quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Capítulo 61

Eu pedi uma comida mais simples, Bruno pediu um prato bem pesado, só de ver quando chegou o prato já pensei no quanto isso engordaria, mas tenho que parar de pensar nisso, tenho que me concentrar na minha comida, afinal o Bruno tem quem o ajude com a alimentação e academia. Pagamos a conta e quando estávamos subindo, os meninos estavam descendo.

-Quero uma mulher. - Reclama Kam.

-Pra que uma mulher quando você tem a mim? - Pergunta Phil passando a mão no seu ombro. Começou um coro de risos e chacotas.

Passamos por eles e subimos para o nosso quarto. Bruno passou o cartão para desbloquear e assim que abriu a porta, ele puxou meu braço e encostou nossas bocas.

-Isso seria uma boa ideia, ou não? - Pergunta ele mordendo seu lábio inferior. Pensei no meu trabalho, pensei que falta pouco para acabar, pensei que eu dependo disso... Mas não adiantou pensar em muita coisa, eu quero.

-Alguém disse que eu não quero? - Falei.

-Não, mas pensei que você tinha que terminar o trabalho... - Bruno falou mais algumas coisas, mas eu só conseguia olhar para a sua boca se mexendo.

-Cala a boca - Disse e ele parou de falar arregalando os olhos. - e me beija. - Continuei e ele sorrio bem safado.

Sempre tive o sonho de falar isso, ou ouvirem falar pra mim, acho o máximo. Ele empurrou a porta e me puxou para mais próximo dele, suas mãos encostaram nas minhas costas e fizeram carinho na minha cintura. Arrepie-me só dele encostar em mim, um "fogo" subiu pelo meu corpo, ele me tem por completo a ele. Nossas bocas encaixadas uma na outra e nossas línguas sedentas de prazer uma pela outra. Me afastei dele e puxei meu casaco, logo a minha blusa. Bruno tirava a sua camisa tranquilamente enquanto me observava. Desabotoei minha calça jeans e a abaixei, ele sorrio assim que viu e foi aí que me toquei que meu sutiã preto não combinava nada com minha calcinha fio preta.

-Da uma voltinha pra mim?
Eu não respondi, toquei as roupas para o lado e virei para ele parando de costas, girei meu pescoço para o lado e o olhei. Inclinei meu corpo um pouco pra frente e ele morde os lábios. Quase caio para frente quando ele me encoxa por trás e meu corpo quase se desequilibra. Bruno estava de cueca e seu volume passava pela minha bunda de forma bem picante. Ele puxa levemente meus cabelos e beijava meu pescoço ardentemente. Suas leves mordidas também faziam com que eu me entregasse mais do que já estava entregue.

-Essa calcinha e esse sutiã estão me matando. - Diz ele no meu ouvido.

-Não morra antes que eu possa te dar prazer.

Espantei-me com a minha própria safadice. Ele mordeu meu pescoço com mais vontade e deu uma leve chupada. Com uma das suas mãos ele apertou minha bunda enquanto me empurrava para a parede. Encostei meu rosto na parede gelada, deu quase um choque térmico porque afinal eu estava quente. Bruno apertou mais seu corpo no meu e soltou o fecho do meu sutiã. Gemi quando ele apertou meus peitos e brincou com os dedos nos meu mamilos. Ele só pode estar querendo me deixar louca. Virei-me meu corpo de frente para o dele e passei a mão sobre a sua cueca, aquele volume... Bruno abaixou a cueca somente na frente, até o membro dele pular para fora. Enquanto nos beijávamos eu passava a mão nele, fazendo carinho e brincando. Bruno me puxou para a cama e me tocou nela. Com uma facilidade ele tira a minha calcinha e afasta minhas pernas. Ficando de joelhos no chão e primeiramente me explorando com seus dedos curiosos, logo depois colocando sua língua em mim. Arqueei minhas costas e segurei o edredom fortemente, preciso me controlar para não liberar meu orgasmo na sua boca. Segura Michelle. Eu pedia para ele parar, mas minha voz saia falha e as vezes nem saia, o que mais saia era gemidos. Levei minhas mãos aos meus seios e comecei a me massagear e Bruno ali me deixando cada vez mais louca de prazer. Revirava meus olhos e mordia meus lábios e ele parecia estar gostando de me ver assim. Minhas pernas no automático começaram a se fechar e meu corpo começou a querer tremer, estava próxima d ter um orgasmo.

-Bruno. - O chamei com dificuldade. - Me preenche.

Pedi e ele me olhou com os olhos fogo, meu corpo se arrepiou e ele levantou-se. Continuei naquela posição, Bruno pegou a carteira e olhou em um dos bolsos e não achou o que estava procurando, a camisinha. Ele bateu na sua perna e abriu sua mala tirando uma espécie de carteira e retirou o pacotinho cinza. Ele colocou ela com uma praticidade e subiu com cuidado sobre mim. Sem nem precisar de lubrificação ele me penetrou. Sem dúvida o sexo dele me leva ao paraíso. Eu preciso dele, preciso do seu sexo, do seu corpo quente, da sua pele amorenada, dos seus olhos castanhos amendoados, preciso do seu carinho e também da sua bipolaridade. Eu preciso do Bruno e do Peter.

Bruno investiu em um movimento rápido, mas prazeroso. Puxei seus cachinhos e ele mordiscou meus lábios.

-Posso assumir daqui. - Falei quase sem voz.

Bruno se tocou para o lado, sentando na cama, enquanto eu me encaixei no seu colo, agora sentindo mais o seu membro. Suas mão passavam pelas minhas costas e arrepiavam meu corpo inteiro. O nosso suor já era razoável e a ofegância de nossas respirações se confundiam. Eramos eu e ele num só corpo agora.
Meu corpo foi cansando de estar em cima, no comando.
-Fica de quatro pra mim? - Pergunta ele no meu ouvido.

-Bruno, você não vai me penetrar em nenhum outro lugar. - Disse na defensiva e apreensiva.

-Confia em mim.

Eu confio. Me ajeitei na cama como ele pediu e ele penetrou-me como disse. Eu já estava a ponto de chegar no orgasmo, mas agora tem uma pequena grande diferença, a camisinha. Querendo ou não, sem camisinha é bem melhor e bem mais prazeroso. Bruno parecia estar gostando, ele gemia junto comigo e dizia coisas que eu não conseguia entender direito, só sei que ele estava gostando.

Com mais duas estocadas tão fortes eu acabei chegando no meu ápice e ele gostou, então com um pouquinho mais ele também chegou no seu ápice.

Caímos de conchinha na cama com as respirações descompassadas.

-Isso foi bem melhor do que fazer projeto de arquitetura. - Bruno diz.

-Com certeza. - Começamos a rir.

++++

Último dia de viajem. Amanhã pela manhã vamos ir pra Los Angeles novamente e o Bruno irá ir conosco, mas viajará com a banda para Londres para conceder algumas entrevistas e fazer um show num festival. Ele está a corda toda, na verdade todos estamos. Phil deu a ideia de irmos a um bar, beber. Ontem a noite eles sairam para dançar, eu não fui, nem o Bruno, e no fundo no fundo eu fiquei feliz por ele ter optado ficar comigo. Ás vezes, algumas atitudes dele me fazem pensar se ele quer ficar comigo mesmo, que ele mudou e está gostando de mim, mas outras horas, me faz pensar totalmente ao contrario.

-Eu preferia ficar aqui aproveitando o quarto com você. - Diz ele me entrelaçando pela cintura.

-Eu também. - Dei um selinho nele. - Bom, mas precisamos sair com os amigos, aproveitarmos.

-Mas nós aproveitaríamos bastante aqui no quarto. - Ele morde os lábios.

-Bruno. - Comecei a rir. Esse é o meu safado.

As malas já estavam prontas, aproveitei a tarde para dobrar roupas e coisas assim, ja que vamos beber, eu não quero correr o risco de ter que arrumar tudo de ultima hora. Peguei o casaco que estava sobre a cama e entreguei meu celular para o Bruno por no bolso dele, minha roupa não tinha bolsos para por. Descemos com os meninos para o hall e fomos para o ônibus. Novamente o homem em que esbarrei passou por nós, mas ele nem olhou-me, também pouco me importa, e até acho melhor não me ver já que o Bruno pode ter alguma reação negativa.

-Quero jogar vídeo game. - Reclama Eric.

-Eu quero meus filhos. - Diz Phil em tom alto.

-Eu também quero o meu filho. - Disse Eric novamente.

-Eu tenho tudo que preciso aqui comigo. - Bruno fala enquanto se acomoda ao meu lado. - Você, meus amigos, um pedaço da minha família, e felicidade. - Não poderia ter qualquer outra reação ao não ser sorrir com os olhos brilhantes e de certa forma sorrindo também.

O caminho parece que não foi tão longo, acho que porque estamos andando a noite e não estamos prestando atenção na rua e nas coisas. Estava aninhada no peito do Bruno, feliz por estar ali com ele. Meu celular toca e vibra ao mesmo tempo, uma mensagem. Olhei para ele que pegou o celular.

Sua expressão foi ficando vazia, eu diria que um pouco pensativa e até brava. Fiquei olhando pra ele e estiquei a mão para pegar o celular. Ele me entregou, levantou e foi para o fundo do ônibus.

"Oi, desculpa o incomodo, mas hoje eu vi quem é o seu namorado... Bruno Mars, garota de sorte. Enfim, a minha proposta de sermos amigos está de pé. Beijos"

Mensagem do Jake. Poxa eu não acredito que o Bruno ficou bravo por essa mensagem, ele só quer ser meu amigo, nada mais. Olhei para o fundo do ônibus e ele sorria conversando com os meninos. Pensei em responder a mensagem do Jake, mas ai pensei que ele pode ficar mais bravo comigo e isso pode gerar uma discussão. Fechei os olhos.

"Oi Jake. Então viu quem é meu namorado, e sim eu me acho uma garota de sorte por tê-lo ao meu lado. Sobre sermos amigos eu acho uma ótima ideia. Beijos."

Não me importei com que o Bruno acharia da mensagem, não vou privar a minha vida de novos amigos, porque se eu for atrás de seus ataques de ciúmes, vou acabar me privando de tudo mesmo. E não quero isso. A confirmação chegou e eu guardei o celular entre minhas pernas, mas quando recostei minha cabeça para pensar um pouco, o ônibus da uma freada, e para. Acho que chegamos. Segurei-me no banco da frente e levantei, quando vi todos saindo e Bruno não dando a mínima pra mim, saí também e não fiz questão de olhar para ele. Encontrei Zoe assim que descemos.

-Brigaram de novo? - Pergunta ela com os lábios torcidos e olhos cheio de compaixão.

-Eu não briguei com ele, é ele que vê pouca coisa e acha que já é muita.

-Isso é ciúmes.

-Mas ele que se controle. - Retruquei.

-Não vê que se ele sente ciúmes, é porque ele gosta de você. - Diz ela enquanto começávamos a caminhar.

Nunca pensei nisso. Na verdade já pensei, mas neguei-me a acreditar ja que tenho medo de acontecer mais coisas conosco.

-Acha que é isso? - Pergunto receosa.

-Tenho certeza. - Sua voz saiu convicta. - Vai por mim, você o conseguiu.

-Como? Desde quando? - Pergunto a mim mesma em voz alta.

-Os pequenos detalhes geram as maiores reações. - Diz ela. - Algo que você faça, algo que ele te admire, tudo isso ajuda o sentimento a crescer. - Ela dá um sorriso e por um momento quase tropeço.

-Mas sabe que eu acho que não estou mais tão apaixonada por ele. - Nem sei porque eu disse isso, acho que eu só disse a verdade. No fundo meu coração ta se cansando de idas e vindas, de sempre ele acabar machucado.

-Bom, isso é com você mesmo. - Zoe passa a mão pelo meu braço e olhamos para os meninos quando todos gargalham alto. Ela olha para o Phred e os olhos brilham.

-Ai, que linda minha amiga apaixonada. - Mexo com ela, que ri e olha pra mim.

-Nós tivemos uma conversa... - Ela parece pensar um pouco, e sorri. - Ao que tudo indica, ele vai me pedir em casamento. - Seus olhos sorriram primeiro que sua boca. Seu olhar estava iluminado, brilhante e feliz. Sorri por ela e fiquei profundamente grata e feliz pelos dois.
-Só de pensar que eu ajudei. - Dei um sorriso de canto, envergonhado.

-Por isso eu decidi que se ele me pedir realmente em casamento, você será uma das madrinhas.

Parei e segurei suas duas mãos antes de abraça-la fortemente.

-Obrigada. - Digo próximo ao seu ouvido.

-Posso participar da conversa? - Pergunta Phred. Nos desvencilhamos.

-Com certeza. - Respondi e olhei para os dois. - Vou ali falar com o Phil. - Dei um sorriso e deixei os dois sozinhos.

Cheguei próximos aos meninos e Bruno me encarou momentaneamente. Comecei a cantarolar uma musica e eles nem prestaram atenção em mim, eles menos o Phil, que começou a andar ao meu lado, e quando entramos no bar fomos guiados para uma mesa e ele sentou-se ao meu lado, Bruno sentou entre Kam e Dwayne. Ryan estava falando com alguma pessoa por mensagem, ás vezes ele sorria quando recebia e lia algo. Os meninos pediram petiscos e as bebidas. Cantarolei músicas brasileiras, afinal o convívio de dez anos faz nós termos um gosto mais parecido com o do local. Continuo preferindo músicas americanas, mas algumas brasileiras são ótimas. Tocava alguma música estranha no barzinho, e quando os garçons chegaram com bebidas, copos e petiscos, os meninos fizeram uma fuzarca onde nem ouvir a música eu consegui.

Passou mais um tempo, já estávamos bem alegres, na verdade eu não estava tanto, bebi duas taças de vinho e parei por ali, estava com sono, uma vontade enorme de dormir. Pedi licença para ir ao banheiro. Entrei no banheiro bem decorado, com algumas bandeirinhas de países diversos, incluindo Estados Unidos e Brasil. Olhei para tudo bem atenta, atendi minhas necessidades e por pouco quase dormi sentada. Passei água nas minhas bochechas e me encarei no espelho. Aproximei-me do Phil e cochichei no seu ouvido.
-Phil, será que posso pedir para o Dre abrir o ônibus para eu dormir um pouco? - Pergunto.

-Com certeza. - Responde ele.

Vi que Bruno nos encarava, com certeza ele já bebeu um pouco a mais do que devia. Sorrateiramente fui saindo do meio e chamei Dre. Ele entregou-me um molho de chaves e disse que era para eu ir pela ponte porque era mais seguro. Andei até sair do estabelecimento e avistei a ponte iluminada, a noite fria... Eu iria visitar essa ponte com o Bruno, mas acabou não dando tempo em nossa viajem. Caminhei devagar por ela, mas sempre cuidando os detalhes. Bati uma foto em meu celular e parei bem no meio dela e fiquei olhando a belezura do local. Um local tão lindo, tão romântico. Por um momento em que fechei os olhos, jurei ter escutado alguém me chamar. Abri os olhos e encarei a água. (Escute "I'll never love this way again")

-Michelle. - Não tô pirando, a voz é do Bruno. Olhei para o lado e la estava ele. - Vai ir aonde?

-Pro ônibus. - Respondi tranquila.

-Simples assim? - Ele arqueia a sobrancelha direita e se aproxima de mim.

-Estou com sono e não quero atrapalhar a comemoração de vocês.

-Ou vai ir falar com a pocahontas. - Não podia nem acreditar no que estava ouvindo.

-Ta maluco, Bruno? - Pergunto. - Eu só quero descansar.

-Pode falar que você prefere ele. - Bruno segura meu braço fortemente.

-Eu prefiro você, foi você que eu escolhi.

-Então não fala com ele.

-Não vou privar minha vida só porque você quer.

-Você quer ficar com ele?

-Bruno, você está bêbado. - Tentei tirar meu braço dele, mas a tentativa foi falha.

-Pode dizer. - Ele grita.

-Me solta, para de escândalo. - Digo olhando para os lados apavorada se alguém estivesse vendo.

-Não vou soltar.

-Eu me nego a falar com você enquanto estiver desse jeito. - Puxei meu braço com toda a força da sua mão e me distanciei quatro passos dele. - Outra hora conversamos.

-Pense no que vai fazer.

Ele só disse isso e vira de costas pra mim e volta para o bar. Fechei os olhos e quando viro de costas pra continuar meu caminho,duas pessoas que estavam vindo - e que provavelmente viram o escândalo -, olharam pra mim estranhamente. Apressei o passo e abri o ônibus com certa dificuldade. Sentei no banco que estava antes, peguei meu celular que tinha deixado ali, não tinha nenhuma mensagem. Encostei minha cabeça no vidro e pensei no que ele falou "pense no que vai fazer". Eu vou pensar, não vou cometer nenhuma loucura, mas não vou viver mais escrava de um amor bandido como o nosso. Uma coisa que está virando bagunça. Não quero viver assim com ninguém, sempre brigando, sempre chorando. Essa viajem era pra ser ótima, mas já é nossa segunda briga. Começo a pensar que estou indo contra a vontade do universo, já que ele me colocou longe do Bruno uma vez e agora que eu estava querendo nos unir de qualquer forma, o universo está conspirando contra nossa vontade - ou sera que só minha vontade.
É mãe, pai, vocês não teriam orgulho de mim.


  • Eu não dou a mínima para o que vocês comentam sobre as minhas atitudes de pedir comentários, por afinal é praticamente uma troca. Agora se você não gosta, não perca seu tempo comentando e nem faça eu perder o meu ao ler essas bobagens. Se o problema for pessoal, cara, tem minhas redes sociais ali e vocês podem falar isso diretamente a mim ao invés de estarem fazendo seus 15 minutos de fama aqui nos comentários.
  • Desculpem meninas que não precisavam estar lendo isso, vocês são fodas, e vocês sabem disso. 
  • Comentem :p isksnslssbs enfim, estou no escritório do meu pai postando, mas a previsão de volta do meu carregador é até sexta feira \õ comemorem e rezem para que seja verdade dsniaondsoia 
  • Sei que não interessa vocês, mas eu fiz um dos vestibulares que tenho que fazer e passei \õ  buadbnasoi tô feliz minha gente <3

sábado, 23 de novembro de 2013

Capítulo 60

Acordei tão bem, e feliz. Um café da manhã me esperava e junto um bilhete. 

“Desculpe-me por fazer tudo errado, acho que tenho essa tendência. Bom dia. /Bruno”

Meu sorriso estava grande e reluzente. Queria ver ele para agradecer o café, e depois daquele sonho ruim, que ele me ajudou a dormir novamente cantando uma cantiga, foi lindo. A fofice do café, mais aquele bilhete, somado com o amor que eu sinto por ele, faziam de mim a pessoa mais feliz naquele momento.

++++

-Não está pronto ainda, Bruno? – Perguntei batendo na porta do banheiro.

-Estou arrumando os cabelos. – Diz ele.

Virei para a cama e sentei na ponta, olhando para minhas calças de lycra e minhas botas rasteiras. Os meninos já estavam todos no ônibus nos esperando, mas Bruno começou a se arrumar tarde. Ontem tive aquele sonho terrível, sonho que me deixou mal – emocionalmente falando -, e quando recebi o café na cama do Bruno, fiquei tão feliz que passei o dia inteiro com o Bruno vendo filmes. Agora vamos para a catedral, conhecer um pouco mais daqui, pois estamos a três dias de irmos embora. Só de pensar que tenho que voltar para o trabalho, para a vida cotidiana e rotineira de todo santo dia, já me da náuseas.

-Vamos? – Pergunta Bruno. Levanto o rosto para encara-lo, e ele está encostado na porta do banheiro, com um moletom cinza sem estampa, uma calça jeans, all stars preto e cachos bem arrumados.

-Aí que lindo. – Digo indo em sua direção.

-Nasci lindo, sempre fui lindo. – Diz ele envolvendo suas mãos na minha cintura, comecei a rir dele, que me olhou profundamente. – Estão todos nos esperando, melhor irmos.

-Ok. – Estiquei meus lábios para um rápido selinho. Passamos o cartão para bloquear o quarto e fomos em direção do ônibus. Ouvi e senti alguns flashes na nossa direção, pessoas curiosas talvez. Pouco me importava, e espero que para o Bruno também não importe.

Ele estava de ótimo humor, o que me deixou feliz por ele estar feliz e por ele não estar brigando comigo e nós estarmos bem assim. Entramos no ônibus, primeiro eu e logo atrás de mim ele.

-O casal 20. – Grita Phil bem alegre.

-Quando vocês casam mesmo? – Pergunta Dwayne.

-Deixa de ser burro, eles não vão casar. – Kam diz.

-Nunca sabemos o dia de amanhã. – Bruno fala e meu rosto cora.

-Estão armando planos sem a minha concessão? – Perguntei com uma sobrancelha arqueada, dando um ar de pergunta mais séria e eles riem.

-Um dia. – Ele beija a minha testa.

Meu peito explode desse jeito. Um dia. Então há uma esperança, mas e se isso for só hoje quando ele está de bom humor e feliz da vida? Não quero imaginar minha vida casada com ele se ele ficar sempre nessa de mudanças repentinas e constantes de humor. Os meninos começaram a cantar alguma música antiga, bem antiga. Eu fiquei escutando eles e Bruno se juntou a todos no fundo do ônibus, enquanto eu aproveitei para escrever uma mensagem para Anne.

“Oi princesa, como estão as coisas por ai? Daqui há três dias nós nos vemos novamente. Eu já estou com saudades de todos. Amo vocês.”

Mandei e quando vi, era tarde demais, número errado. Sem querer mandei a mensagem para a Zoe, que veio rindo pelo corredor e sentou ao meu lado.

-Adorei a mensagem, também estou com saudades. – Diz ela entre risos.

-Idiota.

Fucei no celular até conseguir enviar a mensagem para a Anne, a confirmação de entrega chegou, mas a resposta não veio de imediato. Zoe também mexia no celular.

-Tô cansada. – Ela escora a cabeça no banco.

-Eu não fiz quase nada enquanto estou aqui, mas estou cansada.

-Ué, pensei que estava fazendo o plano de arquitetura que ser chefe te pediu.

Droga! Acabei esquecendo completamente que eu tinha que fazer esse trabalho. Que droga mesmo. Bati com a mão na testa e olhei para ela, ela entendeu meu olhar e começou a rir. Tenho que me programar. Logo após esse passeio, eu vou tomar um banho e dormir, e amanhã quando todos forem passear, eu fico no hotel e faço isso, eu preciso fazer esse trabalho ou então desfarei minha promessa que fiz ao Alejandro.

Abri a cortininha do ônibus e vi pela janela o dia. Estava um dia típico de chato. Aqueles dias que normalmente pensamos “será que vai chover ou não?”. Odeio esses tipos de dias, além de serem totalmente prol tpm, afinal se o dia está assim e você está de tpm, basta um filme, chocolate ou sorvete, e um edredom para o seu dia estar completo. Sendo que o filme tem que ser uma comédia romântica, para chorar e rir bastante até não saber mais o porquê está rindo tanto.

-Mas que tanto pensa. – Bruno coloca o dedo na minha bochecha. Despertei-me dos pensamentos e olhei para ele.

-Pensei que era a Zoe que ainda estava sentada ao meu lado. – Disse.

-Tudo bem, se quiser que eu chame ela e vá sentar em outro lugar é só dizer, porque eu saio numa boa. – Ele faz rendição com as mãos enquanto eu gargalho por seu dito um tanto engraçadinho.

-Não. – Peguei no seu braço e coloquei minha cabeça no seu peito. – Fica aqui.

-Sem agarramentos, por favor. – Diz Kam parado perto de nós.

-Somos da patrulha do anti agarramento, podem parar em nome da lei. – Diz o palhaço do Phil.

-Vão se catar. – Diz Bruno entre as risadas.

-Da onde tiraram isso? – Pergunto encarando Kam e Phil.

-Não sei. – Kam dá de ombros. Olhei para o Bruno que dá de ombros também, começamos a rir da cena até Bruno se finar. Aí, como é divinamente bom aproveitar com eles assim, todos bem loucos, bem lúcidos, e bem amáveis.

-São todos loucos. – Digo dando um selinho no Bruno.

-E você colabora pra isso. – Ele coloca a língua pra mim. Aproximei-me do seu ouvido.

-Coloca essa língua em outro lugar. – Mordisquei o nódulo da sua orelha e ele fisga os lábios passando as mãos pelas minhas costas.

-Quando chegarmos novamente ao hotel você me paga.

Comecei a rir e me ajeitei no banco. A viajem de resto foi mais curta, logo chegamos na tal Catedral. Quando desci do ônibus e já vi o lado de fora da Catedral, logo já me apaixonei. Eu fiquei abismada com tamanha perfeição. Não tinham me dito que a Catedral era junto a um belo – e enorme – castelo. Tinha mais alguns turistas ali, tirando fotos, e agora os meninos com máquinas e celulares em mãos. Bruno ficou ao meu lado, demos alguns passos para frente e ele me esticou sua mão com o celular.

-Tira uma foto minha com o castelo de fundo, por favor?

É claro que eu tirei. A foto ficou linda, e o castelo de fundo só fez o Bruno parecer menor do que ele já é. Nós rimos disso e ele ficou pensando se postava no seu twitter ou não, enquanto eu aproveitei para tirar algumas fotos. Fomos em caminho do castelo, Bruno segurou minha mão enquanto íamos seguindo um guia turístico. Uma senhora, bem de idade, que estava sentada em um banquinho, ficou encarando eu e o Bruno sem ao menos disfarçar, isso estava me incomodando. Paramos na frente da enorme porta e o guia falou algumas coisas, sinto um cutuque nas minhas costas, virei e era a senhora na qual nos observava.

-Uděláte nádherný pár. Bude spolu velmi šťastní!

Não entendi nada do que ela falou. Fiz uma careta engraçada e ela ri e sorri para mim ao mesmo tempo. Nem prestei atenção quando o guia turístico deu um oi para ela e olhou pra mim.

-Ela disse que vocês dois formam um belo casal e que vão ser felizes juntos. – Traduz ele.

Olhei para o Bruno e nós sorrimos para ela. Voltei a olhar para frente e todos nos olhavam, agora faziam piadinhas de nós dois, enquanto nós ríamos de todos e das piadas. Começamos o grande tour. Passamos por cada canto daquele castelo/catedral. Bruno ficou comigo de mãos dadas em quase todo o tempo, e o que a senhora me falou ficou na minha cabeça. Será que teria algo a ver ou ela apenas estava tentando ser simpática? Algo assim... Não fica pensando nessas coisas, Michelle. Deixa as coisas ocorrerem como tem que ocorrer. Não quero pressionar nada na nossa relação, muito menos fazer disso uma obrigação, e nem tentar fazer dar certo. Vou deixar o tempo agir como ele tem que agir e não mais correr atrás.

Comecei a prestar atenção em cada detalhe da arquitetura do castelo. Como uma boa arquiteta, eu fiquei olhando os detalhes pequeníssimos e sua estrutura gótica. O conjunto harmônico do local, é impossível não se emocionar só de olhar a riqueza de detalhes dos vitrais. A Catedral estava lotada de turistas, alguns até choravam e faziam sinais religiosos, outros rezavam com seus terços e bíblias em mãos. Fui batizada, mas nunca frequentei nenhum tipo de igreja, até cheguei a achar bobagem um certo tempo, mas agora eu acredito que há uma força maior, uma força divina, mas não cultivo-a em um templo. Apenas acredito.

-Estamos próximo a escadaria da torre. – Avisa o guia apontando para o local. – Querem se arriscar a subir? – Pergunta ele.

Todos nós nos olhamos, eu me empolguei.

-Lembrando que a escadaria é grande, cansativa, mas dá para a torre mais alta daqui. – Diz o Guia.

-Por mim vamos. – Disse.

-Aí, mas cansa demais. – Fala Bruno olhando para a ponta das escadas.

-Para de ser gordo sedentário, Bru. – Disse e os meninos gargalham.

-Não sou gordo e nem sedentário. – Defende-se ele. – Vamos subir. – Ele foi em frente.

Começamos a subir a grande escadaria. Bom, foi fácil – nos primeiros 7 lances de escadas -, porque logo depois começamos a transpirar, respirar pela boca. O fôlego vai se perdendo em meio da respiração e de tudo isso, é difícil. Não vi quem foi que acabou desistindo de subir assim que o guia avisou que ainda tinha muito para subir. Comecei a lembrar de quando visitei o Cristo Redentor no Rio de Janeiro – ainda quando morava lá -, a primeira vez eu quase morri de tanto cansaço. Valeu a pena quando chegamos lá em cima. O espaço não é tão amplo, afinal nós estamos em uma torre. Fui diretamente para uma das janelas onde me possibilitou a vista de boa parte da cidade. As pessoas estavam minúsculas lá de cima, e as construções grandes pareciam pequenas agora. Peguei meu celular e tirei uma foto da vista. Zoe e Phred que continuaram a subir conosco. Éramos eu, Bruno, o casal e o guia. Ele se ofereceu a tirar uma foto nossa.

-Quero ir naquela ponte antes de irmos embora. – Apontei para a ponte que parecia pequena.

-E nós vamos lá. – Ele da um beijo na minha bochecha, quase no pescoço.

A descida é sempre o mais fácil, mas ainda sim cansativa. Bruno pisou no meu pé sem querer e não me pediu desculpas. Quando chegamos – enfim -, no chão da catedral, ele beijou minha boca e segurou minha nuca com vontade e encostou nossas testas, nos desfazendo do beijo.

-Desculpa por pisar no seu pé.

-Pensei que não iria pedir desculpas. – Comecei a rir.

-Sou tão ruim a ponto de você pensar que eu não pediria desculpas? - Ele arqueia uma sobrancelha. 

-Não é isso. - Comecei a rir mais ainda. - É que você não falou nada quando estávamos descendo as escadas. 

-Achei que aqui em baixo seria melhor. - Ele me afaga em um abraço apertado, com suas mãos na minha cintura. - Alem do mais temos plateia. 

Olhei para as pessoas que ali estavam, pessoas de diversas etnias. É bom saber que ele está me assumindo assim, me sinto mais segura, mais aliviada. 

-Isso é uma prova de que nós estamos namorando publicamente? - Perguntei olhando para seus olhos concentrados nos meus. 

-Pode ser a prova de muita coisa. - Ele mordisca meus lábios antes de beijar-me. 

Não sei o que acontece em mim, antes quando brigavamos eu ficava mal, chorava, mas agora eu quase nem sinto nada quando isso acontece, e quando estou com ele fico feliz, completa e realizada. As constantes perguntas aparecem na minha cabeça, será que ele sente o mesmo quando está comigo? Será que ele esta tentando ser uma pessoa melhor ou apenas esta fingindo? Esse tipo de coisa é ruim ficar pensando, mas em compensação não sai da minha cabeça. Andamos mais um pouco por ali, ficamos observando muitas coisas, e o Bruno segurava a minha mão com delicadeza e sem se preocupar com quem estava vendo ou não. Várias pessoas o pararam para fotos e autógrafos. 

++++

-Qual é a graça de você ficar aqui? - Pergunta Bruno. 

-Eu preciso ficar, ou perco o emprego. - Torci os lábios. 

-Bom, quem sou eu pra falar algo. - Ele se aproxima de mim e da-me um selinho. - Vou lá com o pessoal e quando eu voltar nós ficamos juntinhos. 

-Te cuida. - Digo enquanto vejo ele indo em direção da porta. 

-Se cuide também. - Bruno atirou um beijo para mim no ar, sorri pra ele e voltei meu olhar ao notebook. 

Meu Deus. Eu só preciso projetar algumas coisas, arrumar a planta direitinho, fazer a maquete pelo computador... Só isso. Comecei tomando um café enquanto com a mão direita desenhava um esboço da planta. O desenho não saiu do jeito que eu queria. Amassei a folha e continuei fazendo isso. Repeti o mesmo processo umas quatro vezes. Odeio fazer algo que eu não goste. Quando finalmente consegui, comecei a passar para o notebook. 

Acho que o cansaço foi me ganhando, meus olhos pesaram, estavam inchados. Fui no banheiro e lavei meu rosto e sequei com a toalha felpuda. Fiz mais algumas coisas do projeto e acabei me tocando na cama, caindo para o lado e dormindo.

-Minha pequena. - Sinto a mão do Bruno passando na minha cabeça, abri os olhos e os fechei novamente. - Ta na hora de acordar. 

-Eu que sei quando acordarei. - Puxei as cobertas para tapar minha cabeça e fechei os olhos.

-Pelo menos já acabou o projeto? - Pergunta ele. Droga, o projeto. 

-Não! - Destapei minha cabeça e fiz uma careta. 

-Vamos descer comer algo, depois você volta e continua, eu te ajudo se for possível. - Suas mãos passam nas minhas costas. 

-Tudo bem. - Dei um selinho nele e corri para o banheiro.

  • Oi gente, cheguei aqui no fim me desculpando, odeio isso, mas é a vida. O carregador do meu notebook estragou, ele não pega de jeito nenhum, daí agora consegui uma ajuda da minha amiga, mas é rapidinho. Acho que próximo capítulo só quarta ou quinta, tenho que ver quando irei comprar. Enfim, me desculpem. 
  • Não tem gif nem música :/ desculpem se não ficou bom, mas foi o que deu... Desculpem alguns erros também. 
  • Comentem se quiserem, se sentirem a vontade. Beijos sz

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Capítulo 59

Não vou esquentar a cabeça com isso, não vou esquentar a cabeça com isso, não vou esquentar a cabeça com isso.Continuei repetindo por vários minutos essa frase na minha cabeça enquanto observava os meninos rirem e falarem coisas divertidas. Estávamos no segundo ponto turístico, quase acabando o dia de passeio. Bruno não falou comigo em nenhum momento e eu também não fazia questão de falar com ele. Não, isso não é birra, é só o meu ego dizendo para eu me valorizar, afinal eu não fiz nada para ele estar assim.

-Não gosto de te ver assim. – Zoe chega ao meu lado, torcendo os lábios.

-Assim como? – Forço um sorriso.

-Não se faça, Michelle. – Ela pousa sua mão delicada sobre meu ombro. – Alguma pista de porque o Bruno está assim?

-Nada. – Fecho os olhos e quando abro a primeira pessoa que vejo é ele. – Nada mesmo, ele apenas está assim.

-Vai ver é algo que ele esqueceu, ou lembrou, não deve ser nada com você.

-Eu acho que é comigo, porque ele está tão bem com todos, e comigo ele mal olha na minha cara. – Reclamei. – Mas eu não vim nessa viagem para ficar brigando.

-Deve ser chato...

-É chato.

Cruzei os braços e fiquei olhando ainda para todos. Dre disse que iríamos embora, e que o ônibus já estava a nossa espera. Os meninos foram fazendo algazarra, folia, e eu ali, caminhando de braços cruzados. Quando entrei no ônibus, olhei por um momento o banco em que o Bruno estava sentado, tinha um banco vago ao seu lado, mas eu não queria sentar ali. O seu rosto estava indiferente, como se ele não fizesse questão que eu sentasse ali. Procurei o Phil e me aproximei do seu banco que ao lado também estava vago.

-Posso? – Perguntei.

-Claro. – Phil sorriu pra mim, e pelo menos em algum momento do meu dia eu me senti confortável.

Não sei se foi porque eu sentei ao lado do Phil e não do Bruno, mas fez um breve silêncio no ônibus e aquilo me assustou.

-O que houve com vocês dois? – Pergunta Phil.

-Não sei. – Suspirei profundamente e o encarei. – Eu não sei mesmo. Ele acordou e simplesmente estava assim comigo, e o pior é que é só comigo, eu não fiz nada pra ele, absolutamente nada.


-Calma. – Phil me confortou com um abraço de lado. – Ele é assim, ele tem um gênio bem forte.

-Eu sei, mas custava me avisar então o que eu fiz para ele ficar assim.

-Nem sei o que lhe falar. – Phil torce os lábios.

Ás vezes os meninos falavam algumas coisas, mas nunca se ouvia a voz e nem a risada do Bruno. Meu peito já estava doendo, eu disse que iria ser forte e que não iria chorar, mas esse negócio dele estar bravo comigo sem nenhum motivo está me matando. Não Michelle, não chora, ele não merece, assim você só vai aparentar ser mais fraca, não chore. O ônibus estacionou, e diferente da outra vez a primeira pessoa a descer foi o Bruno. Não achei estranho, afinal ele está bravo e sabe se lá o que está pensando.

-Hey pessoal, vamos ver se tem alguma festa hoje? – Pergunta Ryan.

-Verdade. – Diz Kam. – Vamos sacudir o esqueleto, pegar gatinhas.

-Só pensa nisso, mas não vejo pegando ninguém. – Diz Dwayne.

Comecei a rir deles. Desci do ônibus e os meninos foram se distribuindo para seus quartos assim que pegamos os elevadores. Fui me aproximando da porta e eu mesma fui criando um suspense para isso, comecei a diminuir a velocidade dos meus passos, nunca se sabe se eu vou ser recebida com “sete pedras” nas mãos. Girei a maçaneta e quando abro, Bruno está tirando umas roupas para cima da cama. Não quis nem perguntar o que era, acho que ele vai tomar banho. Antes dele entrei no banheiro e fiz o que tinha de fazer, quando saí, ele entrou sem nem olhar pra mim. Tirei meus sapatos, deitei na cama e fiquei olhando para o teto.

There's nothing I could say to you 

(Não há nada que eu poderia dizer para você) 

Nothing I could ever do to make you see 

(Nada que eu poderia fazer para te fazer enxergar) 

What you mean to me 

(O que você significa para mim) 

All the pain, the tears I cried 

(Toda a dor, as lágrimas que eu chorei) 

Still you never said goodbye and now I know 

(Ainda assim você nunca disse adeus e agora eu sei) 

How far you'd go 

(Até onde você deseja ir) 

Não quero prender ele, mas eu só peço que se ele não está se sentindo feliz, me fale. Não quero ser uma pedra na vida dele, e prometi a mim mesma que se não der certo, eu vou seguir em frente, não vou mais ficar dependente dele. Me distraí e ouvi ele sair do banheiro. Fiquei ainda olhando para o teto. Sinto seu corpo se deitar ao meu lado, movi meus olhos e olhei para ele de canto, ele encarava um ponto fixo no teto também. Bruno não havia lavado os cabelos, somente tomou um banho rápido.

-Espero que essa pausa pensativa que você fez, não tenha um significado terminal. – Entendi muito bem o que ele quis dizer.

-Porque essa briga sem motivo? – Pergunto secamente.

-Estresse. – Foi a única coisa que ele disse.

Bruno Pov’s 

Eu acordei de um sono horrível. Ele e passou todo na minha cabeça novamente. Michelle estava com um cara, de mãos dadas. Ele olhava pra ela apaixonadamente e ela também o olhava assim. Conforme eu me aproximava dos dois, pode ver as alianças em suas mãos. Mas ela estava comigo, ela não pode ficar com outro, ela não pode amar outro. Isso me deu um desespero terrível, e eu senti como se fosse perde-la, pra sempre. Quando levantei e soube que os meninos tinham ido, eu a tratei com indiferença. Ryan me ligou assim que estávamos saindo e quando desci atendi algumas fãs que ali estavam. Foi só eu voltar para onde Mich e Zoe estavam, que eu vi ela esbarrar em um cara, charmoso por sinal. Droga! Perdi a cabeça, tratei-a mal demais, com indiferença e agora fiquei com isso na minha cabeça. Depois do passeio, quando entramos no ônibus deixei um lugar vago ao meu lado para ela sentar, mas ela não sentou. Eu estava com uma dor no peito, como se eu fosse perder o rumo e chorar, mas eu não quero chorar, eu quero ficar normal, quero ser eu. Eu não sei o que acontece comigo.

Michelle Pov’s 

Fez-se um silêncio entre nós.

-Mich. – Não olha pra ele Michelle, não olha.

-O que foi? – Pergunto com indiferença.

-Não quero estragar a nossa viagem.

-Então porque fez isso comigo hoje? – Torci os lábios, mas não olhei para ele.

-Porque eu estava com ciúmes.

-De que Bruno? – Perguntei. – Eu te dou motivos para isso?!

-De tudo, Michelle. – Quando olhei de canto, ele estava com os olhos fechados. – Eu sonhei que tinha perdido você.

-Aí resolveu colaborar para isso acontecer de uma vez? – Perguntei ironicamente.

-Não, nunca. – Defende-se ele. – Desculpa pelo que eu fiz hoje, mas eu fiquei com medo de você me trocar por outro mesmo.

-Se fosse pra te trocar, eu já teria feito isso há muito tempo. – Virei de lado na cama, com as costas pra ele.

Senti suas mãos nos meus cabelos, seus dedos passavam por eles deslizando por cada fio. Eu não queria chorar, mas ao mesmo tempo queria. Deixei uma lágrima cair do meu olho e quando percebi já estava chorando. Apertei os olhos e quando abri encarei a janela. Funguei pelo nariz devido ao choro e Bruno parou de acariciar meus cabelos.

-Michelle. – O ouvi chamar-me – Você está chorando?

Não respondi nada. Bruno saiu da cama e fez a volta para ficar frente a mim. Ele se abaixou e ficou me encarando com seus olhos amendoados, eles estavam tão compreensíveis, tão “deite no meu colo e pare de chorar, eu estou aqui”.

-Não chore, por favor. – Seus dedos deslizaram sobre a minha bochecha.

-Meio tarde pra pedir isso, não é. – Brinquei e ele ri com o sorriso fechado, sem mostrar os dentes.

-Verdade. – Empurro meu corpo pra trás e dou um espaçinho para ele sentar-se ali, perto de mim.

-Peter, eu te amo. Não vou te trocar por qualquer pessoa, eu não quero isso. E não precisa ter ciúmes de mim, porque eu sou sua até que você não me queira mais. – Minha mão encontrou a dele ao mesmo tempo que nossos olhares se encontraram. Como eu queria ouvir agora um “eu te amo”.

-Eu... eu nem sei o que falar. – Meu coração por alguns segundos encheu-se de esperança. – Obrigada por me amar, obrigada por estar sempre comigo, nos piores e nos melhores momentos.

-É meu dever. – Dei um sorriso.

-Se você quisesse que não fosse seu dever, não precisava ser.

-Mas eu escolhi amar você, escolhi ser sua melhor amiga, desde aí esse é meu dever, ver você feliz, ter você por perto, protege-lo, ama-lo, e cuidar de você.

Eu não sei de onde essas palavras estavam vindo elas saiam da minha boca e simplesmente em sincronia montavam uma série de coisas que eu queria falar e não sabia como, e agora sem sentir isso está acontecendo. Bruno me olhava curioso, ele deve estar achando que eu sou uma idiota, uma boba. No fundo eu não sei o porquê eu me apaixonei por ele, o porque eu sempre amei ele. Ele não me ama, ele gosta de mim como amiga, e agora como companheira de cama, mas se ele não me ama porque ele sente ciúmes de mim? Porque ele me assumiu para todos como sua namorada? Essas perguntas são as perguntas que eu não posso responder, só quem pode é o Bruno, e eu não sei se um dia vou saber das respostas.

-Você é incrível, Mich. – Ele aproxima seu rosto do meu e nos beijamos. Um beijo breve e muito bom. – Sou um homem de sorte por ter você, por isso tenho medo de te perder.

-E você não vai me perder, ao menos que queira.

-Eu não quero. – Ele abraça-me, enquanto levo meu corpo para trás para nós dois ficarmos deitados. – Nunca. – Diz ele com sua boca perto da minha.

++++ 

Os meninos decidiram não ir a festa nenhuma hoje, e sim depois de amanhã, porque vai ter uma muito boa. Todos nós descemos para o jantar. Bruno e eu estávamos bem agora, ainda bem, porque eu não iria aguentar ficar daquele jeito por muito tempo com ele.

-Ah, queria pegar alguém hoje. – Kam reclama assim que termina de comer.

-Você não pega nem vento. – Diz James.

-Até o James folga em você. – Diz Phil. – A situação ta critica.

-Ele também não pega ninguém. – Kam revira os olhos.

-Mas tenho namorada. – Defende-se ele.

-Nossa. – Ryan interpreta como se tivesse levado um tiro no peito.

-Há boatos que o Dwayne estava querendo seu corpo, Kam. – Diz Bruno entrando no assunto doido.

-Sobrou pra mim. – Dwayne revira os olhos.

-Você estava me querendo, negão? – Pergunta Kam.

-Sempre. – Dwayne entra na brincadeira.

Começamos a rir das palhaçadas. Tive um ataque de risos que até água eu tive que tomar para ver se passava, Bruno ria junto comigo. Como era bom ver aquela mesa tão feliz, tão alegre. Quando estávamos indo em direção do elevador, eu e Bruno de mãos dadas, passamos pelo moço que eu esbarrei hoje mais cedo, Bruno não esboçou nenhuma reação quando ele sorriu para mim. Tomei um banho rápido e Bruno já estava de banho tomado, combinamos de não fazer nada hoje, afinal eu e ele estamos com sono e precisamos descansar. Coloquei meu pijama e deitei na cama de conchinha com ele.

-Boa noite, Mich.

-Boa noite Bru.

Fechei meus olhos e o sono veio direto.

Era um casamento... Eu estava sentada na primeira fileira ao lado de Theo, e ao lado dele minha tia. Na fileira do outro lado estava Anne, que sorria. As pessoas não me eram estranhas. No altar tinha um padre, e um homem virado de costas para nós, de terno preto. Quando ele se vira, vejo a imagem do meu pai naquele terno preto com gravata preta também e camisa branca. Ele sorria, e a marcha nupcial começou a tocar. Todos nós nos viramos para ver a noiva e lá estava minha mãe, com um belo vestido branco, um véu grande e na sua frente duas pequenas crianças. No fundo da sala eu pude ver meus avós. Nós não estávamos em uma igreja, estávamos em algum lugar que eu não conhecia. Ver o sorriso da minha mãe e do meu pai, se casando novamente...

Acordei assustada, dei um pulo na cama e assustei o Bruno também. Não contive nenhuma lágrima quando lembrei que esse casamento era apenas um sonho e que eles não estão aqui, eles não podem decidir se casarem novamente ou renovarem seus votos de confiança um ao outro. Eles não podem me dar um novo irmãozinho e nem me xingarem por meus atos impensáveis.

-O que foi? – Pergunta Bruno vendo meu choro enquanto eu sentava na cama de pernas cruzadas.

-Sonhei com meus pais. – Mais lágrimas.

-Mich... – Ele não sabia o que dizer, assim como eu não sabia o que fazer.

-Vou tentar dormir. – Disse fechando os olhos e me ajeitando em uma posição confortável.

-Ok. – Diz ele se ajeitando perto de mim.


Acho que ele percebeu que eu ainda estava acordada, pois ele também estava. Não queria ter acordado ele por um sonho bobo que eu tive, mas foi tão real, como se eu pudesse sentir as energias deles comigo. Eu queria que fosse real. Quando senti que mais lágrimas iriam cair, apertei meus olhos e as impedi. Bruno passou a mão pela minha cintura e encaixou nossos corpos. Olhei para o nada, agora completamente sem vontade de dormir, porque sono eu ainda tinha. (Escutem agora essa música *u* ou cantiga, se preferirem)

twinkle twinkle little star 

(brilha, brilha, estrelinha) 

how i wonder what you are 

(Como eu quero saber o que você é) 

i have so many wishes to make 

(Tenho tantos desejos para fazer) 

most of all, it's what i state 

(acima de tudo, é o que eu indico) 

for just one girl that i've been dreamin' of 

(para apenas uma garota que eu estive sonhando) 

i wish that i could have all her love 

(Eu desejo que eu poderia ter todo o seu amor) 

Ouvir Bruno cantando música de ninar pra mim me acalmou quase que cem por cento. Senti-me segura com ele ali, e não consegui imaginar ter esse sonho sem ele para me ajudar a dormir. Foi aqui que eu percebi que talvez eu ame o Bruno/Peter porque eu tenho que ama-lo, porque ele vai me ajudar a passar por cada obstáculo que eu tiver. Mas depois de tudo que aconteceu, se agora não der certo, eu vou lutar contra o meu próprio coração e vencer, mostrar para ele que não vou ficar rebaixada por um amor.

 
  • Mas olha, lá vem o pato... de novo essa história de treta nos comentários? Meu bem, ta insatisfeita não comenta, é simples assim. 
  • Gente, que fique claro que eu não obrigo NINGUÉM a comentar, vocês comentam se vocês querem, porém é mais fácil pra mim se vocês comentarem, porque assim vou saber se está bom, ou se está ruim, essas coisas... E outra que comentário é como um empurrão, quanto mais tem, mais eu me empolgo pra continuar escrevendo. E eu não respondo os comentários porque nem todo mundo entra novamente aqui para ver as respostas! 
  • Ah, próximo capítulo na sexta *-* espero que gostem! E comentem :p dasibdniosandioa

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Capítulo 58

Eu e o Bruno fomos os primeiros a descer para jantar. Coloquei uma roupa mais quente, assim como o Bruno também. Fomos ao restaurante do próprio hotel, o cardápio estava repleto de coisas boas, que me deixaram salivando, mas outras também que me deixaram meio estranha por não saber o que exatamente era e terem nomes esquisitos. Foi preciso o Bruno falar com um outro moço que falava fluentemente o inglês, pois o garçom não entendeu nada do que o Bruno lhe falou. Pelo que eu entendi, só tem comida carregada no alto colesterol, já fiquei pensando no quanto engordarei essa semana. Pedimos algo de carne de porco, repolho e bolinhos, acompanhado de outras coisas que eu não entendi e a tradicional cerveja tcheca.

-Espero que a comida seja boa. – Disse olhando para a mesa. Os meninos chegam.

-Eu acho que é bem gordurosa. – Bruno passou a língua pelos lábios como se estivesse saboreando uma carne deliciosa e suculenta.

-Vou dizer pra vocês, estou sofrendo naquele quarto. – Kam já chega reclamando.

-O que foi cara? – Pergunta Bruno.

-Eu estou no mesmo quarto que o John e o Phil, não me pergunta o que foi. - Ele bufa assim que fala.

Começou uma confusão de vozes na mesa. Uma enorme mesa. Os meninos ficavam olhando para o cardápio e rindo por não entenderem certas coisas. Eu ria deles. As comidas chegaram, primeiramente a minha e a do Bruno, já que tínhamos pedido antes. A cerveja bem gelada, e boa. Quando os pratos dos meninos chegaram, Kam tirou uma foto da comida e eu acho que eu e o Bruno acabamos aparecendo no fundo da foto, já que ele estava sentado à nossa frente. Comemos e esperamos todos acabarem. A comida não é ruim, é bem “pesada”.

Todos começamos a rir por algo que Phil falou. Tomamos conta do espaço, as pessoas que tinham ali riam das nossas risadas e algumas olhavam estranho para nós, como se estivéssemos fazendo algo ruim. Comemos sobremesa e fomos para nossos quartos, combinamos que amanhã iríamos à dois pontos turísticos.

-A comida até que não é ruim. – Disse Bruno.

-Não mesmo. – Falei tirando meus sapatos e o casaco. – Vou tomar um banho. – Avisei.

-Seria abuso se eu pedisse para ir junto? – Pergunta ele, eu abro o guarda roupas que é embutido na parede e pego na minha mala, meu pijama e roupas intimas.

-Seria. – Respondi e ri da cara que ele fez.

Abri o chuveiro com medo da água ser muito quente ou muito gelada. Tirei minha roupa e arrumei-a dobradinha em um cantinho. Entrei no box e a água estava numa temperatura agradável. Ouvi o barulho da porta, tenho certeza que é o Bruno, ele não se aguenta.

-Eu só quero aproveitar um banho tcheco com a minha namorada. – Diz ele assim que entra.

-Estou dizendo que não é para entrar? – Perguntei abrindo a porta do box, ele me olhou de cima a baixo, nua, fiquei com vergonha mas nem tanto, afinal não há nada aqui que ele nunca tenha visto.

-Ok. – Olho para o seu corpo, ele não está vestindo mais nada, está nu.

(Escutem essa música)

Um sonho de homem, ele não é a escultura da perfeição e nem o mais lindo de todos, mas aos meus olhos ele se torna perfeito, e o que mais se destaca entre todos os homens. Sua pele, seu corpo, ele é todinho de uma cor só, aquela cor amorenada, a legitima cor do pecado. Dei espaço para ele entrar no box junto comigo, e quando olhei nos seus olhos e senti sua mão na minha cintura, um arrepio se fez na minha barriga, no meu ventre, algo extraordinário algo que eu não sei explicar. Ele foi me empurrando delicadamente para baixo da água, e assim encostamos nossos lábios um no outro. O seu gosto é impecável, sua língua curiosa e suas mãos macias, mas másculas. Eu preciso dele sempre. Com seu corpo colado no meu comecei a sentir sua leve animação, que somente por agora estava leve. A água que caía sobre nós só fazia esse momento mais instigante.


Suas mãos brincaram de passear pelo meu corpo. Percorreram minhas costas, chegando na minha cintura, no meu quadril e na minha bunda. Ele me apertava com vontade, e minha respiração já se tornou descompassada. Seus dedos encontraram o caminho do meu sexo e começaram a fazer diversos movimentos para que eu me instigasse. E ele estava conseguindo. Gemia baixinho enquanto seus lábios me beijavam. Bruno tirou suas mãos de mim e encostou-me na parede. O seu beijo estava tão bom que eu não queria parar. Nossas línguas brincavam de dançar uma com a outra. Meu corpo estava correspondendo a brincadeira dos seus dedos em mim, minhas pernas já estavam esticadas e durinhas, estava com medo de acabar chegando a um orgasmo assim mesmo. Mas se eu chegasse, não iria ser nada mal. Antes que eu cometesse alguma bobagem em suas mãos, afastei o corpo dele do meu e me segurei em seus pulsos. A água caia no meio de nós dois, fui um pouco mais para o lado e fiquei de joelhos na sua frente. Eu estava achando tão “claro” o ambiente. Abocanhei seu membro, que ainda não estava totalmente animado, mas parcialmente sim, com a ajuda das minhas mãos fiz movimentos para cima e para baixo.

-Olha pra mim, Mi. – Ele passa a mão no meu cabelo. Senti um pouco de vergonha, não vou negar, mas eu queria tanto dar prazer a ele, quanto a mim.

Timidamente levantei os olhos dando de encontro com os deles, sua expressão de prazer estava mais que visível. Bruno me auxiliava com suas mãos nos meus cabelos, ele me acariciava e passava a mão na minha cabeça.

-Banho pra que? – Pergunta ele colocando a mão no meu braço e me erguendo.

Abrimos o box e saímos grudados um com o outro, indo para o quarto, chegando perto da cama. Beijávamos-nos enquanto isso. Bruno me empurrou um pouco para frente e delicadamente eu sentei na cama, indo para trás enquanto ele vinha sobre mim. Nossos lábios se encontraram novamente, mordia-mos um ao outro. Suas mãos foram diretamente nos meus peitos, me apertando e levando sua boca a eles. Meus gemidos estavam meio abafados, eu não queria fazer nenhum tipo de alarde, afinal estávamos em um hotel e tem outras pessoas por aqui, inclusive todos nossos amigos. Eu o sentia roçando em mim e tinha mais vontade de tê-lo dentro de mim.


-Preciso de você dentro de mim. – Disse puxando seus cabelos, ele olhou nos meus olhos e eu um sorriso safado.

-Repete. – Pede ele mordendo os lábios.

-Eu. Preciso. De. Você. – Falei e tentei ter um fôlego para continuar. – Dentrodemim. – Emendei as palavras todas juntas e seu dedo indicador passou pelos meus lábios, logo lembrei do que ele estava fazendo comigo antes, lá no banheiro e meu deu um pouco de nojo, porém lembrei-me que era com a outra mão.

Posicionamos-nos direito e ele me penetrou, sem nenhuma dificuldade, eu estava lubrificada demais para precisar de mais instigações. Seus movimentos se tornaram intensos, e cada vez mais prazerosos, mas hoje eu estava me sentindo insaciável por algum motivo desconhecido. Somente tinha o barulho do impacto de nossas peles, a luz da lua entrando pela janela, o resto do quarto pouco iluminado, e nossas respirações ofegantes. Bruno sentou para trás, eu me inclinei para frente e beijei-o, mas vi que se eu o empurra-se para ir por cima dele, ele iria acabar caindo no chão.

-Deita aqui. – Pedi mostrando o lugar e indo para trás.

-Vai fazer o que comigo? – Pergunta ele arqueando a sobrancelha e levando sua mão para o seu membro.

-Fazer o meu sexo te levar ao paraíso.

Bruno sorriu assim que eu falei um sorriso safado. Subi sobre o seu corpo, e me encaixei nele. Mexíamos nossos corpos num compasso quase sincronizado, já sabendo quais pontos tocar para que o prazer fosse maior. Uma camada fina de suor já cobria nossa pele, fazendo aquele momento ficar tão delicioso e tão intenso, mais do que já estava. Ouvia ele dizer meu nome algumas vezes e mexer minha cintura. Parei imediatamente quando me lembrei de algo.


-Bruno, nós não estamos usando camisinha. – Me caiu a ficha disso.

-Putz. – Ele fecha os olhos fortemente. – Não vamos parar agora. Eu coloco pra fora antes, tudo bem?

Somente assenti, não queria apavorá-lo aquele momento, mas era preciso eu falar. Continuei com meus movimentos e ele segurando minha cintura. Nossas respirações foram além do que estávamos antes, e agora me deitei ao seu lado, ficando de costas pra ele. Nós continuamos assim, de ladinho, até que começamos a gemer alto. Sua mão encontrou o meu sexo e enquanto me penetrava ao mesmo tempo me instigava. Bruno me virou rapidamente e subiu sobre mim, abrindo um pouco das minhas pernas. Começamos com mais movimentos até que ele tirou dentro de mim e chegou no seu ápice. Respiramos aliviados e sorrimos um para o outro.

++++

Eu e Bruno dormimos juntinhos, depois daquela transa maravilhosa e do nosso banho perfeito. Ele foi tão carinhoso comigo. O fuso horário me confundiu, acordei com algumas batidas na porta do quarto, Bruno ainda estava dormindo pesadamente.

-Bom dia. - Kam diz com uma enorme animação quando abri a porta.

-Bom dia. - Disse rindo dele.

-Nós vamos andar por dois pontos hoje, vamos sair daqui a pouco, Zoe e Phred vão ir depois... Vão com nos?

Olhei para o Bruno dormindo e olhei de volta pra ele, pensei no meu sono tremendo.

-Vamos depois. - Disse.

Fechei a porta dando tchau para ele e voltei para a cama. Deitei ao lado do Bruno que se mexeu e resmungou algo que não intendi. Meus olhos pesaram, olhei para ele e me senti cada vez mais distante, até cair no repleto sono.

Bruno estava me balançando, me chamando, e eu só queria dormir mais um pouquinho. Puxei o edredom para me cobrir completamente, até a cabeça.

-Michelle, nós vamos sair lembra? – Ele diz e eu me recuso a responder, o sono me chamava mais alto. – Não vai ir com nós? – Ainda não respondi. – Ah, quer saber, fique aqui no hotel mesmo.

Senti seu corpo levantar da cama, fechei os olhos mas me senti um pouco mau por não cumprir o que eu falei, disse pra ele que iria dar uma volta com ele na cidade. Michelle, nós estamos em Praga garota, aproveite, curta. Vamos de uma vez. Levante esse corpo da cama. Comecei a pensar e ouço um barulho.

-Bruno, espera. – Disse com a voz mais alta.

-O que? – Pergunta ele aparentemente bufando comigo.

-Eu só estou cansada, o fuso horário me confundiu, desculpa. – Disse sentando na cama e olhando para ele.

-Ok, se arrume. – Sua voz saiu totalmente seca. Eu não vou brigar com ele, não mesmo. Se ele quer deixar esse clima chato entre nós dois, que deixe, mas eu não vou discutir nem pedir desculpas.

Levantei da cama e tirei meu pijama. Bruno ficou só me observando sem falar nada. Peguei nas minhas malas uma blusa de manga comprida, uma calça jeans, uma bota rasteira, e meu casaco. Penteei meus cabelos, escovei meus dentes e usufrui do banheiro. Podia ver que o Bruno estava estranho, mas não quero falar nada para ele. Na frente do espelho arrumei uma toquinha cinza no meu cabelo e ouço a porta se abrir e se fechar. Ele foi sem mim. Idiota. Odeio ficar assim, mas se ele quer ser uma criança birrenta, eu vou mostrar pra ele que posso ser assim também. Peguei meu celular e minha carteira. Saí do quarto e vejo Bruno, Phred e Zoe no corredor, próximos ao elevador. Me aproximei deles, Bruno estava no celular.

-Bom dia ou boa tarde? – Perguntei dando um beijo no rosto da Zoe, logo um no do Phred. Reparei que os dois estavam de mãos dadas. Já disse o quão fofo eles são juntos? Pois é, são lindos.

-Boa dia quase tarde, porque daqui a pouco já é meio dia. – Phred informa.

-O que deu nele? – Perguntei apontando discretamente para o Bruno.

-Sei lá, ele está bem com nós. – Zoe dá de ombros.

-Eu não sei por que nós sempre acabamos brigando, é impressionante. – Revirei os olhos.

-É, ninguém aguenta. – Diz Phred. – Ele é um cara complicado, digamos assim.

-Eu sei que ele é. – Digo e olhei para o Bruno que sorria ao falar no telefone. Bateu a curiosidade. O elevador chegou, nós pegamos e Bruno desligou o telefone.

Clima horrível. Além de estar frio, o clima entre nós estava péssimo. Phred, Zoe e Bruno conversavam normalmente e quando eu era posta na história, Bruno simplesmente parava de falar. O que deu nele? Eu não sei se ele está assim porque eu me atrasei para levantar, ou porque eu não acordei ele cedo para irmos com os meninos. Mas também não quero ficar me culpando, estou com a consciência limpa, sei que não fiz nada, não falei nada. Bruno é bipolar, e eu sou obrigada a aceitar isso, ou então largar dele, porque nós não podemos mudar as pessoas, e eu aprendi isso agora. Minha missão com o Bruno era de resgatar o antigo Peter. E eu acho que resgatei um pouco, porém ele ainda dá esses ataques loucos, e eu simplesmente não posso fazer mais nada. Todas as armas que eu poderia usar, já usei.

-Vamos pegar um táxi? – Pergunta Phred.

-Sim, Dre foi com os meninos antes. – Pude ouvir um tom de “é culpa sua” na voz do Bruno.

-Eu não vou falar nada. – Disse irritada. – Eu me recuso estar discutindo.

-Calma, Michelle. – Zoe segura minha mão.

Bruno não disse nada, ele sabe que ele está errado. Eu não parei assim que descemos, ele ficou dando atenção para algumas fãs que estavam ali e eu não esperei, passei com minha cara normal, sem esboçar raiva nenhuma e também sem querendo ser esnobe para elas. Phred foi até ele.

-O que está dando nele?

-Eu não sei mais. – Respondi para Zoe. – Só sei que mais uma dessas brigas feias, e nós nos separarmos, que eu não vou querer mais nada com ele. – Bufei e desviei o olhar dele e das fãs dele.

Virei meu corpo para frente e dei um encontro dolorido em alguma pessoa. Fui pra trás quase caindo e a pessoa mal se mexeu. Vi que Zoe estava querendo rir, mas se aguentou.

-Me desculpa. – Disse passando a mão nas coxas e finalmente olhando para a pessoa que tinha batido. Um cara aparentemente mais novo que eu, bonito até, mas não faz meu estilo. Cheio de tatuagens, cabelo estiloso, parece ser bem rico. Ele deu um sorriso.

-Não foi nada. – Ele disse com um inglês pouco fajuto. Não quis rir na frente dele, mas esse sotaque eu conheço um pouco. Dei um sorriso para ele.

-Vamos? – Bruno chegou ao meu lado. Olhei para o Bruno e o cara saiu da minha frente, desviando de nós para entrar no hotel, atrás dele tinha dois seguranças. – Quem era aquele cara? – Pergunta ele.

Zoe estava gargalhando.

-Você precisava ver a sua cara quando esbarrou nele. – Ela diz divertidamente enquanto caminhávamos para a frente do hotel pegar o táxi.

-Você esbarrou nele? – Pergunta Bruno.

-Eu queria ter visto minha cara pra ele. – Comecei a rir em resposta da Zoe. Ignorei o Bruno, ele está fazendo esse joguinho de mudança de humor então começarei a fazer o meu joguinho de ignorá-lo. Isso eu sei fazer, muito bem.

Pegamos o táxi. Deixei o Bruno ir na frente e atrás foi eu, Phred e Zoe. Nós três conversávamos enquanto Bruno não abriu a boca para nada. Não tentei falar com ele também. Assim que chegamos ao local, Phred pagou e nós descemos. Os dois foram a frente e quando eu dei um passo mais acelerado para não ficar perto do Bruno, sinto suas mãos no meu braço, me segurando.

-O que está acontecendo? – Pergunta ele.

-Te faço a mesma pergunta. – Disse e olhei para trás, vendo Phred e Zoe se distanciando. –Vamos ir, senão vamos chegar mais tarde ainda.

-Não importa que chegamos tarde. – Diz ele disfarçando.

-Não? – Arqueei a sobrancelha direita. – Não pareceu isso hoje! Brigar comigo por uma infantilidade dessas, sinceramente, pensei que você era mais criativo. – Desviei meu braço do dele. Vi seu maxilar contorcendo-se, era aparente, ele estava com raiva de mim.

-Eu só me estressei, ok?

-Ok, mas nunca desconte seus estresses em mim, eu não tenho culpa de nada.

-E se tiver?

-Bruno, vai me crucificar por eu não ter te chamado pela manhã? Ok, me desculpa por eu não ter te chamado.

-Não é isso... Vamos conversar.

-Quando você estiver calmo, quando nós estivermos em um lugar apropriado e quando você me tratar com respeito, podemos conversar.

Virei às costas pra ele. Caminhei em direção de onde os dois tinham ido, não sei se ele está vindo atrás de mim, e pouco me importa. Posso parecer meio esquisita, mas o que eu desejei no momento é que o Jake me ligasse, que ele dissesse algo para mim e nós brigasse-mos feio, mas não sei por que deseje isso. Desejo maluco, mas eu precisava falar as verdades para o Bruno e mostrar que eu não estou de brincadeira quando eu digo que essa é a nossa última chance.

Droga de sentimentos que não me deixam em paz. Droga de vida que eu fui me meter. Pensei por instantes em como seria minha vida se eu não tivesse encontrado o Bruno aqui em Los Angeles. Penso que eu poderia estar namorando com o Leo, ou que várias coisas poderiam ter sido diferentes do que foram, e que agora eu não estaria triste e nem abalada por um homem que é mais bipolar do que eu quando estou de tpm.

Bruno passou na minha frente, andando rapidamente de cabeça baixa. Eu não vou tentar nada, não vou falar nada.

  • Tá caindo o número de comentários, não é? Eu quero que ele aumente u_u porque senão mais eu demoro, e garanto que vocês não vão querer isso.
  • Atendi os pedidos para um hot :3 desfrutem.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Capítulo 57

-Colocou agasalhos? – Pergunta minha tia parada na porta observando-me arrumar as malas.

-Coloquei, mas será que é tão frio assim? – Perguntei.

-Dizem que é frio demais, se prepara. – Anne diz.

-Ok, vou levar isso mesmo, duas malas está de ótimo tamanho! – Anne revirou os olhos quando eu falei.

Ouvimos um chamado entre risos do Theo para a minha tia que saiu na mesma hora. Anne não quis ir conosco, na verdade ela não conseguiu falar com o chefe dela. O meu chefe me deu a “folga” de uma semana, mas em troca passei uma semana inteira arquitetando um projeto para ele, e não foi nada fácil. Passou duas semanas desde que a minha tia e meu irmão chegaram. A casa agora só fica em silêncio quando todos estão dormindo, eu tinha me esquecido como é bom ter a casa cheia.

-Ah, pensando por um lado, eu queria ir. – Anne senta na cama ao lado da minha mala. Vou em silêncio até a porta e a fecho. Empurro minha mala para trás e sento ao seu lado.

-Entendo. – Torci os lábios para o lado e ela encarou o chão.

-Apesar de que eu não curtiria o clima entre eu, Leo e Ryan.

-Mas o Ryan não tem nada que ver com a sua vida! – bufei.

-Eu sei que não, mas mesmo assim é estranho.

-É estranho só se você sente algo pelo Ryan.

-Não sinto. – Sua voz saiu convicta.

-Então não há motivos para ficar assim. – Repousei minha mão no seu ombro. – E outra que você não vai conosco, vai poder aproveitar com o Leo. – Coloquei a linguinha sapeca e ela gargalhou.

-É, pode ser.

Recebi duas mensagens do Bruno dizendo que está indo me buscar. Ás vezes me sinto aquelas crianças que dependem dos outros, odeio o fato de não saber dirigir e não ter um carro. Isso irrita. Verifiquei minha maquiagem e meu cabelo, minha roupa estava direitinha, minha tia disse que eu parecia uma boneca. Meu cabelo estava ondulado hoje, sem ao menos eu fazer esforço para isso acontecer, eu trajava um vestido branco rodadinho, e um casaquinho jeans por cima, com uma sapatilha bege nos pés. Nessa semana que passou eu fiz a retirada do meu dio e a partir de semana que vem – quando nós voltarmos da viajem -, eu irei tomar as injeções anticoncepcionais. Fiz uma batalha de exames assim que retirei o dio, e graças a Deus está tudo bem comigo e meu sistema. Fechei a mala que estava sobre a cama e Anne coloco-a próximo da porta do quarto, peguei a outra que é menor que essa e pus perto também. Fui até a porta da entrada e coloquei as malas ali. Dei um abraço em cada um deles.

-Usa camisinha. – Disse a minha tia.

-Mãe. – Anne disse entre risos.

-Mas é, tem que se proteger. – Ela deu de ombros.

-Minha irmã sabe se cuidar. – Theo me abraça de lado.

-Espero mesmo. – Santa protetora Savanna.

Dei tchau para todos quando Bruno buzinou na frente de casa. Puxei uma mala e Bruno correu para me ajudar com a outra. Colocamos as duas no porta malas e eu acenei para todos que estavam na porta de casa. Sentei-me no banco do carona e Bruno antes de por o cinto se inclinou para perto de mim.

-Está linda. – Ele passa a mão na minha coxa seguido de um selinho.

-Não quero nem pensar no que você está pensando. – Revirei os olhos divertidamente.

-Faz uma semana. – Ele faz suplica com seus olhos brilhando e carinha de coitadinho.

-Mas Bruno. – Gargalhei. – Você está cuidando o tempo?

-Claro. – Ele se recompõe e coloca o cinto de segurança. – Matamos essa greve lá em Praga.

-Você é safado demais.

-Quando você se apaixonou por mim eu já era assim.

Mal ele sabe que eu sou apaixonada por ele bem antes dele se tornar o Bruno, quando ele era somente Peter. Mas eu não quero pensar nisso, quero pensar em coisas positivas, como por exemplo, eu estou indo para Praga, e eu estou feliz.

-A turnê começa daqui à três semanas. – Ele torce os lábios.

-Você não tinha que estar feliz por isso? Desculpa a intromissão.

-E eu estou feliz, muito feliz. – Ele diz.

-Não pareceu.

-É que eu estou nervoso. – Ele morde o seu lábio inferior. – As pessoas não costumam a lidar bem com mudanças. Eu escrevia músicas românticas, mas agora eu mudei completamente e tenho medo da turnê não ser um sucesso por isso.

-Bruno, se eles gostam de você, eles vão assistir o que você tiver para apresentar. Você tem talento, qualquer coisa que você fizer vai ficar bom, pode apostar. – Disse e ele ficou somente com uma mão no volante e com a outra segurou a minha. Coloquei as pontas dos meus dedos com os seus e fiquei olhando para nossas mãos ali. Entrelacei nossos dedos e soltei um suspiro. Eu amo ele tanto que eu não sei a que ponto posso chegar por ele.

Fomos indo em direção ao aeroporto. Bruno levou uma das minhas malas, a maior, e disse que eu poderia levar a pequena ou deixar pra ele levar, mas eu achei que seria abuso. O carro foi estacionado e fomos em direção ao segundo andar. Pessoas olhando para nós, fotos e fotos em nossas direções, isso não me incomodava tanto assim como eu pensei que me incomodaria. Bruno segurou minha mão livre e entramos em um dos portões. O segurança pediu nossas identidades e o número do registro do jatinho. Bruno ficou falando as coisas para ele e entramos. Os meninos estavam fazendo uma gritaria, e seu só identificava uma única risada feminina, a da Zoe. Um homem levou as duas malas e eu fiquei com a minha bolsa, entramos por uma escadinha pequena para o avião. Passei por uma sala pequena, e logo entramos na sala do avião onde tinha três mesas e dois sofás. Todos ali sentados olharam para nós.

-Chegou o rei da bagunça! – Diz Bruno bem divertido.

-Vamos trocar de assunto que o assunto chegou. – Diz Phil. Sorri quando vi ele e estiquei os braços. Sentei ao seu lado e dei um abraço bem forte. Escutei um belo coral de “hmmm”.

-Olha aí negão, perdeu a mulher! – Diz Kam.

-Pelo menos perdi pra alguém que já tem uma mulher, você não tem então te fecha. – Bruno disse em tom de brincadeira e John esfregou a mão na cabeça do Kam.

-Eu não tenho porque eu não quero ter. – Kam estufou o peito.

-Abaixa essa bola negão, não é pra tanto. – Diz Dwayne.

-O cobiçado aqui é o Bruno. – Disse Jam. Começamos a rir e Bruno me olhou de canto, acho que para ver se eu estava brava pelo que ele disse, mas não esquento a cabeça com essas pequenas coisas... Não mais.

-Gostaria de saber se já está tudo pronto e se podemos dar partida no voo? – Pergunta o co-piloto.

-Está tudo pronto sim, podemos ir. – Diz Ryan chegando.

-Eu nem tinha reparado que ele não estava aqui. – Falei baixinho e Phil riu do que eu falei.

-Pra você ver como sente a falta dele.

-Pois é. – Disse e caímos no riso.

Acho que o avião decolou, sei lá, eu estava prestando atenção nas coisas que o Bruno estava fazendo, palhaçadas para entreter todos ali. Phred e Zoe estavam bem juntinhos, e bom, eu soube que eles estão namorando mesmo, e isso é tão oficial que até foto juntos eles postaram em redes sociais. Phred olha para ela e ela o olha de volta, sabe quando nós vemos que algo irá dar muito certo?! Então. Eles são lindos um para o outro e Phred eu sei que não vai magoar ela, da mesma forma que eu sei que ela não o magoaria. Me apoiei no braço do Phil e quando fechei os olhos senti um peso nas minhas costas e acabei pegando levemente no sono.

Não sei por quanto tempo eu dormi, mas acho que não muito. Ainda estamos no voo. Phred e Zoe estão abraçados e dormindo sentados. Phil está com o rosto literalmente enterrado na mesa, e dormindo. Os meninos alguns estão escutando música e outros dormindo. Não achei o Bruno. Levantei e fui procura-lo. Entrei em uma porta e era o banheiro e mais a frente tinha algumas camas. Poucas, mas tinha. Bruno estava deitado em uma delas, com fones de ouvido e olhos fechados, ele não estava dormindo, pois cantarolava bem baixinho. Abaixei-me próximo dele e passei o dedo pela sua bochecha fazendo-o abrir os olhos.

-Oi. – Ele da um sorriso.

-Oi. – Disse. – Procurei você. – Sentei-me na cama.

-Eu vim pra cá tentar dormir, mas não consegui.

-Por que?

-Não sei. – Ele torce os lábios. – Quer tentar me ajudar?

-É capaz de eu dormir também.

-Então vamos dormir um do lado do outro nessa cama de solteiro. – Ele se afasta para o canto da cama. 


Me ajeitei ao seu lado. Escorei minha cabeça no travesseiro que ele também estava usando e passei minha mão por sua barriga, como se fosse o abraçar. Fiquei olhando ele tentando dormir e foi me dando sono, minhas pálpebras foram fechando-se sozinhas, cada vez mais. Só enxerguei o preto, e dormi.

+++

-Eu não posso passar por ali com aquele bando de meninas me esperando. – Bruno disse colocando o boné.

-Mas vamos ter que passar por ali. – Ryan disse. – Temos que pegar ônibus que irá nos levar para o hotel.

-Vamos que eu faço cobertura. – Disse Dre.

-Ok. Meninos, Zoe e Mich, vão indo pelo outro lado. – Ryan disse.

-Ok. – Concordou Phil.

-Não. – Gritou o Bruno e me puxou pela mão. – A Michelle é minha namorada, ela vai sair comigo por ali, de mãos dadas. – Bruno entrelaçou nossos dedos.

Eu mal estava crendo no que estava ouvindo, ele quer sair do aeroporto de mãos dadas comigo, sendo que eu poderia ir muito bem com os outros. Uma coisa tão boba, um detalhe tão mero que para mim fez a enorme diferença. Meu peito explodiu de alegria, e eu esbanjei em um sorriso tímido. Ryan deu de ombros e fomos em frente. Bruno segurou firme na minha mão. Segurei minha bolsa com a outra mão e assim que saímos por uma porta de vidro – não comentei o frio que eu estava sentindo, minhas canelas peladas estavam tiritando de tanto gelo que eu sentia, parece que iriam quebrar a qualquer momento -, uma menina nos viu e logo senti alguns flash’s. Bruno parou para dar autógrafo e Ryan ficou ao meu lado e Dre perto do Bruno. Ele tirou algumas fotos e uma menina lhe perguntou algo que fez ele olhar para mim, olhar para ela e responder algo com um sorriso tão travesso. 


A curiosidade me atiçou demais, mas não queria invadir a privacidade dele perguntando o que ela perguntou. Demos as mãos novamente e Ryan passou em um dos guichês para falar algo do avião. Eu, Bruno e Dre fomos para o ônibus.

Bruno Pov’s

-Bruno, Bruno! – Uma das meninas gritou para mim, ela tinha a voz mais grossa de todas que estavam ali.

-Oi. – Respondi para ela.

-O que ela é realmente sua? – Ela apontou levemente com a cabeça em direção da Michelle.

E agora? Eu decidi mostra-la como minha namorada. Olhei para a menina que perguntou, olhei para a Michelle que me olhava curiosa, voltei a olhar para a minha fã de cabelos cacheados e dei um sorriso.

-Ela é minha namorada, Michelle. – Respondi sua pergunta.

Michelle Pov’s

-Mas tem que calar a boca, isso sim. – Disse Phil entre as risadas altas e estridentes.

-Não, não vou calar, isso é uma calunia, me tirem daqui. – Continua dizendo Kam sentado ao lado da Zoe e do Phred.

-Porque? Tá tão bom aqui. – Phred passa a mão pela coxa do Kam.

-Que? Tá me estranhando, rapaz? Saí daí. – Kam finalmente levantou do fundo do ônibus e saiu pelo corredor. Parou em um dos bancos vazios e de lá falou: - Aqui ninguém me incomoda.

-Oi garotão. – Disse Ryan pra ele. Eu não aguentava mais rir, ri o tempo todo com eles.

O ônibus parou, foi uma complicação para descer, nunca pensei que fosse tudo isso só para descer do ônibus. Primeiro desceu o Dre, depois o Ryan, aí o Ryan vinha chamando os meninos pouco a pouco, e eles hesitavam um pouco em ir. Bruno e eu ficamos por último. Desci os degraus primeiro que ele e fiquei esperando ele ali, tinha algumas pessoas na frente d hotel, bastante pessoas curiosas tentando nos olhar e tirar fotos. Bruno acenou para elas e seguimos em frente.

-Sem bagunça. – Ryan parecia o pai de todos agora. – Vou entregar os cartões dos quartos de vocês. – Ele estava com um bolinho de cartões na mão. – Cada quarto suporta três pessoas, e para os dois casais, um quarto para cada. – Ele entregou um cartão nas mãos do Bruno e outro nas mãos do Phred.

-Ryan eficiente e trabalhador, nunca pensei. – Disse perto do ouvido do Bruno que somente riu.

-Quero um quarto somente para mim e para meu amor. – Phil agarrou o Kam.

-Ah, para, pelo amor. – Kam diz em súplica. – O que eu tenho que vocês são apaixonados por mim?

-Negão delícia. – Gritou James e Kam colocou o dedo do meio para ele. Estávamos no saguão da recepção do hotel a recém.

Bruno estava ao meu lado, mas estávamos separados. Cruzei meus braços com frio Dre via alguma coisa sobre as nossas malas que estavam no ônibus, enquanto o Bruno tiritava de frio e falava com o Ryan algo que eu não quis escutar. Zoe se aproximou de mim.

-Eu estou tremendo de frio. – Ela disse toda encolhida.

-Coloca um casaco. – Disse olhando para seus braços pelados, eu pelo menos estava com a jaquetinha jeans por cima.

-Já pensei nisso, mas ele está no meio de tantas coisas da minha mala que vai ficar ruim para pegar.

-Vamos subir? – Pergunta Bruno, olhei para os meninos que já estavam indo, discutindo algo sobre a escolha dos quartos.

Zoe encontro Phred e fomos mais atrás dos meninos. Encontramos nossos quartos facilmente. Estávamos no quinto andar, nosso quarto era ao lado do quarto de Phred e Zoe, e logo depois vinha os outros três quartos. Quase tomamos conta do hotel por inteiro. Fechei a porta do nosso quarto e Bruno largou em disparado para o banheiro. Abri minha bolsa e liguei meu celular. Recebi duas mensagens.

“Esperamos que tenha dado tudo certo na viagem. Aproveita por mim em Praga, tire fotos e transe com camisinha – aviso da mamãe. Amamos você. Manda um beijo para a Zoe”

Anne, é uma palhaça. E minha tia encasquetando com esse negócio de camisinha, como se eu não fosse me cuidar. Eu sei que agora eu tirei o dio, é mais fácil – bem mais fácil ficar grávida -, mas eu vou me cuidar, com certeza. Sentei na cama para ver a próxima mensagem.

“Bom dia, como está?”

A mensagem um tanto quanto “seca” do Jake. Não queria ter nada a esconder do Bruno, mas também não queria que brigássemos por causa de uma mensagem de bom dia. Isso não é nada demais, mas ultimamente o “nada demais” se torna “intenso demais” para mim e para ele.

-Vamos nos arrumar porque vamos jantar daqui a pouco. – Bruno diz assim que saiu do banheiro, com as mãos molhadas.

-Tudo bem. – Dei um sorriso e guardei meu celular na bolsa. Bateu alguém na porta.

Bruno atendeu, era Dre e mais um moço do hotel, com três malas. Duas minhas e uma do Bruno. Ele pegou as malas e colocou próximas a cama. Fui em direção da janela e olhei para a vista da cidade, era linda. Uma cidade histórica, com luxo é claro, mas mesmo assim não deixava de preservar as suas origens antigas. O quarto não era tão simples assim, a decoração era mais escura, a cama com a guarda encostada na parede, duas mesinhas ao lado da cama, com abajur e um pequeno vasinho de flor. A frente da cama, encostado na outra parede, tem um suporte com uma televisão e abaixo o controle. No canto tem uma porta, suponho que seja de roupas e coisas assim, entre outros detalhes que o quarto tinha.

-Gostou? – Perguntou ele chegando próximo de mim.

-Amei. – Disse com um sorriso sem mostrar os dentes, um sorriso tímido com graça.

-Quero que essa viagem fique gravada em nós. – Ele abraça a minha cintura e colamos as pontas de nossos narizes um no outro.

 
  • O capítulo tá bem maior do que o outro gente, então se agilizem pra comentar u_u dnisadnosiadiosa' 
  • Próximo capítulo só na segunda, como sempre! <3 

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Capítulo 56

A janta foi tão bem ocorrida. Bruno se deu bem com o Theo, eles falaram sobre muitas coisas, Leo conversava com eles ás vezes, enquanto Phred conversava com nós mulheres, ele estava sentado ao lado da Zoe e depois deram as mãos, acho que estou precisando me atualizar sobre o relacionamento deles dois.

Bruno Pov’s 

A janta já tinha acabado quando Savanna pediu para Anne mostrar o quarto direitinho para ela. Eu não me senti culpado hoje, mas também não sei o que deu em mim. Quando eu liguei pra ela e o telefone estava desligado e ela não havia respondido minha mensagem, meus pensamentos foram vários, e quando ela me tratou com certo desdém no telefone, a única coisa que pensei era em como eu iria deixa-la feliz. Dei uma atenção básica para minhas fãs, até que uma me mandou uma foto um tanto curiosa, eu não sei de que dia foi, mas era eu e a Michelle abraçados. Ela perguntou se estávamos namorando, e prometi a mim mesmo que iria ver isso com a Michelle, se iríamos deixar nossa relação exposta ou não.

Fiz menção para levantar da cadeira e quando levantei Theo levantou também. Ele deu um sorriso pra mim e eu retribui com o pensamento “ih, lá vem bomba”. Respirei fundo assim que me distanciei da mesa caminhando lentamente em direção da sala.

-Bruno, espera ai.

-Oi. – Digo parando perto do sofá.

-Fugindo de mim? – Pergunta ele divertidamente. Deixei meus ombros relaxarem.

-Não, claro que não.

-Ah bom. – Ficamos num silêncio breve. Michelle lavava a louça com a ajuda da Zoe, enquanto Phred e Leonel conversavam sobre algo empolgante. Anne voltou para a cozinha e eu olhei para a janela da sala. Me sentei e Theo fez a mesma coisa, sentando em uma poltrona.

-Eu não sei se é certo, você pode ficar bravo comigo... – Esse papo está começando a me deixar com mais medo do que eu já estava. –o que exatamente você quer com a minha irmã? – Sabia que essa hora iria chegar, agora ferrou. – Quer dizer, eu sei que vocês se conhecem desde pequenos, mas eu conheço a sua fama.

“Eu conheço a sua fama”.

Isso ecoava nos meus ouvidos, na minha mente, eu via as palavras flutuarem na minha frente. Fiquei em completo transe psicótico. Eu estou com medo dele? Não, eu tenho medo do que ele pode fazer em mim, não sou muito bom em lutas e essas coisas, aliás, ele é alto, um soco dele quebra meu rosto ao meio.

-Bruno?! – Ele balançou a mão para me alertar. – Dormindo ai.

-Ah, desculpa, estava pensando numas coisas. – Tentei ao máximo relaxar. Vamos lá Peter, quem não deve não teme garoto! – Não sei responder isso.

-Não sabe responder o que quer com a minha irmã? – Impressão minha ou o tom dele mudou?

-Eu sei o que eu quero com ela, só não sei parafrasear as coisas para que não pareçam planos absurdos, entende?! – É mais ou menos isso mesmo. Mas no fundo eu não sei o que eu quero, só sei que ela tem uma espécie de imã que me atraí à ela toda a vez que eu tento me afastar, mas agora eu sinto como se eu não quisesse me afastar.

-Entendi. – Diz ele. – Confio em você cara, mas não me faz perder a confiança! Você parece que gosta dela, e ela nem se fala!

-Obrigada. – Digo. – Eu acho.

Anne chamou o Theo para falar algo do seu quarto pra ele e quando ele se levanta eu também faço menção para levantar-me. Me juntei a todos na sala de jantar, Michelle já tinha lavado a louça e agora Zoe e Phred estavam de mãos dadas, como um casal de namorados. Fiquei ao lado da Michelle.

-Eu estou tão feliz! – Ela dá um sorriso meio tímido.

-E daqui pra frente está propensa a ficar mais feliz. – Disse virando de frente para ela. Suas bochechas ficaram um tom rosa meio puxado para o vermelho. “Confio em você cara, mas não me faz perder a confiança!”. Isso não saía da minha cabeça. Se eu vacilar com ela posso ser morto – ok, não exagerando -, mas se eu vacilar com ela novamente posso perder a confiança de muita gente, inclusive a dela.

Michelle Pov’s 

Demos boa noite para todos. Anne convidou o Leo para dormir aqui e Theo fez alguma piadinha sobre se ele não conseguisse dormir com barulho de cabeceira de cama batendo, ele iria aprontar para nós. Nunca ri tanto em uma noite, família reunida é tudo de bom. Ter quem nós amamos próximos a nós é ótimo, ver as pessoas pelas quais você daria tudo o que você tem para ver um sorriso delas, não tem preço.

-Vamos deitar? – Perguntei para o Bruno que bocejava em pé, próximo a porta.

-Vamos. – Ele retira sua jaqueta e a põe na guarda da cadeira da minha mesa.

Tirei minha roupa e pus um pijama azul – um tanto quanto broxante.

-Ah não, dorme de calcinha e sutiã... – Bruno fez carinha de cachorro pidão. Achei tão fofo isso. – Eu vou dormir de cueca. – Quando ele abriu a calça jeans senti um arrepio no meu ventre. Para de pensar em bobagens, Michelle.

-Ok. – Tirei meu pijama broxante ficando somente de calcinha e sutiã rosa pink.

-Assim é melhor. – Ele tira a camisa e ficamos nós dois seminus no quarto, é estranho ficar assim quando não vai se fazer nada.

(Escutem essa música)Deitei na cama, confortável, e Bruno deitou ao meu lado. Ficamos no repleto silêncio, até ele abrir a boca e fazer menção que iria falar algo, mas não falou, desistiu.

-O que houve? – Perguntei.

-Gostou das flores? – Pergunta ele. Me virei de frente para ele, já deitados. Repousei minhas mãos no travesseiro e coloquei minha cabeça sobre elas olhando para ele. Dei um sorriso.

-Amei, são lindas. – Ele sorri agora. – Mas eu sei que não era isso que iria falar.

-Tem razão, não era mesmo! – Sabia. – Tenho duas coisas para te falar.

-Quais?

-Uma é que minhas fãs, eu juro que não sei como, conseguiram uma foto, tá, talvez mais de uma, nossa! Estamos abraçados, outras quase nos beijando, eu não me lembro do dia muito bem. – Meu Deus. – E então eu queria saber, deixo todos saber que estamos namorando ou não?

-Acho que todos já sabem. – Dei de ombros. – Agora deixo em suas mãos, nos assumir ou não. Você que sabe o que é melhor pra você e sua carreira meu lindo. – E pela primeira vez eu não senti nada ao falar isso. Fiquei tranquila. Não quis brigar por ele não querer nos assumir, nem fiquei brava com nada, eu apenas o deixei fazer o que ele quiser. E de algum jeito ou de outro, todos vão saber.

-Em minhas mãos? Você está bem? – Ele coloca a mão na minha testa. Comecei a rir.

-Sério Bru, eu não quero te prejudicar em nada, absolutamente nada! – Estiquei-me para dar um selinho nele.

-Obrigada.

-E qual era a segunda?

-Eu acho que me borrei nas cuecas. – Diz ele e eu gargalho. Abafo o riso para não ter perigo de acordar ninguém.

-Como assim?

-Seu irmão veio falar comigo. – Ele arregala os olhos. – Disse que confia em mim e que não quer perder a confiança. – Aí se ele soubesse tudo o que eu já passei nesses meses por causa do Bruno. Coitado do Bruno. – E perguntou o que eu pretendia com você, mas eu disse que não sabia parafrasear.

-Ok. – Disse tranquilamente. – Não tenha medo do meu irmão.

-Mas é que sei lá...

-Bruno, você é um homem ou um rato?

-Um homem com tamanho de rato? – Pergunta ele de volta. Não contive os risos. Que palhaço.

Demos boa noite um para o outro e nos unimos em uma maravilhosa conchinha para dormirmos. Bruno estava com a respiração tranquila, e eu fui dormir feliz por saber que estávamos todos ali, meus familiares, e o mais importante, estávamos em segurança todos juntos. 


Eu não sei quem foi o infeliz que disse que dormir de conchinha é a melhor coisa do mundo. Aí se eu pego esse filho da mãe! Minhas costas estão doendo, terrivelmente dolorida. Andei até o banheiro e fui tomar um banho quente para ver se algo voltava ao lugar ou sei lá o que estava acontecendo com as minhas costas. Adiantou mal e parcamente. Coloquei um short jeans com muita dificuldade, uma camisa preta básica e uma faixa no cabelo. Fui até a cozinha, ninguém tinha acordado ainda, nem mesmo a minha tia que acorda cedo, acho que o fuso horário deve ter confundido-a. Procurei um remédio, mas não achei nada, absolutamente nada. Sentei numa cadeira e fiquei olhando para o nada. A dor estava horrível, tão horrível a ponto de me fazer quase chorar. Com dificuldade levantei da cadeira e deitei no sofá da sala, liguei a televisão e passei por vários canais até achar algum que me interessasse. 


Um show de calouros.

Achei interessante – ou era a única coisa que tinha para olhar. Anne desceu com o Leonel, em meio de risadas. Acho que a noite foi boa para ambos. Que ótimo porque o meu dia está de mau a pior. Tenho que parar de ser rabugenta quando estou com dores.

-Michelle. – Diz Leo bem alto, fazendo Anne olhar para mim, os dois sorriam, enquanto eu media esforços para sorrir e não chorar de dor. Pareço uma velha. Para ajudar a cólica resolveu dar o ar da graça. Eu não mereço.

-Oi. – Disse com a voz falha.

-Aconteceu algo? – Leo vem chegando na sala, próximo ao sofá.

-Vou preparar o café. – Grita Anne indo para a cozinha.

-Dor nas costas, dormi de mau jeito. Cólica. O inferno está no meu corpo em forma de dor. – Bufei.

-Nossa. – Leo faz uma cara preocupada. – Vamos no hospital?

-Não. – Disse logo. – Não é preciso, é só um mau jeito.

-Mas mesmo assim.

-Leo, obrigada por se preocupar, mas não precisa.

-Ok. – Ele diz levantando-se. – Tomou algum remédio?

-Não tem nenhum. – Falei olhando para a televisão.

-Vou ligar para a farmácia.

Nem tentei impedir porque eu estava precisando de um remédio, uma massagem, uma coluna nova, um útero novo. Quando as dores aparecem, vem tudo junto. Leo ligou para a farmácia e quando eu disse pra ele pegar o meu cartão, ele se recusou e pagou a tele entrega que veio bem rápida. Tomei dois comprimidos. Anne me ajudou com o copo de água e Theo descia as escadas. Expliquei para ele o que tinha acontecido, que estava com mau jeito e que estava com cólicas também. Minha tia desceu e logo atrás dela vem o Bruno, com sua calça e sua camisa, sem jaqueta, porque não estava frio como ontem.

-O que houve? – Pergunta ele olhando para Theo, Leo e Anne sentados perto de mim, me “cuidando”.

Expliquei toda a história novamente e ele sentou-se ao meu lado quando todos foram tomar café. Virei de costas para ele, que com suas mãos gordinhas e tão macias, mas ao mesmo tempo tão másculas, fizeram-me uma massagem tão boa. A dor realmente estava passando, e a cólica aliviou em noventa por cento, estava renovada.
  • Tá um pouco pequeno, mas faltou criatividade e tempo :\ desculpem. E também vocês tem que me ajudar u_u dsoandoisandiosa 
  • Ah, vocês me entenderam mal! Eu não vou acabar a fic agora, eu só disse que está acabando o flashback. Após ele ainda tem bastante história, acalmem-se *o* 
  • Comentem, por favor <3 e aos novos leitores, sejam bem vindos e se acostumem com as minhas loucuras :p ndisanoidsai <3
  • QUERO DESEJAR FELIZ ANIVERSÁRIO PRA MINHA DADA <3 PARABÉNS DANNI, EU TE AMO! *-*