quarta-feira, 30 de abril de 2014

Capítulo 116

Apressamos as coisas na cozinha, eu lavei a louça e ele secou e guardou. A ideia de irmos na casa da Tahiti mexeu comigo... vamos nos apresentar como namorados! Eu sei, sei bem que já conheço toda a família, mas ainda sim tem um nervoso dentro de mim que não quer sair. Quase um medo por algo que eu não preciso temer.

Ainda tem a Tiara, sei que ela é a que menos gosta de mim, e eu entendi o porque quando entrei sem permissão no seu antigo quarto da casa do Havaí. Ela gostava muito da ex do Bruno... O olhei assim que sequei as mãos na toalha, eu tenho que puxar assunto.

-Tiara vai estar lá? – Pergunto querendo parecer desinteressada.

-Vai sim... porque? – Ele estranha a pergunta.

-Não, nada. – Respondo disfarçando.

-Nada não... agora fala. Porque perguntou se ela iria estar lá?

-É que parece que ela não gosta muito de mim. – Fiz uma careta.

-Isso não é verdade, ela gosta sim.

-Bruno, não precisa mentir... eu entrei nos quartos um pouco antes de você chegar aquele dia no Havaí.

-Ah.

-Eu vi que no quarto dela tinha um mural de fotos, e lá tinha várias fotos com uma moça, e em uma das fotos está você, ela e a Tiara... Sua ex, certo? – Pergunto e ele senta-se rapidamente.

-É... Tiara era bem apegada a ela, e não aceitou quando eu pus um fim na minha relação, que pra falar a verdade pra mim era relação, pra ela era diversão.

-Ela nunca mais apareceu? – pergunto sentando-me de frente pra ele.

-Minha ex? Não, nunca mais deu as caras. Tiara falava com ela até pouco tempo atrás.

-Desculpa tocar no nome dela, sei que é difícil pra você. – Torci os lábios e ele deu um sorriso aliviado.

-Não é mais difícil, agora eu amo você e ela pouco me importa.

-Então..viu, eu sei que a Tiara não é muito minha fã.

-Isso passa, ela sabe que eu amo você e ela vai ter que aceitar que nós dois somos um casal agora.

Morri de vergonha com isso. Quero tanto saber o que todos vão achar, o que o Pete vai achar, as meninas, a Presley... e depois, o mundo. Essa eu acho que será a parte mais complicada. Ainda bem que eu não sou tão ciumenta e encanada, senão nunca que eu iria dar certo com o Bruno. Agora vai chover meninas pra cima dele, como sempre.

Vesti a minha roupa que estava no dia anterior enquanto Bruno tomava banho e se arrumava. Sentei na cama olhando meu celular – não tinha nada pra ver, mas sabe quando você fica mexendo nele com esperança de que algo apareça? Então! O telefone de Bruno toca, ele corre pra atender.

-Oi. – Ele diz enquanto voa para o closet novamente.

-[...]

-Nós vamos pra almoçar então.

-[...]

-Ok... as meninas vão mesmo? – Ele toca uma jaqueta na minha direção e eu a seguro. – Tudo bem, até depois, beijos.

Não perguntei quem era, mas deduzi que fosse a Tahiti. Ajeitei a jaqueta dele e ele saí amarrando o calçado, todo desengonçado.

No caminho até minha casa nós fomos falando sobre a turnê, eu via que ele estava feliz, ele esbanjava felicidade, e ele estava certo. A turnê está em reta final, falta pouco para tudo se concluir, e ela está um sucesso de vendas de ingresso e isso que ele nem usa muitos recursos para promove-la. Paramos na frente da casa e descemos juntos. Leo estava sentado nas escadas da área com a Anne ao seu lado, eles pareciam estar conversando sério, mas não parecia nenhum ponto final na relação, ainda bem.

-Bom dia. – Disse e Bruno deu a mão pra mim falando também.

-Bom dia gente. – Leo diz desanimado.

-Que cara é essa? E meu bom dia? – Pergunto pra Anne.

-Preocupação. – Ela suspira profundamente. – Vão a onde?

-Na casa da minha irmã... – Responde ele por mim.

-Boa sorte lá.

Passamos pra dentro de casa, não sei se Theo estava, mas aparentemente não. Perguntei pra minha tia o que tinha acontecido de tão grave pra Anne estar preocupada assim, mas ela disse não saber também. Subi para o meu quarto na companhia do Bruno e separei minha roupa pra hoje.

-Que tal levar uma roupa pra todo o final de semana... hoje já é sexta mesmo.

-Vai me aturar todo esse tempo? – Pergunto indo em direção do guarda roupa.


-Por mim te aturaria vinte e quatro horas, sete dias da semana, quatro semanas do mês, doze meses do ano.

-Aí que romântico. – Falei em tom de brincadeira, mas é óbvio que sorri feito boba enquanto escolhia um pijama.

Peguei roupas para o final de semana, nada demais. Coloquei tudo na mochila e organizei minha bolsa para o dia de hoje. Enquanto fui para o banho, Bruno ficou no meu quarto sabe se lá fazendo o que. Vesti minha roupa no banheiro mesmo, uma calça jeans e uma blusa bege com o ombro caído.

-Queria ver você se vestir. – Diz Bruno assim que entrei no quarto, ele olhou dos pés a cabeça.

-Temos o final de semana... – Comento indo em direção da minha sapateira.

Calcei uma botinha de salto alto e cano curto preta, ela já é bem velhinha, mas está em ótimo estado. Sentei e penteei meus cabelos deixando-os soltos e molhados. Passei um lápis de olho leve e enchi meus olhos de rímel preto. Borrifei o perfume que mais gosto e falei que estava pronta.

-Posso te pedir uma coisa...

-O que? – pergunto.

-Usa aquele anel, se é que você ainda o tem.

-Claro que tenho.

Procurei o anel no meio das minhas coisas, e aproveitei para colocar uma pulseira dourada também. Coloquei minha bolsa no ombro e Bruno se prontificou a levar minha mochila. Dei tchau para todos e avisei que iria passar o final de semana lá. Anne ainda estava meio cabisbaixa. Já no carro fiquei pensativa.

-O que houve? – Bruno pergunta olhando-me pelo canto dos olhos.

-Anne; - suspiro – eu não tenho ideia do que aconteceu para ela estar daquele jeito.

-Será que ela e o Leonel terminaram?

-Não... pelo menos acho que não.

-Nunca se sabe.

É, eu não descarto a possibilidade que isso tenha acontecido, mas espero que realmente não seja isso, ela vai ficar bem mal. O caminho tentamos mudar de assunto, colocamos música baixa e ele comentou algo relacionado a nossa noite. A casa da Tahiti é na costa, próxima a praia, mas ainda é Los Angeles. Bruno buzinou na frente e o portão abriu. Nunca tinha vindo aqui, mas reparei que não é só a casa do Bruno que é chique e bonita.

Os meninos estavam brincando num parquinho, quando viram que Bruno desceu do carro, foi uma correria em sua direção. O mais velho veio tranquilamente nos cumprimentar. Bruno me deu a mão, mas hesitei.

-Por favor. – Pede ele olhando nos meus olhos.


Encaixei minha mão na dele e prosseguimos para a parte interior da casa. Pete estava sentado no sofá enquanto Pres falava algo sobre cachorro em pé e o namorado dela ria concordando. Tahiti foi a primeira a nos notar assim que chegou de algum cômodo.

-Que prazer em te ver aqui. – Ela me abraça fortemente. – Só assim pro Bruno visitar a família.

-Mentira! – Bruno rebateu. – Sempre quero combinar algo e nunca temos motivo ou vocês estão trabalhando no dia que eu não estou.

Billy nos cumprimentou e serelepe, Pres veio na nossa direção. Já havíamos desfeito nossas mãos assim que cumprimentamos Tahiti. Demos um abraço demorado e ela cumprimentou ele. Cumprimentamos Pete também e sentamos no sofá.

-Onde está a Jaime e a Tiara? – Pergunta Bruno.

-Foram no mercado. – Responde Pete.

+++

-Chegamos. – Ouço uma voz, olhei e era a Jaime que havia dito. – Aí que surpresa maravilhosa.

Nos abraçamos e quando abri os olhos Tiara estava abraçando o Bruno. Esperei para ver se ela me cumprimentava assim que parasse de abraça-lo.

-Oi Michelle. – Ela da um sorriso tentando ser simpática. Demos um beijo no rosto e foi isso nosso cumprimento.


Bruno começou a rir e se apoiou em meu ombro. Por repetidas vezes perguntei o porque da risada e ele só dizia que estava rindo por uma coisa idiota.

-Ah vai se catar então. – Disse desistindo de saber e esquivando meu ombro.

-A gente só está esperando vocês falarem que estão namorando, porque isso já é visível. – Pres comenta.

-Ah... – Fiquei olhando confusa.

Senti a mão dele por cima da minha, minha espinha esfriou e meu corpo por inteiro se arrepiou. Não sei exatamente qual foi a hora que eu senti minhas bochechas como dois marshmellows ao fogo.

-Ok... estamos namorando.

Choveu parabéns e até que enfim. Óbvio que eles ficaram felizes, mas como eu havia dito, Tiara deu poucos sorrisos, mas nos felicitou.

-E meu sobrinho vem quando? – Pergunta Tahiti.

-Sobrinho? Não... não tão cedo. – Comento e Pres muda de expressão.

-Quero uma sobrinha pra já. – Reclama ela.

-Daqui a pouco nasce a do Eric. – Tiara diz quase sem expressão facial, como se tudo ali estivesse um tédio total.

-Vamos praticando, aí um dia quem sabe...

Bruno me faz ficar com muita vergonha. Olho nos seus olhos e perco-me somente neles. Dou meu sorriso de mulher apaixonada.


-É, quem sabe.

  • Heey belezuras <3 Olhem, eu sei que ficou monotono o capítulo, mas eu estou completamente sem criatividade, eu só escrevi por que sabia que vocês iriam querer, mas eu não curti muito não :\ mas eu vou ficar contente se vocês comentarem, assim minha criatividade pode vir.. aceito ideias também :p ndiosadia beijos e obrigada. 

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Capítulo 115


Nossos corpos já estavam próximos, mas nem tanto assim. Dei um passo a frente e sua mão envolveu minha cintura. Sei que agora é a hora de darmos continuação para aquilo que estávamos fazendo no banheiro do estúdio. O calor do seu corpo chega ao meu rapidamente. Prontamente fui o empurrando com minha mão espalmada em seu peito até chegarmos no sofá. Prendi meu cabelo em um coque e fiquei olhando ele se ajeitar no sofá. Mordendo os lábios com um olhar safado que estava me deixando louca, Bruno aponta para seu colo como se pedisse que eu sentasse sobre ele.

Andei até o lado do sofá, mas antes de sentar peguei o celular sobre a mesinha de centro e procurei uma música. Dei play nela e coloquei para repetir se precisasse.

-Vai dançar pra mim? - Pergunta pra ele.

-Posso não saber cantar, mas dançar eu dou um jeito.

Enquanto ele se arrumou sentado no sofá, eu tirei meu sapato e toquei para o lado. Dei dois passos pra frente ficando uns cinco a frente dele. Mordi meus lábios e passei as minhas mãos na lateral do meu corpo e o desci junto no mesmo compasso da música. Devagar, fui girando ficando de costas pra ele. Me ergui pra frente ficando virada pra ele, sinto sua mão em minhas coxas subindo para minha nádegas. 

-Não aguento… - Ele diz puxando-me para próximo dele.

-Eu nem pude dançar. - Fiz um beicinho assim que caí sobre o seu colo.

-Dá a mão. - Mostrei pra ele minha mão. - Isso não quer aguentar mais um minuto longe de suas extremidades…

Revirei os olhos. Nossas bocas se tocaram e estalamos um beijo babado assim mesmo. Má possicionada em seu colo, enquanto eu o beijava, ele tentava levantar meu vestido na parte da frente. Suas mãos encontraram minha calcinha e sobre ela mesmo fizeram alguns movimentos. Sussurros como “yeah” “ah” “oh” saiam das nossas bocas. O seu pescoço foi alvo de um beijo bem caloroso que saiu da minha boca, puxei o máximo que podia dele, cuidando para não deixar uma marca bem roxa, mas desejando poder chupa-lo e deixar essa marca. Bruno assentiu mesmo eu não perguntando nada, acho que ele estava mais do que eu nesse clima. Quase na nuca, puxei sua pele fortemente em minha boca enquanto uma das minhas mãos puxava seus cabelos, eu estava mais no comando do que ele. Distribuí vários beijinhos onde mais tarde minha marca irá aparecer.

Tirei uma das alças do meu vestido e ele aproveitou isso para acariciar meus peitos também. Meus olhos não tinham ponto fixo, ou eles estavam fechados, ou estavam abertos e se revirando. O prazer só das preliminares já estava me matando. Saí do seu colo e abandonei meu vestido largado pelo chão da sala ficando somente de lingerie. Ele me olhava sedento de um prazer que não poderíamos denominar na hora. Sentei-me sobre ele só para darmos o último beijo sedento enquanto a minha calcinha de tecido fino algodão roçava sobre seu jeans parecendo apertado naquela exata parte. Levantei-me novamente. 


Ajoelhei-me nos seus pés e abri o cinto de sua bermuda, após abri o zíper e por fim o botão. O olhei firmemente nos olhos e com a ajuda dele, abaixei um pouco da sua bermuda para que não ficasse tão ruim pra mim. Sua cueca era a normal, na cor branca. Como o branco pode ficar tão bem pra alguém como ele? Segurei sua coxa e baixei sua cueca. Seu membro pulou dela como se tivesse vida própria, já estava pulsante e bem ereto, como eu amo. Passei minha língua pelos lábios e assim que fiz um breve movimento de vai e vem com minha mão nele, passei a língua sobre sua extremidade da cabeça. Quando o envolvi com minha boca, ele geme gostosamente e passa a mão na minha cabeça. Tento manter o máximo meus olhos nos seus para que ele sentisse mais prazer. Meu coque a essas horas já tinha se desfeito totalmente.

Um bom tempo eu fiquei ali proporcionando prazer à ele, o deixando louco com os movimentos da minha boca e minha língua sempre o instigando. Levantei-me e ele levantou junto, me tocando sobre o sofá e ficando sobre mim. Não foi preciso nem lubrificar meu corpo, minha lubrificação natural havia facilitado tudo. Colocando a calcinha para o lado, o que geralmente não fazemos, ele penetra-me arrancando um gemido forte da minha boca. A cada vez que nós transamos, a cada vez que ele me penetra, sinto-me menor ou sinto ele maior. Bruno pode ser pequeno no tamanho, baixinho, mas na cama não há como ele. Temos a química mais insaciável desse mundo. Por todos os homens que eu já experimentei, esse sim é o melhor com certeza. 


O melhor, e meu.

Ele rebolava com seu membro dentro de mim fazendo uns movimentos que me deixavam louca. Minha boca nem se fechava mais. 


Levantando dali, Bruno fica em pé e eu faço o mesmo. Encaixando nossos corpos, ele me ergue em seu colo com minhas pernas em sua cintura, sentindo aquele membro roçando em mim. Eu quero mais, eu preciso de mais. A música ficou pra trás - e já estava enjoando, apesar de nós nem estarmos prestando atenção nela - e nós seguimos o caminho para o quarto. Ele deitou sobre mim novamente e antes de fazer qualquer coisa, atracou meu pescoço em um beijo bárbaro. 


Bruno queria ficar no comando agora, isso era mais que visível. Tornei a passar minhas unhas por suas costas e ele tornou a gemer. Mas manteve-se ocupado quando arrancou meu sutiã de fechamento à frente.

-Me preenche de novo. - Peço em voz embargada.

-Quer mais? - Ele pergunta de maneira safada próximo do meu ouvido.

Dessa vez ele tirou minha calcinha em qualquer lugar do quarto e sem pena nenhuma - mas ao mesmo tempo me deixando mais louca de prazer - ele invadiu-me novamente. Suas estocadas fortes faziam o barulho do choque de nossas peles ecoar pelo quarto. Segurava seus cabelos, mas passava a mão por suas costas, elas não tinham paradeiro na realidade, eu apenas queria senti-lo.

Troquei de posição para cavalgar sobre ele. Essa é a hora onde eu mais sinto seu membro dentro de mim, sinto ele completamente parecendo que está me rasgando.

-Safada. - Vejo seus lábios se moverem ao tentar pronunciar isso.

Dou meu sorriso mais safado e tento dar o meu máximo pra que ele venha a chegar no seu ápice. Rebolo sobre o seu colo, sussurro coisas e fico gemendo enquanto minhas unhas arranham seu peito como um gato bravo. Seu gemido é alto e ele pede rapidamente que eu saía de cima dele. Só do o tempo de me jogar pra trás e ele vir por cima de mim esbanjando todo seu líquido em minha barriga. Em qualquer outra circunstância eu iria sentir nojo, mas agora o que mais me encantava era saber que ele havia tido um belo clímax. Joguei minha cabeça pra trás e ele jogasse ao meu lado. 

-Temos que arrumar tudo isso. - Digo dando um riso estranho.

-Eu preciso de um banho, mas por mim eu faria tudo novamente. - Ele inclinasse para perto de mim e dá um beijo na minha boca.

-Eu já disse que você é o melhor?

-Não… - Ele coloca a língua pra fora.

-Ah…- Digo e ele me encara.

-Estou esperando você me dizer…

-Pra que mentir não é?

Bruno faz uma cara de cão sem dono, mas eu limito meus movimentos para pedir desculpas pra ele, então somente estico meus braços até seu queixo e viro ele pra mim.

-Te amo e você é o melhor.

-Não sabe o quão é bom ouvir isso.

Demos mais um beijo, mas logo levantei para o banho já que pra mim era mais urgente tirar aquilo da minha barriga. Quando saí do banho catei minha calcinha e a vesti, sei que é nojento, mas eu não tenho nenhuma roupa aqui, peguei minha bolsa e coloquei minha camisa, enquanto o Bruno já tinha recolhido tudo que estava na sala e foi para o banho dele.

+++

Acordei no meio da noite, Bruno ainda dormia tranquilamente ao meu lado. Passeei no quarto com uma certa insônia, uma vontade de acorda-lo para ficar olhando pro nada comigo, mas também uma vontade de deixa-lo ali dormindo feito um anjo. É, acho melhor não acorda-lo.

Peguei meu celular e fui pra sala ver o tinha na televisão de interessante - a essa hora não deve ter nada muito bom. Liguei-a, mas depois fui na cozinha roubar bombons que tinha num pote de vidro que vi mais cedo. Peguei três e servi um copo de água.

Toquei-me no sofá e passei o dedo pelo controle não achando nenhum canal que prestasse. Coloquei na sony e vi um pedaço de uma série que dava. Estava numa parte onde a mulher estava saindo da piscina se vestindo e o ex dela aparece, mas eu não foquei nessa parte, eu foquei na tatuagem linda que ela tinha.

Havia dito um dia que odiava tatuagens, mas acho que isso pode mudar. Não quero nenhum desenho no corpo, tipo dragão e essas coisas assim, mas acho que uma frase ficaria linda. Passei a mão pela minha coxa assim que terminei o último pedaço do primeiro bombom e fiquei analisando onde seria um bom lugar. A tatuagem da mulher no seriado era na coxa, acho que aquele era um escorpião preto e quase imperceptível aparecia os olhos vermelhos fogo.

Levantei-me e levantei minha blusa, afinal eu só vestia ela e uma calcinha depois da noite que nós dois tivemos. Fiquei olhando pra baixo pra ver onde mais seria legal. Não pode ser algo muito a vista, afinal eu tenho que arranjar um emprego e a maioria discrimina quem tem muita tatuagem.

+++

-Caiu da cama? - Bruno passava a mão nos olhos enquanto falava assim que chegou na sala de jantar.

-Insônia. - Torci os lábios. - Bom dia. - Me prontifiquei a dar um selinho rápido nele.

-Que mesa de café linda. - Ele diz. - Foi você que fez o bolo?

-Não se preocupa, não fui eu. -Comecei a rir. - Eu tomei a liberdade de ir até uma padaria que tem aqui perto, estava sem fazer nada mesmo.

-E porque não me acordou pra ficar fazendo companhia pra você?

-Não seria justo. - Sentei-me e ele puxa a cadeira para sentar também. - Você precisa descansar bastante.

-Sonhei com uma coisa… - Ele ergue as sobrancelhas enquanto leva sua mão ao bolo de chocolate.

-Com o que? - Pergunto.

-Com nós. - Ele diz. - Estávamos no cinema.

-Que arriscado, sonho radical. - Tirei deboche de sua cara e gentilmente ele me oferece o dedo do meio.

-Sua sarcástica mau humorada. - Ele torna a fazer um beicinho enquanto serve o suco de laranja no seu copo. - Nós fomos no cinema como pessoas normais, sabe… sem paparazzis, sem fotos, sem autográfos, somente eu e você como um casal normal.

-Mas nós podemos fazer isso… só não garanto a parte dos paparazzis.

-Vamos fazer isso hoje? - Pergunta ele.

-Hoje.. não, eu teria que pedir um pouco de grana emprestada pra minha tia.

-Eu pago! - Ele diz numa ordem.

-Sabe que eu odeio isso. - Fechei o sorriso que estava.

-Mas amor, você é minha namorada e eu estou te levando pra passear no dia de comemoração dos nossos dez dias namorando…

-Está contando os dias que estamos juntos? - Deixei escapar um sorriso bobo.

-Sim, e por isso aceite que eu irei pagar pra você.

-Ok, eu só aceito porque eu tenho que guardar dinheiro.

-Pra que?

-Vou fazer uma tatuagem.

-Que? - Ele pareceu ficar impressionado. - Você disse que odiava essas coisas, pelo menos no seu corpo.

-Mas eu mudei de ideia, será uma frase e num lugar escondido.

-Lembrando de onde for o lugar só quem pode fazer essa tatuagem irá ser eu. - Ele birra. - Que frase vai por?

-Ainda não sei… - Torço os lábios. - Sabe de algum tatuador bom?

-A primeira eu fiz no Havaí, daí quando cheguei aqui fiz as outras no Jack, mas conheço o Toons, ele que fez a tatuagem das meninas…

-Qualquer dia vamos lá? - Pergunto.

-Claro. - Ele responde e assim que termina de mastigar e engolir, retorna a falar. - Podemos passar o dia na casa da Tahiti, assim pedimos para as meninas irem pra lá, papai está lá também, depois vamos no estúdio do Toons e finalmente no cinema.

-Mas eu não trouxe roupa pra tudo isso. - Torci os lábios.

-Passamos na sua casa, mas pra isso temos que tomar o café rapidamente.

-Ui, tudo bem senhor mandão.


  • Tá bem grandão o capítulo né? Acho que mereço uns bons comentários :p Gente, vocês que comentam sempre, meu muito obrigada <3 <3 Vocês são demais! 


sexta-feira, 25 de abril de 2014

Capítulo 114

Estalo o pescoço pela milésima vez. Levanto para ir no banheiro. Ainda não conversei direito com o Bruno hoje, ele e os meninos estão indo afundo no ensaio e eu não quero ser a pessoa a atrapalhar isso. Fiquei sentada no sofá de lá por umas duas horas, o bom é que eu pude usar um notebook que ali tinha e usei a internet dali também, daí não fiquei sem fazer absolutamente nada.

Quando abro minha porta para sair do banheiro, ela é forçada a abrir mesmo assim, só que ao invés de sair, Bruno empurra-me para dentro.

-Consegui um tempinho pra vir no banheiro. - Ele diz trancando a chave fixa da porta.

-Você é um safado, pena que ir no banheiro nem demora tanto. - Torço os lábios.

-Não? Eu costumo demorar, e hoje estou com uma dor de barriga. - Ele me pressiona na pia do banheiro e não tira seus olhos da minha boca.


Chamei-o de safado e unimos nossas bocas. Minha mão automaticamente foi pra sua nuca fazendo carinhos, sua respiração já estava um pouco ofegante e encostando em seu corpo, menos de um minuto que começamos a nos beijar, ele já estava quase excitado.

-Tem que controlar seu brinquedinho. - Olho rapidamente pra ele e passo minha mão em sua barriga, perto da braguilha da calça.

-Mas se continuar fazendo isso não irei controlar mesmo, daí terei que ter uma disenteria para demorar mais. - Imagina se pegam a gente aqui. - Ele ri disso.

-Tá perdendo tempo. - Retorno o beijo segurando a gola da sua camisa.

Suas mãos passeiam em minha coxa enquanto sua língua brinca com a minha. Dei beijos em seu pescoço e ele levanta o meu vestido na parte da frente sem ao menos pedir uma permissão. Assim que ele passou a mão sobre o tecido fino da minha calcinha, senti meu ventre se contrair esperando que ele me instigasse mais. 


Coloquei minha mão sobre a sua calça e o beijo vorazmente em sua boca. Mesmo por cima da calcinha, ele fez vários movimentos com seus dedos, revirei os olhos esperando que ele continuasse.

-Adoraria não parar por aqui, mas tenho que voltar.

-É, eu sei. - Digo ofegantemente.

-Vem pra minha casa, por favor.

-Hoje?

-É, vem. - Ele se afasta um pouquinho para nos recompormos.

-Claro que eu vou. - Dou um sorriso pra ele enquanto ajeito a calcinha direitinho.

-Você tem que parar de me provocar.

-Faço das suas palavras, as minhas. - dou um sorriso irônico e ele beija-me rapidamente e se vira para lavar as mãos.

Saímos separadamente do banheiro. Claro, eu fui primeiro já que vim antes dele. Ajeitei-me antes de entrar na sala e logo que entrei avistei o sorriso safado do Ryan. Sentei-me na cadeira segurando o riso. Na minha cabeça safada eu só pensava na hora de irmos pra casa.

Será que falta muito pra acabar o ensaio?

Não estou me julgando até, porque eu preciso aproveitar. Primeiro: passei muito tempo sem ele, muito tempo sem sentir seu corpo, sem o seu fogo na cama e seu jeito de me deixar louca apenas com um olhar mais intimidador. Segundo: Daqui há duas semanas ele retorna novamente com a turnê, aí eu só irei vê-lo no meio do mês de outubro, após o seu aniversário. Tenho razão em querer aproveitar, não tenho?

Retornando a sala e indo diretamente a mesa de mixagem, ele passa por mim com seu perfume me deixando um pouco mais desconcentrada do que já estava. Preciso acalmar-me. Abro a página do google e fico pensando no que fazer. Eu não curto muito as redes sociais, Anne é mais vidrada nisso do que eu. Não que eu não saiba mexer, mas não acho muita graça, por isso só tenho um twitter e um instagram no qual nunca posto fotos.

Lembrei-me da moça que conheci no avião vindo pra cá, da coordenadoria jurídica, eu posso entrar no site da empresa e já mandar meu currículo por lá. Li alguns termos da empresa de design muito bem instruído, olhei seus valores e princípios primeiramente. Olhei também todos os reconhecimentos, possibilidades de vagas… Pensando bem, esse lugar é mais que perfeito para eu exercer o que eu amo fazer, ganhar dinheiro trabalhando com o que eu gosto.

Anexei meu currículo em email para a empresa, sei que eles não devem estar recrutando agora - ou talvez sim - mas não custa tentar. E assim que der, eu ligo pra ela avisando o que já mandei.

Entrei no twitter por causa da demora do Bruno e do ensaio, vi que não tinha nada demais, além de novos seguidores, claro isso é consequência do Bruno, os seguidores são fãs dele. Olhei o perfil de alguns que estavam ali e verifiquei minhas menções. A primeira, bem no topo, era uma menina questionando se essa era minha real conta, mas aí eu pergunto: como elas sabem o meu nome? Tinha algumas fotos que marcaram a gente e algumas perguntando se nós havíamos voltado. Eu ri de tudo aquilo.

+++

-Esse trânsito não ajuda a chegar logo em casa. - Bruno bate na direção parecendo ansioso.

-Calma, temos todo o tempo que quisermos. - Passei a mão no seu braço tentando tranquiliza-lo.

-Não encosta em mim que é pior. - Ele fisga os lábios. - Só o seu toque já me deixa sensível.

-Temos que aprender como você irá controlar isso. - Olhei em direção do seu sexo.

-É que passamos tanto tempo sem… eu passei tanto tempo nessa resistência que agora sou obrigado a tirar o atraso.

-Resistência? - Eu gargalho alto. - E as meninas que você pegou nesse meio tempo?

-Não fui pra cama com nenhuma.

-Ah, tá bom. - Gargalhei mais alto ainda e percebi que ele continuou sério me olhando de canto. - Isso é sério?

-Seríssimo… se soubesse, nossa. - Ele faz uma cara meio que “cachorro sem dono”.

-Mas… porque? - Ao mesmo tempo que eu queria rir imaginando tudo isso, eu estava achando lindo essa conversa.

-Eu tentei com uma mulher, mas falhei… - Segurei-me pra não rir. - Pode rir, eu deixo. - Gargalhei alto mais uma vez, não consigo imaginar o Bruno broxando. - Então. Eu só sabia pensar em você, e já estava me convencendo que você não iria mais voltar comigo, aí comecei a dar indiretas.

-Várias… - Comentei lembrando das musicas que ele cantou.

-É. Só que - ele respira fundo - eu já estava num estado de descrença, você começou a ficar com o tal de Chucky, e tudo piorou pra mim… Eu queria ter dito tudo isso no dia do casamento, mas falhei.

-Se você dissesse naquele dia, não iria ser bom. Eu estava de tpm, estava cansada… iria ficar brava e a gente não iria se entender.

-Um sinal de Deus. - Ele comenta levantando as mãos e depois prestando atenção no trânsito.

-Como você sobreviveu sem sexo? - Pergunto, curiosa.

-Com pensamentos ás vezes, com lembranças, com minha mão, e ás vezes passava do estágio de “tarado” para o “choroso”.

-Bruno...você se masturbava pensando em mim? - Fiz cara de nojo.

-Sim. - Ele confirma balançando a cabeça também. Eu estava vermelha só de pensar, e ele falando na maior tranquilidade. - Pensava em nossas noites. - Ele ergue uma sobrancelha safada. - Pensava em você.

-Aí Bruno… - Começo a rir de cabeça baixa, um pouco envergonha talvez.

-Viu o controle que você tem sobre mim. - Dei um sorriso com minhas bochechas coradas e encostei minha cabeça no banco. - Onde foi hoje que encontrou o Phil?

-Eu fui no shopping falar com o Chucky e depois passei na sua casa com o intuito de aproveitarmos a tarde toda.

-No shopping? Hm. - Ele comenta fechando seu aparente sorriso.

-Que foi? - Pergunto.

-Nada, ué. - Resmunga ele. - Já estamos quase chegando.

-É, eu sei… mas porque essa cara quando eu disse que tinha ido ao shopping?

-Não fiz cara nenhuma. - Ele ergue uma sobrancelha só.

-Ah tá, é eu que estou louca agora. - Virei meu rosto pra janela.

-Deve ser. - Ouço ele falar baixinho.

Não quero brigar com ele, não quero discutir, não quero que essa seja uma briga boba por um ciúmes idiota. Tenho certeza que isso é porque eu me encontrei sozinha com o Chucky, tenho certeza!

O resto do caminho não falamos mais nada, mas dentro de cinco ou sete minutos já estávamos entrando em sua casa. Olhei pra tudo bem organizado e com um cheirinho bom no ar, Meredith deve ter passado o dia limpando a casa. Recebi uma recepção do Gege bem alegre, fez festa pra mim como fazia sempre.

-Quer beber ou comer alguma coisa? - Sua voz saí ríspida.

-Eu sei onde é a cozinha. - Me direcionei pra ela.

Sei que ele está na casa dele, mas não me trate com desprezo. Caminhei em passos firmes e largos. Abri a geladeira atrás de alguma coisa que eu pudesse comer e que fosse rápida, mas o máximo que eu achei que fosse rápido foi uma comida enlatada - das quais eu odeio - e pães com algumas coisas para fazer um misto quente.

Preparei tudo e quando estava fechando o meu e pronta para guardar as coisas, caminho na direção do quarto do Bruno atrás dele.

-Quer algo pra comer? - Pergunto escorando-me na porta e vendo ele vestir uma camisa branca com seu cabelo molhado.

-Pode ser.

-Estou preparando um misto quente. - Comento esperando que agora ele já estivesse mais calmo.

-Eu quero um, obrigada. - Ele olha pra mim.

Fiquei perdida no seu olhar, mesmo de longe eu conseguia sentir que ele tinha um certo controle sobre mim. Baixei o olhar para seus pés, mas concentrei-me nos pensamentos e virei meu corpo em direção da cozinha.

Fiz o dele e enquanto esperava ficarem prontos, coloquei tudo novamente na geladeira, lavei minhas mãos e sentei-me na bancada com um copo de água na minha frente. Não quero brigar com ele por causa do Chucky! Apertei o copo em minha mão antes de leva-lo a minha boca e quando fecho meus olhos, ouço seus passos até ali.

(Dê play na música) Nenhuma palavra foi dita enquanto comíamos. Lavei o que eu usei de louça e assim que terminei ele estava ali sentado ainda. Cantarolei baixinho uma música que na hora veio-me na cabeça.

When you feel my heat

(Quando você sentir o meu calor)

Look into my eyes

(Olhe nos meu olhos)

It's where my demons hide

(É onde meus demônios se escondem)

It's where my demons hide

(É onde meus demônios se escondem)

Don't get too close

(Não se aproxime muito)

It's dark inside

( É escuro aqui dentro)

It's where my demons hide

(É onde meus demônios se escondem)

It's where my demons hide

(É onde meus demônios se escondem)

Percebi que ele cantarolava, mas somente sua boca se mexia, ele não emitia som algum. Como é bobo, se ele soubesse o quanto é lindo quando está com ciúmes. Fui para a sala atrás do meu celular e liguei para Anne. Avisei que estava no Bruno e que se não chegasse em casa até ás dez horas, é porque iria ficar por ali mesmo. Vi ele se aproximar e sentar na frente da televisão. Calmamente, ele levanta-se do sofá, liga seu vídeo game e pega um controle. Abrindo um lado da estante interna da casa, tem uma pilha de jogos, ele passa a mão por uns e finalmente pega um de tiros. Fiquei com vontade de jogar, mas eu não sei, então prefiro ficar só olhando.

Observei ele bufar quando não achou algo.

-O que procura? - Perguntei.

-Não te… minha memória do game. - Torci a boca com raiva, meu maxilar ficou contraído, ele realmente iria dizer que não me interessava.

-Não mereço. - Bufo me ajeitando no sofá para sair dali.

Caminho em direção a porta e consigo sentir seu olhar pra mim. Vamos idiota, peça pra que eu fique, fale que foi um idiota e que está errado.

-Onde vai? - Pergunta ele.

-Pra minha casa, porque? - Pergunto virando meu corpo pra sala.

-Porque vai embora?

-Bruno… o que deu em você? Pra que isso?

-Isso o que?

-Ciúmes, ou sei lá o que aconteceu quando eu falei que tinha encontrado o Chucky mais cedo.

-Ciúmes mesmo! - Ele larga o controle na mesinha de centro. - Eu posso sentir ciúmes do que eu gosto?

-Pode Bruno, mas você não confia em mim? - Pergunto.

-Confio. - Ele cruza os braços. - Mas eu não confio nele.

-E acha mesmo que eu sou tão idiota e influenciável a ponto de me deixar levar por ele? Caramba, eu aceitei um pedido de namoro seu, eu estou com você. - Meu tom aumentou um pouquinho.

-Tá Michelle! - Diz ele ignorante, como se fosse um estilo “cala a boca”.

-E nunca mais me trate com ignorância, nunca. - Porque eu sou tão boba? Meus olhos começam a se umedecer levemente. Minha voz já fraqueja assim que falo: - Eu te amo Bruno, mas paciência tem limites.

-Desculpa, mas eu não consigo pensar em você perto dele, sabendo que ele tocava você, ele a beijou, ele a fez feliz…

-Quem disse que ele me fez feliz assim? - Birro de volta. - Bruno, a única pessoa que eu consigo ser completa é com você, e se mesmo assim acha que eu iria trocar você depois de tanto tempo que eu provei te amar verdadeiramente, acho melhor pensarmos nessa relação. - Sei que estou sendo “radical”, mas drama é uma arma que sempre serve.


-Não! - Ele praticamente grita vindo em minha direção. - Nunca mais diga isso, nunca. - Quase deixo uma lágrima escapar. Seu dedo indicador paíra na minha boca. - Eu te amo, e eu confio em você, sei que você não é qualquer uma, estou feliz que seja eu que complete você assim como é você que me completa. - Dou um sorriso e nós ficamos bem próximos a ponto do seu nariz encostar com o meu. - Desculpa por agir assim, mas é meu jeito de mostrar que eu quero que você seja somente minha.

-Eu sou sua.


  • Nhaaa, briguinha de casal, todos tem um dia. Ainda bem que passou <3 ah, tô precisando de comentários pra me estimularem, porque tá difícil, e sobre o tamanho do capítulo, eu achei ótimo u.u até o próximo e beijos.

    quarta-feira, 23 de abril de 2014

    Capítulo 113

    Demorei pra dormir a noite. Não sei que horas o Bruno acabou chegando ontem porque eu, Leo, Anne, e Theo ficamos sentados no jardim da casa do Leo jogando baralho e bebendo. Eu queria poder dormir mais, mas só queria mesmo. O som alto da casa ecoava pelos meus ouvidos, tapei-me com o cobertor até a cabeça para me acostumar com o sol no quarto.

    -Aí que bosta! - Reclamo alto levantando da cama.

    Hoje, dia de todos estarem em casa, dia de faxina pelo visto. Anne está em casa, minha tia passando pelo corredor - já reconheço seus passos - e eu vou dar um jeito de sair de casa para não participar desse mutirão. Abri o guarda roupa e tirei um vestidinho florido, peguei meu coturno preto e um casaquinho para por na vinda. Dentro da bolsa enfiei uma camisa e um short bem dobradinhos para sobrar espaço. Coloquei meu carregador do celular e fones de ouvido, e mais as coisas que são indispensáveis. Arrumei minha cama, estendo o edredom sobre ela e fechando as janelas do quarto.

    Saí até o banheiro e ninguém me viu. Tomei um banho bem relaxada. Já estou me programando, vou tomar meu banho, me arrumar, dar um oi pro pessoal, passar em algum café, toma-lo sozinha, ir falar com o Chucky e por fim ir na casa do Bruno.

    Passei um creme no meu corpo, penteei meus cabelos e os deixei molhados soltos, passei uma fina camada de lápis de olho e rímel em meus cílios acompanhado do curvador. Provável que Chucky esteja trabalhando hoje, então vou direto ao shopping, já tomo meu café lá. Vesti minha roupa e calcei meu sapato. Minha bolsa atravessada preta estava meio cheia até.

    -Bom dia família. - Falei enquanto descia as escadas e passava a mão no corrimão.

    -Bom dia. - Diz Anne segurando um cesto em mãos com flores, as flores que enfeitam a sala.

    -Cadê a tia? - Pergunto.

    -Ela está regando as flores dela. Vai sair?

    -Vou sim, muitas coisas a serem resolvidas. - Levanto minha sobrancelhas e ela ri.

    -Como por exemplo passar o dia na cama do Bruno? - Sua cara de safada, comecei a rir.

    -Seria uma ótima ideia, mas não… vou falar com o Chucky hoje.

    -Ah, boa sorte. Vou largar isso de uma vez.

    Ela some do meu campo de visão. Abri a porta da frente e coloquei meus óculos escuros no alto da cabeça. Procurei minha tia ali nas flores, mas ela não estava ali. Dei de ombros e segui meu caminho até o ponto de ônibus, Anne sabe onde eu estarei então ela pode avisar a tia.

    Sento-me no banco do ônibus e fico olhando pela janela as coisas, tudo parece demorar mais quando a gente está no tédio. Eca! O tempo parecia nem passar, então peguei meu celular com pouca bateria e antes que acabasse de vez, mando duas mensagens.

    “Oi! Você deve estar trabalhando, não é? Vou aparecer aí no seu intervalo para conversarmos rapidamente.”

    Mandei para o Chucky, aproveitei e editei o contato do Bruno, que antes estava como “bruno” agora está “bruno <3”. Eu sei, tenho plena certeza que isso é idiota, bobinho e bla bla bla, mas eu amo ele e gostei disso!

    “Bom dia! Te acordei, bebê?”

    O ônibus desviou o caminho que ele sempre faz por conta de um acidente no meio do caminho. Levanto a cabeça levemente pra ver o que tinha acontecido, mas estava muito longe, difícil de ver.


    Quando cheguei no shopping, a única coisa que me fazia pensar é no que eu iria falar pra ele. Mas primeiro meu estômago me chamava mais atenção, então subi as escadas rolantes até a praça de alimentação. Sentei-me na subway e pedi o mesmo sanduíche que eu sempre peço e um suco de uva, o melhor.

    Fiquei olhando alguns casais que comiam juntos, outras pessoas solitárias lendo livros ou revistas, e uma coisa curiosa na fila do McDonalds. Lembro-me perfeitamente dessa menina, pele e cabelo negro, e seus olhinhos bolitas, bem expressivos. (Lembre dela aqui nesse capítulo :) ) Seu pai, um homem negro também, continuava com o mesmo sorriso que eu me lembrará de um ano atrás no metrô. Lembro-me que essa pequena - que agora já está bem maior - fez eu dar sorrisos enquanto viajávamos no caminho até a nossas casas.

    Pensei por frações de segundo em ir lá, vê se ela se lembrava de mim, mas é quase impossível, então fiquei contemplando de longe ela olhando os brinquedos e apontando para qual deles ela queria. Para minha sorte, enquanto eu comia, a mesa que ele escolheu para eles sentarem ficava próxima a minha, tentei fazer de tudo para ela me perceber ali, mas não rolou, ela apenas olhava fixamente para o brinquedo e seu pai implorando que ela terminasse de comer.

    Meu celular vibra sobre a mesa, o pego e tem uma mensagem.

    “Não estamos com movimento na loja agora, posso sair por quinze minutos. Está a onde?”

    “Ótimo, estou na praça de alimentação, você vai me enxergar assim que chegar aqui.”

    Estava de frente ao único acesso a praça, então facilmente ele me verá ali. Uma última vez tentei chamar a atenção da menina, esqueci o nome dela, mas quem olhou pra mim foi o pai dela que me encarou por alguns segundos, por sua expressão ele deveria estar pensando que me conhece, mas não sabe de onde. Levei um susto quando um volto de camisa social branca, sentasse na minha frente, quase sem ar. Antes de falar qualquer coisa, até mesmo um oi, estico minha mão com o suco e ele bebe um pouquinho.

    -Obrigada. - Ele respira. - Oi.

    -Oi. - Dei um sorriso sem graça. 

    -Tudo bem? Você está linda… parece mais alegre, viva… não sei explicar. 

    -É… estou bem, e você? - Não dou muito assunto, não quero que isso seja de alguma forma “difícil”.

    -Estou bem, estava sentindo sua falta. Como foi no Havaí?

    -Foi maravilhoso, e é sobre isso mesmo que temos que falar.

    -Ah, tudo bem, o que houve?

    -Chucky. - Olhei seus olhos encarando meu rosto, ele estava com uma expressão vazia agora. - Na viagem, eu acabei voltando a me entender com o Bruno… desculpa-me, mas eu o amo, e eu tive que fazer isso por mim. - Torço os lábios e ele me olha sem reação.

    -Nossa. - Sua mão direita passa pelo seu rosto e ele esvazia seu pulmão através da boca.

    -Eu quis ser direta, já que você está no intervalo… mas será fácil pra nós, não tínhamos nada sério.

    -É...Escuta, eu só quero o seu bem, eu estarei aqui caso um dia precisar de mim ou quiser um amigo pra chorar.

    Pensei que seria mais difícil minha conversa com ele, mas por ficarmos conversando sobre várias coisas rapidamente, eu nem prestei atenção na menina e no seu pai, quando lembrei deles, já não estavam mais ali. Fazer o que, nem tudo é como a gente quer. Despedi-me do Chucky com um forte abraço e ele seguiu seu caminho novamente para a loja, enquanto eu me direciono até os táxis para ir a casa do Bruno.

    +++

    A casa completamente fechada, Bruno ainda não respondeu minha mensagem, no mínimo ele está dormindo ainda, de certo ficou até tarde acordado. Me aproximei da porta e antes de forçar a entrada, lembrei-me do alarme. Peguei meu celular na bolsa e liguei pra ele.

    -Sua chamada está sendo encaminhada…- A caixa de mensagens da sinal.

    Bufo diante disso, caminhada perdida. Percorro a pé o caminho até a entrada do condomínio, dou oi para uma moça grávida que passa por mim e ouço de longe algumas buzinadas. Não dou bola, não deve ser pra mim. O carro que para ao meu lado, baixa os vidros.

    -Hey gatinha, carona? - Pergunta Phil.

    -Phil? Já estivemos numa situação um pouco parecida. - Digo entre risos.

    -Verdade. - Ele gargalha. - Olha, eu não posso ficar muito tempo parado aqui, entra que eu te levo onde o Bruno está.

    Ele destranca a porta do passageiro e eu entro.

    -Como sabia que eu estava aqui? - Pergunto.

    -Não sabia, vim pegar umas coisas no estúdio do Bruno.

    -Ah. - Falo.

    -Eu já sei de tudo… é impossível ele esconder aquele sorriso. - Phil fala como bobo enquanto espera o porteiro abrir o portão. Ele faz um ok com a mão pra ele e continuamos nosso caminho.

    -Sorrisos? - Agora é meu sorriso bobo que escapa.

    -O seu também, olha. - Ele aponta pro espelho e quando eu me vejo… não pareço a mesma pessoa. - Você está com um brilho inexplicável.

    -Esperei muito tempo pra isso acontecer. - Comento me ajeitando no banco e lembrando de colocar o cinto.

    -Eu é que sei… fico feliz por vocês dois, sabe? Eu adoro ver quando as pessoas se dão bem no amor assim, e você e o Bruno só não são felizes juntos há mais tempo que isso porque os dois são birrentos. 

    -Na verdade antes eu queria e corri atrás. - Dou de ombros.

    -Mas depois desistiu… existe uma música que diz pra você nunca desistir do que tanto quer.

    -Teve uma hora que eu cansei de tudo isso. - Comento lembrando-me de tudo que eu chorei por ele.

    -Quer saber de um segredo?

    -Qual? - Pergunto, curiosa.

    -O amor… a gente percebe ele apenas pelo modo da pessoa pronunciar o seu nome. Quem tá de fora disso é possível perceber até estrelas saindo de nós.

    -Onde leu isso? - Brinco com ele que ri abobadamente.

    Eu e o Phil fomos conversando bastante no caminho. Soube que os meninos da banda ainda não sabem que nós estamos namorando, basicamente quem sabe então é a minha família, e o Phil e a Urbana. Descemos num estacionamento e Phil foi andando enquanto eu o seguia. Paramos para ele falar rapidamente com um moço, não prestei atenção na conversa. Entramos num portão e logo na frente já tinha uma porta de vidro preto e ele aperta uns botões para abrir.

    -Esse é o estúdio de vocês? - Pergunto.

    -Sim, estúdio de música - Ele abre a porta e eu olho para dentro onde tem uma enorme sala de espera e três portas, uma em cada parede. - e de dança. - Completa ele.


    Fiquei encantada com tudo que tinha ali. Phil apontou para cada uma das portas dizendo o que era o que, com um cd em sua mão direita. Uma das portas era o banheiro, a outra era o espaço de dança, e a outra, na qual entramos, era a de produção musical. Phil abriu a porta e lá estava os meninos fazendo um som de brincadeira com os instrumentos. Bruno estava sentado em frente a uma mesa de mixagem e quando ouviu o barulho, olhou para a porta.

    -Achei uma indigente no meio do caminho. - Ele aponta pra mim, que aceno.

    -E aí rapazes. - Digo.

    -Quanto tempo princesa? - Kam levanta-se para vir me dar um abraço.

    -Foi branca pro Havaí, voltou preta. - Comenta Ryan e atira um beijo pra mim.

    -Como você está bonita. - Ganhei meu dia quando John elogia-me.

    -Oun, obrigada. - Respondo quase corando as bochechas. - É bom ouvir um elogio.

    -Ela está linda mesmo, ela é linda. - Bruno vem na minha direção e Phil faz alguma bobagem na qual me faz rir descontroladamente, mas sem tirar os olhos do Bruno.

    -Ih rapaz, eu não tô sabendo… - Kam fica confuso olhando para nós dois quando Bruno chega na minha frente.

    -Ela é minha linda agora - Diz Bruno em voz alta e me abraça. Claro que os meninos fizeram a farra com isso, gritinhos e assovios - e sempre. - Completa falando no pé da minha orelha.

    -Finalmente posso te chamar oficialmente de cunhada? - Eric brinca levantando da bateria onde estava sentado.

    -Agora eu acho que sim. - Olho confusa para o Bruno que enquanto ri balança a cabeça positivamente.

    -Bem vinda a família pequena Lilo. - Eric abraça-me e ouço mais coisas dos meninos.

    -Bem vinda oficialmente para a nossa família. - Phil gira o dedo mostrando que a família que eu ganhei, além de ser a do Bruno, é a banda. Sorri sentindo uma alegria imensa no meu peito.

    -É UM MILAGRE, SENHOR. - Ryan, abobado e palhaço, fica de joelhos no chão com as mãos para o alto.

    • Não teve nada demais no capítulo, mas estou fazendo o possível pra prolongar a história sem parecer chata, espero que estejam gostando <3 beijos e comentem, please 


    segunda-feira, 21 de abril de 2014

    Capítulo 112

    Dentro do avião, aquela demora chata e aquela vontade de mandar todos cantarem porque eu não aguentava mais aquele tédio mortal. Acho que escutei todo o disco dos beatles na Alemanha, de trás pra frente. Fiquei me mexendo na poltrona e a moça do lado me dava olhares de “senta aí e fica quieta vadia”. O voo parecia ir pra China, de tanto tempo de demora - apesar que eu nunca fui pra China, mas diz o Bruno que demora muito.


    Ah o Bruno, dava muitas coisas para pegar o voo com ele, assim teríamos o que conversar juntos e até aproveitar o tempo matando a saudades. Acho que estou inquieta assim porque queria estar com ele, e odeio lugares tediosos.

    “Senhores passageiros, estamos próximos à Santa Monica, porém o avião passará por uma leve turbulência devido as nuvens pesadas. Pedimos encarecidamente que tranquem seus cintos e se caso for preciso, acione o alarme para a mascará de óxigênio cair sobre você. Fiquem tranquilos pois será rápido. Atenciosamente, cabine de controle.”


    O que eu escutei foi tipo isso “fiquem tranquilos, a gente vai tremer um pouquinho e pode ser que o avião saía de controle e caia no meio do oceano pacífico, mas não é nada demais”. Passei por duas turbulências quando vim do Brasil para Los Angeles, a diferença é que eu estava morta de cansada, quase dormindo e nem prestei atenção, mas agora que eu estou inquieta, isso parece mudar minha vida.

    Mexi minhas mãos sobre o meu colo e entrelacei-as. A moça que já estava com nojo de mim, bufou e apertou seu cinto. Me lembrei que teria de fazer o mesmo, e assim fiz.

    Preguei meus olhos e instantaneamente, dormi. Não era pra ter dormido, afinal já iríamos pousar. Acordo com uma mão delicada batendo em meu braço.

    -Moça, nós chegamos. - Aperto meus olhos, tento-os abrir e os fecho novamente. - Moça… - Chama a voz novamente. Sem enxergar nitidamente, a claridade invade meus olhos e eles ardem. Coloco a mão para coça-los, mas lembrei da maquiagem.

    -Chegamos? - Perguntei ainda “grog”.

    -Há alguns minutos. - Diz uma moça com terninho delicado na cor cinza chumbo, pele negra e bem apresentável.

    -Aí meu Deus… não deveria ter dormido.

    Tentei levantar e o cinto me empediu, caí sentada no banco novamente e a moça que me acordou segurou o riso. Me desvincilhei do cinto e levantei me cuidando.

    -Obrigada por me acordar. - Disse pegando minha bolsa e verificando se tudo estava ali.

    -Não foi nada. - Ela sorri. - A propósito, meu nome é Linn. - Ela estica sua mão um pouco pálida comparada a minha.

    -Prazer. - Apertei a mão dela. - O meu é Michelle.


    Linn foi conversando comigo, claro, dei assunto pra ela, mas mais da metade das coisas que ela falava eu não conseguia processar. Meu cérebro ainda está dormindo, e eu pensando na minha cama quentinha, fofinha, meu travesseiro… quero minha cama. Ficamos esperando nossas malas na esteira enquanto ouvia o papo dela de como seu serviço é xarope e que ela quer sair de lá. Por curiosidade perguntei onde ela trabalhava, ela disse que trabalhava na coordenadoria jurídica do Urban Studio. Urban Studio é um dos mais conceituados escritórios de arquitetura e empreiteiras, até paisagismo, de Los Angeles.

    Comentei com ela na mesma hora dizendo que sou uma arquiteta formada e desempregada. Ela não comentou mais nada sobre o assunto de emprego. Continuando nosso papo, já com nossas malas em nossas mãos, ela me diz que tem um filho, Billy, que quer cursar advocacia, assim como ela. Falou também do seu marido, Ben, que é empresário. Bom, ela vive muito bem de vida, oh, como vive.

    -Pra que lado vai agora? Poderíamos rachar um táxi. - Ela sorri com a ideia que ela mesmo dá, e agora?

    -Vou para o leste, costeira. Moro no condomínio de lá. - Digo em resposta.

    -Ah, eu paro um pouco antes disso, eu rachamos um táxi e eu pago a conta até lá e o que der depois até sua casa você paga. Tudo bem? - Que loucura. Eu nunca iria fazer isso com um desconhecido, como ela tem certeza que eu sou uma boa pessoa e que não sou nenhuma louca terrorista.

    -Ok. - Respondo. Afinal, é bom pra mim. A grana não está tão boa assim pra estar desperdiçando as oportunidades.

    Minha mala é o dobro, quase triplo da dela, por isso a dela que é pequena foi no banco de trás, junto com ela. O motorista estava com um lado do fone de ouvido, Linn falava sem parar, e algo me diz que ele estava de ouvidos na nossa conversa. Com um tempinho, ela abriu a carteira para tirar o dinheiro e esticou sua mão perto do meu ombro.

    -Óh. - Pego o cartão chique em mãos. - Eles trabalham mais é com gente formada e que alguém lá de dentro indique. Bom, eu vou te indicar e quando você aparecer lá, lembra de me procurar para eu te apresentar a chefe. Garanto que eles irão gostar de você. Meu número é esse. - Ela aponta na parte inferior do cartão. - Esse aqui é o da empresa, aí você pede que passem para o setor de RH. - Olho pra ela de mal jeito, sem conseguir virar direito.

    -Nossa, obrigada mesmo. - Agradeço de coração.

    -Não é nada! - Ela sorri gratamente. - Moço, me largue na frente do prédio Dark.

    Me despedi da Linn e guardei seu cartão em minha carteira. Falei ao motorista meu endereço e ele foi dirigindo até lá. Não demos uma única palavra. Peguei meu celular em mãos e tirei do modo voo, logo chegaram três mensagens seguidas. Duas da Anne e uma do Bruno.

    “Onde você está cadela louca?” 

    “Eu ia no aeroporto lhe buscar, mas estamos indo ao super mercado para fazer compras pra casa. A chave você tem, passe bem.” 

    Anne doida hoje e sempre. A mensagem do Bruno eu abri e já sem ao menos ler, eu sorri.

    “Estou saindo daqui ás quatro da tarde...Acredita que estou morrendo de saudades? Qual foi o feitiço que você usou em mim? Porque ele é bom… Me avise quando chegar em terra firme, te amo.” 

    Esse “te amo” no final da mensagem fez meu coração ficar mais bobo que o normal. Passei o dedo pela tela diversas vezes e abri a caixa para responde-lo.

    “Oi Bru. Estou chegando em casa já, cansada e com sono. Nos vemos quando? Ah, bom voo! Te amo também.” 

    Uma mensagem tão estranha que eu mandei, não acha? Olhei, reli duas vezes e resolvi mandar uma parte.

    “Esquece o também… eu só amo você.” 

    Agora sim. Sorri feito boba, novamente! Assim que estacionamos na frente da casa, eu paguei e arrastei pelo caminho a minha mala pesada. Procurei na minha bolsa a chave, mas parece que eu achava tudo, até sapos ali dentro, menos a chave. Meu coração já começou a apertar...imagina se eu esqueci isso em algum lugar? Brava, me agaixei e toquei tudo da bolsa no chão. Achei a chave e então abri a porta. Juntei tudo do chão e enfiei de qualquer jeito na bolsa e entrei dentro de casa.

    A primeira coisa que eu fiz foi atacar a geladeira. Comi um enorme pedaço de sanduíche que estava ali e com a boca cheia, ainda mastigando, subi as escadas com uma certa dificuldade carregando a mala. Larguei tudo no meu quarto e antes que eu caísse na tentação da minha cama, desci rapidamente e tranquei a porta da casa, peguei minha chave e subi correndo para meu quarto. Atirei-me na cama sem nem dar bola pras coisas ainda no meio do caminho, apenas aproveitei o fofinho do meu colchão. Virei-me de lado e avistei na minha cômoda a foto minha e do Bruno quando pequenos, bateu aquela vontade de relembrar os velhos tempos.



    "-Bruno, me devolve! - Digo tentando pegar meu diário de suas mãos. 

    -Eu sou seu melhor amigo, tenho direitos. - Sua fala soa caçoante diante da minha situação. 

    -Seu merda. - Grito pra ele que só sabe gargalhar enquanto folhava aleatoriamente as páginas. 

    -Olha as palavras, menina. Seu irmão está ouvindo. 

    Olho pro Theo que está atirado no chão sobre o tapete com uma almofada embaixo de sua cabeça como travesseiro, os olhos vidrados na televisão, poderia cair o mundo e ele ainda estaria ali, também, ele só é mais uma criança de oito anos e eu uma de quatorze. 

    - “Não sei se estou ficando louca, mas acho o menino do ginásio lindo”. - Repete Bruno segundo o que estava escrito no meu diário. Olhei-o fuzilando com os olhos e ele ri abertamente. 

    -Se aproveita de mim porque tem mais força que eu, mas espera eu planejar algo malígno pra você! 

    Dou de costas pra ele, é um idiota, se aproveita de mim porque não posso com ele. Mas espera só eu ver um jeito de pega-lo direitinho, e até já sei seu ponto fraco. O olhei de longe e prossegui meu caminho até meu quarto. 

    ++++

    -E agora, quem é a rainha? - Pergunto de cima da árvore tentando me equilibrar direitinho no galho. 

    -Desce daí maluca. - Diz ele tentando me despistar. 

    -Não vou descer, sabe que eu sou melhor do que você nessas coisas de subir em árvores, até pular muros. - Coloquei a língua pra ele. 

    -Eu vou matar você se fizer alguma coisa com meu violão. - Eu tentava equilibrar meus pés no galho forte da árvore justamente porque não estava usando as mãos, estava ocupada com o seu violão na mão tramando minha vingança. 

    -Michelle, eu vou arrancar essas suas tranças. 

    -Isso não me afeta, cara de mamão. - Coloco a língua novamente para ele.

    -Idiota. - Diz ele semicerrando os olhos. 

    -Abobado. - Rebato semicerrando os olhos também. 

    -Te odeio. 

    -Mentira. - Digo tentando-o convencer apenas com o olhar. 

    -Verdade! Devolve meu violão. 

    -Não sem antes ouvir que eu sou a rainha. - Deixo o violão em uma mão só com dificuldade e a outra pouso sobre minha cintura. 

    -Nunca vou falar isso, anda logo me devolve. - Continuo o olhando e ele senta-se na grama. - Um dia você vai descer daí e eu vou estar aqui te esperando. 

    - “Jogue suas tranças rapunzel” - Imitei uma voz quase masculina e ri depois, até ele riu. 

    -Quem é o macaco que está na minha árvore? - Ouço a voz da tia Bernie e tento me esconder num galho acima com mais folhagens. 

    -Adivinha mamãe! - Grita Bruno como se isso fosse uma ameaça pra mim. 

    -Vou cortar o rabo desse macaco já já. - Diz ela em tom de brincadeira. 

    -Viu macaca, a casa caiu… ou diria o galho? - Ironicamente ele diz lá de baixo. 

    Vou me ajeitando nos galhos para descer e ele fica doido com cada movimento que dou esperando que o violão não caísse no chão. Por sorte dele eu e o violão chegamos intactos no chão, mas quando estou distraída limpando minha perna ele tenta o pegar de mim. Corro pelo pátio dando a volta em tudo que eu via, Bruno como sempre correu mais rápido que eu, mas nunca foi mais ágil. Distraidamente ele me pega de surpresa, caímos no chão juntos e demos gargalhada um do outro. 



    -Idiota. - Dissemos juntos, nos entreolhamos e rimos. "

    Dei um sorriso bobo diante da minha lembrança. Tantas e tantas vezes nós dois viviamos assim, loucos, como cão e gato porque ele sempre dava um jeito de me irritar, e eu sempre dava um jeito de me vingar. Nós éramos uma dupla dinâmica. Ainda somos?

    Ouvi o barulho da porta e logo, mesmo dali de cima, escutei a voz da Anne dizendo que eu não havia chego ainda. Levantei e encostei a porta direitinho. Abri a grande mala e tirei minhas roupas limpas e coloquei-as no guarda roupa, e as sujas que estavam dentro de uma sacola eu pus no cesto de roupa suja que estava vazio. Tirei tudo que tinha da minha bolsa e comecei a distribuir nos seus devidos lugares. Meu celular deixei sobre a mesinha da cabeceira e só troquei meus tênis por um chinelinho básico.

    Abri a porta pensando em assustar todos lá em baixo, mas no meio do corredor encontro Anne.

    -Vacaaaaa! - Grita ela. - Nem avisa que chegou. - Seu corpo voa sobre o meu, eu me desequilibro e por pouco não caímos no chão como pinos de boliche.

    -Também estava com saudades e também te amo. - Digo agora aproveitando melhor seu abraço de urso.

    -Nunca mais saí por muito tempo sem me levar, eu morri de saudades. - Ela dá um tapa “amigável” nas minhas costas.

    -Ok. - Respondo.

    -Desce lá que a mamãe está na cozinha, ela vai amar te rever. Eu vou colocar minhas roupas pra lavar, afinal amanhã trabalho de novo. - Ela revira os olhos e vai saltitante para o seu quarto.

    Desço as escadas e encontro várias sacolas sobre o sofá e minha tia mexendo nelas tentando organizar tudo.

    -Deixa que eu ajudo. - Falo pegando uma sacola.

    -Michelle.

    Como é bom receber seu abraço depois de dez dias. Eu me sentia mais liberta, mais feliz, tranquila, meu coração parecia não estar naquela mesma margura de sempre. Nos abraçamos e enquanto eu contava como foi o Havaí - tirando a parte do Bruno - ela e Anne iam escutando e guardando as coisas. Perguntei a que horas o Theo chegaria, mas Anne não soube dizer porque ele foi pra casa da Blair ontem e nem avisou. Perguntei sobre a Zoe e soube que os quatro - Anne, Zoe, Phred e Leo - saíram em um jantar para casais semana passada. Os gatos saem e os ratos fazem a festa.

    Com a mesa servida em um belo café da tarde, nós nos sentamos. Enquanto íamos servindo o que queríamos eu pensava se falava agora a notícia, ou se deixava o Theo chegar, ou se esperava falar com o Bruno primeiramente. Mas… todo pensamento foi em vão.

    -Estou te achando tão sorridente, tão feliz… Havaí te fez bem, filha. - Fala minha tia carinhosamente enquanto mexia sua xícara com chá preto.

    -Acha mesmo? - Passei a mão pelo meu rosto e me veio cada lembrança do Havaí, desses dez dias.

    -Isso só pode ter um nome. - Anne lança um olhar pra mim e quase me engasgo com minha própria saliva.

    -Qual? - Pergunta minha tia, coitadinha, sem saber de nada.

    -Eu não sei não… percebeu que ela nem nos ligou direito? Que ela está feliz demais, que aproveitou muitos lugares que eu não iria sozinha…

    -Mas você é nojenta pra tudo. - Retruco tentando mudar de assunto.

    -Até voltas no assunto tá querendo dar, olha aí mãe. - Ela corta um pedaço de pão em suas mãos com a faca aparentemente ruim.

    -Nada a ver. - Franzo o cenho pra ela e ela gargalha.

    -Deixa ela, Anne! Coisa chata. Não precisa falar se não quiser, amor. - Minha tia diz pra mim já se levantando para pegar algo na geladeira.

    -É que o que a Anne tá querendo dizer é que eu recebi uma surpresa lá no Havaí… Bruno foi pra lá, e nós passamos esses dez dias muito bem.

    -Teve sexo? - Pergunta Anne descaradamente.

    -Anne, calada. - Minha tia protesta. - E então querida, o que houve mais?

    -Nós passeamos, fizemos vários tour’s por lá, lembrei de muita coisa. - Dei um sorriso de canto. - Ele se declarou pra mim de maneira linda e era isso que a Anne estava tentando dizer.

    -E… - Anne não era a única curiosa ali.

    -E nós brigamos um pouquinho antes que eu pudesse cair nos seus braços, e por conselhos de algumas pessoas - Olhei fixamente para Anne que pôs o dedinho na boca como se fosse me seduzir - nós acabamos nos reconciliando… e foi isso! - Digo por fim.

    -Só isso? - Anne faz cara de decepção. - Não teve nenhuma mão naquilo, nada de sexo selvagem, nada?

    -Anne. - Dizemos as duas juntas.

    -Falou em sexo selvagem eu já quero saber. - Ouço a voz de Theo que me abraça por trás, mesmo eu estando sentada.

    -Sua irmã andou fazendo sexo selvagem. - Diz minha tia.

    -Eu vou embora daqui, isso é um complô. - Fiquei boquiaberta.

    -Ela vai lá fazer mais sexo selvagem. - Anne fala e todos gargalham, inclusive eu.

    -Vão a merda, sério. - Meus risos saíram estranhos.

    -Com quem que foi o sexo? - Pergunta meu irmão.

    -Fala sério? - Franzi a testa pra ele que me olha querendo mesmo saber…

    -Foi com o gorila lá. - Responde Anne.

    -Vai a merda. - Digo entre risadas.

    -Bruno? - Pergunta Theo sentando-se na cadeira ao meu lado.

    -Foi com ele, várias vezes, querem saber as posições também? - Já ia entrar no animo da brincadeira.

    -Me poupe desses detalhes, Michelle. - Minha tia diz da porta da geladeira.

    -Eu tô em abstinência. - Anne revira os olhos. - Três dias sem.

    -Eu não. - Theo sorri bem feliz.

    -Primeiro que não foi sexo, foi amor. - Falei dando uma inclinada com a cabeça para o lado e um sorriso bobo nos lábios.

    -Vocês voltaram? - Pergunta Theo, eita família curiosa.

    -Óbvio! - Anne responde por mim.

    -Pois é. - Digo sem graça, agora sim eu estava era com vergonha das coisas que estávamos falando.

    -Estamos felizes que tenha aproveitado a viagem. - Minha tia fala por eles três.


    • Poxa, o capítulo de hoje tá bem compridinho né? Acho que mereço comentários, porque o capítulo passado foi bem pobrinho de coments :\  divirtam-se e beijos! 

    sexta-feira, 18 de abril de 2014

    Capítulo 111

    Bruno e eu decidimos uma loucura! Não falaríamos nada mais que o necessário com o pessoal de Los Angeles, apenas mensagens indicando que estávamos bem, mas nada sobre nosso namoro. Como eu previ, nossa foto entrando no parque de mãos dadas parou em tudo quanto é lugar.

    Hoje é nosso penúltimo dia aqui. Amanhã eu embarcarei pela manhã - de acordo com a minha passagem que já foi comprada e não tem troca, e Bruno embarcará pela tarde.

    Deitada no sofá fico repassando cada momento que eu vive com ele antes e nesses últimos dias. Ninguém me faz feliz como ele me faz. Se tem uma coisa que eu posso me orgulhar da minha vida amorosa é de estar com ele agora. Ontem quando passeamos de mãos dadas pelas ruas até chegar num quiosque, fiquei pensando em quando éramos pequenos. Era engraçado que nós tínhamos nojo de pegar nossas mãos, éramos amigos e somente amigos, não víamos maldade, até chegarmos na adolescência. Por nenhum momento Bruno se interessou por mim quando adolescente, mas eu por várias vezes já pensei em provar dos seus lábios.

    Quando fui embora achei que tudo tinha acabado, que nunca mais o viria. Um dia liguei a televisão e lá estava ele num jornal dando entrevista que estaria indo pra lá. Que vida, eu contemplei sua beleza, mas levei minha vida pessoal em frente. Escutei suas músicas e ás vezes me pegava pensando se um dia eu o veria novamente.

    Não sei dizer se foram minhas escolhas que me trouxeram até aqui, ou se foi o destino que nos uniu, mas eu gosto disso e não quero que acabe.

    -Prometeu que iria mergulhar comigo! - Alertando-me do meu transe de pensamentos, Bruno aparece com uma toalha cinza secando seus cabelos, sua bermuda estava molhada e pingando no chão. Arrumei-me  no sofá.

    -Desculpa, fiquei pensando aqui. - Balanço minha cabeça e levanto. - Vou subir e trocar de roupa para dar um mergulho.

    -Não precisa. - Ele caminha para me dar um abraço molhado.

    -Bruno, saí, você está encharcado. - Protesto colocando a mão sobre seu peito.

    -Vai assim mesmo. - Ele vai empurrando-me usando sua força contra a minha.

    Não adiantava falar algo, eu comecei a rir da situação. No fundo eu não queria pular na piscina, tomei banho a pouco tempo e depois meu cabelo irá ficar uma coisa por causa do cloro. Tentei protestar mais uma vez, mas ele me atinge com cócegas pelo meu corpo.

    Meu corpo toca fortemente a água e eu prendo a respiração lá em baixo. Ouço Bruno me chamar e fecho meus olhos superficialmente e deixo meu corpo boiar. Bruno deu uma fisgada com a boca como se estivesse sentindo um pavor envolvendo-o, e então ele vem rapidamente para o lado do meu corpo imerso.


    -Mich, fala comigo, por favor. - Ele passa a mão em meus cabelos e eu seguro pra não rir. - Ai meu Deus, o que foi que eu fiz! - Suas mãos largam meu corpo e a água me leva um pouquinho para o lado, se eu pudesse vê-lo acho que estaria com as mãos na cabeça.

    Sinto suas mãos, uma em meu pescoço e a outra sobre minha cintura. Com força ele ergue meu corpo para a borda da piscina. Sua mão pega meu pulso e de uma maneira descoordenada ele tenta checar a meus batimentos por ali, mas não consegue, então ele coloca seu dedo perto do meu nariz e eu prendo a respiração.

    -Mich, fala comigo, sua pele tá gelada... - Bruno passa a mão sobre meu cabelo. Claro que minha pele está gelada, eu estava lá dentro no quentinho e a água está gelada, obviamente ela ficaria assim. Ah, estou com pena dele.

    Seus lábios encostaram nos meus e com o auxílio de seus dedos, ele fez um biquinho em minha boca e tentou uma respiração boca-a-boca. Mas ele estava em má posição, então ele se arrumou rapidamente distribuindo suas pernas uma para cada lado do meu corpo e novamente ele tentou a respiração. Abri meus olhos e o olhei.

    -Oi. - Digo e não seguro mais o riso.

    -Michelle! - Ele afasta o rosto do meu. - Você está bem?

    -Ótima. - Dou gargalhada alta.

    -Não ri, com isso não se brinca.

    -Calma Bruno, só quis fazer uma brincadeirinha para descontrair. - Digo enquanto o vejo saindo de cima de mim.

    -Mas não teve graça, ok! - Bruno passa a mão pela cabeça nervosamente. - Eu achei... eu achei... - suas palavras não vinham. - Poxa, nunca mais faça esse tipo de coisa! - Sua respiração foi ofegante.

    -Tá, me desculpa. - Pedi e ele nem olhou em meus olhos. - Bom, eu já pedi desculpas! - Dei de ombros e apoiei-me para levantar.

    -Agora vai ter que pagar um preço por isso. - Ele morde seus lábios.

    -Como você é safado. - Peguei um pouco da água da piscina e toquei nele. - E se tivesse acontecido alguma coisa?

    -Eu nunca me perdoaria, ninguém me perdoaria. Eu seria preso, e estaria condenado a viver com o maior peso na consciência. - Diz ele.

    -O peso de matar alguém? - Pergunto tranquila.

    -Não. - Ele fica de joelhos. - O peso de perder você novamente, mas dessa vez pra sempre. Não quero que isso aconteça.

    Podem falar que eu sou a apaixonada mais idiota que existe no mundo. Queria chorar pelo que eu acabei de ouvir, é tão bom sentir-me amada. Olhei para ele e nosso desejo foi expressado apenas por aquele olhar. Mordi meus lábios e ele sabia exatamente o que aquilo significava. Vindo por cima de mim, entrelacei minhas pernas no redor do seu corpo prendendo ele junto a mim.


    Um beijo com desejo saiu de nossos lábios, minha língua sedenta por explorar cada vez mais a sua boca, fazia movimentos dentro dela. Minhas mãos intercalavam seu corpo e seus cabelos. Suas mãos passeavam por mim também, a única que estava disponível pra falar a verdade porque com a outra ele se apoiava. Se continuássemos no embalo que estávamos ali, iríamos transar ali mesmo. Isso não é muito aconselhável!

    Nos levantamos com presa, Bruno caminhava no mesmo passo que eu grudado em minhas costas, enquanto meus dedos acariciavam suas mãos que me envolviam. Mesmo nem tendo entrado direito na casa, tiro o que posso da bancada e me escoro ali mesmo. O corpo dele estava quente e seu membro já dava um grande sinal de vida em sua bermuda. Passo a mão por suas costas enquanto nos beijávamos.

    Mantemos uma distância confortável e enquanto eu tirava minha blusa e abria meu sutiã, Bruno tirava sua bermuda sem nada por baixo. Enrolei-me no sutiã e para não demorar-nos mais ele baixa meu short molhado junto com a minha calcinha, numa prática incrível. Olhando-me dos pés a cabeça, suas mãos passam pelas curvas do meu corpo e arrancam suspiros pesados meus. Abafo um gemido assim que ele se ajoelha em minha frente e passa sua língua pelo "caminho da felicidade". Afasto um pouco minhas pernas e ele apalpa minhas nádegas com vontade enquanto sua língua começa a me explorar. Pressionava minha mão esquerda em minha boca para não gemer tão alto, mas controle do meu corpo era algo que eu não estava tendo naquele momento.

    Levantando e encostando sua testa em mim, deixei minha respiração afobada tomar conta de mim. Bruno conduziu minha mão para o seu membro como se fosse um pedido para que eu mexesse com ele. Enquanto minha mão fazia movimentos em seu membro, seu rosto se contorcia em várias expressões de extremo prazer. Beijei levemente seus lábios.


    Não aguentando mais, Bruno levanta uma das minhas pernas e lambe seus dedos. Passando sobre o meu sexo e fazendo revirar-me os olhos, fixei minha perna ao redor do seu corpo e senti ele me preenchendo com seu membro vagarosamente. Uma das suas mãos segurava minha perna e a outra ajudava ele a se equilibrar. Gemendo baixinho em seus lábios, retornamos a mais um beijo com muitas pausas para gemidos intensos da minha parte.

    Percebi que chegaríamos ao nosso prazer rapidamente. Transar com ele é uma droga, vicia e da vontade de ter toda a hora. Seu corpo quente e seus beijos em minha clavícula me deixavam maluca. Sua respiração já estava pesada ao bastante indicando que daqui a pouco ele chegará no alto do seu prazer.

    ++++

    -Não queria ir. - Faço beicinho assim que termino meu rápido café.

    -Nós nos vemos à noite. - Bruno tenta me confortar.

    -Mas quem disse que eu não queria ir por causa sua? - Arqueio as duas sobrancelhas e ele me dá o dedo médio. - A vem cá. - Tento abraçar ele.

    -Não quero saber. - Ele faz birra e eu o solto.

    -Ta bom. - Cruzo os braços e dessa vez ele me abraça.

    -Quando chegar me avisa.

    -Avisarei. - Peguei minha bolsa sobre o sofá e Bruno puxou minha mala pra porta. - Daqui a dois minutos o táxi está aqui.

    -O que podemos fazer em dois minutos? - Pergunta ele colocando a mão na minha cintura.

    -Beijar. - Beijei seus lábios doida para ficar ali por mais um tempinho.

    -E quando chegarmos em Los Angeles? - Pergunta ele e eu gargalho.

    -Você só pensa nisso? - Arregalei os olhos.

    -Penso em você também.

    Demos um beijo que para eu já soou como uma despedida e saudades sendo que nem comecei a longa viagem de seis horas ainda.


    • Uma "rapidinha" pra vocês acompanhado de uma pegadinha de mal gosto da Mich disaodiosan :p ah, foi de mal gosto, mas desencadeou um hot, pensem :p Comentem o que acharam, e até o próximo <3 Beijos. 

    quarta-feira, 16 de abril de 2014

    Capítulo 110

    (eu indico escutar essa música até o final - ou para o resto da vida porque ela é diva doisnaod)

    Sexto dia no Havaí e ainda acordo como se fosse o primeiro. Dessa vez Bruno não estava na cama ao meu lado, estranhei, pois ontem a noite dormimos juntos mais uma vez. Me espreguicei e estalei os dedos das mãos. Tirei a coberta que cobria meu corpo e me estiquei para pegar meu celular. Faz três dias que nós estamos namorando e eu não liguei pra ninguém lá de LA, somente mandei mensagens avisando que estava tudo bem. Ou seja, eles não sabem que eu estou namorando.

    Ontem comentei dizendo que queria ver a cara de todos quando anunciasse-mos. Bruno riu dizendo que meu irmão - sim, eu fiquei pasma - apoiou que ele se declarasse para mim. Anne tenho quase certeza que agora irá gostar - antes ela odiaria, mas quando eu liguei para ela aquela vez que ainda estava com dúvidas sobre ele, ela me apoiou - minha tia vai gostar do que me faz feliz. Bom, Zoe nunca perdeu as esperanças. Ela ainda sabia através de olhares que no fundo eu gostava dele, que não tinha desistido, Phil ficará feliz, Urbana também. Esses dois me ajudaram tanto durante essa turbulência de coisas que passei com o Bruno, nem sei como irei agradecer.

    No celular, abri a pasta de mensagens que estava vazia. Ou seja, nenhuma novidade.

    -Bom dia. - Bruno me surpreende chegando no quarto somente de toalha envolta da cintura.

    -Oh, bom dia. - Falo abrindo a boca fingindo que babava por ele. - Não me esperou para tomar banho, que feio.

    -Poxa amor, eu não sabia... - Ele começa a se explicar quase atrapalhado.

    -Como? - Pergunto.

    -O que?

    -Do que me chamou? - Pergunto arqueando uma sobrancelha.

    -Ah, amor? - Ele senta na cama ao meu lado. - Desculpa, pensei que agora como estamos... - Atrapalhei-o.

    -Pode me chamar do que quiser, eu achei fofo isso. - Dei um sorriso envergonhada e ele beija docemente minha testa.

    -Qual nossa parada de hoje? - Pergunta ele.

    -Primeira coisa que eu vou fazer assim que tomar banho e tomar café, é ligar pro pessoal lá de casa. - Estalo o dedo da minha mão.

    -Ah sim... eles sabem? - Bruno ficou meio sem saber o que dizer. - Quer dizer, eu não quero que a sua tia pense que eu estou me aproveitando de você novamente. - Ele coça o alto de sua cabeça.

    -Relaxa. - Dou um sorriso básico. - Eles ficaram felizes por mim! Alguém da sua família sabe?

    -Não, quero contar pessoalmente.

    -Ok - Bruno levanta da cama. - temos mais quatro dias aqui, então vamos aproveitar hoje. Já fomos em todos os lugares que você queria.

    -Todinhos, agora é só pontos turísticos ou aproveitar a praia. - Dei de ombros.

    -O que prefere, ponto turístico ou praia? - Ele pergunta enquanto caminhava em direção da porta.

    -Eu prefiro nadar com os golfinhos. - Falei sem ao menos pensar. Bruno dá uma volta no corpo para olhar pra mim, ficamos nos encarando provavelmente com o mesmo pensamento: golfinhos. Nós podemos nadar com eles hoje e também será uma atividade de lazer.

    -Pensou no que eu pensei? - Pergunta ele sorrindo.

    -Pensei. - Dei um sorriso e automaticamente pulei da cama.

    -Vou me colocar uma roupa e arrumar nosso café, pode indo pro banho.

    Fui serelepe até o banheiro e entrei para o banho ansiosa para nosso mergulho com os golfinhos. Vesti o mesmo shortinho que coloquei para ir na praia o dia que o Bruno se declarou pra mim, uma blusinha regata preta e meu biquíni por baixo da roupa. Na bolsa eu enfie - literalmente - uma toalha, uma roupa para mudar depois caso eu molhe essa, roupa íntima e uma casaca fina de tecido molhinho. Prendi meu cabelo num rabo de cavalo baixo, mas para o lado e fiquei encarando as pontas. Ele está bem comprido já, posso corta-lo um pouquinho para melhorar, ou fazer um corte de cabelo novo? Vou ver sobre isso depois

    Desci as escadas quase tropeçando no cadarço do tênis no qual nem amarrei novamente, só enfiei os pés. Parei na ponta da escada e me abaixei para amarra-lo.

    -Eu adoro essa posição. - Bruno assusta-me chegando repentinamente. Olhei para ele franzindo o cenho e ele ri. - Tenho que ser sincero acima de tudo, não é?

    -É, mas sinceridade não é sinônimo de safadeza. - Protesto e ele gargalha.

    -Mas se eu tenho que falar o que eu estou pensando e se o que eu estou pensando é safadeza, eu tenho que falar, não é?

    -Bruno. - Fico olhando pra ele tentando decifrar o que ele falou. - Vá a merda. - Comecei a rir e ele pega a bolsa que estava caindo dos meus braços.

    -Café está na mesa.

    Pães, frutas, frios, uma louça de porcelana bem delicada e cuidada, parecia usada em ocasiões importantes, estavam tudo sobre a mesa. Haviam até sachês de chás e algumas barrinhas de cereais, sem contar um próprio cereal de trigo que estava ali também com a garrafa de leite.


    Intercalei os olhares entre a mesa e o Bruno que se ajeitava na cadeira, não sentei ainda.

    -Fala sério, quem fez isso? - Pergunto segurando meu riso.

    -Duvidando da minha capacidade?

    -Na cozinha? Sempre! - Respondo diretamente sentando na cadeira. Bruno leva a mão ao seu peito como se eu tivesse dito uma ofensa à ele.

    -Eu não sei cozinhar, pode ver que tudo que está aqui já estava pronto, mas eu sei arrumar uma mesa, lavar louça, descascar frutas, corta-las...

    -Que menino prendado esse meu namorado. - Falo quase num tom de deboche e ele pega sua caneca colocando o dedo do meio pra mim.

    Rimos bastante das coisas que falávamos ali na mesa.

    Bruno e eu saímos de casa era dez para onze. Até conseguirmos pegar um táxi - porque se fossemos apé iríamos chegar tarde demais - foi uma eternidade. De longe, quando eu avistei a bahia dos golfinhos, já deu uma ansiedade para vê-los. Chegando na bilheteria do parque - teríamos que pegar um barco para irmos pra ilha, ou então não veríamos mais nenhum golfinho de perto agora. Bruno pagou nossos passaportes, que são umas pulseiras bem legais na cor rosa para mulheres e verde para os homens, e eu fiquei plantada por um tempinho esperando ele terminar de tirar fotos e autografar as coisas que davam pra ele.

    Caminhei um pouco na frente dele assim que o vi desocupado e ele deu uma corridinha para me alcançar.

    -Me dá a mão. - Pede ele. Olhei rapidamente para o seu rosto e virei para frente.

    -Irão fotografar isso. - Alertei-o.

    -É por isso... quero que todos conheçam minha namorada.

    ++++


    Sabe que agora debruçada na guarda do barco que nos levava à ilha, eu pensei em várias coisas enquanto olhava o mar. Bruno tentava falar no telefone, mas como o sinal estava ruim, ele ficava dando voltas para anunciar algumas coisas ao Phil. Eu mereço essa felicidade que estou sentindo agora, pelo menos eu acho. Todos sabem o que eu passei, mas ninguém sabe ao certo o que eu senti. Teve dias enquanto eu ainda estava naquela lenga com o Bruno, que eu pensei sinceramente em me mudar, em me isolar, em fazer loucuras, desejei até mesmo não tê-lo ali comigo, não ter o encontrado. Depois, quando tudo isso acabou e nós ficamos apenas como amigos, eu tentei me convencer de que não gostava mais dele e que não importa o que ele fizesse, eu iria esquecer tudo o que passei.

    Há uma frase que diz "o coração é fraco e a carne é tentadora". O coração só é fraco quando vê algo muito forte que sentimos. Quando o Bruno se declarou, meu coração enfraqueceu, porque? Porque na verdade eu nunca deixei de sentir nada por ele, eu apenas tentava mostrar que estava feliz sem ele e que poderia viver minha vida assim.

    Ainda tenho que conversar com o Chucky quando chegar em LA, sei que será uma conversa fácil, afinal nós dois não somos nada um do outro e temos - temos não, tínhamos - uma relação aberta demais, em outras palavras, éramos liberais.

    A essa altura do campeonato todos já devem estar sabendo da nossa foto, uns odiando e outros amando. Sei que as fãs dele não me perdoaram por isso, acharam que eu sou uma idiota e que irei partir o coração dele como aquela outra fez, ou que eu sou uma interesseira por dinheiro... Se eu pudesse convence-las de que nada é assim. É ruim saber que metade do mundo pode te odiar sem ao menos te conhecer.

    Sinto mãos envolvendo minha cintura e fisgo o ar com a boca. Bruno ri e encosta sua cabeça em meus ombros.

    -Posso perguntar no que estava pensando? - Pergunta ele.

    -Claro. - Disse.

    -No que estava pensando?

    -Não vou lhe falar. - Virei-me de frente para ele e ele segura a barra de ferro onde eu estava encostada antes, assim me prendendo entre ele e a barra.

    -Mas eu perguntei antes se eu poderia perguntar. - Ele faz um beicinho fofo.

    -Exato, você me perguntou se poderia me perguntar, eu disse que sim, mas não disse se iria responder. - Mordi a ponta da língua para fora e ele faz uma careta estranha.

    Unimos nossos lábios num beijo tão doce, tudo vindo dele agora é doce demais. Seu corpo prensando o meu contra aquela barra dava a sensação de que eu pertencia somente à ele, e no fundo é assim que eu me sinto. Posso estar errada, mas acho que se não for o Bruno, não será ninguém na minha vida. Brincamos com nossas línguas e Bruno tira uma das suas mãos da barra e pega algo.

    -Sorri pra foto.

    Eu ia dizer que não era boa ideia, mas o celular é dele e a vida também. Não é porque vamos tirar uma foto que ele irá necessariamente postar em alguma de suas redes sociais. A primeira eu o agarrei com as duas mãos presas ao seu pescoço e sorri para ela, e a segunda, fiz um biquinho para ele me dar um selinho, mas que na hora foi só uma pose pra foto, pois o selinho não rolou.



    Nós rimos dos resultados e prontamente ele guardou o celular.

    -Lembra de titanic? - Suas mãos repousam em minha cintura fortemente enquanto ele me perguntava.

    -Lembro. - Digo obedecendo o comando silencioso de suas mãos para que eu virasse pra frente, de costas pra ele.

    Bruno entrelaça nossos dedos e abre bem nossos braços. Me deu um ataque de risos por estarmos fazendo isso, sendo que qualquer pessoa que chegar aqui no hall do barco irá nos ver.

    -Eu não lembro se o Jack fala algo pra a Rose, mas eu irei falar. - Parei de rir e fiquei sentindo e ouvindo a melodia de sua voz próxima ao meu pescoço. - Desculpas por tudo aquilo que eu já fiz. Eu não sou o tipo de cara mais romântico do mundo, e também não posso prometer fazer você ser a mulher mais feliz, mas eu juro que vou tentar fazer de tudo para que todos os dias você sorria e eu te amo muito.

    Eu sou uma idiota romântica. Por palavras que eu sempre esperei ouvir, e agora ouvindo-as, comecei a sentir meus olhos úmidos, prontos para chorar e chorar. A sensação deliciosa, aí se ele soubesse o que essas palavras fazem comigo.

    -Obrigada por nunca me deixar partir. - Devagar levei minha cabeça de encontro ao seu ombro. - Eu amo você.

    Mais um beijo, agora sim eu conseguia ouvir no fundo a música da Celine Dion, só que nosso barco não corre risco de bater em algum iceberg e afundar.


    Um caminho curto agora estava pela frente. Quando o barco se prendeu a uma pedra e o moço disse que poderíamos descer. Cada um foi para o seu lado. Bruno e eu andamos de mãos dadas para algum lugar somente eu e ele. Avistei uma grande pedra e soltei-me dele para correr em direção.

    Tentei abraçar a pedra e ele veio rindo de mim. Larguei a bolsa por cima dela e subi, levantei meus braços e tirei minha blusa, se pelo menos eu pegasse uma marquinha em meu corpo, não seria da blusa.

    -Tentador... Ilha, você com esse biquíni, ninguém aqui por perto... tentador. - Repete ele.

    -Nem pensar tarado.

    -Adora me chamar de tarado né! - Ele senta-se na pedra ao meu lado. - Mas me tara quando sente isso. - Indiscretamente, Bruno dirige minha mão para a barra da sua calça, senti um pedaço da sua barriga, sua pele quentinha encostando na minha mão. Passei a língua nos lábios sem menos perceber. - Taradaaaa! - Fala ele afastando minha mão.

    -Você que me atiça a ter esses pensamentos pecaminosos.

    Comentamos algumas coisas e eu peguei o celular dele para por nossa foto de papel de parede. Não, eu não pedi permissão, apenas pus.

    -Amor, olha lá. - Bruno aponta para um local no meio do mar, próximo da gente no olhar, mas se fossemos até lá teríamos que nadar um pouco. Fiquei abismada com a lindeza um golfinho pulando para fora da água exibindo seu pulo sensual.

    -Se andarmos um pouco pra lá - apontei a direção com o dedo  - acho que conseguimos ver mais de perto e até pularmos de alguma pedra para a água.

    -Vamos?

    Concordei e lá fomos nós andando pela ilha. Uma joaninha verde pousou em meu ombro enquanto andávamos e parecia que o Bruno queria tirar foto de tudo. Paramos umas três vezes para ele tirar fotos das coisas. Parecia minha tia tirando foto das plantas das pessoas só porque achava bonito.

    Tirei um galho da nossa frente e achamos um paraíso escondido. Uma parte mais alta, quase um túnel de árvores que cobria o caminho feito pela própria natureza, o sol iluminava boa parte do caminho - o que as folhas e galhos permitiam - e lá no alto do morro - que não é muito alto - avistamos uma pedra. Flores lindas pelo caminho, um paraíso na ilha, vale a pena cada momento ali. Eu não me sentia natural do Havaí naquele momento, apenas por não saber da existência dessa ilha, mas também, antes era tudo bem mais diferente do que agora.

    -Aí meu Deus. - Impossível pelo menos não se emocionar com a lindeza do local. - É maravilhoso! - Fiquei olhando para os lados e Bruno riu brevemente de mim.

    Ouvíamos o canto dos pássaros. Subimos em passos cuidadosos para não nos machucarmos. Lá em cima já havia quatro pessoas, três mulheres e um homem, que assim como nós, contemplavam a beleza do local. Passei meu braço pela cintura do Bruno de lado e ele passou o seu sobre os meus ombros. Com o pessoal que ali estava, combinamos de pular para o mar. Não é tão alto assim, não mesmo, mas fiquei com medo. Ficando de biquíni, sentindo um friozinho na barriga, pensei diversas vezes em não descer mais, porém eu não posso perder a diversão de agora apenas por um medo.

    Segurei fortemente a mão dele e nós seis pulamos quase ao mesmo tempo. Cruzei as pernas e senti meu corpo dando um choque na água. Minha mão perdeu-se da dele. Virei-me diversas vezes na água e mesmo que era limpa, naquele momento exitei em abrir os olhos. Fiquei feliz por estar viva depois de pular. Tirei meu cabelo do rosto e a mão safada do Bruno passa nas minhas pernas por de baixo da água, dei um gritinho e ele parou de mergulhar e me olhou. Ficamos todos felizes por termos pulado, apenas uma das meninas não pulou, e ela se comprometeu em trazer nossas coisas aqui para baixo.


    Mergulhei por várias vezes e nadei, com os olhos abertos. Paralisada e segurando firmemente a respiração fiquei vendo, o que talvez seja uma das coisas mais belas do mundo e que eu já presenciei. Diversos golfinhos nadando juntos, tão pertinhos de mim que se eu nadasse um pouquinho mais eu poderia encostar neles. Devo essas maravilhas ao Bruno!




    • Gente é tudo que vocês querem... música, capítulo grande, romance, bastante imagens! Me agradem hein oorque ultimamente tô dando falta dos comentários :\ :p eu gostei desse momento felicidade deles, afinal, apesar de tudo que já aconteceu, o que eles mais merecem é serem felizes <3 <3 Comentem minhas lindas e beijos!