quarta-feira, 23 de abril de 2014

Capítulo 113

Demorei pra dormir a noite. Não sei que horas o Bruno acabou chegando ontem porque eu, Leo, Anne, e Theo ficamos sentados no jardim da casa do Leo jogando baralho e bebendo. Eu queria poder dormir mais, mas só queria mesmo. O som alto da casa ecoava pelos meus ouvidos, tapei-me com o cobertor até a cabeça para me acostumar com o sol no quarto.

-Aí que bosta! - Reclamo alto levantando da cama.

Hoje, dia de todos estarem em casa, dia de faxina pelo visto. Anne está em casa, minha tia passando pelo corredor - já reconheço seus passos - e eu vou dar um jeito de sair de casa para não participar desse mutirão. Abri o guarda roupa e tirei um vestidinho florido, peguei meu coturno preto e um casaquinho para por na vinda. Dentro da bolsa enfiei uma camisa e um short bem dobradinhos para sobrar espaço. Coloquei meu carregador do celular e fones de ouvido, e mais as coisas que são indispensáveis. Arrumei minha cama, estendo o edredom sobre ela e fechando as janelas do quarto.

Saí até o banheiro e ninguém me viu. Tomei um banho bem relaxada. Já estou me programando, vou tomar meu banho, me arrumar, dar um oi pro pessoal, passar em algum café, toma-lo sozinha, ir falar com o Chucky e por fim ir na casa do Bruno.

Passei um creme no meu corpo, penteei meus cabelos e os deixei molhados soltos, passei uma fina camada de lápis de olho e rímel em meus cílios acompanhado do curvador. Provável que Chucky esteja trabalhando hoje, então vou direto ao shopping, já tomo meu café lá. Vesti minha roupa e calcei meu sapato. Minha bolsa atravessada preta estava meio cheia até.

-Bom dia família. - Falei enquanto descia as escadas e passava a mão no corrimão.

-Bom dia. - Diz Anne segurando um cesto em mãos com flores, as flores que enfeitam a sala.

-Cadê a tia? - Pergunto.

-Ela está regando as flores dela. Vai sair?

-Vou sim, muitas coisas a serem resolvidas. - Levanto minha sobrancelhas e ela ri.

-Como por exemplo passar o dia na cama do Bruno? - Sua cara de safada, comecei a rir.

-Seria uma ótima ideia, mas não… vou falar com o Chucky hoje.

-Ah, boa sorte. Vou largar isso de uma vez.

Ela some do meu campo de visão. Abri a porta da frente e coloquei meus óculos escuros no alto da cabeça. Procurei minha tia ali nas flores, mas ela não estava ali. Dei de ombros e segui meu caminho até o ponto de ônibus, Anne sabe onde eu estarei então ela pode avisar a tia.

Sento-me no banco do ônibus e fico olhando pela janela as coisas, tudo parece demorar mais quando a gente está no tédio. Eca! O tempo parecia nem passar, então peguei meu celular com pouca bateria e antes que acabasse de vez, mando duas mensagens.

“Oi! Você deve estar trabalhando, não é? Vou aparecer aí no seu intervalo para conversarmos rapidamente.”

Mandei para o Chucky, aproveitei e editei o contato do Bruno, que antes estava como “bruno” agora está “bruno <3”. Eu sei, tenho plena certeza que isso é idiota, bobinho e bla bla bla, mas eu amo ele e gostei disso!

“Bom dia! Te acordei, bebê?”

O ônibus desviou o caminho que ele sempre faz por conta de um acidente no meio do caminho. Levanto a cabeça levemente pra ver o que tinha acontecido, mas estava muito longe, difícil de ver.


Quando cheguei no shopping, a única coisa que me fazia pensar é no que eu iria falar pra ele. Mas primeiro meu estômago me chamava mais atenção, então subi as escadas rolantes até a praça de alimentação. Sentei-me na subway e pedi o mesmo sanduíche que eu sempre peço e um suco de uva, o melhor.

Fiquei olhando alguns casais que comiam juntos, outras pessoas solitárias lendo livros ou revistas, e uma coisa curiosa na fila do McDonalds. Lembro-me perfeitamente dessa menina, pele e cabelo negro, e seus olhinhos bolitas, bem expressivos. (Lembre dela aqui nesse capítulo :) ) Seu pai, um homem negro também, continuava com o mesmo sorriso que eu me lembrará de um ano atrás no metrô. Lembro-me que essa pequena - que agora já está bem maior - fez eu dar sorrisos enquanto viajávamos no caminho até a nossas casas.

Pensei por frações de segundo em ir lá, vê se ela se lembrava de mim, mas é quase impossível, então fiquei contemplando de longe ela olhando os brinquedos e apontando para qual deles ela queria. Para minha sorte, enquanto eu comia, a mesa que ele escolheu para eles sentarem ficava próxima a minha, tentei fazer de tudo para ela me perceber ali, mas não rolou, ela apenas olhava fixamente para o brinquedo e seu pai implorando que ela terminasse de comer.

Meu celular vibra sobre a mesa, o pego e tem uma mensagem.

“Não estamos com movimento na loja agora, posso sair por quinze minutos. Está a onde?”

“Ótimo, estou na praça de alimentação, você vai me enxergar assim que chegar aqui.”

Estava de frente ao único acesso a praça, então facilmente ele me verá ali. Uma última vez tentei chamar a atenção da menina, esqueci o nome dela, mas quem olhou pra mim foi o pai dela que me encarou por alguns segundos, por sua expressão ele deveria estar pensando que me conhece, mas não sabe de onde. Levei um susto quando um volto de camisa social branca, sentasse na minha frente, quase sem ar. Antes de falar qualquer coisa, até mesmo um oi, estico minha mão com o suco e ele bebe um pouquinho.

-Obrigada. - Ele respira. - Oi.

-Oi. - Dei um sorriso sem graça. 

-Tudo bem? Você está linda… parece mais alegre, viva… não sei explicar. 

-É… estou bem, e você? - Não dou muito assunto, não quero que isso seja de alguma forma “difícil”.

-Estou bem, estava sentindo sua falta. Como foi no Havaí?

-Foi maravilhoso, e é sobre isso mesmo que temos que falar.

-Ah, tudo bem, o que houve?

-Chucky. - Olhei seus olhos encarando meu rosto, ele estava com uma expressão vazia agora. - Na viagem, eu acabei voltando a me entender com o Bruno… desculpa-me, mas eu o amo, e eu tive que fazer isso por mim. - Torço os lábios e ele me olha sem reação.

-Nossa. - Sua mão direita passa pelo seu rosto e ele esvazia seu pulmão através da boca.

-Eu quis ser direta, já que você está no intervalo… mas será fácil pra nós, não tínhamos nada sério.

-É...Escuta, eu só quero o seu bem, eu estarei aqui caso um dia precisar de mim ou quiser um amigo pra chorar.

Pensei que seria mais difícil minha conversa com ele, mas por ficarmos conversando sobre várias coisas rapidamente, eu nem prestei atenção na menina e no seu pai, quando lembrei deles, já não estavam mais ali. Fazer o que, nem tudo é como a gente quer. Despedi-me do Chucky com um forte abraço e ele seguiu seu caminho novamente para a loja, enquanto eu me direciono até os táxis para ir a casa do Bruno.

+++

A casa completamente fechada, Bruno ainda não respondeu minha mensagem, no mínimo ele está dormindo ainda, de certo ficou até tarde acordado. Me aproximei da porta e antes de forçar a entrada, lembrei-me do alarme. Peguei meu celular na bolsa e liguei pra ele.

-Sua chamada está sendo encaminhada…- A caixa de mensagens da sinal.

Bufo diante disso, caminhada perdida. Percorro a pé o caminho até a entrada do condomínio, dou oi para uma moça grávida que passa por mim e ouço de longe algumas buzinadas. Não dou bola, não deve ser pra mim. O carro que para ao meu lado, baixa os vidros.

-Hey gatinha, carona? - Pergunta Phil.

-Phil? Já estivemos numa situação um pouco parecida. - Digo entre risos.

-Verdade. - Ele gargalha. - Olha, eu não posso ficar muito tempo parado aqui, entra que eu te levo onde o Bruno está.

Ele destranca a porta do passageiro e eu entro.

-Como sabia que eu estava aqui? - Pergunto.

-Não sabia, vim pegar umas coisas no estúdio do Bruno.

-Ah. - Falo.

-Eu já sei de tudo… é impossível ele esconder aquele sorriso. - Phil fala como bobo enquanto espera o porteiro abrir o portão. Ele faz um ok com a mão pra ele e continuamos nosso caminho.

-Sorrisos? - Agora é meu sorriso bobo que escapa.

-O seu também, olha. - Ele aponta pro espelho e quando eu me vejo… não pareço a mesma pessoa. - Você está com um brilho inexplicável.

-Esperei muito tempo pra isso acontecer. - Comento me ajeitando no banco e lembrando de colocar o cinto.

-Eu é que sei… fico feliz por vocês dois, sabe? Eu adoro ver quando as pessoas se dão bem no amor assim, e você e o Bruno só não são felizes juntos há mais tempo que isso porque os dois são birrentos. 

-Na verdade antes eu queria e corri atrás. - Dou de ombros.

-Mas depois desistiu… existe uma música que diz pra você nunca desistir do que tanto quer.

-Teve uma hora que eu cansei de tudo isso. - Comento lembrando-me de tudo que eu chorei por ele.

-Quer saber de um segredo?

-Qual? - Pergunto, curiosa.

-O amor… a gente percebe ele apenas pelo modo da pessoa pronunciar o seu nome. Quem tá de fora disso é possível perceber até estrelas saindo de nós.

-Onde leu isso? - Brinco com ele que ri abobadamente.

Eu e o Phil fomos conversando bastante no caminho. Soube que os meninos da banda ainda não sabem que nós estamos namorando, basicamente quem sabe então é a minha família, e o Phil e a Urbana. Descemos num estacionamento e Phil foi andando enquanto eu o seguia. Paramos para ele falar rapidamente com um moço, não prestei atenção na conversa. Entramos num portão e logo na frente já tinha uma porta de vidro preto e ele aperta uns botões para abrir.

-Esse é o estúdio de vocês? - Pergunto.

-Sim, estúdio de música - Ele abre a porta e eu olho para dentro onde tem uma enorme sala de espera e três portas, uma em cada parede. - e de dança. - Completa ele.


Fiquei encantada com tudo que tinha ali. Phil apontou para cada uma das portas dizendo o que era o que, com um cd em sua mão direita. Uma das portas era o banheiro, a outra era o espaço de dança, e a outra, na qual entramos, era a de produção musical. Phil abriu a porta e lá estava os meninos fazendo um som de brincadeira com os instrumentos. Bruno estava sentado em frente a uma mesa de mixagem e quando ouviu o barulho, olhou para a porta.

-Achei uma indigente no meio do caminho. - Ele aponta pra mim, que aceno.

-E aí rapazes. - Digo.

-Quanto tempo princesa? - Kam levanta-se para vir me dar um abraço.

-Foi branca pro Havaí, voltou preta. - Comenta Ryan e atira um beijo pra mim.

-Como você está bonita. - Ganhei meu dia quando John elogia-me.

-Oun, obrigada. - Respondo quase corando as bochechas. - É bom ouvir um elogio.

-Ela está linda mesmo, ela é linda. - Bruno vem na minha direção e Phil faz alguma bobagem na qual me faz rir descontroladamente, mas sem tirar os olhos do Bruno.

-Ih rapaz, eu não tô sabendo… - Kam fica confuso olhando para nós dois quando Bruno chega na minha frente.

-Ela é minha linda agora - Diz Bruno em voz alta e me abraça. Claro que os meninos fizeram a farra com isso, gritinhos e assovios - e sempre. - Completa falando no pé da minha orelha.

-Finalmente posso te chamar oficialmente de cunhada? - Eric brinca levantando da bateria onde estava sentado.

-Agora eu acho que sim. - Olho confusa para o Bruno que enquanto ri balança a cabeça positivamente.

-Bem vinda a família pequena Lilo. - Eric abraça-me e ouço mais coisas dos meninos.

-Bem vinda oficialmente para a nossa família. - Phil gira o dedo mostrando que a família que eu ganhei, além de ser a do Bruno, é a banda. Sorri sentindo uma alegria imensa no meu peito.

-É UM MILAGRE, SENHOR. - Ryan, abobado e palhaço, fica de joelhos no chão com as mãos para o alto.

  • Não teve nada demais no capítulo, mas estou fazendo o possível pra prolongar a história sem parecer chata, espero que estejam gostando <3 beijos e comentem, please 


10 comentários:

  1. Você pode prolongar a fic até onde quiser que nunca vai ficar chata <3

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  2. Amei o cappp!! Que bom que o Chuky n encrencou, ja pensou se neste meio tempo ele tivesse se apaixonado por ela? E acabasse encrencando, sei la?
    Enfim, espero que a fic n esteja no final, pois ela merece ter no minimo uns 200 caps!!
    Amando continua logo!! <3 <3 <3

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  3. Sua fic nunca vai ficar chata isso é fatoo haha , continuo gostando, amando , adorando enfim ta PERFEITA ... continuo esperando anciosamente pelo próximo rss , big beijoo :*

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  4. AAiii q ficar chata oq??? NUNCA VAI FICAR CHATA!!!!!!!! Nem precisei voltar no cap pra lembrar de Katherine *--* sou uma leitora exemplar viu???? Claro quem ja leu duas vezes :p kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk lembro mt bem qnd ela disse q queria ser como a Michelle, mas sem a dor no coração *--* É isso ne?? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Pode prolongar por anos e anos q eu nunk vou parar de ler ♥ UUi sla pq mas gostei da ideia do Chucky se apaixonar por ela :p sou meio louca kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk n, n faz isso q vai dar merda, ou faz tbm.. contanto que td acabe bem na 7ª TEMPORADA kkkkkkkkkkkkkkk sim vai ter 7ª, 8ª,9ª... 99ª temporada se depender de mim kkkkkkkkkkkkkkkkkkk aiin amando como sempre, viciada como sempre, além da fic gravada, lista de reprodução de musicas que apareceram na fic, fotos, fiz um desenhos do Brunelle (feio) mas fiz u.u ♥ CONTINUAAAA QUEEN

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    1. AAH lembrei.. -É UM MILAGRE, SENHOR. - Ryan, abobado e palhaço, fica de joelhos no chão com as mãos para o alto. " TAMO JUNTO RYAN ♥ GARGALHEI kkkkkkkkkkkkkkk

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  5. HAHAHAHAHAHAAH Esse Ry me mata mesmo. Capitulo fofo por conta desse casal fofo e perfeito <3

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  6. Estou amando .. Ryan idiota amo ele , não pera AMO TODOS ELES <3

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  7. Eita,por que essa história tãããão perfeita desse jeito?! Assim não vou querer o fim JAMAIS. Galera que eu amo muito,essa banda composta por idiotas. O amor de Mich e do Brub's o mais beautiful forever. Anne divã sempre,porque yes! Amuuuuuu all! <3

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  8. o proximo mich vai pra casa do bruno ate roupa levou hmmmmmmm

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