quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Capítulo 50

Os meninos nos seguiram. Um alívio estava no meu peito, porque somente estava os três ali, isso poderia significar que o Bruno não veio, mas fico mal porque queria que o Phil estivesse aqui. Chegamos na mesa onde Leo tinha escolhido, todos estavam dando abraços na Anne, enquanto eu servia um copo de whisky puro, eu precisava relaxar. Comecei a beber e as músicas começaram a animar mais e mais, e a boate encher demais. Em uma das horas, enquanto passei meu copo para o Kam, que estava conversando com o Jam, vejo Phil de relance. 

-O Phil veio, ou irá vir? – Perguntei para os dois.

-Ele disse que mais tarde estava aqui, o Bruno estava se arrumando. – Responde Kam e Jam da um cutucão nele quando fala sobre o Bruno. – Ah desculpa.

-Não precisa se desculpar. – Dei um sorriso fraco.

Agora meu coração se apertou, eu não sei o que eu sinto, não sei se eu estou feliz por ele estar ali, ou fico nervosa, ou com raiva, ou sei lá. Não conseguia nem pensar direito no que eu poderia fazer. Phred e Zoe conversavam sentados, enquanto Anne dançava feliz com o Leo e o primo e o amigo dele. Phil foi se aproximando, e vi logo atrás dele um chapéu que eu conhecia bem. Fechei os olhos e bebi mais um pouco.

-Olá. – Phil colocou a mão na minha cintura gentilmente. Virei pra ele e dei um abraço.

-Oi. – Falei perto do seu ouvido amigavelmente.

-Tentei deixar ele em casa, eu juro. – Phil disse divertidamente. Comecei a rir.

-Tudo bem. – Disse assim que nos desvencilhamos.

-Oi – Ryan me cumprimenta com um beijo no rosto.

Bruno só me olhou, e quando meus olhos pararam sobre os dele meu coração parou por uma fração de segundo, eu não sei o que dá em mim, mas sempre tem algo que me deixa assim. Engoli a seco a saliva que estava na minha boca e tomei um gole da bebida tirando os olhos dele.

Ele não me cumprimentou, mas ficamos na mesma rodinha. Todos deram feliz aniversário para a Anne, e logo quando começamos a dançar, veio um garçom com um pequeno bolo e outro com pratinhos. Quase a boate toda nos olhou, e a música continuou tocando. Quem mandou o bolo foi o Leo. Cantamos parabéns, e comemos. Voltei a dançar. Meu corpo embalava com a música, e o copo de bebida na mão não se separava de mim. Phil disse que era pra eu ir com calma, e começamos a rir sem motivos. A partir daí eu deixei de notar o Bruno, ele estava ali, mas eu parei de tentar ver pelo canto dos olhos o que ele estava fazendo, afinal, o que ele faz, ou deixa de fazer já não é mais problema meu. Com a revolta dos meus sentimentos, ou melhor, a confusão deles, eu saí dali e fui para o banheiro. Fiz minhas necessidades e assim que estava saindo, quando passei na frente do banheiro masculino, sinto uma mão no meu braço. Já ia xingar a pessoa sem nem vê-la, pensei que fosse o Bruno, mas não.

-Desculpa chegar assim. – O sorriso dele era tão lindo quanto ele.

-Tudo bem. – Dei um sorriso de volta.

-Qual seu nome? – Pergunta ele.

-Michelle, e o seu?

-Jake. – Ele responde e vamos andando bem devagar.

-Nome legal. – Comentei.

-Quantos anos você tem?

-27, e você.

-25, mas nossa, com todo o respeito, você parece mais nova. – Como não sorrir? Quem é a mulher que não se desmancha diante de um elogio.

-Obrigada. – Meu sorriso foi torto.

-Desculpa as perguntas, mas você está sozinha? – Pensei em mil respostas.

-Não, na verdade estou na festa da minha prima, ela está de aniversário. – Apontei com o polegar sobre meus ombros.

-Ah sim.

-É, bom, quer me acompanhar? – Perguntei meio tímida.

-Claro, será uma honra. – O sorriso dele é cativante.

Eu sei que estou – querendo ou não -, usando ele como uma porta para ver se o Bruno sente ciúmes de mim, também sei que isso será quase impossível. As situações que estamos diante, eu não poderia negar que esse tal menino, Jake, é lindo. Seu cabelo até os ombros, o olhar de menino mas com fundo de homem, o sorriso cativante e brilhante, e a sua atitude perante a mim, mexeram comigo. Bruno me criou de uma forma safada, uma forma que faz eu pensar muito em homens, em sexo, porém, eu acho que sempre será com ele isso. Não dá pra entender meu dilema. Peguei um copo e apresentei ele para Zoe e Phred que estavam dançando juntos. Phred fez uma cara e olhou para o Bruno, não vi se o Bruno nos viu ali, também não queria saber – na verdade, eu queria sim. Comecei a dançar enquanto nós conversávamos. Ele me falou que estuda direito e faz estágio em um escritório de advocacia, quando falei que era arquiteta, ele pareceu se interessar. Ele pegou meu número e agora começamos a dançar.


Não bebi tanto ao ponto de não saber o que estava fazendo, mas meu corpo obedecia ao comando da música, e a música com sua batida fazia meu corpo se aproximar sempre do dele. Ele é um pouco mais alto que eu, pouca coisa, mas é. A mercê do perigo de beija-lo, ou de dançar sensualmente, eu me afastei um pouco e comecei a dançar mais e mais loucamente. Dava algumas reboladas, e ia até o chão. Usei um pouco das coisas brasileiras que aprendi lá, e tentei colocar ritmo no que eu estava dançando misturando com sensualismo. Jake me olhou mordendo os lábios e eu só pensei em uma coisa. Me aproximei dele e quando fui entrelaçar minha mão no seu pescoço para beija-lo, todas as luzes se apagam. Foi um susto. Somente a música tocando e algumas pessoas com luzes em néons que nem dava para iluminar nada. Tirei minha mão do seu pescoço, e sinto uma mão na minha cintura.
(Escutem essa música <3 )

-Você é rapidinho hein. – Brinquei e quando procurei seu rosto, apenas senti cachinhos em minhas mãos. Balançou meu corpo todo.

-Por favor, me deixa falar com você. – Senti os braços do Bruno me abraçarem.

-Bruno, me deixa em paz, por favor. – Pedi perto do seu ouvido.

-Eu não consigo, eu juro. – Isso fez meu coração dar um pulo enorme do peito. – Vamos conversar lá fora, onde podemos ter calma.

-Outro dia, Bruno. Por favor, hoje eu quero dançar, eu quero aproveitar com minha prima, é aniversário dela. – Tentei me esquivar do seu abraço.

-Eu sei, mas ela está se divertindo, e sabe-se lá o que ela está fazendo com o Leonel depois que essas luzes estão apagadas. Eu imploro, vamos comigo lá fora.

Tem como eu negar algo? Tem como eu dizer não? Não, não tem, porque o coração é fraco, e não é sábio, ele não pensa que isso pode me fazer mal e ele se ferir mais do que já está, apenas meus extintos querem falar. Segurei na sua mão e fomos pelo meio das pessoas, estava difícil, nada se enxergava, apenas coisas poucas. A saída estava marcada, pois tinha sua placa de néon sobre ela indicando que ali estava. Assim que saímos eu larguei a mão do Bruno, caminhei até um lugar que não tivesse ninguém e me escorei em uma mureta.

-Fala. – Secamente, disse.

-Não fala assim comigo. – Ele pede.

-Olha que engraçado, na hora de me enganar não quer pensar em como vai falar comigo.

-Michelle, acima de tudo você é minha amiga.

-Justamente por isso que eu não deveria ser enganada. – Bati o pé no chão.

-Mas que droga. – Ele reclama baixinho.

-Porque tinha que ser eu? Você sabe o quanto eu gosto de você Bruno, o quanto eu esperava pra chegar esse dia, e quando você pediu eu achei que estivesse num sonho. – Fechei os olhos, quero lutar contra as lágrimas, não preciso delas e nada elas me ajudariam agora.

-Mich. – Eu não vou olhar pra ele quando ele fala isso, não vou mesmo. – Não complica as coisas.

-Como não complicar? – Pergunto retoricamente.

-Eu queria que você entendesse o meu lado.

-Primeiramente se eu soubesse qual é o seu lado! – Rebati.

-Eu queria que fosse você, porque eu acho você incrível, porque eu acho que você é a mulher ideal para qualquer homem, e porque sua imagem a mais bela. – Meu coração já estava em pedaços antes, agora nem se fala.

-Bruno, nós poderíamos estar conversando sobre isso outro dia. – Reclamei. – Hoje está tudo muito recente.

-O Phil, eu sei que ele falou com você, desde o inicio ele pedia que eu não fizesse isso com você. – Bruno insistiu.

-E porque fez? – Perguntei olhando nos seus olhos.

-Porque eu fui um egoísta pensando somente em mim.

-Ainda bem que sabe. – Mais uma vez reclamei.

-O importante é que agora eu estou reconhecendo. – Ele pega no meu braço.

-Vamos contar quantas vezes nós já discutimos? – Não quis que isso se tornasse uma pergunta em voz alta.

-Um casal semp...

-Um casal. – Disse. – Você acabou de dizer, um casal, suponhamos que esse casal que briga seja um casal de verdade e não uma brincadeira de bonecas que nem foi o nosso. – Agora despejei as palavras e seus olhos intercalavam os olhares entre os meus que ferviam e borbulhavam.

-Justamente por isso que trouxe você aqui fora. – Sua mão novamente procurou a minha.

-Pra que? Mostrar pra mim que eu era parte de um circo?! Me fazer de palhaça deve ser legal.

-Você não é uma palhaça Michelle. – Ele reluta.

-Foi isso que você fez eu ser, ou aparentar ser.

-Se foi isso, me desculpa, não foi a maldita da minha intenção. – Ele estava começando a se estressar, e quer saber, eu não estava nem ai.

-Não importa mais. – Dei de ombros.

-Isso é tipo o que?

-Isso o que? – Perguntei.

-O que? – Pergunta ele.

-Isso que você perguntou de tipo o que! – Respondi.

-Hã?! – Ele se auto pergunta e rimos juntos. Parei de rir logo e dei encontro aos nossos olhares.

-Não quero que desista de nós. – Ele pega a minha mão fortemente olhando nos meus olhos.

-Mas eu não quero estar sozinha nessa luta. – Minha voz saiu embargada.

-Mich, diz que me ama. – Impressão minha ou a voz dele saiu chorosa. 


-Bruno... – Virei a cabeça para o lado.

-Por favor. – Ele aperta mais a minha mão.

-Eu te amo. – Digo sem vontade.

-Não, está dizendo da boca pra fora, eu preciso sentir o que você está querendo falar.

-Eu te amo Bruno, eu te amo Peter. – Fechei meus olhos e uma fina lágrima escorreu. Olha como eu sou idiota, já cedi aos encantos dele, eu não presto mesmo.

-Era isso que eu precisava ouvir. – Ele pega meu queixo.

Fiquei a milímetros do seu rosto, podia sentir sua respiração e nossas bocas se estreitando para uma encaixar-se na outra. Levemente minha língua foi encostando na sua, e procurando alojamento ali. O beijo foi indo, e cada vez mais as sensações aumentavam, e não posso esconder que agora o desejo estava falando mais alto, além de carnal era emocional. Ele finalizou o beijo me dando um selinho estalado.

-Eu não quero perder isso. – Diz ele perto do meu rosto.

-Mas foi o que você mesmo fez. – Dei de ombros.

-Eu me arrependo. – Diz ele.

-Não há nada...

-Há sim. – Ele me interrompe. – Namora comigo?!

-De novo essa pergunta? – Revirei os olhos.

-Olha, dessa vez eu não estou brincando.

-E como eu vou saber, porque da outra vez você me comprou com uma caixa de chocolates deliciosos e um jantar romântico. – Só de lembrar todo o circo que ele armou pra no fundo ser tudo mentira.

-Dessa vez eu não estou brincando.

-Mas Bruno, você não me ama.

-Amor é detalhe. – Agora ele pega na minha mão.

-Amor é detalhe? – Perguntei abismada. – Não é detalhe.

-Quis dizer que isso pode ver com o tempo, eu só preciso que você aceite.

-Olha Bruno. – Ele sabe que eu vou ceder.

-Não fala nada. – Ele coloca o polegar nos meus lábios e logo me dá um selinho bem longo. – Agora pode falar.

-Você sabe que eu iria ceder... – Dei um sorriso de canto. Parabéns, Michelle, vou entregar seu diploma de retardada mental, idiota sentimental.

-Isso quer dizer...?

-Quer dizer que temos mais essa chance. – Respondi.

Também será a última chance. A última de todas, depois nunca mais.

  • Eu sei que vocês esperavam por ele ser maior um pouquinho, mas o próximo será maior, garanto! Ah, não xinguem a Mich por ela ter feito essa escolha - ou se quiser xinguem -, mas lembrem-se que ela ama ele, e ás vezes o coração fala mais alto que a razão. 
  • Comentários, comentários e mais comentários. I like this! <3 ndasubdsoa
  • O próximo sai fresquinho na sexta feira <3 Bom halloween pra vocês :3 Beijos. 

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Capítulo 49

Meu coração chorava junto com as lágrimas que desabavam do meu rosto. Pus a mão na boca para abafar o som e Phil me abraça confortavelmente, me passando a sensação de que estava tudo ficando bem, e que provavelmente mais cedo ou mais tarde tudo iria se ajeitar. Nada melhor do que um colo amigo, uma palavra confortável, um abraço apertado, e um “você não está sozinha”, nesse momento. Perguntei para ele o que o Bruno disse para ele, e ele me respondeu com as palavras dele. Imaginei como ele estaria nessa hora, se estaria mesmo arrependido, ou se estava falando da boca para fora. Queria tanto deixar de amar ele, queria tanto descobrir um modo de eu ter sua amizade e não pensar em mais nada com ele, para que eu não possa me machucar mais, mas eu sei que isso não é possível. Vinte e sete anos não são apagados por dias de choro e lamentações. Tenho certeza que meus pais não estariam sentindo orgulho de como eu estou agora. Phil me largou no apartamento, e Anne estava dormindo já. Coloquei minha bolsa no sofá e me despedi do Phil, ele disse que se eu precisasse de algo era pra ligar pra ele a hora que for que ele iria me ajudar. Me senti protegida, como se fosse um pai dando um conselho para mim. Falando em pais, assim que tomei meu banho gelado e deitei na cama, fiquei pensando mais neles. E se naquela noite eu tivesse ido junto com eles? Acho que estaria tudo melhor, eu não estaria sentindo esse aperto conjuntivo, e a vontade de fazer uma lavagem cerebral e esquecer de tudo que passei. Juntando os sofrimentos e uma música triste que coloquei para escutar, chorei por um bom pedaço da noite, e me lembro que a última vez que olhei no relógio antes de pregar os olhos, foi ás três e quarenta e dois. 


++++

Não fui para o serviço. Como dormi tarde, acabei nem acordando com o despertador, e com muita dor de cabeça acabei despertando ás dez horas da manhã. Liguei para Tina e disse que eu estava me sentindo mal, e acho que a desculpa colou, afinal minha voz embargada do choro contido parecia que eu estava sofrendo de dor – o que não deixa de ser verdade, porque afinal eu sinto meu peito em pedaços pequenos. Peguei meu celular e tinha uma mensagem, pensei que fosse do Bruno, mas quando abri era da Anne.

“Phil me contou tudo que aconteceu ontem, e sinceramente eu consigo estar triste por você. Eu te amo minha pequena, e não quero que nada aconteça á minha Lilo. Nós conversamos quando eu chegar em casa. Vou levar comida. Beijos, se cuida.”

Meu emocional abalado só piorou com essa mensagem, li duas vezes e comecei a chorar na primeira, e agora minhas vistas embaçadas não permitem que eu leia uma terceira vez. Levantei da cama e fui no banheiro fiz minhas necessidades e lavei meu rosto que estava inchado e horrível. Estava me sentindo um trapo. Na cozinha procurei algo para comer, não achei nada demais, por isso catei algumas coisas no fundo da geladeira que já estava quase vazia para irmos nos mudar. Peguei alguns morangos e os mergulhei em um creme de baunilha que Anne tinha feito.

Nem senti o tempo passando quando percebi que a porta se abriu, olhei rapidamente e era Anne. Ela veio direto no sofá e me deu um abraço apertado, meus olhos lacrimejaram.

-Eu estou aqui. – Ela afaga meus cabelos.

-Eu sei. – Respirei fundo.

-Não é porque o Bruno fez uma idiotice dessas que você vai ficar assim. – Anne levanta meu rosto com a sua mão e olha nos meus olhos.

-E o que eu vou fazer? – Perguntei.

-Ficar com outras pessoas, aproveitar a vida, você é linda, tem tudo pela frente, o Bruno é que está perdendo uma mulher e tanto.

-Falando assim eu me sinto até linda. – Dei um sorriso.

-Mas isso você tem que se sentir todos os dias. – Ela segura minha mão. – Tenho orgulho de você.

-Orgulho de ser esse fracasso que eu sou? – Comecei a rir.

-Shiiiiiii. – Ela pede que eu silenciasse. – Você não é um fracasso, você é uma das mulheres mais guerreiras que eu conheço. Quantos anos você tem? – Pergunta ela. Olhei pra ela de olhos arregalados e sua expressão meio que dizia que era pra eu responder.

-27.

-27 anos Michelle. – Ela sorri. – Você é forte, olha tudo que já passou apenas com 27 anos. Perdas, despedidas, reencontros, decepções, recaídas, você tinha tudo para estar na fossa, mas não, você está aqui firme e forte, e linda. – Àquelas palavras me tocaram profundamente. Fiquei olhando atentamente para ela enquanto absorvia as coisas lindas que ela me falava. – E sabe por que você é linda e especial? – Neguei com a cabeça. – Porque você sempre foi assim, você nunca mudou por ninguém, e acredite, todo mundo quer ser igual á você, todo mundo te admira, inclusive o Bruno. 


-Obrigada Anne, eu estou sem palavras. – Dei um sorriso bobo.

-Não foi nada.

-Bom, então eu vou fazer isso, amanhã vou ir comemorar o seu aniversário feliz e leve como sempre eu fui. – Dei um sorriso profundo demais e um beijo no seu rosto. – Obrigada.

-Isso mesmo, gostei de ver. E vamos aproveitar porque a partir de segunda feira vamos ir para a casa nova. – Empolgadamente ela junta a palma das mãos.

Depois de tanto conversamos, nós comemos as coisas que ela trouxe. Anne disse que era pra eu passar um creme no rosto para melhorar meu “estado”, e assim fiz. Ligamos para Zoe que disse que logo que saísse do serviço iria ir pra lá depois que pegasse suas roupas e etc na sua casa.

-Teu celular está tocando. – Grita Anne pra mim que estava no banheiro.

-Droga. – Reclamei. – Atende pra mim, por favor. – Pedi com gentileza.

Continuei arrumando meu rosto, arrumando que eu digo tirando os vestígios do creme que ainda tinha, e sim, deu uma bela melhorada, tirou a palidez e a cara de peixe morto que eu estava.

Alisei meu rosto para ver se estava melhor e saí do banheiro, Anne tinha acabado de desligar o telefone.

-E aí, quem era? – Perguntei.

-Phil, perguntou se estava bem. – Ela estendeu a mão segurando o celular para mim.

-Ah, o Phil foi um amor pra mim. – Dei um sorriso fraco.

-Ele é um amigo e tanto.

-Mas vamos falar de outras coisas... – Quero fazer de tudo para não pensar no Bruno nem nada do que aconteceu.

-Tipo o que? – Pergunta ela olhando para suas unhas.

-Alguém ta ficando mais velha amanhã. – Sacudi seus ombros e ela ri.

-Tô triste. – Torce os lábios.

-Já até sei por quê. – Sentei ao seu lado.

-Por quê?

-Por que a tia não está aqui, certo?!

Ela somente sacode a cabeça que sim.

+++++

Acordei antes das duas, pois ficamos um tempo conversando ontem a noite e até chorar mais eu chorei mas depois algo me disse que eu não deveria ficar me lamentando por ele, e se ele me usou, era pra eu seguir em frente. De repente aí eu lembrei de tudo que o Leo me falou, e quando todos me alertavam. Peguei no sono com os olhos pesados, então assim que levantei coloquei uma máscara nos olhos. Vesti uma roupa qualquer, fiz minhas higiene, e peguei o óculos escuros. Atravessei a rua e entrei na padaria. O menino que sempre me atende já deu um sorriso assim que entrei.

-Bom dia. – Disse.

-Bom dia. – Ele responde com um sorriso.

-Gostaria de uma torta de chocolate, não muito grande. – Fiz meu pedido.

Ele me mostrou as tortas que tinham prontas, e para a minha sorte consegui uma pequena de chocolate. Paguei ela e levei ela para o apartamento. Tirei a proteção dela, e coloquei uma velinha sobre ela, não era da idade da Anne, até porque eu não tinha uma vela de dois e outra de 6, então peguei uma vela normal, pequena, e pus. É o que tínhamos. Fui para o quarto, pé por pé.

-Parabéns pra você. – Gritei segurando a torta com a vela acesa. Anne da um pulo da cama e Zoe também.

Elas se ajeitaram na cama e eu sentei sobre os pés, e tirei meus óculos.

-Você não vai cantar parabéns pra mim com esses olhos cheio de creme que estão me dando medo. – Ela aproxima a torta dela.

-Ah, vou sim, meus olhos estão inchados demais.

-Não, não vai.

-Você que sabe, então eu não vou a noite na festa porque vou estar horrível. – Dei de ombros.

-Quem disse que o creme nos olhos atrapalhava em alguma coisa? Foi você, Zoe? – Ela se fez de desentendida.

Cantamos parabéns, somente nós três. Servimos a torta e eu dei um abraço nela, bem forte. Falei coisas bonitas, agradeci por ela ser sempre assim comigo, e estar sempre ao meu lado, ela só sorria e marejava os olhos. Conforme o dia foi passando, ela recebia várias ligações, e até uma homenagem na rádio que ela trabalha, ela ganhou, em pleno sábado, que chique. Ryan ligou para ela, Phil, Leo, e Tia Savanna com o Theo também ligaram. Enfim, ela recebeu uma mensagem do Bruno desejando feliz aniversário. Foi ai que eu me toquei que agora eu e ele não somos mais nada, e que hoje ele não me ligou. Não que eu fosse atende-lo, mas só pra ver se ele está afim de falar comigo, ou alguma assim, mas não, ele não ligou pra mim. Não sei se isso é bom ou ruim, pode ser as duas coisas por lados opostos.

-Eu ainda não sei que roupa por. – Reclamei. Sim, as meninas conseguiram me animar e fizeram-me ver uma roupa bonita para ir à balada comemorar o aniversário da Anne.

-Ah, você sabe escolher super bem. – Zoe diz.

-Não, ela não sabe. – Anne folga em mim.

-Vai à merda, Anne. – Coloquei o dedo do meio pra ela.

-Okay, uma escolhe a roupa da outra. – Zoe diz.

-Não, eu já escolhi a minha. – Ela dá um sorriso.

-Eu não me arrisco a escolher a sua roupa, hoje eu estou sem inspiração. – Dei de ombros para a Zoe.

-Eu escolho a sua. – Zoe diz pra mim.

-E eu a sua. – Anne diz levantando da cama.

Foi uma confusão de roupas, que cheguei a ficar tonta, elas me fizeram rir demais com as coisas que falavam. Zoe escolheu minha roupa, um preto básico mas muito sensual. Olhei e comecei a falar que isso ficaria horrível em mim, mas elas brigaram comigo dizendo que ficaria ótimo. Eu fui tomar meu banho antes delas, porque queria secar meu cabelo, afinal eu era obrigada a lava-lo. Meu celular tocou assim que eu sai do banho.

-Alô. – Falei vendo o número que eu não conhecia, meu medo era se fosse o Bruno.

-Michelle? – Não, não era a voz do Bruno.

-É ela, quem está falando?

-Oi, é o Kam, desculpa te incomodar, mas é que esquecemos qual é a boate onde vai ser a festa da Anne. – Eu suspirei de alívio.

-Oi Kam. Então, vai ser na SupperClub.

-Ah, ok, eu tinha dito que era essa, mas os caras disseram que não era. Valeu.

-Tudo bem.

-Nos vemos lá, tchau.

-Até. Tchau.

Desliguei o telefone e comecei me arrumar. O vestido não precisava de sutiã, ele tinha bojo com estrutura própria, coloquei uma calcinha preta pequena. Passei creme no corpo, fiquei indecisa entre ir de meia calça ou não, mas acabei optando por não, afinal vou dançar e acabar ficando com calor demais. Passei a maquiagem não muito pesada, apenas exagerei um pouco no blush que não foi o pêssego de sempre, e um rosa mais puxado para o nude, muito lindo. Arrumei meus cabelos, deixando ondulados, e finalmente pus o vestido, ouvia as gargalhadas das meninas se arrumando no quarto da Anne, assim que me vesti, calcei o ankle boot que Zoe separou pra mim, e me olhei no espelho. Não que eu não tivesse gostado do resultado, eu amei na verdade, mas é tão estranho ver eu assim, indo para uma festa na qual o Bruno irá estar e eu não vou poder nem aproveitar um minutinho sequer ao lado dele, porque eu simplesmente não consigo vê-lo mais como um namorado. Eu sei que penso isso por pensar, afinal quando eu vê-lo minhas estruturas vão balançar e eu vou ter aquele velha recaída, como sempre. Mas eu quero fazer de tudo para isso não acontecer. Bruno é como um veneno, eu devo tomar nas doses certas, sem exagero, porém meu coração sempre diz que é para eu fazer o contrario, abusar do quanto eu posso. Eu sou uma pessoa indecisa, sou uma pessoa complicada, eu quero, mas não quero. Olhei para o anel que estava em cima da minha cômoda, pensei em coloca-lo, mas seria mais um porém de ficar pensando nele, então preferi não coloca-lo mesmo. Pus minhas pulseiras e dei uma retocada no batom. Na pequena bolsa pus meu cartão, minha identidade, meu celular, e meu batom. 


-Vamos meninas? – Cheguei na sala, e ouvi os passos do salto agulha pelo corredor.

-Vamos. – Anne apareceu com um sapato dourado, e um vestido amarelo claro muito lindo, olhei-a dos pés a cabeça.

-Mas que linda. – Disse.

-Pelo menos no meu aniversário né.

-Quem vai vir nos buscar? – Escuto a voz de Zoe.

-O Leo, ele me ligou dizendo que está vindo. Aliás, o primo dele vai ir Zoe. – Anne brinca.

-Não, é doida, o Phred vai estar lá.

-Ué, mas vocês não ficaram mais após aquele dia. – Disse entregando ela.

-Eu sei que não, mas não quero que ele pense algo errado de mim.

-Ai que menina linda. – Diz Anne apertando as bochechas dela.

-Minha maquiagem, vaca. – Ela passa a mão no rosto.

Esperamos um pouquinho, na verdade quase nada até o Leo chegar. Ele chegou e nós descemos. Anne foi na frente ao lado dele, já que estavam bem grudados um com o outro, e eu custo a acreditar que ele seja tão lento que não tenha visto que ela está afim dele. E ele também está caidinho por ela, eu sinto isso. O caminho foi curto, ele pegou alguns atalhos. Tinha bastante pessoas nas ruas, e quando descemos do carro, ouvimos alguns assovios para nós.

-Estamos arrasando. – Anne diz toda feliz e Leo revira os olhos.

-Acho que alguém ficou com ciúmes. – Alertei.

-Quem? – Pergunta Anne, somente olhei para o Leo e ela acompanha o olhar. – Não precisa ficar com ciúmes. – Ela o abraça.

-Estou sobrando. – Zoe diz caminhando um pouco mais pra frente.

-Estamos sobrando. – A corrigi.

Assim que entramos pela passagem de área vip, e uma pulseira ser posta nos nossos braços, passamos por um corredor, até vermos as mesas com cadeiras. Já tinha uma quantidade variada de pessoas.

-Eu vou à copa. – Falei e dei as costas para eles.

-Espera, vou junto. – Zoe diz. – Não vou ficar segurando vela para os dois queridos. – Ela diz pra mim enquanto caminhávamos pra lá.

-Isso custa a cair na minha cabeça. – Falei. – Como eles ainda não se tocaram que um está afim do outro. – Balancei a cabeça.

-Será que ele está mostrando estar afim dela só para esquecer você?

-Não pira. – Revirei os olhos.

Pedimos um baldinho de bebidas, vieram várias ali. Enquanto ela pegava o baldinho, eu ia pagando. Enquanto estava na fila, olhei para o lado e não vi que a fila andou para frente, e logo vi um homem entrando na fila na minha frente.

-Com licença. – Cutuquei seu ombro. – Eu estava na fila. – Dei um sorriso amarelo.

-Ah, me desculpa. – Disse o moço de cabelos pelos ombros. Até que não era feio. Continuei com meu sorriso amarelo e chegou minha vez na fila.

Fiz meu pagamento e fui com a Zoe para onde estava Anne e Leo, com o seu primo e um menino junto.

-Zoe. – Ouço alguém chamando ela, eu e ela olhamos para trás e vimos Phred, Kam, e Jam.

-Oi meninos. – Dei um sorriso.

-Oi meninas. – Phred dá um sorriso assim que diz e paira seus olhos sobre a Zoe. –Estão lindas. – Ele fala.

-Obrigada. – Eu e Zoe respondemos.

-Vamos para onde estão os outros. – Diz Zoe.

  • Foi uma marca :o 44 comentários, e isso foi perfeito, vocês conseguiram encher meus olhos de lágrimas só com os comentários, um mais perfeito que o outro! Sério, amei! E que continuem assim. 
  • Sei que estou postando a noite hoje, mas tive que sair a tarde. 
  • Enfim, passou o enem, e agora sou toda de vocês e da fic, portanto lembrando que postarei um dia sim, outro não, como sempre <3 
  • Comentem <3 beijos 

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Capítulo 48

Nem parece, mas um mês passou rapidamente. Esse mês quase nem fiquei com o Bruno, ele tinha muitas coisas para fazer, mas sempre que dava nós nos encontrávamos. Estamos em Abril, daqui a uma semana é aniversário da Anne. Pensamos em fazer uma festa, mas com toda essa função do Bruno e da turnê, e dessa vida corrida de todos nós, resolvemos apenas ir numa balada. A muda da tia Savanna, e do Theo ficou marcada para daqui á um mês. A casa está passando por pequenas reformas, que a imobiliária diz que é por conta deles, mas eu custo acreditar que não tem dedo nenhum do Leonel nesse meio. Fico um pouco enfurecida com isso, afinal eu não gosto de ficar esse tipo de clima chato, é como se eu fosse viver minha vida dependendo dele. Phred e Zoe se encontraram esses dias e foram sair para dar uma volta. Achei tão romântico isso. Ah, mais uma novidade, eu e o Bruno brigamos mais uma vez nesse um mês, pelo motivo mais bobo do mundo. Ele chegou no apartamento e ficamos o tempinho que tínhamos conversando e bem agarradinhos, e quando a Anne saiu, ele tentou transar comigo, porém eu estava nos meus dias, e eu achei nojento demais fazer isso, ai começamos uma enorme discussão. Mas depois de um tempo eu acho que ele se tocou que esse era o motivo mais bobo do mundo para discutir, então ele me pediu desculpas. 

-Aí, eu não quero ir pra lá. – Anne estava um porre hoje.

-Fala isso hoje, mas na quinta feira vai ir que eu sei. – Birrei com ela.

-Ah, mas eu quero dormir, ando cansada. – Anne bate o pé.

-Eu não vou ir, porque tenho que ir trabalhar na sexta e não posso faltar. – Diz Zoe.

-Tudo bem, acho que eu vou ter que ir sozinha.

-Mas porque essa reunião? – Pergunta Anne passando manteiga na sua torrada.

-Eles só querem se unir um pouquinho. – Respondi.

-Ai, que idiotice. – Anne estava sem paciência mesmo.

-Ai que foto linda. – Zoe grita, ela estava olhando o meu celular.

-Que foto? – Perguntei curiosa.

-Essa. – Ela me mostra o celular. Uma foto minha e do Leo, no dia do jogo que ele teve da televisão onde trabalhava.

-Ah. – Disse.

-Deixa eu ver. – Gritou Anne com um sorriso e quando viu o sorriso se desfez.

Ficamos um tempo em silêncio, enquanto a Zoe dava algumas risadas com as fotos, eu e Anne somente comiamos. Estava me dando um remorcio de vê-la assim, eu não podia acreditar que ele estava com ciúmes de uma simples foto. Assim que ela levantou da mesa, e foi indo para o quarto, coloquei a mão na sua barriga para segura-la.

-Me diz que você não está assim por ciúmes. – Disse e ela bufou.

-Não.

-Tá brincando, Anne.

-Olha só, deixa eu ir pro quarto. – Ela diz calmamente.

-Para com isso, isso foi antes de vocês criarem um afeto. – Digo.

-É, antes quando ele era apaixonado por você. Vai, pode falar isso. – Zoe estava de olhos arregalados olhando para nós, eu não queria discutir com ela.

-Anne...

-Aliás, todo mundo se apaixona pela doce e linda Michelle. – Ironiza ela.

-Para com isso, você sabe mais do que ninguém que as coisas não funcionam assim. – Disse rispidamente.

-E funcionam como?

-Você está fazendo tempestade em copo de água. – Balancei a cabeça.

-Não, eu não estou. – Ela grui de raiva e fecha a mão em um punho. – Não sei o que está acontecendo comigo hoje. – Ela fala muito baixinho.

-Anne, escuta, eu não quero nada com o Leonel além da amizade dele que pra mim é importante, e não quero que ele seja um empecilho entre a minha vida e a sua. Eu sei que vocês estão se gostando, e eu não quero que nada do passado interfira nisso. – Disse e ela se desvencilhou de mim, caminhando em direção do quarto.

Olhei para Zoe que olhava para Anne andando em direção do quarto. Ficamos caladas, não sabíamos o que iríamos falar sobre o que acabou de acontecer, afinal que ciúmes bobo, discutir comigo por casa do Leonel, sendo que ela sabe que entre nós não há nada, nem nunca vai ter. Ele é meu amigo, e não o vejo como além disso.

-Acho que ela ficou magoada. – Comenta Zoe.

-Mas vê se dá pra entender a pessoa. – Bufei.

-Ah, vocês que são primas que se resolvam. – Zoe da de ombros. Dei de ombros também e terminei de tomar meu café.

Meu dia não estava tão legal assim, me estressei no trabalho, mas acabei resolvendo. Alejandro queria que eu fizesse uma planta de última hora, e eu disse que nada se faz assim pois precisamos ter precisão e pensar muito sobre o que estamos fazendo. Ele ficou bravo comigo, mas logo depois pediu desculpas porque o dia dele não tinha sido agradável. Eu sou do tipo de pessoa que odeia que descontem os demais problemas sobre mim. Em plena segunda feira, que já não é um dia legal. Zoe dormiu aqui de ontem pra hoje, e hoje veio buscar as suas coisas, mas acabou ficando para tomarmos café da tarde. Eu não entendia o que realmente queria significar tudo isso, odeio que briguem comigo, e agora fiquei com esse sentimento no peito e a sensação de algo ruim se aproximando. Perdi totalmente a fome logo após mais duas mordidas. Recolhi as coisas e enquanto lavava a louça, Zoe veio me dar tchau.

-Posso falar com você? – Pergunta Anne após três batidas na porta do meu quarto.

-Pode. – Respondi tratando-a com carinho.

-Me desculpa. – Ela se sentou na ponta da cama. – Eu sei que errei em discutir com você, e por uma coisa boba, mas eu estou estressada, com saudades, na tpm, ai tudo o que eu falo tenho vontade de chorar. – Os olhos dela já começaram a criar uma maré de lágrimas prontas pra cair.

Abracei ela sem falar nada.

-Não precisa pedir desculpas. – Digo desvencilhando do seu abraço. – Eu sei como deve estar se sentindo. – É muita saudades também, estamos a meses sem ver a tia, e eu também tenho saudades do Theo, muitas saudades.

-Mesmo assim, me perdoa. – Ela dá um sorriso e limpa os olhos.

-Tudo bem.

-E o Bruno? – Pergunta ela.

-O que tem ele?

-Falou com ele hoje?

-Não, e nem me arrisco, do jeito que todo mundo brigou comigo hoje, é capaz de eu ligar pra ele e ouvir mil e um xingamentos. – Ela riu mas logo se tocou.

-Não precisa esfregar na minha cara que eu briguei com você. – Bipolaridade reinando nesse corpo, meu Deus. – Desculpa. – Ela me olha.

-Eu já te desculpei meu Deus. – Abracei ela novamente.

++++

Ninguém quis ir comigo pra casa do Bruno, mas também não quis ligar para o Bruno vir me buscar, seria muita sacanagem. Me arrumei com uma roupa normal, peguei minha bolsa, e andei para o metrô. Peguei ele e depois chamei um táxi até a casa do Bruno. Fui andando o condomínio até chegar a casa dele. Bati na porta e ouvi umas risadas bem altas, e uma música razoável.

-Boa tarde. – Disse assim que Kam abriu a porta.

-Chegou a linda do pedaço. – Ele meche comigo e nos cumprimentamos com um beijo na bochecha.

-Não precisa de beijo, só um aperto de mão tá ótimo. – Bruno aparece e diz. Logo ele começa a rir.

-Posso largar minha bolsa no quarto? – Pedi assim que dei um selinho no Bruno.

-Claro, vou com você. – Ele segue o caminho do corredor. Ouço as risadas dos meninos bem altas e começo a rir deles que ainda nem vi.

-Seis horas a recém e vocês já bebendo? – Não era pra ser bem uma pergunta, mas foi nesse sentido que saiu.

-Temos que aproveitar. – Ele fecha a porta do quarto.

-Tá sabendo que nós temos que ir lá pra sala né? – Perguntei e ele balança a cabeça. A bolsa já estava na cama, mas ele derrubou no chão quando veio por cima de mim e sem pena me tocou sobre ela. Olhei para ele com o sorriso mais safado do mundo.

Nos atracamos em um beijo bem caliente, seu corpo estava correspondendo aos sedentos beijos, e seu hálito de bebida só fazia com que eu me inspirasse mais e mais. Tinha que parar com isso antes que nós aprofundássemos mais e acabássemos sendo pego pelos meninos, não quero nem imaginar. Quando sua mão foi da minha coxa para a minha barriga, senti que ali estava morando o perigo.

-Vamos pra sala agora. – Ofegantemente minha voz saiu.

-Quebrar o clima não é legal. – Ele morde os lábios.

-Não é legal encher a cara, e transar com a sua namorada enquanto seus amigos bebados podem pegar você fazendo isso e estragar tudo. – Ironicamente eu disse e ele ri.

-Tem razão. – Ele me abraça por trás e fomos caminhando para fora do quarto assim.

Conseguimos ir até a sala desse jeito. Bruno quase que imperceptivelmente da uma coçada no seu sexo, quando vi a cena queria rir, mas não poderia alertar nada. Mal passamos cinco minutos no quarto e ele já está assim. Os meninos estavam alegres com a bebida e som, a mulher do Dwayne estava ali, então ele não estava bebendo, assim como o Phil que também não estava. Sentei na poltrona ao lado da dele.

-Oi garanhão. – Disse me referindo a ele.

-Oi. – Ele oferece seu lindo sorriso pra mim.

-Não tá bebendo... Dirigindo?

-Exato, mas também não estou afim hoje.

-Impressão minha ou não tem algo bom ai? – Perguntei me referindo ao seu rosto que não estava nada feliz.

-Ah, complicações, toda a amizade tem.

-Sei como é. – Lembrei da segunda feira quando a Anne soltou os cavalos em mim.

Os meninos estavam muito alegres mesmo. Eles dançavam e bebiam, falavam alto, e bebiam. Mas sempre bebendo. Não queria nem ver o estado de vomitos que a casa estaria, e nem as pessoas tendo que chamar alguém para buscar. Já pensei no pobre do Dre, coitado, ele não merece. Pra não falar que não bebi, eu peguei apenas um copo de energético com vodka, que o Phil serviu pra mim “me alegrar” como ele mesmo disse. Fiquei por um tempo conversando com ele, e ele me disse que estava cansado e daqui a pouco iria embora. Assim que ele levantou para atender o celular eu fui no quarto para usar o banheiro.

Arrumei minha roupa e procurei meu celular na bolsa, não tinha nenhuma ligação, então voltei. Quando estava chegando na sala, ouço aquelas risadas e a voz claramente do Bruno.
(escute essa música, se acabar e você se sentir a vontade, escute-a novamente)

-Mas isso não vale. – Diz ele alterado.

-Se eu fosse você parava de enganar a garota. – Ouço uma voz que eu não consegui distinguir. Espera, parar de enganar quem?!

-Imagina quando a Michelle descobrir que ela é mais um truque da mídia. – Ouço a voz estridente do Ryan após uma gargalhada bem alta.

-Mas não é assim. – Bruno diz.

-É assim sim, você mesmo disse que ia pedir ela em namoro só porque a Dani disse que sua imagem tava suja com a mídia. – Ryan fala.

Eu não precisava ouvir mais nada do que estava rolando ali, nada mesmo. Meu mundo desabou completamente. 

Eu não podia acreditar nas coisas que tinha acabado de escutar, fiquei completamente pasma. Quer dizer que eu não passo de um truque de mídia? Um boneco frágil e sensível, que todos usam. Eu pensei que tinha conseguido conquistar o Bruno, ou melhor, o Peter, mas agora eu me acabei, meus pensamentos acabaram. Eu estava vivendo um sonho enquanto o Bruno interpretava o papel de meu namorado? Puxei minha bolsa do quarto dele e sem pensar duas vezes saí enfurecida do quarto diretamente para a porta de saída. Da sala ouvi passos largos e alguns gritos para que eu retornasse. Eles não sabem que eu escutei, mas tenho certeza que ele vai se tocar uma hora. Peguei meu celular enquanto caminhava apressadamente pelo condomínio fechado. Olhei nos contatos o número do Leonel, pensei em ligar pra ele, mas não quero ser o tipo de pessoa que fica enchendo o saco quando está em um conflito. Mas agora a batalha pior era contra meu coração que insistia em fazer alguma forma de eu chorar, ele estava apertado, e volta e meia palpitava mais forte. Segui de cabeça baixa e sinto um farol bem forte atrás de mim e um carro diminuir a velocidade ao meu lado.

-Eu não quero falar com você, Bruno. – Digo sem ao menos olhar o carro.

-Não é o Bruno, e eu imagino porque você deve estar assim. – Ouvi a voz do Phil, isso me confortou. Olhei para o carro e parei, meus olhos marejados faziam com que eu enxergasse tudo mais embaçado.

-Phil. – Deixei uma lágrima escorrer.

-Entra aqui. – Ele sai do carro e me guia para o banco do carona. Eu me sentia uma frágil mulher, uma boneca de porcelana caída da estante onde fica de enfeite.

Phil foi dirigindo e eu não perguntei para onde, nem quis saber, apenas queria sair dali, e evitar ficar perto do Bruno. Ele respeitou meu silêncio e não falou nada também. Solucei um pouco e olhei para a janela, a negra noite caindo e meu emocional extremamente abalado faziam com que eu ficasse mais vulnerável. Pus minhas mãos sobre o rosto e respirei fundo entre a palma das minhas mãos. Não queria perder o controle. Será que é tão difícil assim ser feliz? Pelo menos pra mim? Eu vejo tantas pessoas felizes, com sorrisos, e sempre eu estou assim, sempre com uma pulga atrás da orelha, como se sempre tivesse algo impedindo que eu fosse mais feliz.

-Michelle, eu gosto tanto de você, odeio vê-la sofrendo. Eu avisei para o Bruno desde o inicio que isso não daria em boa coisa, eu briguei com ele por isso, mas mesmo assim ele quis seguir com essa ideia idiota. – Phil começa a falar. Balançava a cabeça tentando entender.

-Mas porque eu?

-Porque você era a mais indicada pra isso. Como se você fosse uma boneca. – Ele torce os lábios e presta atenção na direção.

-Seria menos doloroso ver ele com outra do que fazer isso comigo. – Respirei profundamente. – Eu sou uma idiota, como que eu não pensava que estava tudo bom demais pra ser verdade. – Bati com a cabeça levemente no vidro.

-Você não tem que se culpar. – Phil falou atenciosamente. – Culpe o Bruno, ele que errou.

-A culpa é minha, Phil. – Relutei contra as lágrimas mais uma vez. – Eu que me apaixonei. – Balancei a cabeça e coloquei meu olhar sobre as ruas de Los Angeles.

Meu celular tocou bem na hora, eu sabia quem era mas eu não posso e nem quero atender. Mas acho que pra me machucar mais, eu peguei o celular e vi seu nome ali, chamando...

-Mas que droga. – Resmunguei.

-Ele não vai sossegar até falar com você. – Comenta Phil.

-Obrigada, me sinto melhor com isso. – Fui irônica. – Ele que morra.

-As palavras têm poder, Michelle. – Alerta Phil arqueando uma única sobrancelha.

-Fico pensando em como vai ser o aniversário da Anne depois de amanhã. – Balancei a cabeça.

-Vai ser normal, nós vamos para o lugar que ela quer comemorar, o Bruno vai também, mas olha, fingi que não conhece ele. – Olha, até que não é má ideia. – Se quiser até pode pegar uns gatinhos. – Phil gargalhou e me fez rir um pouco.

-Não é má ideia. – Digo.

-Qual das duas?!

-As duas.

-A dos gatinhos era brincadeira, acho que ele ficaria com ciúmes.

-Dane-se o ciúmes dele. Ele não gosta de mim o suficiente para ter ciúmes, ele não merece nada de mim. – Acho que estou me irritando demais. – Juro por Deus que eu não sei o que eu vi nele. – Reviro os olhos.

-Na hora da raiva nós dissemos coisas que depois nos arrependemos. – Phil sempre tão sensato, mas com a raiva que estava quando ele falou isso me segurei para não manda-lo longe.

-Phil, eu não agüento mais. – Acho que rendi minhas lágrimas. – Olha como eu estou, não sei o que sinto mais, se é raiva, ódio, ou decepção. – Bati com a mão na minha coxa.

-Momentâneo. – Balbucia ele. – Isso é momentâneo, quando sua cabeça esfriar tudo isso vai passar e você vai ver que está confusa, só isso.

-Isso não vai passar. – Resmunguei. – Se ele estivesse na minha frente eu arrancaria cada fio de cabelo com meus dedos, e aprofundava minhas unhas nos seus olhos. – Imaginei a seguinte cena.

-Eu sou seu amigo, só pra avisar. – Ele ri e eu também.Não sei como eu consegui rir, porque até meus músculos faciais ficaram tensos depois disso que eu soube. Não gosto nem de lembrar. – Eu sei que ele errou, mas acredita em mim, tudo vai se resolver.

-Minha tia me disse isso uma semana antes de eu vim para Los Angeles, e tudo piorou. – Revirei os olhos. – Se eu não tivesse revisto ele aqui, tudo seria mais fácil.

-Você sempre gostou dele? – Pergunta ele. Nem tinha percebido que o carro estava estacionado agora.

-Sempre. – Disse com a voz machucada. – Desde pequena eu alimento isso, nunca morreu. – Pus a mão sobre o peito.

-Eu acho mesmo que ele goste de você, mas o Bruno é um cara confuso, ele deve estar pensando em mil coisas, mas eu sei que ele gosta um pouco de você. – Não alimente minhas esperanças Philip. Pensei.

-Ele gosta de mim como melhor amiga dele, e como aquela que quando ele não tem outra, ele pode levar para a cama. – Ok, estou falando coisas que machucam a mim mesma.

-Você não é só isso. – Ele se vira para mim. Eu vejo sinceridade nos seus olhos, e um profundo e imenso carinho. Posso estar errada, mas Phil é um cara de confiança.

-Pra ele, sou sim. – Resmunguei olhando para minhas mãos.

-Se fosse só isso para ele, porque ele brigaria com o Leonel naquela noite só porque ele estava dançando com você? – Levantei o olhar pra ele, e fiquei encarando seus olhos, mas logo balancei a cabeça para tirar os pensamentos esperançosos.

-Ele fez isso porque estava bêbado. – Respondi.

-Não. – Phil balança a cabeça. – Nós dois sabemos que ele fez isso porque estava com medo de que ele estivesse ficando com você.

-E isso é o que? Ciúmes? – Pergunto retoricamente. – Ciúmes não é, porque pra ter ciúmes precisa haver sentimento, e eu acho que a única coisa que o Bruno sente por mim é atração e volúpia.

-Pensa que é só algo carnal mesmo? – Vejo um pouco de pensamentos pairando sobre as palavras que completavam sua frase.

-Sim, tenho certeza. – Afirmei.

O celular volta a tocar. Olhei para a tela e revirei os olhos, mostrei para o Phil que tomou o celular das minhas mãos.

-Alô. – Diz ele atendendo a ligação.

-[...]

-Ela não quer falar com você. – Phil disse friamente.

-[...]

-Ela não quer falar com você, não entendeu ainda? – Phil escuta algo no outro lado da linha rapidamente e responde. – Eu avisei pra você, desde o inicio.

-[...]

-Se você fizer isso eu vou pedir que ela tire o chip do celular. – A autoridade na voz dele me deu um certo medo.

-[...]

-A Michelle não é seu brinquedo.

-[...]

-Agora está arrependido? – Minhas lágrimas caíram quando eu ouvi Phil dizer arrependido. Já estava começando a me render sobre o efeito desse amor idiota que eu tenho por ele.

-[...]

-Você não comete deslizes, você faz por merecer. Já disseram pra você que ela é uma das pessoas que mais ama você, e ela disse isso na sua cara, e olha como você a trata. Sinto muito Bruno, eu sou seu amigo, quase seu irmão, mas não é por isso que não vou deixar de enxergar a razão da história. Um aviso é válido, você pode acabar sozinho nessa história, cara. – Phil respira fundo. – Deixa a Mich em paz por um tempo, e eu vou falar pra ela que quando ela se sentir a vontade para falar com você, ela te liga, ok?

A conversa acabou assim que o Bruno disse “ok”.

  • Agora eu tô falando muito sério! Quero comentários. Poxa, pensem que eu fico escrevendo aqui, gastando tempo, que eu poderia estar lendo. Me mato pra postar sempre pra vocês, e em troca não recebo quase nada?! Bom, eu tô dando esse "xixi" porque eu tô na tpm, e tô chorosa. 
  • Vocês notaram que o capítulo tá grande, e com expectativas para o próximo. Só poderei postar na segunda agora. Perdoem-me, mas logo que passar o enem, vou postar normalmente. 
  • Beijos minhas lindas, e obrigada as que sempre estão comentando. <3 

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Capítulo 47

Depois que eu procurei alguma receita, acabei achando algo com camarões. A receita não era difícil, e até o Bruno se arriscou a me ajudar na cozinha. Fizemos a comida e acabou que ficou ótima. Nunca achei que eu fosse tão capaz de fazer comida, claro, Bruno me ajudou um pouco, e o vídeo auxílio todos os passos tranquilamente, por isso que ficou boa.

Agora estávamos deitados, um ao lado do outro, enquanto meu dedo passava no controle procurando algum filme para vermos.

-Esse não. – Bruno diz.

-Mas Bruno, já passamos por muitos canais de filmes, e você não quer nenhum. – Revirei os olhos.

-Vê nos próximos horários.

-Ok.

Entrei num canal de filmes e mostrei os filmes dos próximos horários.

-Sabe que eu nunca vi esse. – Bruno diz assim que parei com a seleção sobre o Harry Potter.

-Tá brincando?!

-É sério, sempre quando eu iria ver dava alguma coisa errada. – Ele revira os olhos.

-É muito legal. – Disse.

-Então, se não se incomoda, podemos ver esse?!

-Claro que podemos. – Dei um sorriso. – Mas é só ás dez e dez.

-Vamos esperar. – Ele diz. – Marca o filme para avisar quando começará.

Marquei o filme e ele se aproximou de mim, ainda tínhamos uma hora para ficarmos fazendo alguma coisa. Bruno me envolveu nos seus braços e deu um beijo na minha cabeça. Ficamos assim abraçados, e olhando para a televisão. Eu estava achando ele tão romântico, que quando fechei meus olhos desejei que esse momento nunca acabasse, e que tudo de ruim que passou, que apagasse da minha mente, e só ficasse as horas boas. Acho que nunca vou desacostumar com seus carinhos, que são raros. Digo raros pois é difícil ele se aproximar de mim e me acariciar sem pensar em bobagem de sexo nem nada assim, apenas no carinho. 


De tanto tempo que ficamos ali, o filme começou e nós passamos a prestar atenção no que estava na tela. O filme é ótimo, eu já tinha visto, e pelo jeito Bruno gostou também. Passamos o filme todo agarradinhos, e logo pegamos no sono profundo.

Acordei pela manhã cansada, parecia que um trator tinha passado por mim, ou simplesmente eu tinha que dar boas vindas á uma gripe chata. E eu acho que era isso mesmo. Fui na cozinha e fiz um chá do que tinha, e sim eu nem vi do que era, só precisava de algo quente. Enquanto tomava e observava o dia, com o cantar dos pássaros, sinto uma mão quente no meu braço, quando viro pra ver se era o Bruno, o mesmo me rouba um beijo.

-Caiu da cama? – Pergunta ele.

-Quem dera. – Coloquei a mão na testa.

-O que houve? – Ele se senta na minha frente.

-Acho que peguei uma gripe. – Respondo.

-Quer ir no médico?

-Não precisa bru, é apenas uma gripe. – Dei um espirro assim que falei e ele ri. – Viu, falei que é gripe.

-Tenho que comprar analgésicos pra você. – Ele diz levantando.

-Não precisa...

-Eu faço questão. – Ele grita de onde tinha ido.

Apoiei minha cabeça com meus braços na mesa e fiquei de olhos fechados, sentindo minha cabeça pesar mais do que meu próprio corpo, uma indisposição. Odeio gripe, e nem sei dizer o porque peguei essa gripe, pois tomei banho de piscina num dia quente. Mas apesar de que de todos a irem tomar banho e se trocar, eu fui a última, permaneci mais tempo com a roupa molhada, ou melhor, com biquíni, e com a toalha. Droga.

-Pedi que Dre fosse buscar, ele vai trazer daqui a pouco. – Bruno coloca a mão nas minhas costas e fica de cocara ao meu lado.

-Obrigada. – Disse calmamente.

-Aí, te ver assim tão pra baixo me desanima. – Ele apoia a cabeça no meu colo.

-Mas eu não estou pra baixo, só estou assim por causa da gripe. – Explico.

-Mas mesmo assim, cadê o sorriso. – Ele diz e só pra contradize-lo, eu sorri. – Não vale. – Ele brinca com seu dedo indicador nos meus lábios.

-Aí, só você mesmo. – Agradeci mentalmente a Deus por ele estar ao meu lado, ali, quando eu mais preciso dele. Só espero que seja assim sempre.

-Já que a senhorita está assim, vamos deitar. – Ele coloca uma mão nas minhas costas e outra nas costas dos meus joelhos.

-Não Bruno, não faz isso. – Digo vendo que já era tarde demais. Ele me ergue no colo. – Você não vai aguentar comigo. – Disse e ele ri.

-Eu aguento, eu sou o batman. – Diz cheio de si, já me levando no colo assim como os noivos levam as noivas. Aí, quisera eu que fosse verdade, noivo e noiva. Estou viajando demais com esses pensamentos.

E não é que ele me aguentou firmemente? Pensei que não iria rolar, e que iríamos cair no chão, mas só percebi quando ele me largou na cama. Bruno puxou as cobertas para baixo, ajeitou minhas pernas e me tapou.

-Bruno, eu estou gripada e não aleijada. – Reclamei.

-Deixa eu cuidar de você. – Ele me dá um selinho. – A propósito, hoje já que está doente vamos passar a tarde vendo a continuação do Happy Potter.

Comecei a rir, e ele me olhou estranho.

-O que foi? – Pergunta ele.

-Bru, não é Happy Potter. – Neguei com a cabeça junto e ainda sim querendo rir. – É Harry.

-É tudo Potter. – Ele dá de ombros me fazendo rir. Me surpreende com outro selinho roubado. – Eu sei que é Harry, e não Happy, mas eu gosto quando você sorri assim. – Ele coloca o dedo indicador na minha bochecha.

-Você é o cara mais lindo e mais bipolar que eu conheço. – Digo e ele ri.

-Não sei se era pra eu rir, ou chorar com essa.

-Considere um elogio. – Disse por fim.

Dre chegou com os remédios. Bruno fez questão de arrumar tudo enquanto eu estava deitada na cama me sentindo uma inválida por não poder fazer nada quanto a isso – bem que eu estava gostando de ser paparicada por ele. Liguei a televisão e dedilhei atrás de canais interessantes para ver. Meu celular que estava ao meu lado toca freneticamente.

-Alô. – Digo atendendo a ligação da Anne.

-O que houve com você? – Pergunta ela.

-Estou bem. – Disse e coloquei a mão na cabeça sentindo um leve desconforto.

-Bem você não está. – Ela birra.

-Eu estou com uma gripe, só isso. – Falei e ouço ela rir baixinho.

-Pelo jeito que eu soube da notícia parecia que você estava parindo três filhos. – Anne diz num alívio.

-Nossa, quem é o exagerado? – Perguntei e olhei para porta, Bruno entrando com uma bandeja de coisas.

-Seu namorado.

-Pode deixar que eu vou ter uma conversinha com ele. – Olhei para ele esboçando um leve sorriso.

-Comigo? – Pergunta, sem voz alguma, somente mexendo os lábios.

-É, ele me ligou dizendo que você estava mal.

-Mas eu estou mais ou menos, apenas essa indisposição da gripe. – Torci os lábios.

-Tudo bem, eu vou desligar que daqui a pouco vou no clube.

-Clube? – Perguntei.

-É, desculpa não te convidar, o Leo me convidou, vamos eu, ele e a Zoe.

-Obrigada pelo convite. – Ironizei.

-Ai, me descul...

-Não precisa se desculpar Anne, mesmo se desse eu não iria ir. Está tudo bem. – Olhei para o Bruno que olhava para a televisão.

-Ok. – Ela diz. – Vou indo nessa, beijos.

-Beijos.

Desliguei o celular e me ajeitei na cama. Sentada de pernas esticadas, ele põe a bandeja sobre o meu colo e espera eu comer. Quando terminei de comer tudo, Bruno me alcançou os remédios para dor e gripe, e eu os tomei. Logo depois, passando o braço pelo meu corpo, ele se aconchega ao meu lado, e olha fixamente para a televisão. Como ele tinha dito, logo depois ele pôs o filme para vermos. Vimos um, e ele foi pedir algo para nós comermos, após almoçarmos nos abraçamos novamente e começamos a ver o terceiro filme da saga. Ele acompanhava tudo atentamente, e sabe que ali eu estava vendo o Peter. Aquele menino tão doce, que cuidava, que ajudava, que era ele mesmo. Não que a fama tivesse subido na cabeça do Bruno, e eu entendo que ele sofreu uma decepção grande no amor, mas custa ele deixar eu mostrar pra ele que não são todas as mulheres que são assim. Apesar de que eu estou sendo egoísta, pensando somente em mim, eu não sei se realmente ele quer algo comigo, mas para ter me pedido em namoro alguma coisa deve ter sentido.

-Se você não estivesse doentinha, essa tarde seria muito bem aproveitada. – Ele acaricia meu rosto.

-Não lembra. – Fechei fortemente os olhos.

-Não lembrar que você está mal, ou que poderíamos estar aproveitando?

-Os dois. – Respondo e nós rimos.

-Você tá muito safada, linda.

-Eu? – Perguntei impressionada. – Engraçado logo você falando isso de mim. – Comecei a rir.

-Porque?

-Porque você é o rei das taras. – Disse e ele gargalhou tão gostosamente.

-Você falando assim eu me sinto um tarado.

-Mas não é, não se preocupa. – Acariciei seu rosto.

-Nunca tinha pensado nisso. – Ele balança a cabeça.

-Nisso o que? - Pergunto.

-Eu e você juntos. – Ele ri baixinho.

-Na verdade eu pensei que esse dia nunca chegaria.

-Mas nós nunca devemos perder as esperanças.

-É que eu passei por tanta coisa. – Balancei a cabeça e voltei a olhar para a televisão. Bruno se calou, ficou quieto, não falamos mais nada. Resolvi quebrar o clima. – Mas e a turnê?!

-Ah nem me fala. – Ele bateu as mãos feliz.

-Pareceu um gay assim. – Revirei os olhos.

-Algo contra? – A voz dele saiu perfeitamente de uma pessoa homossexual. A minha risada saiu fina de tanta graça que eu achei. – Sou uma biba palhaça. – Ele quebra a mão.

-Você é um palhaço. – Disse eu.

-Enfim, a turnê está chegando, e eu cada vez mais ansioso.

-Imagino. – comentei. – Deve ser ótimo conhecer o mundo, viajar pelos lugares mais legais.

-É lindo mesmo. – Os seus olhos brilham. Ai, que vontade de tê-lo comigo ali. Ultimamente só penso nessas coisas, credo.

  • Adoro comentários grandes, textos enormes! Amo forte haha! Gente, eu sei que eu disse que não iria pedir mais, mas é quase impossível porque são os comentários de vocês que me fazem ter inspiração para escrever mais. 
  • Eu sei que este está pequeno, é porque estou lendo e estudando pro ENEM que é neste final de semana, então me perdoem se eu demorar um pouquinho mais essa semana. 
  • Me sigam, ou façam perguntas no twitter! @Mars_attraction 
  • Beijos.

sábado, 19 de outubro de 2013

Capítulo 46

-Vai esperar aqui? – Perguntei me curvando na janela do carro.

-Não quero subir escadas. – Ele coloca a mão sobre a coxa, dei de ombros e subi.

Abri a porta com cuidado e acho que atrapalhei algo que ia acontecer. Anne e Leo estavam bem pertinhos um do outro. Os gatos saem e os ratos fazem a festa, que beleza.

-Desculpem. – Sem graça eu disse indo para o quarto.

-Ué, voltou porque? – Grita Anne.

-Porque eu vim pegar um biquíni. – Respondi abrindo a gaveta para procurar um.

Vasculhei ela e não achei nenhum que me agradasse. Bom, na verdade eu só tenho dois biquínis, porém achei a parte de cima de um, e a parte de baixo do outro. Eu não iria cometer esse crime de usar diferentes. Peguei a parte de baixo do que eu mais gosto e procurei na outra gaveta a parte de cima. Achei-a. O biquíni poderia não ser o mais lindo, mas eu gostava dele porque ele modelava o corpo. Era azul com uma estampa colorida, bem legal. Coloquei numa sacola e aproveitei para pegar mais uma muda de roupa. Saí do quarto e vi Leo sentado no sofá e Anne na cozinha vendo alguma coisa.

-Oi pra vocês. – Os dois me olham. – Tchau pra vocês.

-Agora que ta namorando virou turista em casa. – Leo diz e eu rio.

-Sabe que não é assim. – Coloco a língua pra ele.

-É que a safadeza fala mais alto do que o amor pela prima e amigos. – Anne aparece na sala, revirei os olhos.

-Vão se catar. – Abro a porta. – Qualquer coisa me liguem.

-Já almoçou? – Pergunta Anne.

-Ainda não, mas vou ver isso. – Dei tchau e fechei a porta. Desci as escadas correndo e por pouco não caio.

Bruno estava no carro quase dormindo, sentado e com os óculos escuros. Bati no vidro e ele destravou as portas do carro. Abri e entrei. Larguei a sacola no banco de trás.

-Olha. – Nós dois falamos ao mesmo tempo e ele tira o óculos. – Você primeiro. – Nós falamos novamente juntos e rimos.

-Estava pensando em pegarmos algo para comer em algum restaurante. – Diz Bruno.

-E eu iria perguntar o que íamos almoçar. – Comecei a rir da coincidência.

-Só sei que você não pode fazer a comida. – Bruno arruma a direção.

-Porque não? Eu cozinho tão mal assim? – Perguntei em tom devastador.

-Digamos que como cozinheira você é uma ótima jogadora de futebol americano. – Ele coloca a língua sapeca para o lado, dei um tapinha no seu braço.

-Você também não cozinha nada bem, não pode falar nada.

-Mas eu sou homem. – Ele tenta se defender.

-Não justifica, muitos homens cozinham. – Meu pai mesmo cozinhava a maioria das vezes, acho que herdei essa coisa de não cozinhar da minha mãe.

-Mas eu sou um ótimo cantor.

-Continua não justificando. – Dei de ombros enquanto via ele arrancar da frente do prédio.

-Sou bom de cama. – Ele me desarma.

-Quem disse? – Perguntei em tom mais desafiador.

-Seus orgasmos comigo dizem tudo. – Droga!

-Não dá pra brincar com você. – Emburrei e ele enquanto dirige com uma mão, com a outra acaricia meu rosto, mas prestando atenção no transito. Senti as minhas bochechas queimarem.

-Vamos comer onde? – Pergunta ele mudando o assunto.

-Você que sabe. – Disse enquanto pegava o celular.

-Ansiosa para a vinda da sua tia a seu irmão? – Pergunta ele e meus olhos pairam sobre o celular fixamente.

-Muito. – Fechei os olhos.

-Desculpa ter brigado com você pela bobagem da casa.

-Não, desculpa eu por não ter informado você sobre todas as coisas que estavam acontecendo. – Agora parecíamos aquele casais bobos que depois que brigam ficam pedindo desculpas toda a hora, e se auto culpando.

O caminho foi monótono, ele parou em frente a um restaurante onde eu sai do carro e fui fazer o pedido, porém assim que parei em frente da bancada onde estava a moça que iria me atender, sinto suas mãos quentes na minha cintura.

-O que vamos pedir minha princesa? – Ai, meus, sentimentos. Ele falou isso em público?! Estou num sonho.

-Acho que o prato do dia. – Disse.

A moça ficou nos olhando, como se estivesse impressionada com algo, de certo pelo fato do meu namorado ser um cantor famoso. Assim que pedimos, dissemos que seria para levar, Bruno me acompanhou até o caixa e pagamos. Eu podia notar todos os olhares para nossa volta. Pegamos nossos pedidos e fomos para o carro, entramos e ele arrancou.

-Amanhã vai ter alguma revista de fofoca falando de nós. – Ele sorri.

-Posso te perguntar uma coisa?

-Claro. – Ele olha-me brevemente.

-O maior medo dos artistas é que saia algo sobre seus relacionamentos, e você até uma vez falou que odiava isso, então porque agora falou como se isso fosse algo bom? – Tá, confesso que tinha uma pulga atrás da minha orelha.

-Ora porque. – Ele pigarreia. – Porque eu estou com você. – Sua voz afina. Eu sei quando ele está mentindo mas não seria agora que eu iria dar um chilique por causa disso, deixei relevar a situação!

Chegamos em casa e ele largou minhas roupas no quarto enquanto eu ia colocando a mesa para comermos. Arrumei as coisas e ele chegou, lavamos as mãos e começamos a comer, tomando suco de laranja super gelado, o dia estava quente, e pedia isso. Ouço a campainha tocar e Bruno fica me olhando, já tínhamos comido.

-Eu atendo. – Disse prontamente.

-Quem será que é?! – Acho que a pergunta foi retórica.

-Se você não sabe, eu também não. – Passei por ele e ele bate na minha bunda, olho para ele e ele sorri bem safado, a campainha toca novamente.

Vou caminhando até a porta e abro ela, um vento passa por mim, na verdade dois, parecia um furacão.

-Tiooooo. – Eles gritaram.

-Não corram, não gritam. – Tahiti diz preocupada. – Oi Michelle. – Ela dá a bochecha para nos beijarmos e cumprimentarmos.

-Ah, oi, entrem. – Abri um pouco mais a porta e passa Tahiti, Presley, e Jaime. – Tá faltando uma. – Digo assim que cumprimentei todas.

-Tiara está com cólica. – Tahiti torce os lábios.

-Que surpresa boa, vir visitar meu irmão e ver você. – Pres dá um abraço em mim enquanto caminhávamos para a cozinha.

-Pois é. – Disse, Bruno nos viu e levantou para cumprimenta-las.

-Oi. – Diz o mais pequeno, se eu não me engano o nome é Zyah.

-Oi. – Falei e me abaixei. – Tudo bom?

-Tudo. – Ele responde. – Você é amiga da mamãe?

-Sou sim. – Dei um sorriso.

-Ela é namorada do titio. – Disse o maiorzinho.

Comecei a rir e levantei.

-Nós vamos pegar uma piscina agora a tarde, querem nadar junto? – Pergunta Bruno pra elas.

-Nós viemos com essa intenção, além de te ver mano. – Pres diz e ele ri.

-Vou me trocar, com licença. – Me retirei dali e fui para o quarto.

Peguei minha roupa e fui para o banheiro. Passei uma água pelo corpo e vesti o biquíni, no quarto guardei minhas coisas e pus um vestidinho que trouxe, bem descontraído. Assim que saí do quarto dei de cara com a Jaime indo para o banheiro do corredor. Bruno estava indo para o quarto, quando cheguei na cozinha as meninas estavam conversando.

-Estávamos falando do tempo do Havaí. – Diz Tahiti.

-Aí, que tempo bom. – Dei um sorriso amarelo.

-Era ótimo, todos nós juntos, nem parece que passou tanto tempo. – Diz Tahiti novamente.

-Eu não posso falar nada, sou a caçula de todas vocês. – Pres torce os lábios.

-Eu não quero ir pra piscina. – Teima Zyah.

-Ah, vai sim. – Bruno corre para pegar ele no colo e se manda com ele pra piscina.

-Passou protetor? – Pergunta Pres.

-Na verdade ainda não, eu não trouxe. –Falei em resposta.

-Eu te empresto. – Tahiti pega o dela na sua bolsa de palha.

-Ah, obrigada.

Pres ajudou a passar o protetor nas minhas costas. Tahiti, Jaime, Bruno, e as crianças já estavam na piscina. No inicio fiquei com vergonha de tirar a roupa, mas logo que todos se distraíram, eu tirei meu vestido. Sentei na beira da piscina, molhando somente meus pés. Fiquei olhando a Pres se preparar para atirar-se na piscina. Só sinto algo puxar meus dois pés, e escuto risadas, mergulhei afundo na piscina e abri os olhos, um costume que tenho desde o Havaí. Bruno estava um pouco mais á frente, tentei dar um tapa nele, mas a idiota aqui esqueceu que estava de baixo da água, fui para a superfície e respirei um pouco, Bruno mergulhou e eu também. Suas mãos passaram na minha cintura, tentei nadar um pouco pra frente, mas sem sucesso, ele me agarrou e deu um selinho ali mesmo.



Subi para a superfície e olhei o Zyah me olhando.

-Eles são namorados. – Ele aponta para nós falando para a Pres.

Comecei a rir e Bruno me calou com um beijo. Minha mão foi para a sua nuca, enquanto as suas estavam nas minhas costas. Sua língua bem sedenta e querendo aprofundar mais o beijo, comecei a hesitar e terminamos o beijo com selinhos bem demorados. Abri os olhos e Jaime nos olhava, fiquei sem graça e senti minhas bochechas pegarem fogo.


-Tive que tapar os olhos das crianças. – Presley diz divertidamente.

-Não viu nada ainda. – Bruno consegue me deixar com mais vergonha, impressionante.

-Qual é o lance? – Pergunta Tahiti.

-Eram amigos até onde eu saiba. – Jaime fica olhando para nós com um ponto de interrogação no seu rosto.

-Somos namorados agora. – Bruno deu um beijo na minha testa. – Não precisa ficar com vergonha. – Ele diz baixinho.

-Desde quando? – Pres arregalou os olhos. – E não falou nada pra sua irmã querida?! Muy amigo. – Ela cruza os braços fazendo que estava indignada.

-É, faz umas duas semanas. – Bruno dá um sorriso.

-Meu irmão é bom na cama? – Tahiti na maior cara de pau pergunta.

-Olha. – Olhei para ele e dei um riso. – O melhor.

-Ouuuuuuuun. – Pres diz e todos rimos.

-Merecemos fazer uma janta qualquer dia desses. – Jaime fala muito empolgada.

-Felicidades ao casal. – Pres fala e se atira na piscina.

Começamos a nadar e brincar na água. Parecíamos crianças e falando nelas, os dois estavam numa conversa e brincavam empolgados com seus carrinhos que acabamos quase esquecendo que os dois estavam ali. Acho que perdemos um pouquinho da noção do tempo na piscina, meus dedos começaram a enrugar e ficar feios, resolvi pegar um sol. Deitei numa das cadeiras que estavam na beira da piscina, fechei meus olhos e fiquei curtindo meu momento.

-Que inveja desse corpo. – Pres senta na cadeira ao meu lado.

-Do meu? – Perguntei unindo as sobrancelhas.

-Sim, acho lindo, principalmente essa cintura fininha. – Ela olha para o seu corpo.

-Lindo é o seu, o tipo gostosona, o meu já é mais raquitico. – Ela gargalhou alto.

Ficamos em silêncio por minutos, meus olhos estavam apertados por causa do sol, mas mesmo assim estava vendo a folia de todos.

-Estou feliz que você tenha sido a namorada dele. – Pres descontraí nosso silêncio.

-Ah, obrigada. – Dei um sorriso fraco.

-Sabe que eu sempre torci por vocês. – Agora eu me ajeitei para vê-la. – Desde sempre.

-Nossa, porque?

-Porque eu vejo que vocês são perfeitos um para o outro, e sempre estão juntos, desde pequenos, e eu sei que era isso que a minha mãe iria querer, porque ela gostava de você, e ela queria ver o nosso bem em primeiro lugar.

-Nossa. – Fiquei literalmente sem palavras. – Obrigada, não sei se é isso que tenho que dizer.

-Não precisa dizer. – Ela deu um sorriso. – Você gosta dele, não é?

-Pres, não quero mentir, eu amo ele. – Olhei para o Bruno que estava sorrindo feliz com alguma coisa. Meu sorriso se fez vendo o dele.

-Isso é perfeito. – Ela se empolga. – Você sorri só de ver isso, é tão lindo.

-É, eu não consigo olhar pra ele sem sorrir, é como se fosse automático. – Disse pra ela.

-Ai que amor. – Pres fica aparentemente tão empolgada com isso, gostei de vê-la assim, e por mim ainda, isso é lindo.

A tarde passou mais rápida ainda, e quando entramos já era sete horas. Todos nós se arrumamos e eu fui a última a tomar banho no quarto do Bruno. Coloquei já meu pijama, pois sei que o Bruno não vai sair, nem eu. Prendi meu cabelo num rabo de cavalo e fui me despedir delas. Demos tchau e acompanhamos sua saída no carro.

-Eu amo esses baixinhos. – Ele dá um sorriso vendo o carro partir.

-Pode acreditar, eles também te amam. – Dei um sorriso pra ele e entramos.

-Vamos comer o que?

-Acho que podemos arriscar-nos na cozinha. – Disse. – Podemos pegar algum vídeo na internet e fazer passo a passo, comer comida de restaurante sempre não é tão saudável.

-Pode ser. – Bruno diz e sai para o quarto. Vou na sala fecho as janelas, e ligo a luz. Fiquei sentada na cozinha.

Bruno trouxe o tablet para a cozinha.

-Ai que chique, tem notebook, tem tablet, tem dois celulares caros, te mete. – Peguei o tablet na mão.

-Juntando o pouco que eu sei mexer em cada um, não dá um inteiro. – Ele brinca com sua deficiência quanto a tecnologia.

-Eu não consigo crer que você seja tão zero á tecnologia assim.

-Pode apostar, eu sou. – Ele afirma.

-Qual é a senha? – Perguntei dando o tablet na mão dele.

-Do tablet eu só sei desbloquear, e entrar no twitter, só isso. – Ele dá de ombros.

-Bruno, preciso te dar aulas. – Balancei a cabeça.

-Pode me dar aulas do que você quiser. – Ele chega mais perto de mim. – Pode me jogar na cama e me dar a aula que eu mais gosto. – Ele morde os lábios e me dá um selinho.

-Como você é safado. – Comecei a rir.

  • Eu sei que pela ordem eu teria que ter postado ontem, mas estou numa correria enorme, daí o próximo eu acho que sai na segunda ou na terça. Espero que não fiquem bravas comigo pela "demora". 
  • Ah, eu desejo que vocês comentem mais, afinal eu "perco" tempo escrevendo e espero opiniões, espero comentários, sabe, até as críticas são bem vindas, afinal a partir delas eu posso repensar no que estou fazendo <3
  • ILOVE VOCÊS DNSAOMPDSA <3

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Capítulo 45

-Oi Dre. - Disse pra ele parado na frente do carro.

-Oi Michelle. - Ele sorri. Espera. Ele sorriu? Isso foi fofo.

Entramos no carro e Dre estava conversando com o Bruno, eles.falavam em como foi boa a viagem, e que o pessoal é receptivo, Dre falou algo sobre as mulheres japonesas e senti um certo incomodo vindo do Bruno. Tentei pensar o mínimo possível nisso, pois eu sei que se eu me "encarnar" nesse tipo de coisa vou acabar fazendo papel de namorada maluca e ciumenta, eu tenho que controlar-me. Acho que o tempo passou tão rápido, que quando vi o carro já tinha parado na garagem do Bruno.

-Po cara, valeu. - Bruno bate na não de Dre como um cumprimento.

-Sabe que não foi nada, sempre que precisar. - Dre diz bem descontraído.

-Vai descansar agora? - Perguntei para ele.

-Vou tentar, se eu dormir acordarei somente no domingo. - Ele brinca com o seu sono e dá uma gargalhada. - Eu vou indo então, qualquer coisa me liga. - Ele diz para o Bruno. - Tchau princesa. -Ele diz pra mim.

-Princesa? Continua falando assim que eu vou achar que sou bonita. - Brinquei, mas a piada não agradou o Bruno.

-Você é bonita. - Bruno protesta.

-Cada um sabe dos seus gostos não é. - Dei de ombros.

Dre deu tchau para nós e foi se afastando. Bruno foi indo na frente carregando minha sacola de roupas, e eu um pouco mais atrás, com minha bolsa. Ele abriu a porta e foi em direção do corredor para entrar no seu quarto. Fechei a porta. Segui para o quarto dele, e quando abri a porta vi as malas num canto e ele atirado na cama.

-Ai que saudades dessa cama. - Ele diz afofando a mesma.

-Falando assim vou acreditar que as camas desses hotéis chiques que você fica, são ruins. - Revirei os olhos.

-Não são ruins, mas nada melhor do que a sua própria cama. - Ele fica encarando o teto. - Pode fazer um favor pra mim?

-Claro, pode falar.

-Vê se o Ryan levou o Gege para o apartamento dele.

Larguei a bolsa sobre as malas dele e sai do quarto, o Bruno não é preguiçoso, entendo porque ele está assim, deve estar cansado de tanto estar pra lá e pra cá. Abri a porta dos fundos e olhei para o "canil" dele, estava aparentemente vazio.

-Geronimo. - Chamei seu nome e assoviei.

Ele não apareceu, o Ryan deve ter levado ele. Pensando bem ele deve ter raiva de mim, porque ele praticamente mora com o.Bruno, e quando eu venho pra cá o Bruno pede para ele sair e ir pro apartamento dele. Se fosse eu estaria brava com isso. Fui para o quarto novamente, e não vi Bruno na cama. A porta do closet aberta.

-Ah, ta ai. - Não, idiota, achou que ele tinha fugido da própria casa.

-É, estou. - Ele nem olha pra mim e continua olhando para as suas roupas.

-Quer ajuda? - Perguntei.

-Não precisa. - Ele da um sorrisinho fraco.

Eu acho que sou paranoica demais. Dei meia volta e peguei minha sacola de roupas, peguei meu pijama e guardei a sacola em um lugar junto da minha bolsa. Entrei para o banheiro, e eu sei que não tenho tanta intimidade, e que pode ser até feio fazer isso, mas eu não vou ficar sem fazer nada enquanto o Bruno fica no seu closet. Tomei um banho rápido, e passei óleo de amêndoas no corpo, deixei por três minutos e enxaguei. Me vesti com uma camisola vermelha e sai do banheiro.

-Se eu soubesse o quanto esse banho tava gostoso, teria ido junto. - Bruno se aproxima de mim e tira o cabelo que estava na frente, colocando para trás da orelha. - Que cheirosa. - Ele aproxima seu rosto do meu pescoço e cafunga bem profundamente, meu corpo se arrepiou.

-Desculpa nem ter pedido para ir tomar banho. - Pedi meio envergonhada.

-Não foi nada. - Ele sorri. - O que é meu, pode ser teu também.

-Ok. - Senti medo com isso. O olhar intimidador que ele me deu fez meus pelos quase invisíveis se arrepiarem.

-Ta com fome? - Pergunta.

-Não. - Respondi. - E você?

-Você sabe do que eu estou com fome. - Seu sorriso safado me faz delirar somente de imaginar.

-Fico boba com o poder que seu olhar tem. - Encosto o dedo no seu peito. - Mal me olha e parece que já me induz a fazer o que quer. - Vou empurrando ele para a cama e ele sorri.

-Não sou eu que faço isso, você que é safada. - Ele aproxima o seu rosto do meu. Toquei minhas coisas no chão, até a toalha.

Empurrei o corpo do Bruno para cima da cama e praticamente foi calculado, sua cabeça caiu bem sobre o travesseiro. Sentei sobre seu colo, e passei minha mão sobre seu peito coberto e encarei seu rosto.

-Não faz assim. - Ele suplica passando a língua pelos lábios.

Levantei sua camisa e passei minha unha do dedo indicador no seu peito e ele da uma fisgada. Me inclinei sobre ele, e passei a língua nos seus lábios, e distribui selinhos por seu rosto, fui descendo esses beijos e volto a minha posição normal.

Os nossos olhos tiveram um encontro rápido, e minha unha do indicador insistiu em arranhar o seu peito. Sua mão segurou minha cintura, enquanto a outra encontrou a abertura da minha camisola, na qual poderia ver todo meu ventre tapado pelo tecido da calcinha. Esperei ele encostar na minha coxa e tirei sua mão de mim.

-Tortura? - Pergunta ele lambendo os lábios de uma forma sexy.

-Você não sabe como. - Me inclinei novamente sobre ele e dei um selinho rápido.

Sai de cima do seu corpo e abri o zíper da sua calça, ele não falou nada, apenas tentou olhar a cena. Abri o botão da mesma e fui tirando, claro que ele foi ajudando erguendo um pouco suas pernas para não ficar um trabalho dificultoso. Confesso que de todas ás vezes que transamos, essa é a que eu mais estou excitada antes mesmo dele me tocar. E essa é nossa primeira transa como namorados - acho que eu to muito boba com essa história. Sua cueca azul me chamou a atenção, ela não era boxer, mas mesmo assim aquele volume não deixava de chamar atenção. Passei minha mão sobre o volume e mordisquei os lábios, quando olhei pra ele, Bruno girava os olhos. Levantei a camisola até a cintura e sentei sobre ele como estava antes.

-Tira a camisola, por favor. - Ele pedindo por favor, isso explica esse volume incontrolável que está nele.

Levantei minha camisola, e tirei ela deixando a mostra meu sutiã branco.


De leve ele ergueu o corpo e apertou meus seios. Enquanto depois ele se apoiou com as mãos; eu levantei sua camisa. Tirei ela e toquei para o mesmo lado que foi sua calça jeans. Fiz ele se deitar novamente e sai do seu colo, curioso ele fica me olhando. Abri o feixe do meu sutiã rapidamente e me desfiz dele. Bruno ficou me observando. Puxei sua cueca para baixo e toquei também para o chão, aproveitando para com uma mão acariciar seu membro. Quando fui levar a boca à ele, senti um puxão no meu braço.

-Vem aqui. – Ele indica seu rosto com a mão. Cheguei próxima do seu rosto e ele me deu um selinho. Fiquei olhando para ele e me perdi naquele olhar tão sedutor. Sua mão parou na barra da minha calcinha. – Tira pra mim. – Ouvi uma súplica na sua voz. Dei um sorriso travesso e tirei minha calcinha para ele, deslizando ela pelas minhas coxas.

Quando fui novamente dar um carinho para ele, Bruno puxa meu braço novamente. Olhei para ele curiosa e ele pediu que eu sentasse na sua barriga, achei estranho, mas sentei curiosa para saber o que ele iria fazer. Com minhas pernas distribuídas pelo seu corpo, Bruno arranhou minhas costas e me puxou para trás. Entendi o que ele queria fazer, então com cuidado me inclinei para frente e pus minha mão no seu membro ereto. Seu dedo passou pelo meu sexo e meus olhos se reviraram. Quando senti sua língua em mim, obriguei-me a atracar seu membro ali, que parecia tão pulsante, sei lá. Estávamos formando um belo meia nove, porém, a sua língua estava me explorando, e com isso me deixando muito mais animada. Estava com medo de talvez explodir num orgasmo no seu rosto, ou então acabar mordendo ele justamente por estar muito entregue ao seu oral. De leve fui saindo de cima do seu corpo e me pus ao lado dele.

-Quer ir por cima? – Bruno pergunta enquanto sua mão segura seu membro. Mordisquei os lábios e fechei os olhos brevemente.

Me pus sobre seu colo, sem ao menos responder ele. Minha lubrificação já estava a mil, afinal, além dele me lubrificar com sua língua gostosa, meu próprio extinto acabou gerando essa lubrificação. Com cuidado fui sentando sobre ele. O primeiro baque de entrada do seu membro em mim me fez dar um gritinho bem estranho, pois foi estranho, ele parecia tão maior (?) Difícil explicar, ou era eu que estava demais por hoje. Sentada no seu colo, comecei com movimentos bem lentos, e até mais cuidadosos. Assim que ele fez biquinho para que eu desse um selinho nele, eu me inclinei sobre seu corpo e dei um beijo nele, que de selinho, foi aprofundado para um beijo bem instigante. Rebolei meu quadril sobre ele e revirei os olhos com prazer. Sua mão passou no meu seio e brincou com o biquinho dele.

Me girando para o lado e ficando sobre mim, ele me penetra novamente. Já estávamos ofegantes, e o suor escorria um pouco no nossos rostos. Iria precisar de outro banho. Bruno se colocou atrás de mim, e ergueu minha perna para melhor manusear-se comigo. Ficamos assim, de ladinho. Uma posição tão comum, e tão prazerosa. Seus beijos percorriam meu pescoço e sua mão passava nas minhas coxas, ás vezes com leves tapinhas.

Bruno se colocou sobre mim novamente, e começou a fortemente soltar suspiros e grunidos. Dava pra perceber que ele está perto de chegar no seu ápice, eu ainda estou um pouquinho longe mas pra mim o válido é vê-lo feliz e bem. Quando percebi que ele tirou de mim, olhei para o que ele estava fazendo e senti sobre minha barriga o resultado daquele tempo fazendo amor. Demos um sorriso sapeca e ele veio do meio lado e me deu um selinho.

-Um banho novamente. – Disse fazendo uma careta estranha.

-Dessa vez eu tomo banho junto.

-Mas que carinhoso esse meu namorado. – Passei a mão pelo seu rosto.

Fomos para o banheiro, eu estava achando nojento aquele negócio na minha barriga, e não quis nem encostar, foi ai que começou o arreganho no box do banheiro. Bruno tentou levar a mão na minha barriga e eu não quis encostar. Quando estava deixando a água tirar aquilo de mim, ele me empurra pra parede e faz cócegas em mim. Rimos demais juntos. Demos um beijo bem ofegante juntos, com direito a uma bela apertada pelo corpo. Nos lavamos e nos secamos. Coloquei meu pijama e ele um samba canção preto. Deitamos na cama e ele me fez deitar sobre seu peito. 


-Poderia passar horas fazendo isso com você. – Ele tira uma mecha do meu cabelo do rosto.

-Temos muito tempo para isso. – Dei um sorriso de meia boca e ele sorri inteiramente.

-Ainda usa ele. – Bruno pega minha mão que estava esparramada sobre seu peito e percebe o anel que ele me deu.

-Claro, não tiro ele. – Dei um sorriso bobo. Talvez esse anel me deixasse mais próxima dele.

-Isso é pra sempre lembrar de mim. – Ele sorri e passa o dedo pelo anel. – Sempre.

-Sempre. – Repito como uma boba adolescente. Olhei para o seu rosto e seus olhos amendoados me fizeram delirar. Eu não sei o que eu posso dizer sobre isso, é um misto de coisas, mas uma só vontade prevalece, dizer que eu o amo.

Enquanto pensava nessas coisas, Bruno pegou no sono. Esperei o meu sono vir, ali ninhada no seu colo quente. Fechei os olhos.

-Eu te amo, tanto. – Disse segurando sua mão e agora sim pegando no sono.

Bruno Pov’s

Acordei de manhã. Não tinha ninguém na cama, mas me lembro muito bem que Mich veio comigo pra cá. Acho que dormi demais. Levantei e fui no banheiro descarregar. Assim que me olho no espelho lembro da noite passada. Engraçado é esse jeito idiota que eu fico quando estou com ela, mas é bom assim. Sem falar que dentre todas as mulheres que levei pra cama – e olha que não são poucas –, a Mich é uma das melhores, se não é a melhor. Não vou dizer que é a mais gostosa, apesar dela ser gostosa, mas tem algo com ela que me prende. É diferente fazer com ela, tem algo a mais, algo que eu não sei explicar. E pensar que eu me criei com ela, tomei banho com ela, dormi com ela, tudo quando éramos pequenos, mas nunca imaginei ela como uma mulher pra mim.

Voltei para a cama e olhei meu celular. Demoro um tempinho para desbloqueá-lo, mas logo que consegui, lembrei dos passos que me ensinaram e loguei no twitter. Twittei alguma coisa só pra não ficar muito tempo sem aparecer e ouço um barulho. Vejo ela trazendo uma bela bandeja de café.

-Bom dia. – Ela sorri. Que isso Brunão? Sorrindo pro sorriso dela?!

-Bom dia. – Disse e me ajeitei.

-Trouxe um café pra você, pois sei que deve estar cansado. – Ela põe a bandeja própria pra café na cama sobre o meu colo.

-Então toma café comigo. – Digo. É o mínimo que posso fazer.

-Ah, eu vou tomar lá na cozinha. Isso é pra você. – Ela diz. Olhei para a bandeja e prestei atenção em tudo que estava ali. E mesmo não querendo mostrar muita alegria por isso, eu sorri. Ali tinha bastante coisas das quais eu gostava. – Não sei se o suco está igual ao original, mas eu tentei. Sabe que eu sou um zero á esquerda na cozinha. – Ela revira os olhos.

Provei o suco, e estava uma delícia.

-Maravilhoso. – Digo. – Tudo está maravilhoso, obrigada.

Agora lembrei de quando estava doente e ela veio cuidar de mim, mesmo final de semana que eu dei o anel para ela. Aquele final de semana foi legal, eu pude esquecer qualquer problema que eu tive ou tenho, e me dediquei a minha diversão, a minha alegria, e isso me fez melhorar.

Michelle Pov’s 

-Cadê o Ge? – Perguntei olhando para a casinha dele.

-Tá com o Ryan, como sempre. – Sinto um tom de embirração.

Depois que havíamos tomado o café, Bruno trouxe a bandeja dele e eu lavei a louça enquanto ele secava. Parei em frente a porta de vidro e foi aí que não vi o Gege.

-Porque o Ry não compra um cão pra ele? – Perguntei.

-Porque provavelmente o cachorro iria morar aqui já que no apartamento dele é ruim de criar um, e se ele pega o Geronimo é só pra passear, depois quando o Ge precisa de algo ele trás de volta, daí é fácil pra ele. – Bruno revirou os olhos.

-Como você fica sexy quando está bravo Bru. – Digo e ele me oferece o dedo do meio.

-Até colocando o dedo do meio eu sou sexy? – Ele pergunta.

-Até. – Dei um sorriso sapeca. – O que vamos fazer hoje?

-Pensei em pegarmos uma piscina agora á tarde. – Ele se espreguiça.

-Mas eu não trouxe nada para tomar banho. – Reclamei.

-Toma de roupa íntima.

-Nojento. – Disse.

-Okay, eu levo você lá pra buscar. – Ele dá um sorriso.

-Prefiro então que fossemos a qualquer loja aqui por perto e eu compraria ali. – Dei um sorriso torto e ele ri.

-Okay. Vamos nos vestir.

Troquei de roupa no banheiro, enquanto o Bruno se trocou no quarto. Eu acordei com uma música na cabeça, uma música do próprio Bruno. Enquanto penteava o mei cabelo, olhando para o espelho, cantarolava.

-Cause you're amazing...

-Just the way you are. - Completa Bruno me arrancando um sorriso.

-Essa música vicia. - Terminei de amarrar o cabelo em um rabo de cavalo.

-Claro, fui eu que escrevi. - Ele se vangloria pegando a escova de dente.

-Não é pra tanto. - Ofereci a língua pra ele. - Mas sim, a letra é perfeita, custo a acreditar que você escreveu. - Impliquei com ele.

-Duvidando do meu potencial? - Ele arqueia a sobrancelha e leva a escova na boca para se escovar.

Dei as costas pra ele e fui para o quarto. Não que eu duvidasse da capacidade do Bruno, pois eu sei que ele leva isso a serio e talento não falta pra ele, porem eu ando vendo o Bruno, ou Peter, não como um homem romântico, e sim como um perfeito safado. Me inclinei para pegar minha bolsa e só consigo sentir meu corpo voando -quase que literalmente - para cima da cama. Bruno encostou uma das suas mãos na minha barriga.

-Não duvide da minha capacidade. - Ele diz autoritário olhando fixamente para a minha boca.

-Nunca duvidei, só não consigo vê-lo como uma pessoa romântica. - Disse agora vidrada nos seus lábios. Sua língua áspera umedeceu eles e voltou para a boca.

-Estou numa era diferente agora. - Ele sai de cima de mim.

-A era Unorthodox? - arqueei a sobrancelha e me ajeitei para levantar da cama, seu olhar paira sobre mim.

-Como sabe?

-Sei lá. - Dei de ombros.

-Não... Como sabe o nome do álbum?

-Eu sou sua amiga, eu convivo com você, e agora sou sua namorada. - Dei a explicação mais obvia. Ele é burro, ou se faz?

-É que é estranho, sei lá. – Ele dá de ombros. Eu nem tento perguntar o porque, já que sei que ele não saberia responder e tal.

  • Eu ainda estou em choque com o clipe, sinceramente, eu gozei yusabdnioadbsaiudnsio gritei! Sério, achei muito bom o clipe, mas não é disso que eu tenho que falar. Eu também estou amando os comentários de vocês, amando mesmo e espero que continuem. 
  • Ah gente, eu tô com peninha da Mich, tadinha! Mas acho que logo isso se resolve. 
  • Comentem, é preciso <3 Beijos.