bruno, sei que sentiria saudades dele.
-Não demora, eu vou estar sempre aqui. - Ele leva minha mão conduzida pela dele, para o meu peito.
-Não me faz chorar. - Falei com um sorriso, querendo vir lágrimas. - Se não, vou ser obrigada a te dar uns tapas. - Brinquei com ele e nos abraçamos.
-Eu nunca irei fazer você chorar pequena Lilo. - Ele prometeu.
Meu voo estava indo, tinha que descer ainda para fazer ponte; porque não tinha voo direto. Deixarei no Havai um sentimento muito grande, o qual eu sentia pelo Bruno e o qual meus pais me ensinaram desde pequena. Infelizmente a vida os levou, para bem longe de mim, agora sou eu e meu irmão, Theo, no mundo. Temos 6 anos de diferença... Agora eu estava com 16, indo com meu irmão de 10 anos para um país completamente estranho para mim, morar de favor com a minha tia paterna e sua filha, um ano mais nova que eu.
+++++
Acordei pela manhã com o sol forte do Rio de Janeiro no meu rosto. 10 anos se passara, e eu ainda não me acostumei com o Rio, e agora terei que me adaptar a Los Angeles.
-Pensei que não iria acordar. - Anne, minha prima fala mexendo na sua mala de roupa, ou melhor, em uma delas.
-Calma, a recém são 10 horas da manhã, nosso voo é ao meio dia. - Reclamei, espreguiçando-me.
-Sou uma mulher prevenida. - Ela fala e da de ombros.
Levantei, peguei o que eu chamo de roupa-para-viagem, liguei o rádio...
E fui para o meu banho. Aquela água morna caindo sobre minha pele, molhando todo meu corpo, meu cabelo, meu rosto, sensação incrível de bem estar e prazer intenso. No rádio tocava músicas internacionais, as minhas preferidas. Bruno agora era cantor, tinha uma carreira e tanto pela frente. Sempre acreditei no seu potencial, sabia que ele conquistaria o que cobiçava. Era estranho pensar nele assim, quando éramos adolescentes parecia que tudo era mais fácil, e eu sentia que gostava dele, mas gostava de verdade, mas agora Bruno tem outras prioridades, tem carreira, mulheres, dinheiro, festas, quiçá lembrará de mim, que fiz parte de sua infância no Havaí.
-O café ta pronto e a mamãe quer se despedir de nós antes de ir para o trabalho. - Grita Anne do quarto.
-Estou indo. - Gritei de volta.
Tia Savanna me tratava como uma filha, eu e meu irmão que agora estava na faculdade, ainda bem. Savanna me propôs uma vida melhor, uma vida de verdade. Apos a morte dos meus pais ela abrigou a mim e ao meu irmão como uma ursa, e nos deu do bom e do melhor. Graças a ela, estudei bastante e consegui uma bolsa de estudos numa faculdade daqui. Merecidamente após 4 anos me formei em arquitetura. Anne se formou também, em advocacia, porém preferiu continuar trabalhando na rádio onde era locutor. Todos a conheciam, além de linda e simpática, era inteligente. Voltaríamos para a América porque ela foi transferida pela mesma rádio que trabalha, pois é multinacional.
Sai do banho e me arrumei.
Tomamos nosso café tranquilamente.
-Tia, não chore. – Falei vendo minha tia com os olhos marejados, estava doendo meu coração.
-Não chore mãe, nós só vamos pra lá, quando tudo der certo, você vai pra lá conosco. – Anne abraçava ela, e o choro rolava.
-Minha bebês indo para os Estados Unidos novamente. – Ela sorri e logo continua chorando.
-Vou sentir sua falta maninha. – Theo me abraça, era estranho ver carinho vindo dele, nós sempre nos tratamos normalmente.

-Meu porra-louca, sabe que a mana te ama. – Baguncei o cabelo dele, ele ri.
-Vou sentir saudades. – Ele me olha nos olhos. – Bem pouquinho, mas vou. – Nós rimos juntos.
++++
A parte mais difícil passou, a despedida. Sair do Brasil e voltar para os Estados Unidos era um grande salto pra minha vida, e algo me dizia que iria mudar. Lá tentarei validar meu certificado de conclusão da faculdade, e voltar a trabalhar. O avião decolou, fechei os olhos e passou o breve filme de quando eu sai do Havai. Um dos piores dias da minha vida.
-Já percebeu que a maioria das loucuras nós fazemos juntas? – Anne me desperta do breve pensamento, sorri.
-Verdade, é sempre nós. – Nós sorrimos juntas.
Além de parentes, eu e a Anne fomos criadas como irmãs, então sabíamos de tudo uma da outra. Quando digo tudo, é tudo mesmo. Quando ela perdeu a virgindade, fui a primeira a saber, ela tinha 17 anos, o menino 18. Ele tocava numa banda de have metal, era bem legal, eles namoraram durante um ano e depois ela pegou ele com outro cara, foi um choque, mas até hoje nós rimos da situação.
O amor pra mim nunca deu as caras, nunca tive um namorado oficial, apenas “ficantes”, o que eu determinava e chamava como “apegos”. David foi o apego que mais durou, ficamos durante quase um ano, mas acabou que ele se mudou de novo e nos afastamos.
A viagem foi longa e cansativa. Acordei durante vários momentos e parecíamos que estávamos no mesmo lugar. Até chegarmos em Los Angeles.
-Olha que tudo. – Anne fala boquiaberta.
-Não exagera, é apenas o vasto pátio do aeroporto. – Falei o que eu estava vendo.
-Não, olha isso, sente o vento, respira fundo. – Ela fecha os olhos delirando. – Nossas vidas iram mudar. – Ela sorri e abre os olhos.
-Pensei que você continuaria sonhando ai de olhos fechados.
-Fala sério que você não está empolgada?
-Claro que estou, mas acho que tem outras prioridades aqui. – Nem eu sei o que estava me desanimando assim.
Pegamos nossas malas e como ainda falamos inglês, pegamos um táxi e fomos até o hotel onde ficaríamos durante três dias até a entrega do apartamento que a gravadora cedeu á Anne. Pegamos o cartão do nosso quarto e subimos pelo elevador.
-Não quero saber, eu quero amanhã ela no estúdio. – Um homem lindo, e coloca lindo nisso, entrou no elevador conversando no telefone, ele parecia tenso e preocupado. – Desculpem, eu acabo me irritando muito fácil com esse trabalho. – Ele da um sorriso assim que desliga o telefone.
Não tirei os olhos dele. Cabelos escuros e bagunçado, pele branca um pouco bronzeada, possante, músculos na medida certa, mais alto que eu. E os olhos? Azuis, azul água, azul piscina, tanto faz, só sei que são azuis que nunca vi igual, tirando o olhar penetrante que ele tinha, sorriso bem desenhado e dentes retinhos e branquinhos.

-Não foi nada. – Anne respondeu dando um cutucão no meu braço disfarçadamente.
-Turistas? – Ele pergunta. Esqueci de mencionar que a voz é sexy demais.
-Digamos que estamos voltando para nosso habitat natural. – Dei um sorriso que ele retribuiu.
-Bom meu andar chegou, boa noite senhoritas.
-Boa noite. – Ele sai do elevador assim que falei. – Senhor lindo maravilhoso. – Completei quando a porta fechou, Anne gargalhou.
-Cara de pau, nem disfarçou que estava olhando pra ele. – Ela fala boquiaberta.
-Até parece que não está acostumada com meu jeitinho torto. – Sorri de canto.
-Mas tenho que concordar, ele é lindo. – Ela concorda.
+++++
-O que eu vou fazer aqui sozinha? – Perguntei enquanto via Anne se arrumando para ir no primeiro dia de trabalho nos Estados Unidos.
-Tem tantas opções, pode ir pras piscinas! Ta um tempo agradável lá fora.
-Lá fora, sozinha? Nem morta, sabe que eu odeio passeios sozinha, só quando estou triste. – Fiz manha.
-Procure o bonitão aquele do elevador. – Ela pisca pra mim e pega sua bolsa. – Vou indo, se cuide, qualquer coisa me manda uma mensagem.
-Hey, a mais velha aqui sou eu. – Relembrei-a e ela ri gostosamente.
Coloquei um shorts jeans não muito curto, meus tenis, e uma blusinha soltinha. Peguei meu iPod sobre a mesinha e selecionei a pasta das músicas que queria ouvir. Coloquei os fones e peguei o elevador para descer.
Era cedo então não tinha muitas pessoas na piscina do hotel, nem pelo patio. Sentei-me nos banquinhos e fiquei lá olhando para o nada escutando música, pensando em como vou construir uma vida nova aqui em Los Angeles, pensando no que minha mãe me falaria. Ás vezes me da uma saudades da minha mãe, para e fico pensando nela, será que ela estaria orgulhosa pelo que eu sou hoje, por quem eu sou hoje? Mas ás coisas acontece por algum motivo, infelizmente esse foi o destino da minha.
-Solitária. – O homem o qual encontrei no elevador chega de surpresa ao meu lado.
-Ótimo inicio para uma conversa galanteador. – Nem o conhecia, mas gostava de confrontar as pessoas.
-Leonel Pierfly. – Ele estica sua grande mão para nos cumprimentarmos.
-Michele. – Falei apertando sua mão e me sentindo estranha pelo seu olhar penetrante. – Michele Kern. – Ele sorri gratificante.
-É de onde Michele? – Ele puxa assunto, vi que íamos ficar conversando então tiro meus fones e desligo o iPod, respirei e finalmente respondi.
-Onde eu sou... Onde nasci ou de onde vim? – Perguntei e ele arqueia as sobrancelhas levemente.
-Os dois.
-Sou do Havaí, mas estava morando no Brasil.
-Ah, Brasil e Havaí, terras lindas, de mulheres belas.
-Tem razão. – Concordei. – E você, é de onde Leonel?
-Nasci aqui, mas morei na Holanda por um tempo. – Sorri pra ele. – Quantos anos?
-26, e você ? – Impressão minha ou ele estava querendo saber demais de minha pessoa.
-Quase, 25. – Ele sorri como se estivesse agradecendo por dentro por ser mais novo que eu.
-Está aqui a trabalho, ou mora fixamente? – Perguntei, já que ele engrenou a conversa, porque não continuar?
-Na verdade, eu tenho moradia aqui, porém vivo viajando com meu trabalho, então não paro. – Ele sorri esperando que eu perguntasse do que ele trabalhava, pra alegria dele e para matar minha curiosidade, perguntarei.
-Trabalha no que? – Ele sorri, bem como pensei, ele queria que eu perguntasse.
-Sou diretor em uma emissora de televisão, vivo mais supervisionando as coisas, mas ultimamente vivo em função dos shows e apresentações e programas distantes da emissora, então explicado porque estou sempre por ai. – Ele ajeita-se no banco, escorando suas paletas espadaúdas nas costas do banco.
-Deve ser legal. – Falo virando-me para frente.
-Nem tanto assim, mas enfim, e você o que faz por aqui? – Suspirou fundo.
-Minha prima veio para trabalhar aqui e eu resolvi vir com ela, ai além de não deixa-la sozinha, também irei conseguir prosseguir com meu serviço.
-Trabalha com que?
-Na verdade estou desempregada, mas sou formada em arquitetura. – Ele me olha.
-Acho que você caiu dos céus. – Ele se ajeita para me olhar. – Meu amigo, ele trabalha em um escritório de uma empresa, bem grande, e eles estão sem arquitetos, eu lhe dou o número se quiser ou posso te indicar. – Ele olha para o celular que estava no seu bolso.
-Ficarei grata. – Agradeci, acho que ele caiu do céu.
-Okay, se importa em me passar seu número? – Além de ele arranjar serviço, sei que meu número não servirá só pra isso, tenho quase certeza. Não querendo me por pra cima, e falando que eu seja “boa” mas tipos de homem como ele, eu conheço bem.
Depois de dar meu número á ele, ele saiu, foi trabalhar e eu fiquei ali mais um tempo e subi para o quarto, pedi o almoço e liguei a televisão. Diverti meus dedos pelo controle passando por todos os canais até achar algum que realmente me interessasse, e achei. Estava dando algum programa policial, a principio parecia um seriado. Acabou e começou a sessão de comerciais que a mídia ainda acha que serve para alguma coisa, ao não ser irritar quem está acompanhando algum programa. O anuncio era de um CD, fiquei curiosa olhando para a televisão, até ouvir o nome “Bruno Mars”.
Sabia que um dia eu teria que ouvir o nome dele, mas com mais freqüência aqui em Los Angeles. Respirei fundo e anotei o nome do CD. Abri meu notebook e conectei o WiFi do próprio hotel, que por acaso era lento e demorou anos para abrir o google. Procurei as imagens atuais, digitei na barra de pesquisa “Bruno Mars 2013”. Uma listagem de diversas imagens apareceram, ele continuava com o mesmo rostinho, porém mais evoluído, com mais traços de homem, e não de adolescente.
-Hm, Bruno Mars. – Anne chega atrás de mim, nem vi que ela tinha chego. – Ou devo chamar de Peter? – Ela pergunta e eu fecho o notebook.
-Acho que tanto faz. – Falei entre risos.
-Você gostava dele né? – A pergunta que era difícil de responder.
-Eu era adolescente, ele meu melhor amigo, que estava do meu lado pra tudo, queria o que? – Falei e torci os lábios. – Mas é passado... Enfim, conheci o senhor lindão hoje. – Falei levantando da cadeira.
-O homem do elevador? – Ela pergunta enquanto pendura sua bolsa.
-O próprio, o nome dele é Leonel. – Falei. – Tem a mesma idade que você.
-Acha que ele ficaria com uma de nós? – Ela pergunta arqueando levemente as sobrancelhas.
-Quase certeza. – Dei de ombros e abri o frigobar, terei uma latinha de refri e tomei um gole. – E como é o novo trabalho? – Perguntei.
-Muito bom, aliás temos uma festa para irmos, nesse final de semana, é a festa da própria rádio, vai ter muita gente lá, e pelo que vi até famosos. – Ela senta na cama e se liberta do seu sutiã e o tira com uma praticidade por baixo da blusa.
-É muito chique pelo jeito... – Falei enquanto ela se espreguiçava.
-Demais, tenho que comprar alguma roupa. – Ela torce os lábios, logo franze o cenho como se estivesse lembrado de algo. – Imagina se... – Ela para e balança a cabeça, rindo.
-O que? – Perguntei.
-Imagina se o Bruno vai nessa festa, sabe, ele é famoso agora... Mas acho que não. – Ela da um tapa na sua coxa e fica olhando suas unhas douradas.
-Também acho que não. – Suspirei e fui para a frente do computador.
(...)
-É uma pena que não estarei aqui, se não lhe convidaria para ir na festa como minha acompanhante. – Leonel fala sedutoramente no telefone, quase que penso em não ir a festa e viajar por ai com ele, apenas uma brincadeira e imaginação, nunca faria isso.
-Um pena mesmo. – Concordei. Em tese era um pena, pois adoraria conhece-lo um pouco mais.
-Michele, irei desligar pois vou tentar comandar um pouco disso, logo entrarei em contato. – Ele fala, a parte do “entrarei em contato” me fez sentir-me como uma negociação.
-Tudo bem. Bom trabalho para você, e boa viajem.
-Obrigada, boa festa, tchau.
Desligamos o telefone  e eu comecei a me arrumar. Ele havia me ligado assim que sai do banho, eu estava com a toalha enrolada na cabeça e outra no meu corpo. Larguei o telefone na mesinha – já que agora estávamos no apartamento que a rádio cedeu para a Anne – e passei o hidratante pelo meu corpo, Anne saiu do banho e começou a se arrumar também. Meu vestido era comum, nada de muito chique, o da Anne também era comum só que parecia elegante, e ela ficava linda de qualquer jeito. Nunca comentei o fato dela ter ganho por muitas e muitas vezes como a princesa e rainha da escola. Por sua beleza, seus olhos azuis, seus cabelos cacheados e quase louros, ela era quase uma princesa.
-Acho que irei com outro sapato. – Falei tirando o meia pata branco que tinha posto.
-Por que? – Ela pergunta enquanto passava sua base natural no rosto.
-Porque ele esta me incomodando e também, não combina com a roupa. – Olhei para o espelho.

Terminamos com o dilema de nos vestir-mos e começamos a nos organizar-mos para sair. 

14 comentários:

  1. Eu já tinha lindo, e como tu mesmo disse é muito melhor ler oficialmente! Sabe que eu amei todas as tuas fics, mesmo sendo um tanto quanto louca, haha, ou não sendo terminadas, e essa será mais uma.

    É incrível meu problema em relação a vício, porque eu já li isso e um pouco a mais e mesmo assim queo que continue logo porque eu já amo...

    Mais, please! Te amo Bobby Loiudi <3

    ResponderExcluir
  2. Aaaawn que perfeita *----* Quero mais <3 Ainda mais com esses capítulos super-mega-hiper *u*
    Continua logo Dri, quero ver onde o Bruno entra no flashback <33

    ResponderExcluir
  3. Meu Deus! Tô vendo que essa vai ser mais uma das suas fic's bombasticas.
    Tô super feliz em saber que os capítulos são longos.(:

    ResponderExcluir
  4. Por favor poste mais.Adorei a sua fic,é muito boa!!!

    ResponderExcluir
  5. Uauuu... li num folego só... muito bom

    by Mah

    ResponderExcluir
  6. ameei da pra ver q vai ser perfeitaa essa fic!

    ResponderExcluir
  7. tá, é perfeito assim como todas as suas fics!
    O começo deu um pouco de aflição, me deixou um pouco triste pela Michele e talz .. imagino como ela sofreu ..
    E o tema é perfeito, eu amo essa musica da titia Florence ♥

    ResponderExcluir
  8. Cara que perfeita *--* continua logo , não demore . E que você tenha bastante sucesso nesta nova fic ♥

    ResponderExcluir
  9. Quando que vi postar mais? Tô mega anciosa para o "possível" reencontro <3

    ResponderExcluir
  10. Drii mds que P E R F E I T A <3 Querendo mais capítulos amiga nsbaandbnan choquei perua com a perfeição da fic nasbnbnabn Te Amo <3

    ResponderExcluir
  11. VOLTEI TUDO DE NOVO SÓ PRA TER A NOCAO KJGJJKSKDJDJSKDKGJF TO ATUALIZANDO SMP

    ResponderExcluir